Apartamento 312. escrita por Sarinha


Capítulo 26
Capítulo 26 - "Rachel Berry, você será minha!"




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Quinn e Rachel ficaram algum tempo deitadas, apenas conversando. Depois, tomaram banho e foram até a sala preparar o café da manhã juntas. Quinn propôs que fizesse sozinha, por entender mais de culinária, porém, Rachel negou-se a ficar apenas sentada, e quis ajudá-la como pudesse.

- Quebre os ovos ali! -a loira apontou para uma frigideira que estava em cima da pia.

- Fabray, certas coisas você não precisa me ensinar... - disse, bem humorada enquanto quebrava os ovos.

- Me desculpe, me desculpe... - sorriu acanhada.

- Tudo bem! Fico feliz que queira me ensinar a cozinhar.

A conversa foi interrompida pelo tamborilar da campainha.

- Está esperando por alguém? - Quinn perguntou.

- Não... Você está?

- Não. Céus, quem será a essa hora? - a loira foi até a porta apressada, detestando o fato de ter sido interrompida pela segunda vez.

Ao abrir, avistou Blaine.

- Bom dia, Quinn! Espero não estar interrompendo nada... - o moreno disse, acanhado.

Rachel surgiu atrás, secando as mãos em um pano de prato.

- Blaine! Entre, por favor... - sorriu convidativa.

Entrou no apartamento, observando os novos detalhes que compunham a decoração da sala. Objetos cor de rosa, fotos do Glee Club espalhadas em retratos e um pequeno calendário com todas as apresentações da Broadway cuidadosamente anexadas. Totalmente Rachel Berry!

- Olá garotas, como vão?

- Ótimas! - responderam juntas, em uníssono. Logo, se entreolharam e caíram na gargalhada devida a estranha coincidência.

- Vejo que estão... - sorriu alegre por ver a felicidade delas - Mas, vim aqui com uma missão.

- Sente-se, então. - Quinn o convidou para a cozinha, enquanto ela e Rachel continuavam seus afazeres - Diga!

- Kurt veio aqui mais cedo, certo? Ontem, quando voltava para casa, ele me prensou na parede e quis me forçar a contar que vocês duas estavam saindo. Eu não contei nada! Ele já sabia de tudo e se deu ao trabalho de deixar isso claro. Sei que ele veio aqui de manhã e não estava aqui para saber o que Kurt disse ou fez, mas imagino que não tenham sido coisas boas. Peço desculpas por isso, eu tentei evitar e fazer com que ele se acalmasse, mas não adiantou.

- Você não tem que se desculpar, Blaine... - Quinn o abraçou de lado.

- E eu também não vou aceitar essas desculpas. - disse Rachel, com frieza - Kurt invadiu minha casa, desrespeitou a mim e a Quinn, chamou ela por nomes horríveis... Isso não foi certo. Sabe, Blaine, eu gosto muito de você! É um bom garoto, muito companheiro e dedicado no que faz. Não quero que nossa amizade acabe aqui por isso, muito menos a sua com a Fabray, pois sei que são melhores amigos... Mas desrespeito eu não permito. Não na minha casa.

- Tudo bem Rach, eu te entendo... Não sei se você aceitaria desculpas diretamente de Kurt, mas vou tentar conversar com ele para convencê-lo de que está errado. Eu simplesmente não posso permitir que a amizade que vocês tem a anos acabe assim!

- Escute, Blaine... Francamente? Eu estou surpresa. Espantada, na verdade! - sentou-se ao seu lado, sob um banco - O Hummel que eu conheço me compreenderia, diria algo do tipo "eu sempre soube que um dia isso iria acontecer". A pessoa que eu vi hoje de manhã gritando coisas horríveis para mim e para Quinn não era meu amigo de sempre, era outra pessoa... E por essa nova pessoa eu sinto nojo, desprezo.

- Não fale assim, Rachel... - a loira entrou no meio da conversa, enquanto se ocupava servindo alguns omeletes.

- Ela tem razão, Quinn! - afirmou Blaine - Kurt têm mudado um pouco. Não comigo, ele continua o mesmo... Mas em relação â sua carreira, às outras pessoas... Ele tem fechado sua mente para o mundo. - confessou.

- Sejamos positivos... Talvez ele volte ao se normal em breve. - Quinn sugeriu.

- Mas bem, não vamos desperdiçar nosso tempo conversando sobre algo que não vai se resolver, não agora... Gostaria de tomar café conosco, rouxinol? - Berry o convidou, sorrindo convidativa.

