Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 8
Surprise!


Notas iniciais do capítulo

O capitulo não ficou tão engraçado, porque eu escrevi ele as 4 da manhã de ontem, e só to postando hoje porque a internet não permitiu antes! Sobre os erros, relevem ): E espero que gostem!

AAAAH GENTE! Quem tiver idéias para os próximos capitulos, se sintam bem vindos pra falar comigo. :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/373759/chapter/8

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez.. Respira.

Acho que devo ter feito isso umas mil vezes, pra controlar a minha vontade de matar a Lexi. Ela tava desesperada, andando de um lado para o outro feito louca, reclamando sobre estar ali. Deus, me de paciência.. Ou uma arma, tanto faz. Minha vontade era jogar a cadeira da secretária na cabeça daquela garota.

– Meu pai vai me matar. - Ela reclamava, ainda em pé e andando pra lá e pra cá.

– Bom, se ele não te matar, eu vou. CALA ESSA BOCA! - Gritei, sem paciência.

– Como pode estar tão calma? Você é maluca. - Falou, ainda nervosa com a situação.

Revirei os olhos e preferi não responder. Eu iria acabar falando palavrões demais. Hora de recomeçar o ritual. Inspirar, expirar e "um, dois, três, quatro.."

– Senhorita Gilbert, a Sra. Saltzman deseja vê-la. - Uma senhora que era redonda de tão gorda, falou. Lexi chegou a derreter de tanto alívio.

– O quê? Por que só eu?

– Não me faça perguntas mocinha, só obedeça.

Bufei e me levantei da cadeira. Fui andando em direção a porta de madeira gigante que tinha no meio do corredor, logo depois da sala de espera. Aquilo parecia mais um consultório feito na mansão Adams.

Entrei na sala reclamando:

– Já vou avisando que eu não fiz nada ó..

– Por favor saia. - Ela me interrompeu.

– Ué.. Mas você mandou me chamar. - Falei.

– Aqui nessa escola, é de suma importancia ter a educação de bater na porta antes de entrar.

Inacreditável.

Fiz o que a direchata mandou: saí da sala e dei três batidas na porta.

– Quem deseja? - Ela perguntou.

– Papai Noel. - Falei sem paciencia, enquanto abria a porta.

– Ora veja só, acho que nosso calendario está errado. - Ela fez piadinha, a qual eu não respondi. - Sente-se.

Me sentei e fiquei encarando a cara de velha (tudo bem, ela não era feia) da Sra. Saltzman. Eu só não entendia o que o gatão do professor tinha visto nela...

– Você sabe bem o motivo de estar aqui, creio eu.

– Na verdade, não. É injustiça, a outra lá era pra estar aqui também. - Falei na defensiva.

Foi mó sacanagem terem chamado só a mim. Tudo bem que eu queria estar aqui mais cedo, mas só se EU tivesse feito por onde. E dessa vez a culpa não foi só minha.

– Mas está bem claro que eu só desejo ver você. - Falou.

– E eu posso saber o motivo? - Eu tava muito sem paciência. Mais que o normal.

– Bem, Elena, eu prometi ao seu pai que te ajudaria. Ele me falou que você está passando por um momento dificil. - Já ia abrir a boca pra reclamar mas ela fez sinal para que me calasse. - Antes que comece a reclamar. Eu tenho noção do que está sentindo... Mas não disconte isso nas pessoas ao seu redor. O mundo não é tão ruim. - Por um segundo eu até achei que ela tivesse razão.

– Tá.. Que seja. - Falei, me rendendo.

– Ao julgar o que você fez com o seu uniforme, percebi que quando coloca algo na cabeça, você vai fundo nisso. - A olhei, sem entender. - Acha que eu também não re-li as regras para saber se podia ou não te punir por causa disso? Estou a anos nesse trabalho, lido com alunos praticamente a vida inteira. Adolescentes são sempre assim, fecham a cabeça pra coisas que julgam sem sentido, mas abrem a mente completamente para aquilo que lhes interessa.

