Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 9
"Talvez eu goste de você."


Notas iniciais do capítulo

E ai gente, tudo bem? kk Eu acho que vocês vão gostar do final.. MAS NÃO PULEM PRO FINAL PORQUE SE NÃO PERDE A GRAÇA ):

Vocês estão gostando?

PS: Se não for incomodar, cliquem no som do youtube na hora que ele aparecer, porque fica mais legal. Hahah



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CAROLINE'S P.O.V.

Como assim Elena Gilbert? Só pode ser brincadeira, eu merecia ganhar isso.. Eu sou bonita, engraçada, e muito, muito mesmo, mais simpática que a Elena. Que droga.

– Eu te odeio, sabia? - Falei, olhando pra Elena, que ainda estava em estado de choque.

– O sentimento é recíproco. - Ela disse. - Mas.. PORRA COMO ASSIM? EU NÃO QUERO ISSO.. VOCÊ QUER FICAR NO MEU LUGAR?

– Bem que eu queria, mas vai contra as regras.. - Ela não deixou que eu terminasse de falar, e saiu andando feito um motor pronto pra explodir.

Ótimo, até porquê eu adoro quando pessoas me deixam falando sozinha.

– Meu irmão não para de olhar pra cá.. Ou pra você! - Rebekah falou, sentando mais próxima de mim.

– Ãn? - Eu nem conhecia o irmão dela, bom, não que eu me lembrasse..

– Niklaus, aquele.. - Ela apontou para o lado esquerdo. Onde estava um cara loiro, de olhos claros e sorriso largo.

Ele era bonito, e tinha um olhar intelectual.. Mas, infelizmente, meus olhos sempre vacilavam pro idiota retardado que estava no primeiro degrau da arquibancada, lendo revista em quadrinhos.

– Eu nem o conheço.

– Mas pode conhecer... - Ela falou sorrindo.

Talvez eu devesse, talvez não..

– Não sei se é uma boa..

– Klaus, vem aqui. - Mais ignorada que eu hoje, impossível. O garoto veio andando, sem tirar o sorriso dos lábios. - Essa é Caroline.

– Eu sei quem ela é. - SABE?

– Mas você não me conhece! Ou conhece? - O olhei, desconfiada.

– Não, mas sei seu nome.. As pessoas aqui comentam umas sobre as outras, não sabia? - Se sentou ao meu lado enquanto falava.

Ele tinha um sotaque inglês muito bonito, vale destacar.

– E o que te falaram sobre mim? - Perguntei, tentando parecer desinteressada.

– Muitas coisas. Algumas boas, outras nem tanto. - Ele riu. - Na verdade, as "nem tanto" foi Elena quem falou.

– Há, só podia.. Ela meio que me ama em segredo. - Klaus concordou com a cabeça.

– Bom, vou deixá-los sozinhos, tenho coisas a fazer. - Rebekah falou, enquanto se levantava.

Tava bem na cara sobre o que eram essas "coisas". Dali dava para ver Stefan andando para fora da quadra, e ela não foi nada discreta na hora de segui-lo.

– Ela ainda gosta dele né? - Perguntei.

– Mais do que deveria, na verdade.. Mas e você? - Olhei para ele, que tinha um brilho indiferente nos olhos. - Solteira, apaixonada, ou qualquer outra coisa?

– To "indo", sabe? - Ele riu.

– Acho que eu deveria ir também.. Quem sabe a gente não se esbarra no caminho? - Minhas bochechas queimaram. - Ei, Caroline, você está quase tão vermelha quanto os seus sapatos.

– Eu não fico vermelha. - Falei, tentando esconder o rosto, fazendo-o rir mais ainda.

– To atrapalhando alguma coisa? - Tyler estava sério, encarando Klaus.

– Não, nada amigo, sente-se conosco! - Provocou.

– Sem gracinha, é a MINHA MINA!

Mina dele? Desde quando eu era propriedade de alguem? Quer dizer, desde quando esse alguém era o Tyler?

– Então quer dizer que a gente ta junto e você não me avisa nada? - Falei, irônica.

Acho que to andando muito com a Elena..

– Não fala assim! - Ele disse.

– Me desculpe, eu não sabia que estavam juntos. - Klaus se defendeu.

– Nós não estamos. - Disse. - Aparentemente estávamos, mas ele estava comigo e com a escola toda, sabe?