- Seria uma honra, mas eu não posso! - desceu do balcão, pegando a bolsa que havia deixado em cima do sofá e deixando um semblante desanimado no rosto de suas amigas - Tenho que ir até a biblioteca de NYADA para fazer um trabalho, vim aqui apenas para conversar com vocês sobre Kurt... Mas fica pra próxima!

- Tudo bem, mas não vamos nos esquecer, viu? - Quinn gargalhou, abraçando o amigo.

- Não vamos! - retribuiu o abraço - Venha cá, baixinha. - a ergueu no colo e girou no ar, abraçando-a apertado.

- E estude bastante, viu? - aconselhou, brincando com ele.

- Pode deixar! E pela última vez, eu sinto muito por tudo o que houve... - foi guiado até a porta.

- Não sinta, pois você não tem culpa. Bom estudo! - desejou Rachel, assim que ele se foi.

Rachel e Quinn tomaram café da manhã juntas, entre brincadeiras e risadas. Após comerem, a morena ficou responsável por organizar a cozinha enquanto Quinn iria para Julliard, realizar alguns afazeres que ficaram a parte durante a semana.

- Sabe Joseph, eu nunca imaginei que seria derrubada como uma destruidora de corações... E Berry conseguiu isso! Conseguiu algo que nem mesmo as garotas mais experientes de Nova York conseguiriam. Isso deve ser péssimo, mas eu estou aos seus pés! - confessava ao amigo.

Após Blaine, Joseph foi a segunda pessoa para quem Quinn contou sobre seu relacionamento com Rachel Berry. Desde que ela havia chegado na cidade, ele foi quem a acolheu e a fez se sentir em casa. A partir disso, a amizade de ambos se fortaleceu cada vez mais. Na faculdade, as garotas do campus não eram nenhum pouco interessantes para se fazer amizade. Todas estavam centradas em aproveitar sua juventude e seus anos como acadêmicas em Nova York, enquanto Quinn queria apenas dar o seu melhor para se destacar, pois a concorrência era grande.

Todas as suas aventuras foram vivenciadas no Mckinley com sua gravidez, suas semanas como uma garota punk e todos os momentos de choro e alegria ao lado dos integrantes do Glee Club. Tudo aquilo lhe deu suporte o suficiente para não precisar mais agir com imaturidade. Seus dias na universidade foram melhores aproveitados, visto que ela não tinha mais tempo para tantos erros.

- É isso! Você está apaixonada! - disse, sacudindo seus ombros enquanto andavam pelos corredores de Julliard.

- Eu não sei, na verdade. Nunca me senti tão bem assim ao lado de alguém, não sei nomear isso, não ainda. Também não sei se ela me amaria de volta...

- Claro que amaria! Por favor, você é Quinn Fabray! As pessoas fariam fila pra serem amadas por você, será que não entende?

- Haha, engraçado você... - gargalhou ironicamente ao amigo - Bem, estou disposta a tentar fazer com que isso dê certo, pois eu sei que valeria a pena... Mas as dificuldades nos cercam! Sou a primeira garota com quem ela se relaciona, ela se separou recentemente... Precisaríamos ser muito fortes!

- E vocês são, eu sei que sao. - aconselhou Joseph.

- Mas... O que é isso? - a dupla parou em frente a uma mesa completamente decorada por azul e preto, as cores principais do time da escola. Acima da mesa, haviam alguns cartazes avisando aos alunos sobre uma seleção para recrutar novos integrantes para os Cheerleaders.

- Olá, Fabray! Vai se inscrever? - Elizabeth Simpson surgiu a sua frente, em uma velocidade que chegou a assustar Quinn, que observava concentrada os cartazes.

- Oi, Liz... - sorriu, educada.

Elzabeth fo sua primeira namorada garota. Assim que Quinn havia chego em Nova York e conhecido os prazeres de ser gay, teve ela como sua primeira namorada. A caloura era filha do reitor da faculdade, capitã das líderes de torcida e adorada por todos os estudantes e professores. Tirava as melhores notas, frequentava as melhores festas e saia com as garotas mais bonitas, Quinn foi uma delas. Seu cabelo dourado e perfeito e corpo escultural atraía a qualquer rapaz dali, que ficavam inconformados ao saber que ela tinha preferência por garotas.