Diretora 1 x Elena 0

Ela tinha lido as regras. A única droga de coisa que eu pensei que iria poder irritá-la, era quando a fizesse re-ler a porcaria das regras até que ela percebesse que eu não poderia ser punida. Mas... Eu perdi uma batalha, não a guerra, afinal de contas.

– Então.. É só isso? Sem punição? - Perguntei.

– Sim, sem punição. Estou à par do que aconteceu e sei que a culpa não é inteiramente sua. E sei também que está fazendo isso pois está querendo ser punida..

Diretora 2 x Elena 0


STEFAN'S P.O.V.




Eu estava tão perdido esses ultimos dias, quanto eu estava no começo do verão passado. Sei que não tenho muito o que reclamar: tenho dois amigos idiotas, uma namorada falsa que é bem gostosa, e pais que me apoiam e me amam. Mas sempre falta alguma coisa.. Bom, o problema sou eu: eu sempre faço faltar alguma coisa. É como se nada fosse bom o bastante sem.. Sem aquilo que você quer. Sem aquilo que você acha que precisa. Sem aquilo que no fundo eu sabia que não precisava de precisar. Sem Ela.




Droga, eu preciso mudar o disco. Preciso desencanar cara, preciso mesmo. Ela terminou, ela não quis mais, então por quê eu deveria querer? E querer mais a cada dia. Eu me lembro direitinho o que havia acontecido: Nós haviamos brigado, uma briga feia a qual eu não voltei atrás. Ela tinha que fazer um intercambio por que seus pais tinham mandado, mas na minha cabeça, era só ela falar "não". Mas ela sempre complica tudo. E quando ela foi se despedir eu simplesmente a mandei ir. De noite ela foi até o meu quarto, com o cabelo bagunçado, olhos lacrimejando e o lábio inferior tremido, dizendo que estava cansada de lutar sozinha, cansada da minha imaturidade e de gostar por nós dois. Eu lembro de querer gritar que estava errada, mas tudo o que eu fiz foi deixá-la falar. Eu travei. Eu vi ela indo embora e não fiz nada. E não adianta eu continuar me fazendo de forte, porque toda vez que falam o nome dela ainda dói.


– Vem cara, ta na hora do treino. - Damon veio me chamar, me tirando dos meus pensamentos de romantico inconsolável.

– Diz que não to bem, e que não posso treinar. Inventa alguma coisa! - Pedi.

– Ela já ta chegando né? - Ele perguntou, e eu balancei a cabeça em sinal positivo. - Mas você não está com a Elena? - Não respondi. - Quer ficar sozinho né? Beleza.. Te vejo mais tarde.

Ele saiu andando. E eu fiquei ali, no banquinho perto de umas árvores da praça da escola. Fiquei olhando o céu e escrevendo textos emotivos. Eu me sentia extremamente gay fazendo essas coisas. Mas era necessário.. Eu nunca fui bom com palavras faladas, pelo menos sou bom com palavras escritas.

Pra piorar um pouquinho minha situação, dali pude ver Rebekah chegando, com as malas e o irmão. Eu acho que fiz de propósito.. Escolhi o lugar mais proximo da entrada da escola pra ficar. Afinal, eu gostava de ser torturado. E ela estava extremamente linda.. Talvez mais do que sempre fora. Era complicado me manter lucido pensando nela, imaginem vendo-a.

ESPERA.. MANO, É ELA. Meu estômago embrulhou, minha cabeça começou a doer. Cara, É ELA MESMO. Eu vou explodir..

– Bu.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH - Olhei pra trás e vi a desgraçada da Elena morrendo de rir. PUTA QUE PARIU. - NUNCA MAIS FAÇA ISSO. PARA DE RIR.

– Desculpa, não resisti. - Ela falou entre as risadas.

Eu não sei se deveria matá-la ou abraça-la por estar ali agora.

– Então, aquela ali é a perua? - Perguntou. - Meu jesus e quem é aquela coisa maravilhosa que está vindo com ela?

– Aquele é o Klaus, irmão dela. Mas.. COmo sabia que era ela? - Estava confuso.

