46º Edição Dos Jogos Vorazes - Interativa escrita por Suzi


Capítulo 11
Colheita do D10 - A órfã e o psicopata


Notas iniciais do capítulo

Continuem mandando fichas para mentores, e vou colocar as fichas para estilistas nas notas finais ;D



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Distrito 10 é um dos distritos mais pobres de Panem e sua principal economia é a criação de animais. Cede carne para a Capital.

Milla Johnson

—Milla, Milla, Milla!— acordou sentindo cutucadas no seu rosto.

—Ah, mas que droga Anne, qual o problema?— perguntou bocejando enquanto tentava enxergar alguma coisa no quarto que era iluminado apenas pela luz da lua.

—Eu tive um pesadelo— disse um pouco sem graça abaixando a cabeça, provavelmente imaginando que a irmã postiça riria dela.

Sim, Milla não era sua irmã de verdade, elas haviam se conhecido no orfanato, quando Anne havia acabado de chegar e parecia assustada, então Milla a confortou e disse que ela poderia ser a nova irmã dela, uma vez que Milla havia tido suas memórias apagadas e não se lembrava de ninguém da família.

Apenas alguns anos depois foi saber que seu pai havia sido um Idealizador e que havia morrido já a algum tempo, porém não sentia raiva dele, não sentia nada.

—Ok, deite-se aqui comigo— disse levantando o cobertor e se espremendo um pouco na cama para dar espaço à pequena.

—Obrigada— sussurrou deitando-se com a irmã.

—É seu primeiro ano Anne, é normal ficar nervosa— sussurrou abraçando-a.

—Tenho medo de ir para os Jogos Milla, muito medo— sussurrou tremendo levemente.

—Shhh— calou-a enquanto a aninhava —nós duas não somos obrigadas a pegar tésseras, é quase impossível sortearem o nome de quem não pega tésseras.

—Tem certeza?— perguntou duvidosa.

—É claro que eu tenho— disse como se fosse óbvio —agora durma, porque já está tarde.

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—Me ajude com esse cabelo, por favor— pediu fazendo beicinho.

—Anne, você não consegue nem ao menos fazer um rabo de cavalo descente?— perguntou impaciente enquanto puxava os cabelos da irmã para cima e prendia firmemente.

—Eu tento, mas nunca fica bonito igual ao seu— disse dando de ombros.

A coisa mais fácil do mundo era fazer Anne esquecer das coisas, ontem mesmo ela estava tremendo por causa da colheita, e hoje, que realmente é o dia da colheita, ela está aparentemente calma.

Milla olhou-se no espelho, estava com um simples vestido branco até os tornozelos, cabelo amarrado em um coque frouxo e uma rasteirinha.

—Vamos?— perguntou Milla para a irmã que estava distraída alisando o vestido azul bebê.

Se Anne estava calma, agora foi o momento que ela colocou todo o medo preso para fora.

—Não Milla, eu não quero ir, por favor não me deixa ir!— exclamou desesperada enquanto lágrimas surgiam em seus olhos.

—Shhh— Milla calou-a enquanto abraçava-a fortemente —fique tranquila, eu não vou deixar nada de ruim acontecer para você, eu prometo.

—Mas o que você poderia fazer se eu fosse sorteada?— perguntou ainda desesperada.

—Confie em mim— disse segurando o rosto da garota entre as mãos —eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com você!

—Mas...

—Calada!— pediu tapando a boca de Anne —agora vamos, antes que nos atrasemos.

E elas seguiram para o local da colheita.

Jihad Galloway (http://images5.fanpop.com/image/photos/24600000/Caleb-Landry-Jones-caleb-landry-jones-24640157-423-637.jpg)

Um mugido alto foi ouvido de dentro do celeiro.

—Vaca maldita!— vociferou enquanto esfaqueava o animal mais uma vez.

—Jihad!— a mãe exclamou horrorizada, não era a primeira vez que ela presenciava uma cena desse tipo.

Jihad jogou a faca no chão e começou a chorar, um choro descontrolado e agonizante.

—Coitada da vaquinha mãe!— exclamou em meio ao choro.

—Calma, calma, mamãe está aqui— disse abraçando tentando tranquiliza-lo, o caso de bipolaridade de seu filho era delicado.

—Eu quero ir embora daqui— disse empurrando a mãe para longe —onde está o meu pai?

—Querido, papai está trabalhando e...

—Foda-se, eu quero falar com ele!— gritou aproximando-se.

Karolyne protegeu-se esperando pelo pior, a última vez que seu filho teve um ataque tão sério foi quando seu irmão Kenny foi para os Jogos, deveria ser esse o motivo do agitamento de Jihad, fazia exatamente um ano que Kenny havia morrido.

Mas para sua sorte, Jihad começou a chorar enquanto se contorcia.

—Venha querido, vamos se arrumar para a colheita— disse acariciando suas costas.

—Tudo bem— balbuciou enquanto segurava na mão da mãe que o arrastava para dentro de casa.

Após Jihad vestir-se com uma camiseta xadrez, calça jeans, botas de couro pretas e um chapéu de cowboy desceu para a cozinha.

—Filho, soube que queria falar comigo!— o prefeito disse forçando um sorriso.

—Não quero mais— falou sentando-se e pegando uma torrada.

—A qual é, me dá uma braço— pediu abrindo os braços.

—Não quero— falou cruzando os braços.

—Ok— o pai falou enquanto discretamente jogava o remédio dentro do suco de laranja do garoto, afinal, ele sabia que se mostrasse o remédio para ele, o garoto nunca tomaria.

—Vamos?— a mãe perguntou entrando no lugar.

