Sweet Mistake escrita por esa


Capítulo 9
Candy


Notas iniciais do capítulo

bem, como prometido, o capítulo tá ai fhdjgfsdjgfsdjhfds espero mesmo que gostem e muito obrigada à todos que comentaram ♥333



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–- Você não está brava comigo, certo? – James me perguntava pela vigésima vez, enquanto estávamos sentados debaixo de uma árvore grande que proporcionava uma sombra confortável. Era por volta das 10h30 e tínhamos aquele período vago porque um dos professores ficara doente e ainda não haviam encontrado nenhum substituto.

–- Não, Potter, eu não estou brava com você. Mas se continuar perguntando isso eu juro que vou te amaldiçoar, e não me importo de ser trancada em Azkaban, afinal será por uma boa causa! – eu estava com as pernas cruzadas, ‘pernas de índio’, como alguns trouxas dizem, e James descansava sua cabeça em meu colo.

O tempo estava ótimo. O céu estava limpo, nenhuma nuvem a vista. O sol era morno, nada desagradável, e o ar estava com um perfume de flores. Mal parecia que estávamos perto do Natal. Encostei a cabeça no tronco da árvore, fechando os olhos e deixando que minhas mãos remexessem os cabelos de James.

–- Lexi? – ele sussurrou, e se o vento não estivesse parado com estava, eu não o teria ouvido.

–- Sim. – murmurei de volta, os olhos ainda fechados. Eu não queria abri-los, estava tão confortável como eu estava antes. – Ah, se você for perguntar mais uma vez se estou brava com você, não o faça.

Ele riu alto, seu corpo chacoalhando.

–- Não, não era isso. – um silêncio estranho e desconfortável se instalou, e eu abri os olhos. – Nós estamos juntos há algum tempo, sem estarmos realmente juntos. – ele sorria, um sorriso tão doce que me fez sorrir também. – Então eu estava pensando se já não estava na hora de...

–- Sim. – eu falei quando percebi que ele demoraria muito para concluir o pensamento. – Sim, eu quero namorar com você.

Naquela hora, não sei dizer qual dos dois sorria mais. James já estava de pé, me ajudando a levantar, puxando-me para um beijo apaixonado, calmo e extremamente delicioso. Quando finalmente nos separamos ele envolveu minha cintura e me rodou no ar. Todos que estavam por perto olhavam.

–- Então está combinado. – ele falou algum tempo depois, enquanto andávamos pelos corredores em direção ao Salão Principal, de mãos dadas, prontos e famintos para almoçar. Eu o mirei, confusa. – Minha família sempre passa o Natal na casa dos meus avós, e esse ano você vai passar com a gente.

Ele estava louco ou o que? Queria mesmo que eu e Hermione ficássemos na mesma casa? Arregalei meus olhos para ele, esperando que ele compreendesse que não poderia fazer isso. Mas ele balançou a cabeça negativamente para a minha expressão.

–- Não quero nem saber sobre Hermione, Ron ou qualquer outra desculpa. Você vai passar esse Natal comigo.

–- James... – eu tentei protestar, mas ele tapou minha boca com uma das mãos. – Tudo bem, nós passaremos esse Natal juntos. Mas será na Mansão dos Malfoy. – dei minha condição e saí andando mais rápido, sabendo que ele iria reclamar.

–- Não, não. Você vai comigo para A Toca, não tem desculpa. Além do mais, Draco já me conhece, mas meus pais não conhecem você. Que oportunidade melhor do que essa para te apresentar?

–- Acha mesmo que seus pais vão gostar que seu filho esteja namorando uma Malfoy? Ainda mais se essa Malfoy for eu, filha de Hermione, fruto de uma traição...

–- Você fala muito. – ele argumentou antes de grudar seus lábios aos meus. Estávamos bem no meio do Salão Principal, e mesmo com os olhos fechados eu podia sentir todos aqueles olhares recaindo sobre mim.

–- Hum, hum. – a tosse forçada e falsa me fez erguer os olhos. Lá estava Minerva, um olhar reprovador, a testa vincada. Nos separamos, James murmurando desculpas e ela deu um sorrisinho, passando por nós.

Assim que ela saiu começamos a gargalhar. Não que aquilo havia sido engraçado, nem nada, mas a expressão da diretora era. James foi se sentar com os grifinórios, e eu com os sonserinos, e só então percebi o quão diferente nós éramos. Aquilo era bom, afinal, coisas iguais são sem graça.


–- Tem uma encomenda... grande para algum ‘Alex Malfoy’. – uma garota falou para que toda a Sala Comunal da Sonserina a ouvisse. Ela arrastou para dentro um pacote enorme, o saco que o envolvia era preto e eu logo soube o que estaria ali dentro.

–- Na verdade, é Alex de Alexandra. Obrigada. – me apressei a sacar a varinha e murmurei um feitiço de levitação. Com cuidado, fui guiando o pacote acima das cabeças de todos, que instintivamente se abaixavam. Entrei no dormitório sendo seguida por minhas colegas.