– Encontrei o Damon no caminho.. E cara, me apresenta seu cunhado! - Elena já começou a falar besteiras.

– Se você não se lembra, estamos namorando, o combinado é sem chifres e ele não é mais meu cunhado. - Ela bufou e eu até achei graça. Ela era engraçadinha nervosa.

– Droga. - Reclamou.

– Anda, anda, eles estão vindo nessa direção. Ou a gente sai daqui ou você me beija. - Ela tava distraída olhando pro Klaus e nem me deu atenção.

Sério, eu tava prestes a explodir. Então puxei a Elena pro banco e devorei sua boca no beijo falso mais verdadeiro que eu consegui dar. Ela até lutou contra no começo, mas depois caiu em si e lembrou que precisava corresponder. O combinado era sem língua, mas nesses casos nem tinha como, afinal: era pra parecer real. E ela além de ser bonita, tinha uma boca carnuda e não beijava nada mal. Eu não tinha do que reclamar. Deixei que minha língua invadisse a boca dela, e ela fez o mesmo. Apertei uma mão minha em sua cintura, enquanto a outra se enrolava em seus fios de cabelo. Como eu já havia mensionado: foi o beijo falso mais verdadeiro que eu já dei.

– Vai com calma aí Stef. - Klaus chegou, interrompendo nosso beijo. Ambos estavamos ofegantes, quando me levantei para abraçá-lo e saborear a cara de ódio da Rebekah.

– Oi cara, quanto tempo. - Dei um tapa em seu ombro e ele sorriu. Apesar dele ter umas divergências com Tyler, Klaus era gente boa. - E.. Oi, Rebekah. - Falei com ela.

– Oi. - Ela respondeu seca e eu segurei meu sorriso.

– E quem é sua amiga? - Klaus perguntou.

Elena arrumou o cabelo, que estava meio bagunçado, limpou a boca e sorriu.

– Sou Elena.

– Prazer, sou o Klaus.

– O prazer é todo meu.

Ela tava sorrindo demais, se continuasse assim ia botar tudo a perder. Eu ia matar essa garota..

– Ela é minha namorada. - Falei, segurando na cintura de Elena. Quando disse "namorada" Rebekah revirou os olhos nada discretamente.

– Fico feliz por vocês, vamos Klaus, preciso saber qual vai ser meu quarto! - Pediu impaciente.

– Tudo bem.. Te vejo mais tarde Stefan. Aliás, você e o Damon.. E diga pro Tyler que quero me desculpar! - Ele falou, enquanto saía com a minha ex, mas que será futura, namorada.

– QUE SOTAQUE É ESSE MEU SENHOR.. Achei sua namorada bem nojentinha MAS O IRMÃO DELA. - Elena começou a tagarelar.

– VOCÊ PODIA DAR MENOS PINTA DA PROXIMA VEZ EM?! - Falei nervoso. - Porra Elena, trato é trato, finge que ta gostando de mim SEM DAR SORRISINHOS DE SEGUNDAS INTENÇÕES PRO IRMÃO DA MINHA EX! - Ela fechou a cara.

– Desculpa estressadinho. Mas foi bom você ter ficado bravo, porque vou considerar isso como a minha vingança.. - A olhei confuso. - Que porra de beijo foi aquele? Se me der mais um assim, nosso trato acaba.

Eu ri.

– Ah, vai dizer que não gostou?! - Provoquei e ela apertou os olhos.

– Guarda essa lingua nojenta pra enfiar na garganta da Rebekah! - Elena me deu um tapa na cabeça.

Meu humor tinha voltado. consegui o que queria: Rebekah com ciúmes. Nada mais iria me abalar porque ELA AINDA GOSTA DE MIM!!


ELENA'S P.O.V.




Deixei o Stefan e sua felicidade sozinhos e fui andando pra quadra. Meu material ainda estava lá e eu tinha que dizer pra treinadora que não iria mais ficar na droga de lideres de torcida. Aquilo não era muito a minha cara afinal, era mais a cara da sebosinha. Opa.. Isso! Caroline vai me substituir. Peguei meu celular pra mandar mensagem pra loira azeda.




