Após sair da seção de plantas venenosas, Lily seguiu para a seção de escalada, onde Nathan se encontrava.

—Oi— disse com um pouco de dificuldade enquanto tentava escalar a plataforma, sem muito sucesso.

—Precisa de ajuda?— Nathan pergunta rindo debochadamente ao observar a dificuldade da garota em tentar escalar.

—Eu preciso aprender— ela diz teimosa.

—Como quiser— Nathan diz finalmente chegando ao topo e logo em seguida descendo rapidamente, enquanto Lily não havia chegado nem na metade —deveria ter aceitado a ajuda —diz rindo enquanto Lily descia.

—Eu desisto disso— falou emburrada —talvez devêssemos treinar com algumas armas.

—Ótimo— Nathan disse logo se sentindo culpado por se lembrar da trapaça que iria cometer —com qual arma gostaria de treinar?

Os olhos de Lily brilharam ao olhar para o arco e flecha.

—Podemos treinar com eles?— perguntou apontando para as armas.

Nathan apenas assentiu enquanto se dirigiam para aquela seção.

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Os alvos agora encontravam-se com facas cravadas em seu centro.

—Onde aprendeu a atirar tão bem?— Britney perguntou observando Matheus com um olhar impressionado.

—Por que quer saber?— o garoto perguntou erguendo uma das sobrancelhas, o que só fez a garota se encolher envergonhada.

—Eu só queria aprender a atirar tão bem quanto você— ela disse dando de ombros.

—Por que eu daria aulas para a minha oponente?— ele perguntou desconfiado.

—Pensei que por sermos do mesmo distrito poderíamos formar uma aliança— a garota disse um pouco relutante.

—Aliados?— Matheus perguntou com um riso debochado —por favor, você até que da pro gasto no quesito de beleza, mas francamente, eu fui treinado para ganhar, acho que eu sou um pouco demais para ser seu aliado.

—E quem você quer na sua aliança? Carreiristas?— perguntou debochada.

—Leu meus pensamentos ou o que?— ele perguntou segurando o queixo da garota enquanto lhe jogava um beijo.

A garota afastou-se dele bruscamente enquanto pegava uma faca e a jogava com raiva no alvo, impressionando-se com ela mesma quando viu que a faca acertou perfeitamente o centro do alvo.

O garoto ficou boquiaberto ao reparar na habilidade da garota, que apenas lançou-lhe um olhar presunçoso.

—Quem é bom demais pra quem agora?— Britney perguntou piscando na direção do garoto que ainda a olhava surpreso.

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Destroços de bonecos se espalhavam pelo chão quando Bonnie os estraçalhou com a espada.

Muitos se espantaram sobre como uma garotinha de 13 anos conseguia tal feito.

John observava tudo de longe, se sentindo um pouco inútil naquela seção de armadilhas estúpida, nem ao menos um nó o garoto conseguia fazer direito, o que só aumentava seu pavor de morrer logo na cornucópia.

—Oi— Trina disse amavelmente ao ver que o garotinho encontrava-se extremamente assustado.

—Oi— respondeu timidamente.

—É John, certo?— perguntou também começando a treinar as armadilhas.

—Você gravou meu nome?— o garoto perguntou impressionado.

—Claro que eu guardei, gostei muito do seu distrito no desfile— falou enquanto mantinha parte da atenção na armadilha que estava construindo —a propósito, me chamo Trina.

—Eu já sabia— o garoto mentiu, na realidade não sabia nem de qual distrito a garota vinha.

—Prontinho— Trina falou após terminar sua armadilha.

—Como conseguiu fazer tão rápido?— John perguntou impressionado.

—Digamos que eu tenho uma espécie de dom— disse sorrindo.

—Poderia me ensinar?— perguntou esperançoso.

Ela assentiu enquanto calmamente ensinava tudo para o garoto.

—E pronto— falou mostrando outra armadilha pronta para o garotinho.

—Trina— o garotinho chamou um pouco envergonhado.

—Sim.

—Gostaria de fazer, tipo, sabe, uma aliança?— perguntou abaixando a cabeça.