– TU É MÓ FURA OLHO. - Se exaltou, e Klaus não fez absolutamente nada. - Não vai nem se defender? - Ele baixou o tom de voz.

– Não.. Qualquer coisa que eu falar, vai ser motivo pra você querer me bater, e caso não se lembre, você sempre se ferra nas brigas. Eu não to no espirito de querer bater em alguém hoje, "amigo". - Aquele sotaque dele só deixava tudo ainda mais interessante.

"Não Caroline, isso não é interessante, isso é ridiculo!"

– Quer saber? Da sua crise de garotinho que acabou de perder um doce sozinho, eu tenho mais o que fazer. - Falei, me virando pro Tyler enquanto me levantava dali. - E, quanto a você, desculpa por isso.

Sai dali o mais rápido possivel, antes que me desse uma crise de "Elenisse****" e eu começasse a querer bater em todo mundo. Mas, eu sou Caroline Forbes, e tenho controle sobre a minha diva interior.


ELENA'S P.O.V.

Eu preciso de ioga, ou qualquer coisa que me relaxe. MEU SENHOR DA BOA ALMA ME AJUDA A ME CONTROLAR. Eu queria matar todo mundo daquela escola por ter votado em mim. O problema nem era ter que escolher a musica pro baile, o problema era ter que passar o tempo com o Damon. Ter que dançar com o Damon. Ter que aturar o Damon. E eu nem tenho uma arma para mata-lo, ou algum objeto de tortura. "Oh Deus, me livra dessa e eu prometo que serei boazinha".

– Stefan, Stefan espera! - Ouvi uma voz de mulher, me tirando da minha briga com o subconsciente, chamando pelo meu falso-namorado.

Olhei pro lado curiosa e reconheci a Rebekah. Como eu não sou curiosa, me sentei atrás de uma árvore que havia ali perto, para que desse para escutar e ver os dois conversando.

– O que você quer? - Ele perguntou, variando de grosso para apreensivo.

– Conversa, e só..

– Não pegaria bem pra mim ficar conversando com você, sabe, agora sou comprometido. - Ela estava de costas, mas estava com a certeza que ela tinha revirado os olhos. Se ela não fez, eu fiz.

– Claro, e você está muito apaixonado né?

"Oh, demais amiga, cê nem imagina" pensei.

– Acho que sim. - Ele tremeu na base quando falou o "acho". - Mas por quê mesmo isso te interessa? Se eu me lembro bem, foi você quem quis terminar. - Ele falou, com uma voz magoada, mas firme.

– Jura? Jura mesmo? Naquele dia você não teve nem a leve impressão de que, não sei, talvez eu só estivesse magoada? - Rebekah falou quase que num grito.

– Lógico que eu tive, normal nessas situações.

Foi ai que eu tive a certeza: TODOS OS GAROTOS SÃO BURROS, IDIOTAS E INFANTIS.

– Já vi que perdi meu tempo vindo conversar com você!

– FOI VOCÊ QUEM QUIS IR EMBORA, DROGA!

– E foi você que não me pediu pra ficar! - Rebekah saiu dali, e se eu não me engano, estava chorando. Stefan fez a mesma coisa.

Esse era o momento perfeito pra ele contar pra ela que nosso namoro era de mentira, aí eles ficariam juntos e eu não precisaria mais fingir gostar de ninguém. Ia ser perfeito, mas nãaaao, Stefan preferiu sair andando e ficar triste no quarto do que fazer a coisa certa. Ta vendo? Depois ainda falam que eu não tenho motivos para ficar estressada.. Me poupe.

– Nanana, que feio ficar ouvindo a conversa dos outros. - Minha alma gelou por um segundo e depois que vi quem era, voltou ao normal.

– Estúpido, para de me assustar desse jeito. - Falei, e Damon riu.

– Own, que peninha, parece que o namorado vai se tornar ex, porque ainda gosta da outra. - Ele fez um biquinho sarcástico e eu mostrei o dedo do meio. - Sabe, Elena, é feio para uma moça ficar fazendo esses gestos.

– Essa droga de namoro não vai acabar, e bom, já que moças não fazem isso, acho que sou um garoto.. Só que sem um pinto. - Ele gargalhou, só me irritando mais ainda.