"Carol, quer ser lider de torcida? Vem pra quadra. xx"


Assim que cliquei no Enviar, alguém puxou meu braço e tampou minha boca, me arrastando pra trás da quadra. Eu ia começar a gritar e a xingar, até que percebi que esse alguém era o imbecil do Damon.

– Por que você sempre tem que me assustar? - Perguntei. - Qual o seu problema comigo?

– Todos e nenhum ao mesmo tempo. - Falou se divertindo.

Era impressionante como ele conseguia ser irritante!

– O que quer dessa vez?

– Falar sobre seu lance com Stefan. - Respondeu com um sorrisinho desanimado.

– De novo? Já te disse que estamos namorando e é isso aí..

– Mas você sabe que ele ainda não esqueceu a ex dele!?

Eu não tinha entendido o porquê do Stefan não ter contado pro melhor amigo dele que o namoro era falso, então eu tinha que continuar com a farsa, né? Mas na verdade eu já estava me cansando desse namoro.

– Esquecer ele não esqueceu. Tudo tem seu tempo, e eu entendo isso! - Falei.

– Então você gosta mesmo dele? - Ele perguntou.

– Gosto. - Respirei fundo. Eu tinha que ser convincente, mas ele pareceu meio decepcionado.

– Que bom então, fico feliz. - Forçou um sorriso.

– Era só isso que queria?

– Era sim, pode ir. - Ele saiu da minha frente, dando passagem.

Sai dali meio desconfiada. O que tinha dado nele afinal?


DAMON'S P.O.V.




É, agora é hora de arrumar o que fazer e não ter muito contato com essa garota mais. Ela era bonita e provocante, o tipo errado que eu bem gostava.. Mas, era o fruto proibido, namorada do melhor amigo e tudo mais. No fundo eu estava até aliviado, porque apesar da Elena ser bonita, a verdade era mais bonita ainda: ELA ERA INSUPORTÁVEL. Pelo menos na maior parte do tempo. Seria melhor convencer a mim mesmo de que tenho que ficar sozinho e parar de arrumar encrenca. E bom, Elena era a encrenca em pessoa.




Estava andando até o bebedouro para depois voltar a treinar, quando ouvi alguém me chamando:


– Ei, Damon. - Olhei pra trás e vi Rebekah.

– Bekah, que saudade. Só não te abraço porque to todo suado. - Falei sorrindo.

– Também to com saudades, mas não é por isso que eu vim aqui. - Ela admitiu, sorrindo timidamente.

– Deixa eu adivinhar... Stefan e Elena?

– Isso é sério? - Perguntou.

– De verdade? Nem sei. - Respondi.

Eu não sabia mesmo. Elena tinha acabado de falar que gostava dele, e parecia ser sincera. Mas eles dois juntos não pareciam se gostar mesmo. Quer dizer.. Depois daquele beijo que eu tive o desprazer de ver eu até tive duvidas.

– Eu os vi se beijando, e resolvi saber se era algo sério e tal.

– Olha, você é mil vezes melhor que ela.. Elena é um pé no saco. Insuportável, metida, arrogante e nervosinha. Stefan ainda te ama, disso eu sei. - Falei o que pensava.

– Mas se ela é tudo isso, por que ele a escolheu? - perguntou.

– Não faço ideia. Mas eu não a suporto.

– Hmmmmmm.. Que ódio todo é esse hein? - Ela falou desconfiada, e eu não entendi nada. - Ta gostando dela, AI MEU DEUS DAMON! - Ela riu.

– O QUE? NÃO!! DE JEITO NENHUM.. Eu acabei de falar que não a suporto! - Me defendi.

– Mas sorriu quando falou o nome dela. ISSO É PAIXÃO! Se não é, ta chegando no "gostar".

– Nada a ver, ta viajando!

Ela tava viajando mesmo. Deus que me livre, jamais gostaria de alguém como Elena. Acho que seria mais fácil eu me apaixonar pelo Jason, o assassino. Sexta-feira 13 era um filme bem a cara da Elena por sinal.

