Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 25
Parede não tem ouvido.Mas ar pode deixar doente


Notas iniciais do capítulo

okay, o nome do capt eh "Paredes não têm ouvidos, mas ar pode deixar você doente", mas não tinha espaço então fico issuai.
Bueno shipantes (ó as ideia da tia) de Shatan hoje como eu to boazinha/tinha inspiração, era a única coisa que eu podia fazer e eu sou sempre boazinha com vcs, eu vou postar 3 capts.
Até lá em baixo.



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Eu ainda não cheguei a dirigir o carro de Nathan, mas a chave está quase fundindo minha pele por estar sempre em meu bolso.

- Só uma pergunta. – Nathan segura o garfo com um morango fincado. – Á quanto tempo eu te dei a chave?

- Sei lá. Á uns quatro ou cinco dias. – respondo.

- E á quanto tempo você está com ela no bolso?

- Sei lá. Á uns quatro ou cinco dias. – digo rindo.

- Porque está com ela no bolso? O carro nem é seu.

- É, mas se der uma emergência eu posso usá-lo.

Ele ri e morde o morango.

- Você é louca.

Observo-o comer metade dos morangos do pote e seus lábios ficarem avermelhados por causa do suco.

- Qual foi a primeira coisa que fez quando ganhou o carro?

- Ajeitei minhas malas e esperei a noite cair para poder ir embora.

- Você fugiu no primeiro dia?

- Eu estava esperando pelo carro para poder ir, não ia esperar mais. – Ele dá de ombros. – Carter perguntou alguma coisa sobre... – Ele morde o lábio e começamos a rir.

Ele deixou que Carter dormisse no meu quarto ontem – claro, Carter obviamente calaria a boca sobre a brincadeira e se contentaria - , mas eu sabia que ele estava na sala esperando que alguma coisa acontecesse.

- Obviamente. – digo.

- E você disse o que?

- Nada.

- O que você fez?

- Nada.

- Nossa Shan, é tão bom conversar com você. A maneira como você dispõe os detalhes e uma coisa mágica. – Ele cruza os braços. – Então você ficou parada e quieta enquanto ele ficava perguntando?

- Não exatamente. – sorrio mordendo a fatia de pão torrado com geleia de morango.

- Shannon...

- Não é da sua conta! – digo rindo. – Mas que coisa! Você fica a noite inteira com a Georgia e eu nunca falei nada.

- Eu prometi...

- Ok. Ok. – digo. – Você prometeu para o Abe, só que ele está morto.  

Ele cruza os braços e os coloca sobre a mesa de vidro, encarando meus olhos.  

- Se ele está morto, porque você acha que está matando ele quando mata um bicho? – Ele levanta as sobrancelhas e eu encaro meu prato. – Desculpe. Foi sem querer...

Me levanto e ando na direção das escadas sentindo meus olhos arderem.

Ele corre atrás de mim e segura meus ombros, me empurrando de leve contra a parede perto das escadas.

- Desculpa ok? Eu não pensei quando disse.

Ele encara meus olhos e eu viro o rosto para o lado. Mordendo todo o lábio inferior, enquanto tento conter as lágrimas e não chorar na frente de Nathan.

- Mas você está certo. Eu vou acabar morrendo comida por um bicho.  – digo encarando seus olhos.

- Todos nós vamos. – Ele ri e limpa uma lágrima que cai de meu olho. – Acha mesmo que vou viver até cem anos, lutando com bichos, atirando neles e impedindo que você e Carter se casem por causa do Abe? – Começamos a rir. – Não faz mal. Todo mundo tem suas esquisitices.

- Sério? – pergunto cruzando os braços. – E qual é a sua, então?

- Eu mantenho uma promessa estranha e ridícula de um cara morto. – Ele ri.

- Se é ridícula, porque não para de mantê-la?

- Ridícula ou não, é uma promessa. – Ele sorri. – Estava pensando em ir com você na casa do meu pai. E tenho que procurar um mercado novo. Aquele está com as datas de validade vencidas, a comida vai acabar em uma semana e você parece estar louca para dirigir a camionete.

