Sweet Mistake escrita por esa


Capítulo 5
Little Slut Weasley


Notas iniciais do capítulo

o nome ta meio tenso né jfhdgsjfhgdsjhjfds rerere fjhdgdfdsghjdfsdjhfgsdhjf mas tem a ver com o capitulo sim
aaah, e não se acostumem com isso, eu postando dois todos os dias, ou postando um capitulo por dia, porque eu quero retomar as minhas outras histórias, mas prometo me esforçar e vou tentar postar sempre que der ok?
espero que gostem



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-- E então, vocês dois vão ficar aí com as bocas abertas e os olhos arregalados me encarando ou vão sair daqui? – ele perguntou, a voz brincalhona, um sorriso enorme nos lábios. James apanhou meu punho no que provavelmente fora uma tentativa falha de apanhar minha mão e me puxou para fora com delicadeza.

-- Sinto muito, tio. – ele murmurou, quase se sentindo culpado, por mais que um sorriso enorme tomasse seus lábios. Aproveitei a má iluminação e o corpo de James para me esconder ao máximo possível.

Voltamos rindo o caminho inteiro. Quer dizer, inteiro, inteiro não. James simplesmente não soltava a minha mão. O sol já havia saído, e James havia dito que já era sábado, então não tínhamos aulas e não sofreríamos punições. Eu perdera a noção de tempo trancada naquela Casa, afinal, lá eu não precisava saber quais dias da semana eram.

-- Não vão reclamar que nós...

-- Saímos? Quem pode provar que saímos? - ele deu uma risada e enterrou o rosto em meus cabelos quando me abraçou com força.

O jardim de Hogwarts já estava apinhado de alunos eufóricos com o final de semana. Todos usavam roupas comuns, - ou trouxas, como preferir - o que contribuiu para nos camuflarmos.

Assim que os alunos começaram a nos notar o murmurinho aumentou. Todos olhavam para mim. Ou melhor, olhavam para nós. As garotas me lançavam olhares quase como se fossem sacar suas varinhas e me atacar. Os garotos, no entanto quase não ostentavam expressões.

-- Olhe, ela aprendeu bem com a mãe. - uma lufana falou mais alto que todos, lançando-me um olhar maldoso e rindo histericamente, assim como todos os outros que a acompanharam.

O que ela queria dizer com aquilo? Todos começaram a rir, o lugar parecia girar com aqueles olhos me encarando tão impiedosamente. Senti que apertava a mão de James mais forte do que antes, e ele tentava me acalmar.

-- O que você disse, Redfield? - James falou mais alto que o murmurinho, me agarrando pela cintura de um modo protetor, se colocando entre nós, cobrindo o meu corpo com o seu para que as pessoas não pudessem me enxergar por completo.

-- Ela é filha de uma puta, James. Ou você acha que o Malfoy a teve com um grande amor? Por que você acha que ela foi renegada? – a garota parecia falar mais alto que tudo e todos agora, suas palavras machucando meus ouvidos.

As risadas ecoaram tão alto que o local parecia ser fechado e minúsculo, como se as vozes zombeteiras batessem nas paredes e voltassem, mirando-me com força. As coisas finalmente estavam começando a dar certo, eu estava me tornando alguém, deixando de não existir e de repente...

-- Você não sabe NADA sobre ela! – ele estava quase gritando, a mão ainda protetora em minha cintura agora estava mais apertada, enquanto a outra estava segurando algo dentro de um dos bolsos. A varinha, é claro.

-- Ah, e você sabe? Sabe, James? Não. Não sabe nada sobre ela, absolutamente nada! – a garota parecia histérica demais, quase à beira de lágrimas. Fiquei pensando em um bom motivo para todo aquele ataque. – Você OUSA terminar comigo por uma qualquer? Uma garota que nem ao menos conhece? Uma garota cuja mãe a abandonou.

Agora quem tinha os olhos marejados era eu. Apertei a jaqueta de James sabendo que ele não sentiria aquilo. Me desvencilhei de sua mão possessiva em minha cintura, e antes que as lagrimas pudessem escorrer de meus olhos caminhei a passos firmes para fora da multidão. Quando já não havia mais ninguém em meu caminho apertei o passo, correndo para o Castelo.

Não sabia qual sentimento era maior, qual me invadia com mais brutalidade, se era a dor ou se era o ódio. Em um acesso de raiva soltei um grito abafado a muito em minha garganta, caminhando para a Sala Comunal da Sonserina pelos corredores vazios. Tudo aquilo era culpa dela, de Hermione. Mas então, por que eu quisera defenda-la quando Redfield a chamara de puta? Não fazia sentido.

-- Cuidado por onde anda! Sua mãe não te educou não? Ah, Malfoy. É, ela não educou. – a voz de Rose soou presunçosa, um sorriso malicioso em seus lábios. – Gostou da historinha que contei para a Redfield, sobre a sua mãe?