– Que jeito horrível de falar do seu relacionamento.

– Tanto faz, é falso mesmo. - Bufei.

– O que?

– O que o que? - DROGA, FALEI MERDA.

BURRA, IDIOTA, ESTÚPIDA. Eu preciso aprender a controlar a minha lingua. Ai meu Deus eu to pegando a doença da Caroline.

– O namoro é falso? - Ele começou a rir. Parecia um garotinho ganhando um carro de brinquedo, e eu não entendi de onde surgiu aquela felicidade.

– Ló-lógico que não. - Ótimo, aogra eu virei gaga.

– Você mente muito mal. - Ele ainda não tinha parado de rir. Eu ia matar esse garoto.

– E você é um idiota..

– E você tem um namorado de mentirinha.

– Isso não te deixa menos idiota. - Falei.

– ACABOU DE CONFESSAR QUE O NAMORO É FALSO.

– Droga. - murmurei. É, agora eu tava ferrada.

– Tão previsível.

– Eu.. Tenho que ir. - Saí andando, mas ele gritou meu nome, fazendo com que eu parasse no meio do caminho. - O que você quer cabeção?

– A gente precisa começar a decidir as paradas do baile hoje, ordens da Sra. Saltzman. - Ele falou. - To com a chave do salão de festas, te encontro lá as seis?

– Tá. - Falei entredentes.

Saí andando dali mais brava comigo do que com ele, pela primeira vez eu queria ME matar, se é que isso é possivel. Então resolvi reagir da maneira mais adulta possível: me esconder em algum lugar até 18 horas, pra não ter que encarar o Stefan.


BONNIE'S P.O.V.

Por, um milagre talvez, eu não tinha pensado muito no Jeremy nos ultimos dias. Ou não tanto quanto eu achei que pensaria. Essa coisa de "drama de casal" realmente existia, ainda mais quando o casal não existia. Parecia que eu ia morrer no dia em que tudo aconteceu, mas no entando, olhem pra mim, estou viva. De alguma maneira eu sempre sobrevivo à coisas inoportunas. Acho que no final, é mai fácil sobreviver do que ficar se lamentando.

Entrei no quarto pra pegar meu iPod, pretendendo dar uma corrida pela escola, tava precisando de exercícios físicos. Mas, para a minha surpresa, não era meu iPod que me esperava, e sim um garoto, de cabelos bagunçados e um sorriso culpado.

– O-oquê ta fazendo aqui Jer? - Perguntei, sentindo meu coração parar.

– Estou te esperando aqui faz horas, sabia? - Ele falou se aproximando, e eu não conseguia dizer nada. - Eu queria me desculpar!

– Se desculpar pelo que? - Finalmente consegui falar. - Você não tem culpa por não querer mais. Eu que não deveria ter feito aquele drama todo..

– Shhh.. - Fez sinal para que eu me calasse. - Eu tava errado, eu queria mais, eu só estava com medo. Cara, olha pra você e olha pra mim.. Eu não sou nada, e você é tudo. Junto de você eu tenho a chance de ser alguma coisa e sem você, eu sou um bosta. Não tenho nada de atrativo, quase nenhuma garota tem interesse por mim, e a unica coisa que eu me perguntava era o que você via em mim! Porque não faz sentido Bonnie.

– Eu...

– Eu não terminei. - Ele continuou. - Você é a garota mais incrível dessa escola, e eu convivi todos os dias com o medo de te perder. Por isso eu disse aquelas coisas. Eu não tava cansado de você, eu tava com medo de te perder, e achei que se eu desistisse seria menos doloroso. Que grande erro que eu cometi!

Sem pensar muito no que fazer, simplesmente o abracei. Será que ele não tinha noção do que ele era? Ele era e sempre vai ser o garoto mais interessante do mundo.

– Você não faz ideia do quanto eu gosto de você né? - Perguntei.

Ele não respondeu, simplesmente me beijou, e eu correspondi na mesma hora. Me senti feliz como nunca havia me sentido antes.


DAMON'S P.O.V.

Eu tava rindo em silencio do Tyler fazendo drama por causa da Caroline. Ele falava coisas como "Ela não me quer, eu sou feio? eu sou gordo? não! então porque ela não me quer?" ou então falava que ia matar o Klaus. Eu ouvia, mas não falava nada. Nessas horas o Tyler virava uma garotinha, e eu não me dava bem com garotinhas pequenas chorosas.