–- O que é tudo isso? – Zoe se jogou em minha cama, se debruçando sobre a mesma.

–- Presentes do namorado? – palpitou Joane, sendo acertada no rosto pelo travesseiro que eu atirei.

–- Aposto que são bichinhos de pelúcia! – argumentaram Kate e Debra juntas, caindo na gargalhada. Elas eram irmãs, coisa que eu descobrira há pouquíssimo tempo.

–- Todas estão erradas. – murmurei revirando os olhos e abrindo o pacote. Cheio de roupas, exatamente como eu esperava, não só roupas, mas sapatos, bolsas, cachecóis, lenços, toucas, maquiagens... tinha de tudo ali.

Assim que começaram a remexer nas roupas, as garotas deram ataques. Elas paravam em frente ao espelho colocando as peças em frente à si próprias e murmuravam coisas como ‘você precisa me emprestar essa’ ‘essa aqui é do meu tamanho’... e então começaram a gritar nomes de marcas que eu nem sequer sabia que existiam.

Foi engraçado assisti-las aprovando todas as roupas e especificando quais ficariam perfeitas em mim. Depois de um tempo guardamos tudo na cômoda, em meio à risadas e conversas sem um real assunto. Ficava cada vez mais escuro lá fora. Finalmente vestimos nossos pijamas e nos sentamos todas na cama de Joane.

Ela balançou um pacote de doces trouxas, vários docinhos coloridos em formais arredondadas. Eram bolinhas, cada cor tinha um sabor.

–- Vamos fazer uma brincadeira. – Joane propôs, todas prestando atenção. – Uma por vez, fecharemos nossos olhos enquanto as outras escolhem um doce. Teremos de descobrir pelo gosto qual é a cor. Se errarmos, teremos de revelar uma verdade.

Todas sorriram em aprovação. Risos e gritinhos tomaram o quarto, que estava cheio de expectativa naquele momento. Só então percebi que aquela era a coisa mais próxima de amizade que eu já tivera em toda a vida. Aquelas garotas histéricas e engraçadas eram minhas amigas.

–- Tudo bem, a primeira é a Alex. – Joane disse, me chamando de ‘Alex’ só para me provocar.

–- Por que eu? – perguntei, fingindo indignação e colocando a mão no peito.

–- Porque é a mais nova aqui, e por ‘aqui’ me refiro ao quarto. Ande, feche bem esses olhos. – fechei os olhos, sem espiar. – Zoe, cubra-os.

As risadinhas começaram. Zoe amarrou um pano preto em minha cabeça que impossibilitava minha visão, mesmo que eu estivesse com os olhos bem abertos. Joane pediu que eu abrisse a boca e depositou com cuidado o doce em minha língua. Era bom, o gosto lembrava canela.

–- Vermelho? – perguntei.

–- Ah não! Ela olhou, tenho certeza que espiou! – Debra reclamou quando minha visão estava livre novamente. Todas começamos a rir. Ela foi a próxima, errando longe a cor do doce. Confessou que quando tinha menos de 10 anos colocou sal no bolo de aniversário de uma prima de quem não gostava. Só gargalhamos mais e mais.

Zoe confessara que havia beijado o namorado de uma amiga, Kate confessara que matara acidentalmente o porquinho da índia de seu melhor amigo. Joane confessara que já beijara uma garota – quando bêbada, apressou-se em se explicar. E eu? Não tinha muito o que confessar.

–- Meu primeiro beijo foi com o Potter. – nada mais passou pela minha cabeça, a não ser aquilo. Elas me encararam brancas, chocadas e pasmas. Negaram até a morte que aquela pudesse ser a verdade. – É verdade, Merlin! Eu vivera isolada e invisível todos esses anos, quem mais seria meu primeiro beijo?

Só depois disso se conformaram com a verdade, me fazendo cócegas, jogando doces e travesseiros. Disseram inúmeras vezes que eu dera sorte, ainda mais sorte de ter conseguido mudar a fama de ‘pegador’ de James. Sorri satisfeita.

Estava feliz, feliz como nunca me sentira antes. Feliz como nunca pensara que algum dia estaria. Nem em meus mais delirantes sonhos e devaneios eu me imaginara daquela maneira: cercada por amigas, com uma família e com um namorado incrível. Quando adormeci naquela noite e tive a certeza de que a realidade não era um sonho, me senti tão leve quanto uma pluma. Tão leve como nunca antes.


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Notas finais do capítulo

e ai? o que me dizem? por favor, comentem. o próximo capítulo só sai se esse receber no minimo 8 comentários, o que não é muito já que a fic consta como com 24 leitores
bem, espero que estejam gostando, de verdade, porque eu pretendo desenvolver um pouco mais a fic (quer dizer, um pouco mais do que eu esperava)
me digam o que acham sobre isso e o que gostariam de ver na história, afinal a opinião de vocês é muito importante!
obrigada e até o próximo