- Vai me deixar dirigir? – digo já sorrindo.

Ele dá de ombros.

- E Georgia vai deixar você sair? – pergunto cruzando os braços.

- E Carter vai deixar você sair? – pergunta ele cruzando os braços. – Estamos com o mesmo problema Shan, não trate isso como um problema só meu. E além disso,  são dez e meia da manhã. Os dois estão no campo. Eu deixo um bilhete e vamos, antes que eles notem.

Concordo com a cabeça e ele escreve alguma coisa em um papel e deixa em cima da mesa.

Vamos até o carro sento no banco do motorista.

Sinto meu estômago revirar só de pensar nos estragos que um acidente pode trazer com um carro deste tamanho.

Ficamos em silêncio e ele suspira.

- Você não ia dirigir? – pergunta ele.

- Esse carro é grande demais. – digo.

- É sim. – Ele concorda com a cabeça. - E nem pense em bater, porque se você bater... – Nos encaramos, sabendo das consequências. - Não bata.

- Então você dirige. – digo e ele revira os olhos. – É sério. Não dá. Eu vou acabar batendo e... Você sabe as consequências de uma acidente de carro. Principalmente com uma camionete.  

Ele se move para o banco do meio e eu passo por cima dele para o outro banco.

Ele ri.

- Eu queria que você fizesse isso.

- O que? – pergunto.

- Desistir de dirigir o meu carro.

- Aonde vamos primeiro? – Escuto o ronco do motor e ele começa a dirigir pelo asfalto.

- Na casa do meu pai, óbvio. Então eu tenho uma desculpa para sair se eu tiver vontade de atirar nele.

Ele dirige até a casa de John, e agora posso prestar atenção no caminho.

O caminho é praticamente deserto. Nos dois lados do asfalto só tem árvores – o que estavam quase extintas depois que a humanidade quase destruiu a terra com gases lançados na atmosfera, desmatamento, poluição e tudo mais. Por este lado, a epidemia ajudou, mas pelo outro, tornou os humanos uma espécie que luta por sobrevivência e nada mais.

Vejo algo se movendo na estrada.

- Nathan! – grito e ele freia o carro. – Tem um...

Nathan abre a porta e desce do carro.

Ele vira o corpo e se afasta assustado.

Ele volta para o carro e fecha a porta, com a respiração ofegante.

- O que... Era? – pergunto.

- Era um bicho.

- Ele está queimando no sol, não está? – pergunto assustada.

- Mais ou menos. Ele está vivo. Mas Georgia tinha razão. E isto está ficando muito estranho.

**

John nos encara, mastigando um pedaço de carne seca.

 - Então quer dizer, que um bicho estava no asfalto? – pergunta ele. – Vivo?

Nathan concorda com a cabeça.

- Alguém falou alguma cois apara vocês. Quem disse que ia acontecer? George ou Catarina?

- Georgia e Carter. – digo pela terceira vez.

- Tanto faz. É parecido.

- É, mas Georgia é uma mulher e  Carter é um homem.

- Shan. – diz Nathan arregalando os olhos para mim, dizendo que chega. – Enfim. Georgia.

- Sabia. – John s recosta na cadeira de couro e madeira. – Eu avisei para ficarem longe.

- Eu fico longe. – diz Nathan. – Se você disser porque. E eu não quero ouvir: Eles são perigosos.

John se inclina e Nathan e ele ficam cara a cara.

- Nem tudo que se quer, se pode ter. – John se recosta novamente na cadeira e acende um cigarro. – Só fiquem longe.

Nathan tira o cigarro da boca dele e afunda dentro do copo de cerveja.

- Chega de cigarros. Mais respostas.

- Só fique longe Nathan. Eu estou avisando.

- Então diga a informação completa, seu idiota! – diz Nathan irritado.

- Quer que todo mundo morra Nathan? – John pergunta. – Shannon, eu, você. Vamos todos morrer se eu disser.

- Porque? As paredes não tem ouvidos.

John suspira.

- Mas o ar pode fazer uma pessoa ficar muito doente.


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Notas finais do capítulo

bem, eu posto daqui a pouco



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