GioGiostuck escrita por Strider


Capítulo 10
Jade e Jade 1




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Dave havia voltado ao seu quarto quando ouviu o portão abrindo, e a comum barulheira dos alunos entrando. A aula começaria em cerca de trinta minutos, então havia tempo de sobra. Giovana ainda estava lá, olhando pela janela, em direção a sua casa.

– Ainda aí?

– É - Dave notou que estava inconformada. - Ainda não engoli tudo que aconteceu.

– Merdas acontecem, já dizia Forrest Gump.

– Só você mesmo - ela deu uma risadinha. Dave pegou uma camisa e jogou nela.

– Se veste aê, já já começa a aula.

– Tenho direito à falta se eu morar na escola?

– Não - ele riu - o diretor também mora nela.

– Bah, ok. Tenho direito à privacidade?

– Só porque gosto de você.

– Haha, ok. - Ele pegou algumas roupas no armário e saiu do quarto.

– Ela continua agarrável mesmo, né...

– Ah, então é assim que você pensa? - Uma voz feminina surgiu atrás de Dave. Este foi rápido no gatilho, virou pra trás em uma investida perfeita, em um soco eletrizado e veloz.

– VAI ASSUSTAR TUA MÃE, FILHA DA PUTA!

O soco não acertou Jade, que se encontrava na frente da porta do quarto. Ela se teleportou para trás dele, e o soco quebrou a porta em mil pedaços eletrizados e um barulho que foi ouvido a 100 metros de distância. Ao levantar a cabeça, Dave viu a garota Giovana com apenas uma curta toalha pelo corpo, tentando cobrir as partes íntimas. Vários estilhaços de madeira haviam voado em sua direção, e ela estava sangrando, porém ainda estagnada com o susto e o barulho. Na cabeça de Dave passavam dois pensamentos. O primeiro dizia "puta que pariu puta que pariu" (este veio acompanhando de uma ereção errante) e o outro dizia "Vai salvá-la.". Ele não fez nada, apenas ficou ali de boca aberta.

Jade teleportou até ela e a carregou nos braços.

– Caramba, bem você mesmo isso. Olha o que fez.

– De-desculpa... - falava gaguejando, ainda processando a visão magnífica da sua melhor amiga nua - E-eu não quis fazer isso...

– Ah, ótimo. Vou levá-la à enfermaria. Ah, tem mais. Use aquele presente da sua namorada. Será útil hoje. - E teleportou.

Dave levantou-se e tentou se recompor. A ereção ainda era forte, e sua pulsação causava pequenas correntes elétricas em suas artérias. Tentou pensar em coisas grotescas para conter-se, mas não funcionou. Além disso, precisaria de uma porta nova. Pôs-se a procurar o objeto em questão. Ao achá-lo, contemplou-o por alguns segundos e depois o vestiu.

O presente era um par de luvas abertas ligadas à dispositivos de contenção, que estavam cheios de grão-de-pólen, que era lançado por orifícios no meio e na parte de cima. "Genial, meu amor." Apenas esta foi a resposta quando recebeu o presente. Digna do presenteador. Grão-de-pólen era um ótimo condutor de Hamon, e a corrente conseguiria moldar o formato deste. Os sprays acoplados tinham um alcance de 15 metros, sem perder a concentração; e os pequenos eletro-imãs ao redor da luva mantinham o pólen eletrizado ao redor dela, para um melhor ataque próximo. Tudo isso a comandos do utilizador.

Ouviu-se o barulho do teleporte de Jade.

– E aí?

– Nunca usei isto. Mas é tão bom - disse isto enquanto brincava de lançar, eletrizar e absorver o pólen novamente, criando raios verticais.

– Use com cautela. Salvará sua vida um dia.

Dave ficou calado.

– Ela me disse a mesma coisa.

– Ela vai vir hoje?

– Quem sabe - disse ele, um pouco esperançoso - não a vejo a um tempo.

Dave vestiu-se e desceu ao pátio, que naturalmente, estava lotado.

O pátio era um dos locais mais amplos do colégio: dois quilômetros quadrados ocupados em quase todos os fragmentos. Ao redor, surgiam os prédios onde as aulas aconteciam, onde cada um abrigava uma série. Sete caminhos levavam ao pátio: Entrada principal, ala esportiva,ala de funcionários, hospedagem, área de clubes, templo principal e dojo, e área 7. Havia muita gente nova, Dave quase não encontrou veteranos, pois a maioria destes chegava mais tarde, em horas ou dias. Andava calmamente pelo pátio, sabendo que poucos reconheciam sua patente de vice-diretor e de irmão deste, e assim, não assustaria ninguém. Chegou ao comum local de encontro de seus amigos, e lá os achou. Apenas 2, na verdade. De longe havia notado o Roberto, ou Junior, considerado por Dave o cara mais forte que conhece. Seu stand será apresentado mais tarde. Ao seu lado estava Pedro, que era um cara legal também, mas sem nada especial. Normalmente, Giovana também estaria ali.

– Fala aí, preto - disse Junior.

– E aí - respondeu - já acharam alguma gata entre as novatas?

– Nada fora do usual - disse Pedro. - Acho que estão mais feias esse ano.

