Sweet Mistake escrita por esa


Capítulo 8
Now Alex


Notas iniciais do capítulo

primeiro de tudo - não é nem sobre o titulo do cap.- eu queria agradecer, e MUITO, à todos que comentaram, de verdade, isso me incentivou MUITO, obrigada mesmo!
quanto ao capitulo, eu espero que gostem, ficou uma coisa mais pai e filha e tals fjhgddshgsjfsd



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Sim, eu estava brava com James. Mas também estava extremamente contente. Contente por saber que ele de preocupava de verdade comigo, contente por saber que ele havia feito aquilo só para me fazer feliz. E havia Draco, parado ali com um sorriso nos lábios, me encarando a mais de dez minutos, em silêncio.

Por muitos anos eu temi a reação que ele pudesse ter ao saber que era pai. Ao saber que tinha uma filha. Mas ele me acolhera bem, muito melhor do que em qualquer um de meus sonhos - ou pesadelos, afinal eu sempre despertava com lágrimas nos olhos.

-- Pai. - me lembro de minha voz patética, de minha expressão lívida e de meus dedos tremendo tanto quanto folhas em copas de árvores enquanto um tornado passava por elas.

E então me lembro do suspiro de Draco, alto, cortante no ar silencioso, e aliviado. Quase como se alguém removesse um enorme peso de suas costas. E logo em seguida, seus braços ao meu redor, me puxando para perto, me acolhendo com um carinho e uma proteção que eu nunca antes tivera. E ele sabia disso. E enquanto respirava forte, o rosto em meus cabelos, eu quase o pude sentir lamentando o tempo que perdera de minha vida.

-- Eu... acho melhore deixar vocês à sós. - a voz de James falou quando finalmente paramos em frente à parede da Sala Precisa. Draco mantinha um dos braços sobre os ombros dele, enquanto o outro braço envolvia minha cintura, um sorriso radiante em seus lábios.

Draco fez um movimento positivo com a cabeça, apenas uma vez, e retirou seu braço dos ombros de James. Ele se afastou, seguindo para mais perto da parede, uma porta clara se formando ali.

-- Eu bem que podia te amaldiçoar, Potter. - falei em um tom brincalhão enquanto ele apertava delicadamente minha mão. Ele sorriu, e se inclinou. Seus lábios tocaram os meus por alguns poucos segundos, e ele se afastou.

-- Você não viveria sem mim. - ele sussurrou em um tom presunçoso e convencido, e eu soube no mesmo instante que ele estava brincando. Ergueu minha mão, que ainda estava apertada à sua, e beijou-a. Deu mais um sorriso e se afastou, nossas mãos se soltando.

Draco estava parado, a mão à maçaneta da porta já aberta, um sorriso convidativo nos lábios. Ele gesticulou com a cabeça, pedindo para que eu entrasse. Assim fiz. A sala não era bem uma sala, mas sim um campo. Havia uma única árvore, grande e imponente. Ele se sentou encostando-se ao tronco grosso e áspero, e bateu sem força na grama ao seu lado.

O céu estava azul claro, mas no horizonte o sol já estava prestes a se por, criando uma linha fina e avermelhada no céu. A grama era curta e agradável, de um verde vivo e límpido. Assim que me sentei, Draco segurou uma de minhas mãos nas suas.

-- Alexandra... - ele começou.

-- Lexi. - protestei. - Pode me chamar de Lexi.

Ele sorriu, o sorriso mais verdadeiro que eu já vira em qualquer adulto. Não que eu já tenha visto muito adultos sorrindo, mas sempre que começavam as aulas os professores davam sorrisinhos tentando passar alguma confiança.

-- Lexi. - ele falou, medindo o tom da própria voz. - Eu gosto desse nome. Eu adoraria que você me contasse mais sobre você, e sobre quanto você sabe sobre...

-- Hermione? Não é muito, na verdade. Só sei o que ela me deixou em uma carta, e que ela está casada com Ronald Weasley e tem dois filhos. - ele me olhou quase com culpa. - Quanto à mim, não tenho muito a dizer, na verdade.

Contei-lhes minha história, toda a verdade. Sobre o bruxo que me acolhera, sobre como eu me refugiara na Casa dos Gritos por algum tempo, sobre como fui parar em Hogwarts, sobre ter sido escolhida para a Sonserina...

-- E quanto ao Potter? - ele perguntou, um sorriso brincalhão em seus lábios.

