Rukia colocava os pertences em Renji sem desgrudar os olhos do dele.

- Senti sua falta – ela sussurrou.

- Eu também senti – sorriu.

A pequena passou o braço pelo espaço que havia entre o corpo dela e o de Renji e colocou o chapéu na cabeça dele. Por fim o abraçou para amarrar o que estava faltando e olhou rapidamente para a arma que o ruivo estava apontando para sua cabeça.

- Você é desprezível! – Rukia exclamou, fingindo estar brava.

- A situação é a seguinte, amor. Eu salvei a sua vida, você salvou a minha e estamos quites. – Assim que terminou de falar, ele a virou de frente, apontando novamente a arma para a cabeça dela. – Cavalheiros! Milady... Sempre se lembrarão desse dia, quando quase capturaram o capitão... – ele tirou a corrente do pescoço de Rukia e a empurrou para cima dos homens. -...Jack Sparrow.

Rapidamente, o ruivo virou e pegou uma corda que segurava um canhão, chutou o que a sustentava e então o canhão desceu, fazendo com que ele subisse. O canhão caiu na superfície de madeira, quebrando-a e fazendo alguns soldados caírem na água. Renji chegou ao topo e de repente a estrutura de madeira começou a rodar.

“Em que diabos eu fui me meter!” – Pensava, segurando firmemente a corda.

- Agora podem atirar nele! – O governador disse.

- Abram fogo! – Exclamou James e então os soldados começaram a atirar no coitado.

Renji gritava e a estrutura não parava de rodar. Ele já estava ficando tonto. Foi então que ele pulou para outra estrutura onde tinha uma corda que ligava de um ponto a outro. O ruivo passou a corrente do grilhão por cima da corda e a segurou com a outra mão. Pendurou-se e desceu rapidamente, escorregando pela corda e aterrissando no porto. Ele continuou a correr e os soldados a atirar.

Os homens de vermelho passaram por ele, mas não o viram. Então ele correu e entrou na casa do ferreiro Brown. Olhou em volta e notou que estava vazio. Ele pegou um martelo, mas ouviu o barulho de algo caindo no chão, o que o assustou. Aproximou-se do corpo jogado no chão e o cutucou repetidamente, quando viu que ele não acordaria, Renji tentou quebrar a corrente que unia os grilhões.

Tentou de tudo, mas nada parecia surtir o efeito desejado, foi então que teve a seguinte idéia. Ele fez o burro se locomover e então as engrenagens do lugar começaram a funcionar. O ruivo colocou a corrente entre duas peças que se moviam em sentidos opostos, fazendo com que elas a quebrassem. Assim que conseguiu, ele notou a trava da porta de madeira abrir, então correu e se escondeu.

Enquanto olhava em volta Ichigo fechava a porta, notando que algo estava errado. Correu até o jumento e o tranqüilizou com um carinho na face. Depois foi ver se o senhor Brown estava bem e reparou que ele estava do mesmo jeito que deixara antes de sair, mas ao ver o martelo em cima da bigorna e o chapéu em cima da mesa, notou que havia mais alguém lá dentro. Quando ia pôr a mão no objeto, alguém bateu levemente a espada em sua mão, fazendo-o virar o rosto afim de identificá-lo.

- Re...Renji?! – Ichigo ficou impressionado.

- Esse cabelo laranja nunca me enganou, Will Turner – sorriu o ruivo, jogando a espada no chão.

Continua...