Star Kingdom escrita por chaoticmonki


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heey. Desculpem pela demora para sair esse capítulo! Mas é que eu tive um monte de provas e não pude entrar no pc para continuar. Gomen! Mas está aí :3 aproveitem!



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*knock knock* Alguém bateu em minha porta. Foi difícil abrir os olhos no começo por causa dos raios de sol que atravessavam a minha janela. Mas depois eles foram se acostumando. O quarto era todo branco e os móveis eram de um beje claro. Me levantei da cama, ainda com sono, e fui atender a porta.

-Já vai! - Eu gritei e abri a porta. Um homem da minha altura de cabelos brancos, assim como os meus e amarrados em um rabo de cavalo, estava na porta. E usava o uniforme que os Navegadores Brancos tem de usar. Brancos e nas laterais linhas azuis turquesa. Ele segurava uma prancheta e seus olhos dourados se encheram de alegria quando me viu.

- Bom dia, Aly. Vejo que seu despertador não tocou essa manhã. - Nós, os Navegadores Brancos, temos uma regra rígida de acordar cedo porque temos vários afazeres a fazer e planos para cuidar. 

Eu olhei para o meu despertador vermelho, que estava de cabeça para baixo no chão.

- Bom dia, Abel. Ah... na verdade, ele tocou hoje de manhã. Mas eu acidentalmente dei um soco nele. - Abel olhou para mim, curioso no começo e então seu largo sorriso branco preencheu suas bochechas.

- Claro. Você tem sorte que nós conseguimos fazer o trabalho rápido. Mas ainda tem várias coisas para você fazer. - Ele olhou para sua prancheta transparente, e se perdeu por alguns instantes. Depois ele balançou a cabeça e sorriu de volta para mim, porém um pouco tenso. - Bem, é só isso. Ah, e a rainha disse que quer te ver. 

- Ah, mas que honra ser chamada pela vossa alteza. - Eu sorri para ele, ao longo que ele ia se distanciando e com isso, eu fechei a porta.

Por mais que eu tente sorrir todos os dias para meus companheiros e para a rainha, eu não estava totalmente feliz. Claro que aqui era um lugar ótimo de se viver, mais do que o Deserto Saira, mas... era como se eu estivesse presa nesse lugar. Ordens aqui, afazeres alí, a rainha quer te ver... acreditem, quando a rainha quer ver alguém, não é porque algo está ótimo. Ela provavelmente quer te repreender. A única coisa que eu realmente gostava, era de ir para fora do nosso sistema, no jardim, e ir cuidar das plantas e dos animais. Eles me davam mais sossego do que essa prisão. Eu nunca me sentia livre. E ainda, eu tinha de acordar as 4:30 da manhã só para servir o café da rainha! Isso é uma droga, quem gostaria de uma vida assim para servir uma esnobe que se afoga nas próprias roupas?!

A rainha acha que só porque ela é 'importante' no nosso pequeno reino, ela acha que pode mandar em nós, como se fossemos cachorrinhos abandonados. E ela acha muito exclusiva para que qualquer pessoa possa vê-la em qualquer dia. A menos que algo esteja errado, que é o meu caso. Teve uma vez que esse menino, Frank, faltou alguns dias de trabalho porque ele tinha que cuidar de sua mãe navegadora, que estava doente. A rainha chamou ele e foi condenado a cobrir o trabalho dela, que não era tão simples. Era de transportação de comida pela parte perigosa -rápida e fácil- no espaço. E ele só tinha 12 anos! Nem eu aos 11 anos podia sequer ir para a base de treinamento de aeronaves. 

Depois de algum momento pensando, eu acordei de meus devaneios com o canto de um passarinho na minha janela. Ele era amarelo e tinha algumas penugens sobre a cabeça. Eu abri minha janela e dei um pouco de semente para ele, que pareceu ficar contente e saiu cantando mais ainda. Coloquei o meu uniforme e penteei meus cabelos -que não adiantava o que passasse, ele continuava a ficar ondulado. Então finalmente saí de meu quarto e caminhei para o 'aposento real' da rainha. 

A maçaneta da porta era de cristal e a porta era de mármore, assim como o piso. Tomei um longo folego antes de entrar e finalmente girei a maçaneta. Quando eu entrei, a rainha estava sentada em seu trono pintado de dourado e estofado de um vermelho vinho. Ela era jovem e tinha longos cabelos dourados que se contorciam até o chão. Sua coroa brilhava cada vez mais a que ela se movimentava, mas ele estava esfregando o cenho, com uma cara de desapontada. Abel estava ao seu lado direito, recitando algumas coisas de sua prancheta.

