Meu Sonho Impossível escrita por Ladra de Estrelas


Capítulo 2
Capítulo 2: Meu cérebro fritando... (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Hey minna, aqui está o segundo capítulo que é beeeeem mais curto que o primeiro, mas é quase junto com o terceiro, o que dá quase no mesmo >.<. Então, espero que gostem e boa leitura! kissus



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"É estranho sentir tudo, e não saber descrever nada." (ConeCrewDiretoria)


Abri a porta e felizmente não tinha ninguém lá. O “salão” do auditório estava vazio exceto por mim. Fechei a porta atrás de mim e por um momento me perguntei se aquela era a coisa certa, por um mínimo segundo eu tive dúvidas, quis recuar, mas então respirei fundo, abri a porta, entrei, encostei-me na parede mais próxima e comecei a pensar de verdade em tudo o que acontecera. Tudo não parava de rodopiar em minha mente e por mais que eu tentasse me concentrar e pensar claramente, as coisas simplesmente não faziam sentido, as peças não se encaixavam. Eu não deixava de pensar que tudo era um sonho, uma enorme distorção da realidade, e acima de tudo, simplesmente não conseguia acreditar que aquilo havia acontecido. Era como se o meu corpo, ou minha mente, pertencesse a uma vida que não aquela, como se nada daquilo tivesse de fato acontecido. Resumindo, a ficha não caía de jeito nenhum. Ela não cairia nem mesmo com uma tijolada na cabeça. Encostei-me o mais encolhida possível e segurei minha cabeça com as duas mãos tentando fazer o mundo parar de girar, sinceramente, deixar um cara me afetar tanto assim não poderia ser menos patético. Paralelamente, o meu cérebro constatou que ouvir uma declaração de amor do “CARA” não havia feito nenhum bem à minha saúde, pelo contrário, a qualquer minuto o risco de um AVC tornava-se cada vez mais próximo.

Para piorar a minha situação e a minha saúde, diga-se de passagem, eu ouvi o barulho suave e assustador da maçaneta e o rangido inegável e terrivelmente ecoante da porta. Meu coração parou e deu um pulo ao mesmo tempo, bombeando medo e adrenalina pelo meu corpo, que ficou todo tenso, e preparei-me para ser pega em flagrante como uma presa indefesa. Tudo o que eu conseguia pensar era: PUTA QUE PARIU, que sorte desgraçada! Seria apenas mais um problema com o qual eu teria que lidar. Como se dizer não pro menino dos seus sonhos já não fosse suficiente! Por algum motivo estúpido eu segurei meu fôlego e tentei ficar o mais parada possível, como se de algum jeito quem quer que entrasse aqui não fosse notar minha presença. A porta se abriu lentamente e meu último pensamento foi: bem, na dúvida só resta se fingir de morta; o que foi um pensamento bem idiota, mas de acordo com a minha opinião o meu cérebro estava completamente fritado hoje. Um segundo de tensão se passou enquanto a porta era aberta e para meu alívio não era nenhum professor ou funcionário, era só mais um aluno qualquer de acordo com o uniforme. No entanto, como a sorte é uma cachorra que morde seu traseiro com força de vez em quando, quando eu olhei para o rosto do “intruso” meu alívio desceu pelo ralo, foi por água abaixo, enfim, sumiu instantaneamente, mais rápido que miojo. Novamente, o cérebro fritado não estava ajudando e ao olhar para o seu rosto mais uma vez, esperando que tudo não passasse de uma alucinação, tive o pressentimento de que no final do dia não haveria mais cérebro para contar história.

A divisa no blusão do uniforme dele devia ter chamado a minha atenção, mas meu sinal de alerta não foi processado a tempo e eu continuei o “reconhecimento”. Quando finalmente vislumbrei seu rosto, pisquei diversas vezes para garantir que não estava ficando louca e o atordoamento impediu-me de reagir rápido o suficiente. Então, basicamente, ficamos nos encarando por alguns segundos até que algum sensor dentro de mim começou a gritar: PARA DE ENCARAR, PARA DE ENCARAR! Eu desviei o olhar e senti meu rosto inteiro ficar quente de vergonha por três principais motivos.

Motivo 1: eu gostava de dois caras ao mesmo tempo.

Motivo 2: eu havia dito a um deles o tão detestável não e estava ali choramingando por causa disso.

Motivo 3: o outro cara acabara de me pegar de surpresa encolhida num canto na maior sala do colégio.


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