Olhei o relógio e faltava 10 min para as seis horas. Sem falar nada, simplesmente coloquei meu tênis que estava jogado por ali, peguei meu iPod e a caixinha de som e saí do quarto, indo para o salão de festa, onde a ajudante do capeta me esperava.

Cheguei até lá, e ela ainda não tinha chegado. Coloquei a caixinha do iPod num canto junto com ele, por que se precisariamos de inspiração, nada melhor que música. Me sentei no chão encostado na parede e fiquei esperando por ela.

– Damon? - Finalmente.

– Aqui. - Respondi, e ela veio em minha direção, com seu típico mau humor. - Então, o que vamos fazer?

– Pensar num tema pro baile, talvez.. Não prestou atenção no que a diretora disse?

– Não, ignoro quase tudo que não me interessa. - Ela falou, e aquilo não me surpreendeu.

Me levantei, enquanto via que ela encarava o chão, intediada.

– Eu tenho um problema...

– Seu maior problema foi nascer. - Provocou, e fiquei a encarando, sem responder. - Ta, vai, fala.

– Não sei dançar, e a gente tem que dançar junto.

– Você não dança nessa bosta todo ano? - Ela perguntou, desconfiada.

– Na verdade não, eu sempre chego atrasado.

– Chega atrasado dessa vez de novo, sem problemas. - Eu ri.

– Não, dessa vez eu quero ver você me ensinando a dançar. - Ela bufou. - Fica tranquila, não vou abusar de você nem nada disso.

– Nem tente, sou treinada e sei me defender. - Ela falou como se fosse um cachorrinho treinado. Ri com isso em silencio.

– Jura? - Me aproximei dela, que me olhava sem entender. Eu estava achando aquilo muito divertido.. - Tenta me bater. Juro que não revido.

– Com prazer.

Ela fechou o punho e mirou a mão fechada bem na minha cara, mas rapidamente eu a segurei, e então ela fez a mesma coisa com a outra mão, que teve o mesmo fim. Segurando as duas mãos dela, fiz com que ela se virasse de costas, a prendendo em meus braços.

– To vendo como se defende bem.. Sabe, se eu fosse um vampiro, bang, você estaria morta. - Mordi o pescoço dela, fazendo com que a senhorita nervosinha rangesse os dentes e se soltasse de mim de uma forma bem violenta.

(N/A: Me inspirei nesse gif: http://24.media.tumblr.com/052ac212d6d73640261d1a1bf5a8d6b9/tumblr_mon65zv05k1r9xerro1_500.gif)

– Não perde o foco. A gente tem muito o que fazer. - Ela estalou os dedos me fazendo rir.

Coloquei Whistle pra tocar, que quando acabasse seria seguido por "Queen of California" do John Mayer, pra poder animar esse "trabalho". Ela fez uma careta.

– O que? Não gosta?

– Não tinha uma musica menos pornográfica? - Dei uma risada com o comentario dela.

– Para de reclamar um pouquinho.

A gente ficou algumas horas sem pensar em nada. Só discutiamos com tudo, e não arrumávamos um tema bom. Ela discordava de tudo que eu falava, e eu fazia a mesma coisa com ela. Ela só tinha ideias ruins, e as minhas não eram muito melhores. Sem contar, que tudo que eu fazia ela debochava. Se eu tivesse uma ideia mais séria, eu era seco demais, se eu tivesse uma ideia mais "romantica" eu era muito "mulhersinha". Era dificil demais de concordarmos, e na verdade eu tava gostando daquele climinha gato e rato. Era divertido ficar perto de alguém sem ter que tentar agradar essa pessoa, e sei que ela sentia a mesma coisa.

– Ta, chega, você parece que não pensa! - Ela reclamou.

– Eu? Você também não teve nenhuma ideia.

– A sua burrice me atrapalha a pensar. - Provocou e eu revirei os olhos.

– Então, o que acha de me ensinar a dançar?

– Não.

– Elena, para de complicar tudo..

– Ta bom.