Namoraram por dois meses, até que Quinn não suportasse mais sua futilidade e personalidade difícil, e então terminasse o namoro. Depois de espanhar pra toda a escola que foi ela quem terminou, Elizabeth não tornou as coisas mais difíceis e manteve a amizade com a loira.

- Como vai? - perguntou - Espero que bem! - respondeu, antes mesmo que ela dissesse qualquer coisa. - Enfim, gostaria de se inscrever?

- Agradeço a oferta, mas não... Meus dias de Cheerleader já se foram!

- Então traga eles de volta, é uma ordem! - disse, pertinente - Alicia acabou fraturando o joelho em um acidente e precisamos urgentemente de uma nova saltadora, as nacionais estão chegando!

- Sei disso, estarei torcendo por vocês e tenho grande apresso pelo time de Cheerleaders de Julliard, mas mesmo assim, terei que recusar... - virou às costas, caminhando ao lado de Joseph.

- Não seja covarde! - gritou Elizabeth, dando alguns passos em sua direção.

- Como? - Quinn virou-se para ela, inconformada com o que havia acabado de ouvir.

- Você tem ótimos passos, um corpo escultural, muita força e conhece o mundo das líderes de torcida. Aliás, foi uma capitã lendáriana sua escola! Todas no time de Julliard a conhessem por suas vitórias mesmo sem nunca ter estudado com você. Não há motivo para que não entre no time, há não ser por pura covardia de ser massacrada por outras garotas. - sorriu orgulhosa de si mesma, pensando ter usado um argumento infalível.

- Ah, céus... - Fabray gargalhava, enquanto Joseph assistia a tudo estático - Minha cara, eu já estive grávida e já fui parar em uma cadeira de rodas. Eu. Não. Tenho. Medo. De. Nada. - aumentou o tom de voz.

- Então, eu te desafio a tentar! - semicerrou os olhos.

- Ninguém me desafia a fazer nada que eu não queira. - cruzou os braços na defensiva.

- Pois bem, então temos o assunto encerrado. É uma pena que uma garota tão talentosa não se intersse por entrar no time e diga não sem ao menos conhecer as vantagens que oferecemos...

- Vantagens? Que vantagens? - perguntou, curiosa.

- Ah, agora a coisa muda de figura... - gargalhou ironicamente.

- Diga logo, Elizabeth, não tenho tempo para besteiras! - respondeu friamente.

- Oferecemos bolsa de estudos para qualquer curso, além de tickets para alimentação e transporte. Também temos algumas vantagens de nossos patrocinadores...

- Que vantagens?

- Bolsa de estudos em escolas de dança e inglês, por exemplo. As melhores escolas do país, a propósito! E é claro, não vamos nos esquecer de toda a glória e popularidade que você vai ganhar, contando também com todos os produtos de beleza, bronzeamentos artificiais e tratamentos capilares nos melhores salões de Nova York grátis que ganharemos dos patrocinadores! Fabray, nós só vivemos e somos jovens uma vez na vida. Quando sair de Julliard, quer ter coisas boas para se lembrar, não? A oportunidade está em suas mãos!

- Assine essa droga logo e se inscreva, Fabray! Temos aula agora e se você não se apressar vamos ficar pro lado de fora da sala. Você nem sabe se vai conseguir! Apenas assine! - Joseph ordenou, sem paciência.

- Me dê a caneta. - Quinn desistiu, sentindo-se vencida.

- Assim que eu gosto. - sorriu maliciosa, dando-lhe uma piscadela e passandoa caneta para ela.

Quinn não se inscreveu por insistência. Por mais que tivesse mudado como pessoa, ainda tinha um pouco da antiga Quinn Fabray dentro de si. Queria diversão de graça, queria popularidade. E por mais que ter que conviver novamente com a rotina de uma Cheerleader a incomodasse, ela faria qualquer coisa para dispensar a mensalidade de sua faculdade, que era um grande peso em suas contas.

- Pronto, aqui está. Satisfeita? - soltou a caneta em cima da mesa.

- Muito! As audições acontecerão na segunda feira que vem, as duas horas da tarde, no ginário! Estaremos te esperando ansiosamente, Fabray. Sei que vai me surpreender! - beijou sua bochecha, sendo totalmente ignorada.

- Essa garota me da nos nervos! - sussurrou para seu amigo, que gargalhou.

Depois de um dia cansativo no campus de Julliard, Quinn estava de volta em seu novo lugar favorito: os braços de Rachel. Ambas assistiam a um filme de suspense enquanto Rachel acariciava seus cabelos e ela deitava sob seu colo.