– Já que você diz.. - Ela deu um sorriso desconfiado. Mas alguém devia ter dado drogas pra ela, não é possivel. - Bom Damon, a gente se vê. - Rebekah me deu um beijo na bochecha e foi embora.


#QUATRO HORAS MAIS TARDE#




Eu tava num desanimo total. Sai do treino mais cedo, tomei banho e fiquei na cama, olhando pro teto e ouvindo Tyler e Stefan falando asneiras. Era só isso que eles sabiam fazer aliás. Mas eu não conseguia dar atenção.. Na verdade eu não fazia ideia do que estava pensando, eu estava simplesmente viajando. Tava parecendo o Tyler.




– DAMON PORRA MANO ACORDA. - Tyler gritou me jogando uma almofada e me acordando do meu "transe temporário".


– O QUE QUER? - Bufei.

– Tu acha que eu devo ficar com a Caroline ou com a Clarisse? - Ele perguntou, coçando a cabeça. - Stefan não tem opinião.

– Você não escuta nada que eu falo. - Stefan se defendeu.

– O que você acha de cada uma? - Perguntei.

– Bom.. A Clarisse é uma gostosa, peituda e o melhor é que ela é burra. Eu não pareço burro perto dela. - Ele riu e eu concordei. - A Caroline é linda, divertida e apesar de loira, é inteligente.

– Fica com a que você GOSTA. Sem essa de aparência.

– Outro que não ajuda em nada! - Ele reclamou. - O jeito vai ser colocar o meu nome com o nome de cada uma na internet e ver qual combina mais.

Stefan começou a bater a cabeça no travesseiro depois que Tyler disse isso. Eu achei que era brincadeira, mas ele realmente ligou o computador. É por isso que o mundo não vai pra frente.

– Tyler, você não ta fazendo isso mesmo ta?

– Claro que to né.. Acha que sou idiota? Eu preciso saber com quem ficar! - Ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo

Stefan foi ler e eu decidi ignorar o Tyler igual ele fez. Decidi fazer a mesma coisa, ignorar. Peguei uma camisa branca, combinando com a calça de moletom preta e fui em direção a porta.

– Ei, cara, onde ce vai? - Stefan perguntou.

– Preciso respirar ar puro. Eu to prestes a explodir..

– Cuidado pra não ser pego, em!

– Pode deixar. - Sai do quarto.

Com todo o cuidado do mundo pra não ser pego, eu finalmente cheguei no pátio da escola. Não sei o que tinha me dado hoje o dia inteiro.. tava tudo um saco! Tudo um tédio, tudo horrível. Inclusive minhas notas em matemática. Elijah já já voltava pra escola, e a droga da história da câmera ia cair na boca da escola. Sinceramente, não tinha nada de bom acontecendo comigo esse ano. E ainda tinha os meus pais...

– Droga, droga, DROGA! - Chutei o banco de cimento que tinha alí.

Eu sei, coisa de louco falar sozinho. Mas eu era a unica pessoa legal de conversar.

– Damon? - Uma voz de mulher chamou meu nome, e pra piorar meu dia, era a Lexi.

– O que você quer Lexi? Se veio me encher o saco, vai embora por favor!

– Desculpa.. Mas eu sinceramente acho que a gente deveria conversar. Caramba, para de me tratar igual um lixo, como se a gente nunca tivesse tido nada. - Ela falou, se aproximando.

– Cacete. - Suspirei. - Eu tentei terminar numa boa, eu tentei fazer com que fossemos amigos, mas você não ajuda né?

– Eu? Você me trata mal, e depois me usa, porque sabe que eu vou correndo pra você!

– ENTÃO PARA DE VIR CORRENDO, É SIMPLES!

– Você lembra que uma vez me disse que era apaixonado por mim? - Ela perguntou, com cara de choro. Eu odiava esse drama dela.

– Lembro, e lembro tambem que não era verdade. Eu gostava de você... Mas, não do jeito que eu pensava. Eu achava maneiro namorar uma líder de torcida, entende? - Ela ficou em silêncio. - Você era bonita e popular. Eu nem te conhecia direito, era só a idéia de ser você! - Coloquei tudo pra fora.

