Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
John encara-nos como se soubéssemos do que ele está falando.
- Está falando de que? – pergunta Nathan.
- Fique longe da mansão. – John repete. – Se não, mais tarde vai entender o que falei. Me manda uma carta avisando. Vocês podem ficar aqui. Eu prometo tentar mudar.
- Aliás, você disse que ia parar de beber. – digo encarando os olhos de Nathan.
- Viu eu bebendo alguma coisa nestes cinco dias? Pois é, não. – Nathan se levanta. – Tchau pai.
- Onde vão?
- Supermercado. A comida da mansão vai acabar em uma semana e antes que isso aconteça, quero achar um novo supermercado.
- Tem um á sete quilômetros daqui.
- Quais as datas de validade? – pergunta Nathan.
- De que?
- De qualquer coisa. Os lotes normalmente são iguais e do mesmo fornecedor.
- Três meses.
- Ótimo. – Nathan segura meu pulso. – Vamos.
- E Shan. – diz John. – Cuide bem do colar ok?
Concordo com a cabeça.
- Ficou bem em você. – Ele sorri, ficando ainda mais parecido com Nathan.
Sorrio e voltamos para o carro.
- Quis atirar nele? – pergunto.
Ele tira a arma do casaco e coloca no painel do carro.
- Principalmente quando ele falou da epidemia. – Ele dá a partida no carro. - Metáforas me dão nos nervos. - diz ele entre dentes.
Ele dirige pelas ruas vazias e sujas até ver um supermercado em cores brancas e azuis com a porta automática de vidro quebrada.
- Seu pai estava certo. – digo.
- Ele sempre está. – murmura Nathan estacionando o carro perto da porta.
Há alguns carros abandonados aqui fora, mas acho que não há nenhum humanos aqui, a não ser nós.
- O que precisa pegar?
- Carne, grãos, cereais, fibras, carboidratos, açúcar, leite, – Ele olha para o céu. – Geleia de morango. – Ele me encara e começamos a rir. – Tudo que dure bastante tempo e que nos deix fortes para correr.
- Para quê precisamos correr?
- Todos precisam.
Entramos no supermercado e ouvimos um barulho.
Está tudo escuro e tem alguém aqui. Ou um bicho.
Eu apostaria na segunda opção, porque está escuro e pelos carros lá fora, havia comida para eles.
Eu e Nathan nos encaramos e ele olha em volta.
Algumas prateleiras estão derrubadas e latas de mais diversas coisas espalhadas no chão.
Os caixas estão destruídos e algumas notas de dinheiro estão caídas pelo chão – o que não é novidade.
Ele anda na direção de uma porta com uma placa de somente pessoal autorizado e me deixa sozinha no escuro.
Escuto uma alavanca e as luzes se acendem em sequência até tudo ficar claro novamente.
Nathan sai da sala e para, prestando atenção em qualquer barulho possível.
Um grunhido mais parecido com um urro de desespero surge de algum lugar.
Começamos a correr na direção dos urros até que chegamos a seção de carnes e meu estômago começa a revirar.
Uma completa bagunça.
Bandejas de carne rasgadas e jogadas no chão, carnes e sangue sujam quase todo o chão branco e um corpo em decomposição de uma mulher me deixa tonta.
- Nathan. – Seguro seu braço.
- Não olhe. – diz Nathan andando rápido comigo pelo corredor, mas era uma seção grande de carnes.
Alguma coisa salta de uma das prateleira e se agarra no pescoço de Nathan, fazendo-o cair no chão.
Nathan deixa a arma cair no chão á dois metros de mim.
Ok. Não tenho mais escolha.
Corro até a arma e miro no bicho antes que ele arranque o pescoço de Nathan.
A pele esverdeada do bixo está com manchas de sangue e queimaduras que soltam fumaça.
Miro no bicho e atiro, fechando os olhos e não escutando mais nada.
A arma escapa de minha mão e cai no chão. Fazendo um som metálico.
- Nathan? - pergunto, mesmo sabendo que ficarei sem resposta.
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Eu sei q esse capt foi pequeno, mais fica um mistério.
Até dps