- Nessa parte a garota vai cair da escada! - Rachel contou, ansiosa. Aguardaram algums segundos, e logo o tombo da atriz retratado no filme mostrou que ela estava certa.

- Rach! Não pode me contar o filme todo. - Quinn a repreendeu, gargalhando junto dela.

- Não contei, na verdade nunca assisti esse filme... Eu previ! Todo filme de suspense precisa de uma vilã burra pra dar graça ao enredo. - confessou.

- Garota esperta você... - beijou seu queixo.

Os carinhos foram interrompidos pelo celular de Rachel que tocava insistentemente. Ao olhar o visor, ficou totalmente surpresa: era Finn Hudson. Seu ex noivo, o fugitivo que gerou a mudança repentina de sua vida. Imediatamente, seu corpo entrou em estado de choque e sua mente não correspondia lhe obedecia mais. Sentia-se da mesma forma que se sentiu quando foi deixava, e tudo se passou pela sua cabeça como em um filme, quando voltou ao normal.

- Finn está me ligando... - segurou o celular a sua frente, sem saber o que faria.

Quinn teve a reação parecida com a da morena, entrou em estado de choque assim como ela, mas por motivos diferentes.

- O que pretende fazer? - levantou de seu colo, sentando do seu lado.

- Vou atender. Pode ser algo importante. - respondeu sem pensar muito, indo para seu quarto.

- Ok... - respondeu com voz fraca, sentindo-se a menor pessoa do mundo.

O caminho até o quarto parecia longo demais, e as mãos de Rachel tremiam de tal forma que ela mal conseguiu clicar no botão que atenderia a ligação.

- Rachel? - assim que ouviu sua voz temerosa, ela procurou fechar os olhos, respirar fundo e tentar ser madura.

- Sim, sou eu, Finn. O que gostaria? - perguntou calma.

- Tenho sentido sua falta... - disse Finn.

- O que gostaria? - repetiu, não querendo lhe dar abertura para uma conversa.

- Antes, me diga como está! - ele persistiu.

- Finn, o que gostaria? - aumentou o tom de voz, sendo totalmente direta.

- Droga, você ficou realmente magoada... - bufou, como se não imaginasse que poderia deixá-la com alguma sequela de sua terrível traição - Bem, eu liguei para pedir-lhe um favor.

- Favor? - gargalhou ironicamente pela ousadia de Finn, e no momento, acabou ficando mais calma.

- Sim... Esqueci meu registro geral no noss... No apartamento! Será que poderia achá-lo e entregar para Kurt, para que assim ele me entregue?

- Eu mudei de apartamento Finn, não estou mais lá e quando me mudei deixei todas as suas coisas que ficaram aqui com Kurt. Se precisar de algo, peça a ele e não a mim!

- Será que poderia lembrá-lo de procurar? - perguntou.

- Não, eu não poderia. Você já é um adulto, tem duas mãos, um celular e o número dele. Ligue você!

- Não queria que ficássemos assim...

- Eu também não queria que você tivesse me ligado. Viu? Nem tudo é como queremos.

- Por favor Berry, não seja tão infantil!

- Infantil? - gargalhou - Você acabou de me chamar de infantil?

- D-desculpe, eu não quis dizer...

- Você já disse. Seja homem e assuma suas palavras. Se bem que não me admira você fugir de seus problemas...

- Pare com isso! Por favor, vamos sem amigos.

- Nao Finn, não quero sua amizade. Não quero seu amor, não quero sua consideração, não quero sua presença e também não quero ouvir a droga da sua voz. Passar bem! - desligou o celular antes mesmo que ele respondesse.

Ao segurar o telefone celular em suas mãos, sentiu todo o resto do corpo tremer. Por não saber se havia atuado corretamente em relação ao telefonema, arrependeu-se imediataente pela grosseria e chorou involuntariamente. Um choro calmo que em segundos tornou-se desesperado. Berry precisou deitar na cama para se apoiar.

Enquanto isso, Quinn encolhia-se sob o sofá da sala. Queria fugir dali, para não ter que conviver com a ideia de que Rachel estava no quarto do lado, conversando com seu ex. O aperto que snetiu no coração naquele momento não tinha explicação alguma. Ela não podia sentir ciúmes, não tinha esse direito. Ela não podia estar apaixonada. Não por uma garota que havia acabado de sair de um relacionamento e estava ainda descobrindo seu gosto por garotas. Quinn não queria ser traída, não queria ser magoada. Não na primeira vez que estava apaixonada de verdade.