Ela não respondeu, só saiu dali correndo. Se eu fosse um pouco mais legal eu teria corrido atras, mas eu apenas me sentei e enterrei a cara nas mãos. Mas, de verdade? Era um alívio ter falado a verdade. A verdade dói, mas é sempre a melhor opção. Uma hora ela supera.

– Belo show! - Olhei pro lado e revirei os olhos quando vi quem era.

– Mais uma que veio encher o saco.. Boa noite Elena, agora vai embora! - Falei irritado.

– Há, tchau.

Ela realmente se virou pra ir embora, mas eu me levantei e a segurei pelo braço.

– Desculpa, dia difícil e mau humor. Sabe como é.. - Tentei me desculpar.

– Primeiro: solta meu braço, Segundo: foda-se. Não vim aqui pra te ver, nem pra falar com você. Só não tava conseguindo dormir e POR ACASO você também está aqui. - A senhora estressadinha falou e eu a soltei.

– Então tá. Vou ficar na minha pra não levar mais patadas. - Voltei a me sentar no banco que estava segundos atrás.

– Desculpa, dia difícil e mau humor. Sabe como é.. - Ela provocou e eu ri.

– Sei bem..

– Ta com insônia? - Ela se sentou ao meu lado e eu balancei a cabeça positivamente.

– Você também né? - Perguntei.

– To estressada com meu pai, isso me fez tomar cinco xicaras de café. Não vou dormir tão cedo. E ainda tem a ex namorada do Stefan, que por ironia do destino ficou no meu quarto..

– Tomar café de noite é uma coisa bem inteligente de se fazer, por sinal.

– Cala a boca, cabeçudo.

– Um dia eu ainda me acostumo com sua falta de humor. É sempre assim? - Olhei pra ela, e ela revirou os olhos.

– Só com quem merece. - Ela respondeu, dando de ombros.

– Com a escola toda né..

– A escola toda merece!

Eu ri. E, apesar da Elena ser irritante, eu tava agradecendo aos Céus por ela estar ali, era a primeira vez do dia que eu ria.

– Posso te fazer uma pergunta?

– É estranho quando as pessoas fazem uma pergunta pra saber se podem perguntar! - Falei e ela me olhou como se eu fosse um tapado. Talvez eu era. - Fala.

– Por que você se preocupa tanto com a minha relação com o Stefan?

Eu não esperava por essa. Eu não sabia a resposta.

– Ele é meu melhor amigo. - Menti sobre o motivo, falando a verdade sobre o resto.

– Hmmm.. Resposta vaga. Tô querendo saber de verdade! - Ela tava com uma expressão séria.

– De verdade? - Balançou um "sim" com a cabeça. - Por que você é uma encrenca, e de encrenca a vida do Stefan ta cheia. - Falei um dos motivos que me vieram a cabeça. Ela bufou e revirou os olhos. - Ei, você que perguntou!

– É, tanto faz. Eu tenho que ir. - Ela se levantou e eu me levantei junto a segurando.

– Qual é o seu problema?

– Porra, para de ficar segurando no meu braço. Não tenho um problema, só quero ir pro quarto! - Ela soltou o braço das minhas mãos.

– Por que ficou tão estressada? Para de agir assim, você que perguntou, eu respondi.

– MEU DEUS CARA, EU NÃO TO AGINDO DE JEITO NENHUM, PUTA QUE PARIU.

– Imagina né. "Oi, eu sou a Elena, resolvi odiar o mundo e não aceitar a opinião de ninguém, porque eu sou assim sabe, eu me acho melhor do que todo mundo." - Fiz uma imitação horrível da voz dela.

– Cala a merda da sua boca. - Ela disse, se aproximando de mim. - Você não sabe NADA da minha vida. Você não me conhece, você não faz ideia de quem eu sou. Então pega a sua opinião sobre mim e enfia no..

– OPA! Chega né? - A interrompi, antes que terminasse a frase. - Posso não saber nada sobre você, mas é isso que você deixa a entender!

