A Song And Ice And Fire -lies And Deviations escrita por katrinelestrange


Capítulo 7
Um beijo inesperado


Notas iniciais do capítulo

Trine e gendry espero que gostem ....e no proximo como será a viagem a winterfell?



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-É minha mesmo ?-Ela perguntou lendo seu nome gravado no cabo da espada a qual nomeou de Silver Rose .

-Sim –disse Renly .

-Quero testa-la,tem algum local em que eu possa testa-la ?-perguntou ao dono da forja

-Sim mylady lá trás tem um galpão  que servirá a esse intento,mas com quem testará ?

-Com ele –disse apontando pra Gendry.

-Não acho que...-ia dizendo o dono da forja

-Obedeça a princesa-disse Renly –ou quer que o rei Roberth...

-Me desculpe milady não tive a intenção de ...

-Eu entendo só de uma espada a ele ,ele servirá de teste –disse ela caminhando pra direção apontada antes pelo dono da forja.

Katrine Baratheon sabia manusear uma espada.

E era a melhor a fazê-lo. Ali naquela forja , os seus passos eram ligeiros e rápidos, tão rápidos que faziam lembrar pequenos coelhos em fuga.

A forma como ela manuseava a arma era algo de outro mundo, ou assim se pensava. Porque era impensável que alguém tão jovem conseguisse manipular uma espada com tanta mestria.

Mas ela conseguia. E não havia truques, ou pactos, ou magicas envolvidas no seu jogo de mãos e pés e nem mesmo ele com sua força e idade estava conseguindo subjugala. Só os ensinamentos de Jaime – campeão na arte de empunhar espadas – ,horas e horas de trabalho árduo e, quem sabe, alguma espécie de dom natural com que fora presenteada.

Ela nascera para empunhar uma espada . E, isso, Gendry  não podia negar.

Garotas deveriam ser frágeis e fofas, não deviam? Elas deviam dançar valsa, em lindos salões amplos. Deviam ser embaladas pela Valsa das flores  e rir, delicadamente, sempre que falhavam um ou outro passo de dança, como se assim pedissem desculpa pelo erro cometido.

Mas ela, apesar de graciosa, não era indefesa. Pelo menos não totalmente pensou ele ao desarma-la e puxa-la  de encontro a si .Suas respirações estavam próximas ,quentes pelo calor da forja .Ele encostou seus lábios nos dela por impulso .

Katrine sentiu-se completamente surpresa, pasmada e assustada para afastar-se, golpea-lo ou simplesmente... Retribuir.

Gendry  segurava seu queixo com delicadeza, pressionando seus lábios contra os dela, enquanto simplesmente a jovem continuava com os olhos esbugalhados em sua direção, sua face masculina ampliada varias vezes por estar tão perto.

Ao mesmo tempo, lembrava-se de que não era uma garota romântica, mas tinha suas crises. E todos os seus sonhos de um beijo romântico e encantado cheio daquele sentimento que explode no peito – ela não sabia definir -, esvaíram-se no mesmo segundo.

Não havia romance. Não havia encanto. Ela estava furiosa com ele e sem reação.

Gendry  sentiu uma imensa vontade de gritar com ela, ao mesmo tempo em que queria rir. Sua rebelde e intocável lady  não sabia beijar.

Então, aquele pequeno traço de inocência que via nela, ele pensou, realmente existia.

Teimosia e vulnerabilidade juntas? Hum...

Ele se afastou, tentando manter o semblante sério, mas quase gargalhou ao ver o olhar desesperado dela.

- Supõe-se que deva retribuir, milady.

Katrine  engoliu em seco e sentiu não só o pescoço começar a esquentar; seu rosto inteiro parecia em brasa pura.

- Já me beijou.

Sua voz saíra tão fina e baixa que Gendry  pensou se ela realmente tinha falado algo.

Ele ergueu uma sobrancelha, e deu um passo a frente tentando se aproximar mais dela .

- Isso não foi um beijo.

- Claro que foi.

- Apenas encostei meus lábios nos seus.

- E isso não é um beijo? – ela franziu o cenho para ele.

Gendry  balançou a cabeça.

- Definitivamente, isso não foi um beijo.

Ela tentou se afastar , mas ele não permitiu.

- Você não pode fazer isso! – ela grunhiu

Ela se sentiu desnuda com o olhar que ele lhe lançou. Como se pudesse ver tudo e como se pudesse ler sua alma. De repente, ele abriu um sorriso que ela já estava começando a aprender o que significava.

- Nunca beijou?

Ela sentiu as maçãs do rosto ficar púrpuras.

- E se nunca beijei? – ela o encarou desafiadoramente.

Ele ergueu uma sobrancelha, debochado.

Katrine  enterrou as unhas em seu braço quando ele aproximou-se dela mais uma vez. Ele pareceu não se importar. Segurou seu queixo com delicadeza mais uma vez e aproximou-se dela o suficiente para que seus narizes se tocassem.

- Agora – ele sussurrou. Ela não entendeu porque ficara tão arrepiada só de escutar sua voz. Talvez porque ela estava diferente... Mais rouca, melodiosa aos seus ouvidos. Ela não sabia explicar. – Eu vou mostrar para você o que é um beijo de verdade.

Ele aproximou-se mais uma vez e colocou seus lábios sobre os dela.

Katrine tentou realmente se afastar dessa vez, mas ele a segurava com apenas uma mão em suas costas, a puxando para si. A força que aquele rapaz  tinha, era assombrosa.

Também não foi muito fácil manter os olhos arregalados por muito tempo. Ela sentiu um carinho maravilhoso em seu pescoço, logo depois em sua nuca, e quando teve uma leve noção do que estava fazendo, seu noivo havia pedido gentilmente que ela entreabrisse um pouco mais os lábios. Sem pensar, ela assim o fez.

Katrine achou aquilo completamente estranho. Era estranho pelo simples fato que um beijo era nojento, e definitivamente muito bom.

Ora, como uma coisa boa pode ser nojenta? O fato das línguas se tocarem e começarem uma dança era para ser nojento, mas foi apenas bom. Não... Muito bom. Aquilo a fazia se sentir desinibida, com uma estranha sensação de liberdade... Como se ela não quisesse acabar com aquilo nunca...

E ele  a provocava. Ela sentia suas mãos brincarem com seu pescoço, sua nuca, seu rosto. Katrine  sentiu-se afobada, mas a única coisa que fez foi aprofundar o beijo.

Aquilo era beijar? Definitivamente, era terrivelmente bom.

Nojento e bom, quem poderia afirmar uma coisa dessas? Não ela.

Não era mágico e cheio de romance, como sempre  sonhara mas a deliciosa sensação de calor que tomava conta de si parecia ser ainda melhor que aquele romance todo. Ah, quem precisava de romance?! Katrine  nunca soube o que realmente aquela palavra expressava, já que a lera somente em contos e ouvira em historias que sua ama contava a ela.

Mas Gendry  se afastou bruscamente e Katrine  foi tomada pela realidade .

Ah meu deus eu beijei e nem me casei ainda , ele não é nada meu ...era o que estava em seus pensamentos .

- Eu... Eu... – ela sentiu que voltava a corar, mas aquele calor que serpenteava seu corpo parecia não abandona-la.– Boa tarde .

Katrine  pegou sua espada e saiu  correndo deixando o jovem pra trás .


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