-- James é... - eu não sabia o que falar. Aquela não era uma situação que pudesse ser considerada desagradável, porque eu me sentia confortável conversando com Draco, como se pudesse contar tudo a ele, mas também não era muito agradável. Era constrangedor, por assim dizer. - Nós...

-- Tudo bem, não precisa me dar detalhes. Mas deixe bem claro para ele que, como um ex-Comensal da Morte, não me importo nem um pouco em castigá-lo, caso ele a machuque. - ele riu, e eu também, e então ele ficou serio novamente. - Na verdade, não estou brincando.

E então rimos novamente. Eu ri porque sabia que não era uma brincadeira, sabia que ele queria me proteger, mas sabia também que ele não seria capaz de fazer mal à James ou à qualquer outra pessoa. Não de verdade.

-- Mas e quanto a você? Como tem sido a sua vida? Me dê detalhes. Tem conhecido alguém interessante? - perguntei, segurando sua mão com mais força.

E ele me contou de como sua vida estava sendo boa. Ele e sua mãe viviam na Mansão dos Malfoy e ela estava se recuperando bem de um vírus trouxa que a havia deixado doente por algumas semanas. Draco trabalhava no Beco Diagonal, era dono de uma loja de varinhas, por mais que passasse maior parte do tempo em casa. E não, ele não havia encontrado ninguém 'interessante'.

-- Não como sua mãe era. Sim, eu a amei. A Granger sabe-tudo, a sangue-ruim... Ela era especial. Mas nossas vidas tomaram rumos diferentes, Alex. - Alex, ele insistira em me chamar daquela maneira, e eu aceitei. - Uma noite. Foi esse o tempo que tivemos juntos, juntos de verdade. Eu só não compreendo como ela pôde ser tão fria a ponto de te abandonar.

Eu continuei em silêncio, o fitando, esperando que ele continuasse a falar sobre ela, ou sobre aquela noite, mas nada mais foi dito por algum tempo. O céu já começava a escurecer quando ele finalmente falou de novo.

-- Você gostaria que... Procurássemos Hermione? - ele perguntou cauteloso, estudando minha expressão. - Depois do Natal, é claro, quando você já estivesse instalada em casa e...

-- O que? Em casa? - perguntei não conseguindo me conter, interrompendo-o no meio da frase. Ele estava falando o que eu achava que estava?

-- É claro! Você é minha filha, Alex, isso é tão obvio quanto a certeza de que o sol nasce todas as manhãs. É claro que você vai morar comigo. O que você pensou? Que eu iria te abandonar? A Mansão é enorme, vai ser ótimo ter alguma juventude lá... Está tudo bem? - ele perguntou quando notou que meus olhos estavam cheios de lágrimas.

Fiz que sim com a cabeça, e ele sorriu para mim enquanto eu sorria e as lágrimas rolavam manchando minhas bochechas.

-- Eu só estou... feliz. - estávamos de pé, voltando para a porta, e ele me abraçou com força. - Obrigada.

Ele sorriu e saímos para os corredores de Hogwarts, que estavam completamente desertos.

-- Você quer passar em seu dormitório para me entregar algumas de suas roupas? Assim fica mais fácil para levarmos tudo...

-- Na verdade, eu não tenho nada. - confessei e ele arregalou os olhos.

-- Então passará a ter. E também trarei algumas roupas novas para você. Não se preocupe, está bem? Nos veremos em breve, eu prometo. - ele deu beijo em minha testa. - Até o Natal, filha.

-- Até o Natal, pai. - sussurrei quando ele já não podia mais ouvir, quando estava virando um corredor e desaparecendo do meu campo de visão.

Nunca, em toda a minha vida, eu me sentira tão bem. Nada se comparava, a não ser, talvez, os momentos que eu passara com James. Mas nem isso poderia ser comparado, afinal eram sentimentos completamente diferentes. Mas pela primeira vez em toda a minha vida eu deitei a cabeça em meu travesseiro com uma certeza: Eu agora tinha uma família. E nada poderia estragar aquilo, nada destruiria aquele sentimento de que as coisas estavam completas, certas novamente. Nada e nem ninguém.


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Notas finais do capítulo

bem, para o próximo vir eu quero pedir no minimo 7 comentários ok? eu to com uma meta pra essa fic, 70 comentários até o fim dela, então eu preciso que voces comentem ok? sem contar que isso me ajuda MUITO!
espero que tenham gostado, e até o próximo