– Então ta explicado o motivo de você ir mal nas provas né, Campeão.

Ela saiu andando.

– Elena, espera, desculpa.. - Dessa vez ela não parou, simplesmente me mostrou o dedo do meio e voltou pro dormitório.

Agora sim eu tinha provado pra mim mesmo, o que eu já tinha desconfiado por muito tempo: Eu sou um idiota.


#UMA SEMANA DEPOIS#




ELENA'S P.O.V.




– GENTE ACORDA, ACOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORDA. - Caroline começou a berrar no quarto.


Eu juro que ainda mato essa desgraçada.

– Vai dormir Carol. - Bonnie reclamou.

– São cinco horas da manhã Caroline. - quem reclamou dessa vez foi Rebekah.

Eu só ignorei e tampei minha cabeça com o travesseiro.

– PELO AMOR DE DEUS, SÓ EU QUE TO ANIMADA PRO BAILE DE PRIMAVERA?

Ninguém respondeu. Eu, ainda sem abrir os olhos, consegui pegar um chinelo que tava no chão e joguei pra trás, seguindo o eco que vinha da voz da Loira Azeda.

– Errou. - Ela falou. - GENTE, É O BAILE!

– Caroline? - Chamei.

– Oi Elena. - Ela falou com a voz animada.

– FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODA-SE!! - Deu pra ouvir a risadinha das outras duas que estavam ali.

– Nossa, vou deixar vocês sozinhas e vou atrás do meu principe. - Ela finalmente saiu do quarto.


~##~




Depois de um dia chato, com pessoas chatas, namoro falso e mais pessoas chatas, estavamos todos na quadra para alguma merda de recado que a direchata queria dar. Falando nela, eu tinha dado uma semana de paz pra escola, mas ainda não tinha desistido da minha batalha contra meu pai e o resto de seus aliados.




– Sobre o que vai ser isso mesmo? - Perguntei pro Stefan, que estava do meu lado.


– Tem todo ano. O povo da escola, por uma votação.. Aquela que você não quis participar, lembra? - Fiz sim com a cabeça. - Então, pela votação, vão escolher uma garota, que consideram bonita e influenciavel, e um garoto, que consideram a mesma coisa.

– Nossa, que legal. E o que estamos fazendo aqui mesmo?

– As vezes podemos ser votados. - Bufei e ele riu. - É.. Damon ganha isso todo ano na verdade. - Ele voltou a olhar pra frente.

Eu e Damon não nos falamos desde a noite da insônia. E eu sentia falta de alguém pra xingar, na verdade. Mas ele era um idiota, de idiotas o mundo ta cheio, e eu queria que minha vida ficasse vazia.

– Boa tarde alunos. - Péssima tarde, resmunguei no meu canto. - Muitos de vocês já sabem o motivo de estarem aqui. Nós iremos ter um baile de primavera. - As pessoas aplaudiram, e Caroline praticamente vibrou do meu lado. Dei um tapa no braço dela, que revidou. - Bom, como de costume, nós temos uma votação para os "representantes da classe estudantil". Alunos influenciáveis e dedicados, que juntos escolherão as musicas e o tema do baile, e claro, terão que aprender a dançar, pois acompanharão o rei e a rainha do baile na dança final.

– Por que alguém quer ganhar essa votação mesmo? - Perguntei, unsando toda a minha ironia.

– Por influencia. Ao contrario do que a diretora pensa, nessa escola só tem gente querendo se aproveitar pelo fato de ser popular. Damon ganha quase sempre, e é o unico que não se aproveitou disso. Já o resto...

Essa escola era uma bela duma bosta.

– Bom, então vamos ver, finalmente, quem ganhou a votação. - Ela fez um suspense, e eu tava quase dormindo. - O Aluno vencedor é.. Damon Salvatore! - Aplausos e gritinhos, e eu com a mesma cara de sono. - E a Aluna é.. Elena Gilbert!


Acho que eu entendi errado, não é possível...





(continua)

 

 





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Adivinhem quem será o par da Caroline e da Bonnie!? haha