Dali, ouviu o choro desesperado de Rachel. Seu coração se apertou mais ainda, formando um nó em sua garganta e fazendo-a esquecer de comos e respira. Sem pensar muito, Fabray correu até o quarto para saber o que estava havendo. Avistou a pequena deitada sobre a cama, chorando sem parar.

- Rach? - perguntou por ela, sussurrando.

Rachel sentou-se sobre a cama, limpando as lágrimas rapidamente, em uma tentativa de escondê-las. Quinn reparou nisso, e deitou-se ao seu lado sobre a cama.

- Por que choras, moça bonita? - dedilhou sua tempora, indo até o queixo.

- Me desculpe estar chorando assim. Eu não deveria... - continuou a limparsuas lágrimas.

- É por causa dele, não? - perguntou.

- Eu não sei... - disse com a voz embargada.

Quinn abaixou a cabeça, desejado não estar ali.

- Me desculpe Quinn, me desculpe, por favor, me desculpe! - pedia freneticamente.

- Te desculpar pelo que? - levantou a cabeça novamente, chorosa - Por ter sentimentos? Eu não posso ficar brava por isso Rach, não posso e não vou.

- Eu não sei o que me deu... Não sinto mais o que sentia antes por ele, não deveria estar chorando. Eu não sei que droga houve comigo! - soluçou.

- Não pressione a si mesma, Rachel...

- Mas você esta aqui comigo agora, você não merece ser magoada.

- Eu estaria magoada se você estivesse sendo desonesta comigo e mentindo pra mim, ou escondendo seus sentimentos. Na verdade, estou feliz por você estar sendo sincera.

- Sabe, eu não sou mais apaixonada pelo Finn. - virou-se para cima, fitando o teto - Não quero mais sentí-lo perto de mim, não sou mais a garota dele... Agora eu só tenho olhos pra você, Quinn! - virou-se para a loira, que tinha os olhos brilhando e ouvia atentamente a tudo o que ela dizia - Mas tudo esta recente demais, tive um relacionamento de cinco anos com ele e tudo ainda está fresco na minha memória...

- Me deixa tirar isso da sua mente. - sussurrou Quinn, que encaixou a cabeça no pescoço dela.

- Seus lábios macios me atraem muito mais que os dele me atraíam, eu gosto muito mais do aperto delicado dos meus braços do que da forma bruta como ele me puxava... Quando entrou em mim pela primeira vez, eu me senti em um paraíso. Não era como com Finn, em que a responsabilidade de satisfazê-lo era toda e totalmente minha... Eu me senti segura de meu corpo Quinn, pela primeira vez eu me senti segura de meu corpo! Eu não quero perder isso agora, não quero perder você...

- Você não vai me perder. - roçou seu nariz com o dela, gerando ali um momento íntimo.

- Você é a melhor coisa que me aconteceu desde que cheguei aqui Quinn, eu quero ser sua mas por enquanto estou confusa... Preciso que lute por mim, preciso que não desista de nós duas! - pediu.

- Eu nunca desistiria! - beijou toda a extensão do seu pescoço - Seria uma idiota se te deixasse escapar.

- Obrigada por isso... Obrigada por tudo, Farbay! - alcançou seus lábios e os tomou para si, beijando-lhe com vontade.

- Tudo bem... Deite-se agora, vamos dormir. Vou tirar A maquiagem no meu quarto e passo aqui depois para deitar com você. - lhe deu mais um selinho, indo para seu quarto.

Ao chegar no banheiro de sua suíte, Fabray lavou todo o rosto cuidadosamente, dando mais atenção para algumas partes e tirando toda a maquiagem. Desligou a torneira e encarou-se no espelho por alguns segundos. Reparou no quanto ela linda, no quanto era muito mais bonita que Finn e ali, conseguia enxergar claramente seu desespero para tê-la.

- Rachel Berry, você será minha! - sorriu esperançosa para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Fiquei bastante tempo fora, não? Pois bem, agora o ENEM já passou e estou totalmente livre para postar pra vocês! Infelizmente, não posso garantir que a demora tenha acabado, pois estou me preparando para um festival nacional onde meu grupo de teatro vai se apresentar e o ano letivo ainda não acabou!Mas minha agenda esta bem mais vazia agora. Já viram meu blog? Caso não, aqui esta: dividirafetos.blogspot.com Lá eu posto algumas crônicas e contos, espero que gostem!