Meu Sonho Impossível escrita por Ladra de Estrelas
Notas iniciais do capítulo
Hey, minna! Terceiro capítulo!!! Espero que gostem :D Qualquer dica, crítica ou conselho: deixe um review, não dói nada e alegra a autora :D kissus
"Já olhou pra alguém e sentiu essa vontade de não sei o quê? Essa vontade de passar a mão no cabelo, de abraçar apertado, de admirar o sorriso, de tocar no rosto e olhar beeem fundo nos olhos? Já sentiu o coração disparar e falhar ao mesmo tempo?" (Eu)
Ele ficou ali parado me olhando por mais um segundo e então finalmente pareceu ter pensado em alguma coisa e virou-se para a porta.
–Eu vou trancar a porta, tem problema? – ele perguntou com toda a tranqüilidade do mundo. Ele era simplesmente tããão lindo! Ele era alto e magro, não muito musculoso nem fora de forma, tinha cabelos loiros (que brilhavam tanto!!!) e a pele clara, seu rosto tinha traços suaves e ainda assim masculinos e seus olhos eram de um azul claro e brilhante, como a água limpa de uma piscina. Ele estava olhando para mim e esperando uma resposta e foi só então que eu notei que estava encarando. Puxa vida! Eu não acertava uma!
–Hã, sim, quer dizer não, não tem problema nenhum, pode fechar a porta que eu não me importo. – Nossa, que dicção maravilhosa a que eu tinha! Rá rá rá, eu queria me matar. E agora? Eu tinha que falar alguma coisa! Com toda a certeza ele ia me achar a pessoa mais esquisita do colégio!
– Humm, eu não quero ser rude nem nada, mas será que tem como não contar pra ninguém que eu estava aqui? – ah, que péssima fala foi essa? Por que será que eu não podia falar sobre algo normal uma vez na vida?
– Relaxa, não vou contar pra ninguém. – ele trancou a porta e guardou as chaves no bolso. - Também estou aqui ilegalmente. – ele deu um meio sorriso que fez meu coração dar saltos, piruetas e ainda cometer suicídio.
Um pensamento passou por minha cabeça: nós dois estávamos sozinhos, trancados numa sala e ele estava conversando comigo. Será que eu batera a cabeça ou morrera quando M. me perguntou se eu gostava dele? Isso explicaria muita coisa. Algo que explicaria ainda mais: hoje era domingo e eu ainda estava sonhando, só podia ser isso. A realidade não fazia mais sentido para mim, mas ainda assim o meu coração disparava, não sei se de medo, ansiedade, empolgação ou um misto de tudo, mas eu não conseguia ficar calma de jeito nenhum! A vontade de falar alguma coisa surgiu antes que eu pudesse contê-la e eu me esforcei para não dizer algo idiota.
–Costuma fazer muitas coisas ilegais?- brinquei olhando-o de cima, ele passou por mim e foi em direção ao palco. Será que ele iria me ignorar? Ele subiu no palco e se virou na minha direção.
–Só quando elas valem à pena. – ele sorriu e o meu coração ficou louco de novo. Sinceramente, eu devia procurar um médico! – Quer ver uma coisa que vale à pena? – ele se virou e foi para trás do palco. Eu me levantei e o segui.
Atrás do palco havia uma sala pequena e retangular com algumas caixas e, o que mais chamava a atenção, um piano enorme e antigo. Ao lado do piano havia uma cadeira, como se tudo estivesse preparado para aquele momento, ou como se alguém já tivesse estado ali e feito exatamente a mesma coisa. É claro que a segunda opção era a mais provável, mas eu gostei de acreditar na primeira, sendo tola e romântica como eu era. Ele se sentou delicadamente na frente do piano e eu me sentei na cadeira. Queria dizer alguma coisa, mas nada parecia adequado. Ele olhou mais uma vez para mim e meu corpo inteiro tremeu. Ele me assustava e me hipnotizava ao mesmo tempo. E eu só sabia lidar com isso de um jeito: falando besteira!
–Vamos ver então se vale mesmo à pena! – como se não fosse suficiente dizer isso e eu ainda dei uma risadinha idiota, algo como: rá, rá. Se alguém aparecesse ali com uma arma e me matasse eu não ficaria brava, pelo contrário, a pessoa estaria me livrando de mais humilhação. No entanto, ele não pareceu incomodado e deu um meio sorriso novamente. Pensando bem, eu morreria com ou sem tiro de qualquer jeito...
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