—Vamos— o prefeito falou levantando-se enquanto eles arrastavam o filho que parecia nem se importar.

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Se você acha que não existem representantes de distrito que não são animada, é porque você ainda não conheceu Isla Sue.

A garota era assustadora, vestia vestidos pretos, longos, e com um estilo macabro. O cabelo era longo e preto, porém possuía algumas mechas brancas, os olhos eram de um azul quase branco, a maquiagem era inteira preta, e possuía duas presas afiadas, poderia assemelhar-se com uma vampira.

—Bem vindos, feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre ao seu favor e blá blá— disse com a voz desanimada e respirando pesadamente —agora vamos ver o vídeo enviado pela Capital, prestem atenção e não façam piadas, podem ser vocês morrendo daqui alguns dias— disse forçando um sorriso.

O vídeo de sempre foi passado enquanto Isla o olhava entediada.

—Todo mundo já sabe que eu vou sortear as garotas, então tem alguma voluntária?— perguntou andando desanimadamente até o globo de cristal que continha o nome das garotas.

Como ninguém se pronunciou ela tirou o primeiro papel em que encostou.

—Anne Tulisi— disse balançando o papel no ar enquanto a expressão morta continuava em sua face— vamos eu não tenho o dia todo!— exclamou quando ninguém apareceu.

A garota de doze anos estava apavorada, não conseguia mover nenhum músculo, ficou estática, apenas lágrimas desciam dos eu rosto, ela parecia estar em choque.

Milla não parecia estar tão diferente, a garota a quem ela considerava uma verdadeira irmã iria para os Jogos, então ela se lembrou da promessa que fez a ela, a promessa de que não deixaria nada de ruim acontecer com ela.

—Eu me voluntário como tributo!— gritou levantando os braços enquanto a irmã lhe lançava um olhar desesperado.

—Não, eu quero ir, eu quero ir!— gritou alto enquanto pulava.

—Calada— murmurou entre dentes segurando seus ombros —eu sei o que estou fazendo, confie em mim!

—Mas...

—Eu me voluntário como tributo!— gritou mais uma vez antes que a irmã pudesse falar alguma coisa.

—O que está esperando para subir aqui em cima então?— Isla perguntou visivelmente irritada.

Milla deu o primeiro passo vacilante, mas tentou manter-se firme, subiu ao palco sem a ajuda de Isla, que diferente dos outros representantes, não ofereceu-lhe ajuda.

—Que emocionante— disse ironicamente —e algum garoto vai se voluntariar?

—Eu me voluntário como tributo!— Jihad exclamou jogando as mãos ao alto.

O pai que estava na cadeira do prefeito trincou o maxilar, como assim ele havia se sorteado?

—Qual o seu nome?— perguntou praticamente jogando o microfone em sua direção.

—Jihad Galloway!— disse com um sorriso sádico no rosto.

—Os tributos que representarão o distrito 10 na 46ª Edição dos Jogos Vorazes— disse logo depois fazendo uma pausa—garota, qual o seu nome?

—Milla Johson— disse tentando engolir o bolo que se formava na sua garganta.

—Milla Johson e Jihad Galloway— completou a frase desanimadamente — aplaudam se quiserem e apertem as mãos se quiserem.

Milla estendeu a mão para Jihad que deu as costas enquanto ia para o Edifício da Justiça.

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—Por que fez isso?— Anne entrou chorando enquanto correu para o colo de Milla.

—Eu disse que nada de ruim aconteceria para você— disse vacilante abraçando-a forte.

—E te perder não é algo ruim?— perguntou chorando violentamente.

—Hey, eu vou ganhar, eu prometo— disse segurando seu rosto entre as mãos.

—Como tem tanta certeza?— perguntou desesperada.

—Só confie em mim, vai ficar tudo bem— disse tentando acamá-la, mas nem ela mesma estava calma.

—Tempo esgotado!

—Confie em mim!— gritou antes da porta ser fechada.

Alguns colegas do orfanato vieram visitá-la, lhe dizer que sentiam muito, que iriam ficar na torcida, e que iriam dar o maior apoio a Anne caso ela não voltasse.

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—Enlouqueceu foi?— a mãe berrou assim que entrou na sala.

—Por que?— perguntou confuso.

—Por que?— a mãe pergunta dando uma risada irônica —você acabou de se voluntariar para os Jogos Vorazes!

—Parece divertido— disse dando de ombros.

—Divertido?— perguntou desesperada.

—Acalme-se Karolyne!— o marido pediu colocando as mãos em seus ombros.

—Jihas, por que fez isso?— perguntou tentando manter a calma.

—Queria experimentar algo novo— disse sorrindo.

—Algo novo?— o pai perguntou perdendo a paciência.

—É, até hoje só matei animais, nunca matei pessoas— disse sorrindo abertamente —queria saber como é!

—Tempo esgotado!

—Doente— a mãe cuspiu antes de se retirar.


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Notas finais do capítulo

Primeiro, como eu sou chata pra caramba eu vou ter algumas exigências.
Lembrem-se, estilistas são vindos da Capital, pessoas da Capital são fúteis, coloridos e estranhos, não estou dizendo que seu estilista tenha que ser um idiota, só que até mesmo Cinna que era um pouco normal tinha um delineador dourado lembrem-se disso, por favor (=

Fichas:

Nome:
Idade:
Aparência (pode ser foto):
Família:
Personalidade:
Por que quis ser estilista:
O que acha dos Jogos?:
Sua relação com os tributos?:
Sua relação com o outro estilista?:
Sua relação com os mentores?:
Sua relação com o representante de distrito?:
O que faz quando o tributo que vestiu morre?:
A quanto tempo é estilista?:
Para qual distrito trabalha?:

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