Coloquei uma música mais lenta, e estendi a mão para que ela segurasse, o que ela fez com má vontade.

http://www.youtube.com/watch?v=U6SyXour2N4

Segurei sua cintura com força e ela colocou a mão suavemente em meu ombro, enquanto nossas mãos livres se encontraram, meio que entrelaçando os dedos. Começamos com passos lentos, e ela acompanhava perfeitamente os meus pés. Na verdade eu sabia dançar, mas queria aprender a dançar com ela. Não me perguntem o porque. E ela percebeu isso, mas não disse nada. Enquanto nossos pés deslisavam pelo salão, em perfeita sincronia, meus olhos não desgrudavam dos dela. E, por um momento, aquilo pareceu tão certo. Eu, ela, nós. Sem brigas, só Damon e Elena. Ela dançava perfeitamente bem, e minhas mãos se encaixavam certinho em suas mãos. Como se tivessem nascido para ficarem juntas. Eu nunca tinha pensado nela desse jeito. Bom, não tinha "um jeito". Na verdade, eu tava sentindo umas coisas estranhas. Percebi que ela também estava confusa, e nossos rostos estavam a poucos centímetros de distancia, e nossos olhares nunca se perdiam. Até a hora que eu vacilei, e meu olhar desceu para sua boca.

Ela percebeu e virou o rosto.

– Vem comigo? - Falei, baixinho, quase um sussurro.

Ela, sem pensar muito, só fez sinal de "sim" com a cabeça.

Peguei a mão de Elena, e a puxei comigo até o meu lugar secreto da escola. Na verdade, não era secreto, mas ninguém ia ali. Tinha uma piscina média, e todo mundo preferia a piscina maior que tinha na outra área.

– Quer dar um mergulho? - Perguntei, e ela deu um risinho sarcastico.

– Pretende me afogar? - Eu ri.

– Não estraga. - Antes dela abrir a boca pra reclamar, a empurrei dentro da piscina. Assim que ela subiu a superficie da água, começou a reclamar e eu comecei a rir.

– Não é justo. Vai ter que cair também. - Balancei a cabeça concordando.

Tirei a camisa e pulei na piscina, nadando para ficar perto dela.

– Você é a primeira pessoa que eu trago aqui. - Eu disse, chegando mais perto.

– E eu devo te agradecer por isso? - Ela falou, jogando o cabelo molhado para trás.

– Não sei.. Mas aqui é um lugar legal.

– Mais ou menos né? - Ela começou a jogar água na minha cara.

– Para, Elena. - Falei, engolindo um pouco de água e finalmente conseguindo segurar suas mãos.

Agora nossos rostos estavam muito perto, e eu não conseguia falar nada. Ela também não. A gente ficou se encarando por uns segundos, que pareceram horas. Meu olhar se dividia entre sua boca e seus olhos. Nossa respiração estava irregular e eu agi sem pensar: aproximei ainda mais meu rosto do dela, até que nossos lábios se encontraram, e uma descarga elétrica percorreu todo o meu corpo. Para a minha surpresa, Elena não se afastou, ao contrario, eu senti sua boca se abrindo lentamente, fiz a mesma coisa, até que nossas linguas se encontraram. Envolvi sua cintura com meus braços, fazendo com que nossos corpos ficassem ainda mais colados, enquanto ela envolveu meu pescoço. Nossas bocas se encaixavam. Eu mordia levemente seus lábios e ela fazia a mesma coisa que eu. Estavamos entregues a essa sensação, que parecia nova para ambos. Segurava-a com firmeza, como se ela fosse minha, exclusiva e unicamente minha. O beijo foi ficando mais lento, até que mordi e chupei seu lábio inferior pela ultima vez, e lhe dei o ultimo selinho.

Nos afastamos, ambos ofegantes e confusos. Minha cabeça estava a mil.

– Elena.. Desculpa, eu não devia.. - Ela colocou a mão na minha boca.

– Minha vez de te pedir pra não estragar. Deixa que eu me arrependo amanhã.

Ela me surpreendeu quando tirou as mãos da minha boca, e me beijou novamente. Dessa vez com ainda mais vontade e com uma mistura de prazer e uma quase paixão, pelo menos da minha parte, que ia me fazer passar a noite acordado tentando entender. E, de novo, nos entregamos a sensações que ambos estávamos descobrindo. Explorando cada parte da boca um do outro.

"Cus well never have to fight again
theres no reason now
cus all you need is love
and love is all you've ever found"



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Notas finais do capítulo

Deixem comentarios! :D