Ele não me deu o mesmo sorriso que me dera a essa manhã quando me viu na porta. A rainha me noticiou e fez uma cara mais desapontada e fechada ainda. Me curvei em voto de respeito e me aproximei mais dos dois.

- Vossa majestade. Queria falar comigo? - Eu finalmente falei, tentando não tropeçar nas minhas palavras.

- Sim. - ela respondeu friamente - Não sei se você sabe, mas você anda vários treinos de combate, atividades e seus próprios afazeres! Não somos seus criados aqui para cobrir alguém por você! - Abel e eu olhamos discretamente um para o outro e viramos o olho. Quem era ela para falar isso? Nós fazíamos isso desde que nascemos! - Eu acho que não tenho escolha a menos do que fazer isso...

- Desculpe, vossa majestade. Fazer o quê exatamente? - Abel perguntou atônito. Enquanto eu os observava um pouco nervosa. 

- Expulsá-la, claro. O total de faltas dela e a sua falta de empenho no dia-a-dia! 

- Majestade, acho que você está indo um pouco além do que deveria. 

- Não me interessa! Eu mano aqui, eu sou a rainha! -ela falou nervosa. - Já não basta eu ter expulsado os pais dessa menina e ter gastado minha compaixão com ela e também suado para cuidar dela! Ela não teve ter o mínimo respeito para me retribuir desse jeito. Ela fez uma promessa anos atrás de que eu só ajudaria ela contanto que ela fizesse seu trabalho para mim. 

Eu fiquei tão nervosa naquela hora que me deu vontade de dar um soco bem na cara dessa loira oxigenada. Mas eu apenas abaixei a cabeça e não falei e nem fiz nada. Ela podia fazer muito pior do que só me expulsar. Mas também me banir. Expulsar é uma coisa temporária, que eles até reconsideram em deixar você voltar ou você tem um tempo para ficar longe deles. Mas banir é a coisa mais severa que se pode ser feito com alguém. As vezes você só pode voltar quando a pessoa que está reinando agora, morrer e outro assumir o trono. Aí sim você tem a chance de voltar. 

- Eu entendo, vossa majestade. - esse foi meu último comentário. Abel me olhou rapidamente e fez uma cara medo quando as palavras saíram de minha boca.  

- Aly, você não pode... -ele não pode continuar pois a rainha pôs sua mão na frente, como um gesto de silêncio. 

- Pois bem. Ainda bem que assume suas responsabilidades. Quero que você arrumes suas coisas e deixe o quarto. Abel lhe levará para Skywalker. Não vai, Abel? - A rainha falou, um pouco vitoriosa.

- Claro, majestade. - aquelas palavras não saíram como se ele estivesse contente. Mais como furioso. Abel e eu somos amigos desde que eu vim para cá. Ele foi o único que foi gentil comigo ou pelo menos falou comigo. Desde então, somos amigos bem próximos, quase como irmãos. Seria um choque pra mim também se eu soubesse que ele iria ser expulso. Mas eu só poderia pensar que ele estava bem e seguro aqui. 

Fui para meu quarto e juntei minhas coisa - o que não eram muitas - e fui para a base com Abel. Ele tá tinha 21 anos e eu 19. Ele já podia pilotar e eu não. Era muito bonita a base, era toda branca como todos os lugares e com uns detalhes cinzas. As naves eram que nem nossos uniformes e eram de um ângulo triangular com várias curvas. A porta da suposta 'garagem' das naves, era de vidro, o que dava vista para o espaço. Skywalker era nosso vizinho, então dava para ver uma mancha marrom que media 5cm de longe. Abel me deu a mão para subir na nave, e a segurei. Ele estava tremendo.

A nave tinha um só corredor. Duas cadeiras de comando na frente, que foi onde Abel sentou, e uma atrás que tinha uma janela. Eu me sentei dela e olhei vagarosamente para fora - não tinha nada além de estrelas para olhar e alguns objetos perdidos de Skywalker - como latinhas, ou balas de arma flutuando. - mas eu realmente não queria encarar Abel durante nossa viajem. Apesar de eu ter acabado caindo no sono, a viajem foi passando rapidamente. E eu tive um sonho bizarro onde eu morava com meus pais e eles estavam vivos. 


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Notas finais do capítulo

Ta aí o cap. 2 :33
Talvez eu poste mais um esta semana ainda. Mas é que é um pouco difícil reunir ideias e pensar em um enredo que não trave no meio do caminho. Algo que dê sentido mais pro futuro... enfim né c:



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