Foi aí que Trina percebeu a burrada que fez, nunca quis uma aliança, isso só lhe traria problemas, mas sua mania estúpida de querer ajudar as pessoas atrapalhou tudo, ela não poderia tê-lo ajudado, ele era seu oponente, e agora colocou falsas esperanças na cabeça do garoto.

—Desculpe— ela murmurou —acho que você me entendeu mal, eu nunca quis uma aliança.

O garoto a olhou boquiaberto antes de sussurrar um “tudo bem” e se afastar cabisbaixo.

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—Oi— Harry murmurou para Millie que se encontrava tentando atirar facas, aparentemente não indo assim tão mal.

—Oi— ela devolveu o murmúrio um pouco envergonhada.

—Posso treinar aqui com você?— perguntou com um sorriso torto.

—Não precisa nem pedir, você tem todo o direito— ela disse sorrindo gentilmente, o sorriso que Harry tanto gostava.

Harry também não era ruim com as facas, para tributos do distrito 9, eles estavam indo era muito bem.

—Millie, não quero que fique estranha comigo— pediu suspirando.

—É um pouco difícil não ficar— falou rindo de leve —minha vida depende da sua morte agora, e vice-versa.

—Eu sei— disse mordendo o lábio inferior —é só que por enquanto ambos estamos vivos, e talvez só daqui duas semanas precisemos, você sabe.

—Matar um ao outro?— perguntou tensa.

—É— sussurrou —então acho que poderíamos fazer uma aliança, se você estiver de acordo, é claro.

—Eu topo— ela disse rápido demais, a ideia de estar sozinha na arena a assustava demais.

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Juliano encontrava-se sozinho, ele escalava com agilidade, apesar do problema em sua perna, era realmente rápido e ágil.

Jenna e Hunter por sua vez chegaram para acabar com o sossego do garoto, que logo tratou de descer da plataforma e seguir para a seção de plantas venenosas que agora encontrava-se vazia.

—Garotinho estranho— Jenna falou rindo enquanto pegava impulso para escalar a plataforma.

—Pessoas do 6 são estranhas, não se lembra ano passado daquela garota que não parava de rir nenhum momento?— Hunter perguntou também começando a escalar.

—Claro que eu me lembro, o nome dela era Jennifer alguma coisa— Jenna disse rindo enquanto continuava escalando, deixando Hunter para trás.

—Hey, me espere!— Hunter exclamou rindo.

—Você é lento demais— Jenna falou esperando Hunter se aproximar um pouco para voltar a escalar.

Quando ela chegou ao topo, Hunter havia passado pouco mais do que a metade, o que fez a garota esperar algum tempo.

—Você é rápida— ele disse ofegante.

—Eu sei— ela disse sorrindo.

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—Hanna, o que pensa que está fazendo?— Sam perguntou puxando o braço da garota bruscamente e levando para um local mais afastado dos carreiristas.

—Garantindo minha vida— rosnou puxando seu braço de volta —enunca mais me puxe assim, te garanto que vai se arrepender se começar com essa atitude.

—Achei que tínhamos combinado que faríamos uma aliança— ele disse entre dentes.

—Aceite os fatos querido— ela disse jogando os cabelos para trás —eu sou mais forte do que você, eles me chamaram para uma aliança, e francamente, eles me serão muito mais úteis do que você!

—Hanna, você não faz ideia da confusão que está arranjando— ele disse sorrindo ironicamente.

—Hanna, quem é esse?— Annie perguntou desprendendo os cabelos loiros do rabo de cavalo apenas para refazê-lo.

—Sam— ela disse fuzilando-o com os olhos —é meu parceiro de distrito, ninguém importante.

—Então o que fazia conversando com ele?— Abraham perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

—Não é da sua conta Abraham— ela disse sorrindo cinicamente.

—Está querendo entrar para a lista negra garoto?— Ramon perguntou cruzando os braços, com um ar superior.

—Lista negra é?— perguntou debochado.