Dave sentou-se no banco em que estavam sentados, mas sentou no encosto, com os pés no assento. Sempre fazia aquilo. - Meu dia mal começou e eu já tô cheio de coisa na cabeça.

– Que que teve, cara? - perguntou Junior.

– Caralho, tanta coisa - respondeu. - Nem sei por onde começar. - Seguiu contando os acontecimentos, desde a explosão ouvida e o aparecimento das garotas em seu quarto até aquela hora.

– VOCÊ VIU ELA NUA?! QUERO FOTOS AGORA! - Disse o Junior.

– Controla esse teu pau, caralho. Mas sim, ela é bem gostosa. Pena que desmaiou na mesma hora.

– Mas e essa Jade? Teleportar é um bagulho bem estranho, não sei de stands que façam isso.

– O poder desses lixos varia muito - retrucou Dave. - Já pensou se alguém tem um stand que copiasse todos os outros? Como matariam esse cara?

– Que tal alguém que anulasse o poder do outro stand? - disse Pedro.

–...aí você me pegou. - Pedro riu com a resposta de Dave. - Enfim, isso nunca existiria, eu espero. E nós estamos burlando regras falando sobre stands. E eu sou o vice-diretor. Eu não devia fazer isso.

– Foda-se as regras, somos poderosos, caramba. - disse Junior. - Metade dos alunos daqui tem stands. É só olhar pras costas deles. Olhem.

– Como a gente olha pra costa de gente que tá vestida? - perguntou Pedro.

– Você entendeu, cacete. - disse Roberto. - Se olhar de perto, vocês veem a luz verde do inibidor passando pela camisa.

– Inibidor... Não é uma atitude burra do governo....

– Eles nos odeiam, só isso. - disse Junior.

– Bem, depois daquela guerra, acho bem justo. - Disse Pedro.

– Nós agora somos um grande rebanho. - disse Junior.

– Ainda bem que não faço parte disso - falou Dave, com uma certa falsidade.

– Oi gente! - a voz veio de trás deles. Giovana estava com um vestido vermelho bonito, com o cabelo preso em estilo oriental.

– Nossa fia, cê tá gostosa hoje hein - disse Junior, e Giovana riu.

– Bom dia pra você também, Junior.

– E aí gata - respondeu. - Verdade que viram você nua?

– O que? Quando?

– O Dave disse qu- Foi interrompido por Pedro, que voou para tapar sua boca.

– N-Não, não teve nada não! - Pedro disfarçou.

– Mal começou o primeiro dia de aula e vocês já estão assim? - Giovana disse, e riu.

– Hey, como tão as feridas? Lembra de algo? - perguntou Dave.

– Só lembro de um barulho muito forte e muita dor, depois mais nada... A Jade me disse que a porta quebrou em cima de mim, mas não sabe como, disse que foi do nada.

Os três ficaram em silêncio.

– Bem, não tem jeito né - disse Junior - mas ainda quero ver essa Jade.

– Ela disse que está vindo. - disse Giovana.

– Puta merda - disse Dave.

Ouviu-se o barulho do teletransporte atrás dele. Jade estava com a mesma roupa que estava no dojo, bastante provocativa. Porém, ela não foi até eles, e sim apenas passou ao lado deles e foi andar pelo pátio. A reação de sua visão foi esperada: Junior e Pedro ficaram de boca aberta, e Roberto logo deu um grito.

– CARALHO MAIS QUE CAVALA HEIN

– Puta que me pariu. - disse Dave.

– CARALHO DAVE OLHA SÓ AQUELE CU, É CU PRA MAIS DE METRO MEU FILHO

– Oh Deus.

– VOU FALAR COM ELA É AGORA - e foi mesmo.

– Caramba, que gostosa - disse Pedro. - quem será ela?

– Não deu pra notar? - disse Dave. Houve silêncio por alguns segundos.

– CARALHO É ELA??!!

– É.

– Caramba, perfeito, boa jogada - Pedro parecia satisfeito.

– Vou olhar as garotas nesse pátio. - disse e levantou-se. Foi logo seguido por Pedro - Vou com você! - Giovana sentou-se no banco e ficou pra trás, apenas tranquila, pensando na sua casa e na sua mãe.

– Caramba, ela é gostosa mesmo, hein? - disse Pedro.

– Sim, pra cara- - Dave foi interrompido por uma visão perturbadora. Sua aparência mudou para um misto de susto, felicidade, admiração, descrença e força de vontade.

– Dave? O que foi? - Pedro olhou para a mesma direção.

O que ambos viram foi uma garota de aparentemente 15 anos. Morena, cabelos lisos e olhos grandes, com ênfase no grande. Porém, eram cor-de-mel, o que os fazia ficar bonitos. Possuía um belo corpo, digno de uma dançarina, mas também de uma lutadora que te apagaria com apenas um golpe. O pior de tudo: Ela olhava de volta, e compartilhou a expressão de Dave.

– Mas o que?!? Eu acabei de vê-la com o Junior, não é possível que esteja em dois lugares ao mesmo tempo! Seria um stand?

Houve silêncio. Os dois apenas ficaram se olhando. Até que foi quebrado.

– Puta. Que. Pariu.


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