Aquele sorrisinho nojento só crescia cada vez mais. As lágrimas que antes habitavam meus olhos haviam secado, sumido. Então fora aquela ruiva vagabunda que andara inventando coisas ao meu respeito. Vadia! Mal sabia ela que a ‘puta’ que me parira, era a mesma que a parira. O ódio se remexia em meu peito, e antes mesmo que eu pudesse pensar, o barulho do tapa soou alto, ecoando nos corredores, seguido por uma Rose jogada no chão.

-- Vagabunda! – ela exclamara tentando se pôr em pé, mas eu era mais rápida e não ficaria para ouvir qualquer coisa que ela tinha para me falar. Com um sorriso vitorioso nos lábios dei as costas para a garota que ainda estava caída, a marca vermelha escura de minha mão em sua face branca.

A Sala Comunal da Sonserina estava vazia, graças a Merlin. Entrei no dormitório feminino e me lancei na cama que me pertencia. Fechei os olhos, esperando a raiva passar, ou pelo menos diminuir. Por que eu estava sendo tão fraca ultimamente? Primeiro James e aquele jeito dele que embaraçavam meus pensamentos, e agora eu estava a ponto de chorar por causa de Hermione.

Por que eu ficara tão mal? Quer dizer, ela me abandonara, certo? Eu não devia... odiá-la? Ela me largara para ser feliz com o marido e seus outros dois filhos, então por que eu me sentia dessa maneira, como se quisesse protegê-la? Então eu compreendi: eu sentia falta. Falta de ter tido uma mãe, falta de algo que eu nunca teria.

Sempre fraca, não é, Malfoy? Honre seu sangue, seu sobrenome! Minha consciência gritava. Como se eu também não fosse uma Granger, certo? Perguntei irônica à mim mesma. Sentei na cama e revirei os olhos com força. Eu realmente precisava parar de ter essas conversas comigo mesma!

-- MALFOY? – o grito me fez pular. Vinha de fora do quarto, estava atrás da porta. Era uma voz que eu nunca ouvira antes, e não era feminina. Me levantei apressada, mirando o espelho e torcendo para que minha cara não estivesse vermelha. Para minha sorte, não estava.

-- Sim? – perguntei abrindo a porta e me colocando para fora do dormitório. O garoto era atarracado, alguns centímetros mais alto que eu e tinha cabelos negros. Nunca o havia visto em toda a minha vida.

-- O Potter está lá fora, sentado no chão e disse que se nega a sair de lá, comer ou até mesmo respirar enquanto você não for falar com ele. – o garoto revirou os olhos e dado o recado se retirou.

Potter. Só a menção do nome fez meu coração disparar. Ele estava lá fora, esperando por mim, a Malfoy mais birrenta e sentimental que o mundo já abrigara. Ele provavelmente estava preocupado, afinal eu... Oh Merlin, eu o largara em nosso primeiro encontro. Na verdade, não era bem o nosso primeiro encontro, já que este já havia acontecido, mas mesmo assim.

-- James, eu... – falei assim que o vi sentado no chão, os braços cruzados e o rosto sustentando uma expressão do tipo ‘não vou me retirar daqui à menos que Lexi apareça’. Ele não me deixou completar a frase. Se pôs de pé e me ergueu pela cintura, colando nossos lábios em uma fração de segundos.

-- Sh. – ele protestou quando me colocou no chão e percebeu que meus lábios estavam se abrindo novamente, as palavras já formadas em minha garganta. – Eu sinto muito, por tudo que aconteceu lá fora. E principalmente por não ter te defendido como eu deveria.

-- James...

-- Eu ainda não terminei! – ele exclamou enquanto colocava o dedo indicador em meus lábios. – Eu quero muito tirar essa história toda à limpo, quero saber quem é a sua mãe só para podermos esfregar na cara da Redfield que ela não é uma puta qualquer! E eu sei que você sabe quem é a sua mãe, então, por favor Lexi, me conte!

-- Não, James, não. Por favor. – baixei os olhos. O que aconteceria se ele descobrisse que éramos, de alguma maneira, por mais indireta possível, parentes? Eu sinceramente não queria que isso acontecesse. Não, eu não o perderia, não para isso, e não agora.

-- Ótimo. Não me conte.

-- O que você está fazendo? – perguntei quando ele retirou seus braços de meu corpo. – Aonde está indo?

-- Descobrir por mim mesmo. Está na hora de visitar meu sogro, não? – ele já estava longe, e mesmo assim, inutilmente, corri atrás dele. Ele só podia estar brincando, certo? Ele não iria mesmo atrás de Malfoy. Meu pai. Pai. Parei de correr atrás dele quando a conclusão me atingiu.

-- JAMES! – gritei, mas era tarde, eu já não podia mais vê-lo.


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Notas finais do capítulo

e ai? mereço comentários? favoritos? RECOMENDAÇÕES???fhgdjhgfsdjhgffds me façam feliz, por favor