—Sim, lista negra— Clary disse forçando um sorriso sádico —quem for pra lá vai estar na nossa mira.

—Loirinha, não tente amedrontar, você não é boa nisso— Sam disse colocando as mãos nos ombros dela, que se esquivou de seu toque.

—Deixem ele— Thomas disse com desdém —ele não vale a pena.

—É só um filinho de mamãe— Hanna falou piscando em sua direção —não deixem ele tirar nosso foco.

Todos assentiram e voltaram a seus postos, mas não antes de lançarem um olhar mortífero para Sam.

Matheus os observava, apenas esperando o momento que eles olhariam para seu lado para ele demonstrar o quanto poderia ser mortífero.

Os carreiristas não pareciam se preocupar em olha na sua direção, apenas em amedrontar alguns tributos mais fracos que passavam perto deles.

—Eu sei que você não resiste a mim querida— Abraham sussurrou no ouvido de Hanna, o que fez a garota se arrepiar da cabeça aos pés.

—Não acha que é muito convencido?— Hanna perguntou virando-se de frente para ele.

—Eu acho que você deveria tornar as coisas mais fáceis— falou rindo maliciosamente.

—Não seja estúpido— disse revirando os olhos —um de nós vai morrer, isso é fato.

—Eu sei, vai ser uma pena uma garota tão linda quanto você morrer— disse segurando o queixo da garota que o mandou um olhar irônico.

—Veremos quem vai morrer— disse se aproximando da orelha do rapaz —filinho do prefeito.

O garoto apenas riu ironicamente enquanto apertava a cintura da garota, que pulou para trás.

—Qual o seu problema?— perguntou um pouco alto de mais fazendo a atenção de todos se virarem para os dois.

—Continuem, estão atraindo a atenção dos Idealizadores— Annie falou discretamente.

—Do que está falando sua louca?— ele perguntou rindo.

—Louca é a sua...

—O que está acontecendo aqui?— um pacificador chegou afastando os dois.

—Nada— eles murmuraram em uníssono.

O pacificador apenas revirou os olhos enquanto murmurava algo como “crianças” e se retirou.

—Qual o problema?— Thomas perguntou unindo as sobrancelhas.

—Vá apertar a cintura da puta que te pariu— Hanna rosnou.

—Tudo isso porque ele apertou sua cintura?— Annie perguntou com uma expressão de tédio.

—Não seja tão esquentadinha Hansen— o garoto murmurou no ouvido na garota, o que a fez ficar vermelha de raiva.

—Abraham, coopere, por favor— Clary pediu enquanto voltava a tenção para o seu treinamento.

Parece que a convivência entre os dois seria mais difícil do que eles imaginavam.

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Jihad por sua vez treinava com machados, sentia-se um rei fazendo aquilo, por ele o jogo já estava ganho.

Milla por sua vez havia acabado de chegar na seção de escaladas, fazendo o clima descontraído que era mantido entre Jenna e Hunter desaparecer.

Percebeu que a garota do 7 havia se juntado aos carreiristas, espera, ela e o garoto do 2?

—Morta— disse balançando a cabeça.

Observava a briga atentamente, após perceber que os carreiristas não estavam a ameaçando, e sim tentando separar os dois, eles estavam realmente a tratando como se fosse uma carreirista?

Milla lembrava-se da garota no desfile, apesar dos estilistas terem tentado dar uma aparência inocente para ela, ela continuava extremamente provocativa, parecia mais um diabo disfarçado de anjo, fato pelo qual muitos garotos da Capital a admiraram.

Milla ficou tanto tempo pensando que nem ao menos percebeu, que a briga tinha acabado e que agora os carreiristas haviam voltado ao treinamento.

—Perdeu algo aqui garota?— ouviu uma voz feminina gritar lá de baixo.

Congelou ao perceber uma garota loira, que ela se lembrava do desfile por estar coberta de jóias, com certeza era do distrito 1.

Milla apenas fingiu que não estavam falando com ela e voltou sua atenção apara a escalada.

—Deus o que eu fiz para merecer isso?— murmurou para si mesma enquanto engolia em seco.