Apartamento 312. escrita por Sarinha


Capítulo 1
Capítulo 1 - Alicerce




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A judia pousava sua cabeça sob o peito de seu marido, era como ela dizia... Tinham planos de se casar desde que se deram como veteranos no ensino médio, e passaram a viver como na faculdade, mas não assinaram nenhum papel ou fizeram cerimônia. Talvez por medo de mudar de ideia, Rachel estava concentrada demais em sua carreira para dar um passo em falso com uma relação que poderia dar errado. Finn não tinha previsão alguma para o seu futuro, resolveu ir para New York com sua namorada e acompanhar seu sonho, mas não pensava no que faria nos próximos anos de sua vida, trabalhava no Starbucks em busca de ter algo para fazer durante o tempo em que ficasse lá e ajudava com as despesas do apartamento.

Logo, o despertador tocou e interrompeu o sono do casal. A morena levantou-se sonolenta e acordou à Finn, pois o despertador não foi suficiente para lhe acordar. Enquanto ele se arrumava, ela preparava ovos mexidos para os dois.

Finn tomou seu banho vagarosamente, deixando com que a água o fizesse relaxar. Saiu do banho, enrolou-se em uma toalha e foi até a cozinha. Avistou sua namorada vestida apenas com uma blusa velha e um coque alto e mal feito, deixandoa mostra todo o conjunto de seu pescoço e nuca. Ela era tão sexy...

– Bom dia, querida! - Finn caminhou até ela, então lhe puxou pela cintura para dar um beijo.

– Bom dia, meu amor... - ela acariciava seu rosto com as costas da mão, admirando a beleza de seu namorado. - Vá se trocar, estou preparando nosso café da manhã!

– Seu pedido é uma ordem - brincou, indo em direção ao quarto.

Rachel sorriu, sentia-se bem com a presença de Finn, como se estivesse protegida de qualquer coisa que pudesse acontecer. Desligou o fogão, serviu o conteúdo de dentro da frigideira em dois pratos e pôs dois copos de suco de morango acima do balcão que usavam para comer. Foi até seu quarto para escolher a roupa que usaria aquele dia, e foi surpreendida ao ver Hudson com um papel em mãos, telefonando para alguém que ela não conhecia. Deu um passo atrás e manteu-se ouvindo sua conversa.

– Sim... E os dormitórios, são mobiliados?... Ah, claro, entendo... E quantos companheiros de quarto são?... Jura? Isso me parece ótimo! - conversava com outra pessoa, distraído.

– Esta falando com quem, Finn? - Rachel entrou no quarto, fitando-o com os olhos e o coração secretamente aflito pela ideia dele ter segredos com ela.

– Ei, eu te ligo depois! - desligou rapidamente, assustado com a reação repentina de sua namorada.

– Por que desligou? Com quem estava falando? - chegou mais perto - E esse papel em sua mão, o que é isso?

Finn amassou o papel imediatamente, e o guardou no bolso.

– Isso não é nada demais Rachel, apenas relaxe...

– Relaxar? - gargalhou ironicamente, então aumentou o tom de voz - Eu te pego falando no telefone com alguém que eu não sei quem é e descubro que esta guardando segredos de mim, e você quer que eu relaxe? Vamos, me diga o que foi isso, seja homem! - bateu em seu peito, o empurrando para provocar algum tipo de reação.

– Que droga, Rachel! - explodiu, mantendo o tom de voz no mesmo nível que a namorada - Por que você tem que ser tão obcecada? Eu não estava falando com ninguém, não era nada demais, se eu precisasse te dizer já teria contado! Me dê espaço!

– Céus, nós somos casados, Finn Hudson! Moramos na mesma casa, fazemos tudo juntos, você não tem direito de pedir espaço, se esta me escondendo é porque têm algo que eu não deveria saber!

– Quer saber? - abaixou sua voz - Eu cansei de discutir com você, vou pro trabalho. Não me espere pra almoçar! - saiu pela porta, deixando Rachel sozinha no quarto.

Sem hesitar, a morena correu atrás de Finn até a frente da pequena casa em que moravam, sem se importar em não estar devidamente vestida.

– Você sequer sabe viver como uma pessoa casada! - gritou, para que todos que estivessem na rua ouvissem.

– Esta arrependida de ter se casado comigo? - virou-se para ela, encarando-lhe a face.

– Não, estou arrependida de ter achado que tínhamos alguma intimidade. - lacrimejou, seguindo de um soluço. Entrou pra dentro de casa.

Finn dirigia nervosamente pelas ruas de New York, e isso era tão difícil quanto ir na contramão. Ele não queria que Rachel descobrisse sobre seu segredo, era algo que vinha tentando evitar há semanas, e o enfurecia ter todo seu cuidado para que ela não descobrisse jogado no lixo. Sentia medo de que isso pudesse causar uma grande repercurssão no seu namoro ou até mesmo levá-los ao término.

Tinha duas opções: poderia mentir sobre isso ou lhe contar a verdade. Esconder não era mais uma possibilidade, não com Rachel Berry na reta. Se mentisse, ela poderia descobrir, então a melhor era contar a verdade e esperar do fundo de seu coração com que esse realmente fosse o melhor caminho.

Rachel era uma ótima namorada. Cozinhava razoalmente, mantinha a casa em ordem, era dedicada aos estudos e mesmo que fosse uma lady em frente à sociedade, deixava Finn completamente realizado na cama. Porém, lhe faltava compreensão. Ela procurava em seu namorado algo que nunca havia achado em ninguém, e qualquer deslize cometido por ele lhe causava um impacto muito maior do que deveria. Não a culpava, pois sabia sob o quanto era exigente antes mesmo de começar a namorá-la, no colegial, mas sentia medo disso.


Quinn caminhava pelo campus de Julliard carregando alguns livros e cadernos, apenas tentando não derrubá-los. Entrou em uma cafeteria que havia ali dentro, ao encontrar um amigo, largou os livros na mesa e sentou-se, ofegante por conta do cansaço.

– Hey, Joseph! - sorriu assim que estabilizou-se, e fez sinal para que o garçom fosse até a mesa.

– Bom dia, qual é o seu pedido? - aproximou-se da mesa, com um bloquinho de papel na mão.

– Quero um copo grande de café, e um pedaço de bolo de blueberry, por favor.

– Sim, seu pedido já será entregue. - anotou tudo e fez o caminho de volta até a cozinha.

– Me conte... Como foi seu encontro ontem? - Joseph abaixou o jornal que segurava acima de seus olhos, atento às notícias de New York.

– Foi péssimo, Joe, nem me lembre disso... - abaixou a cabeça, envergonhada.

– O que houve? - posicionou as mãos sob o queixo e aproximou-se mais de Quinn, mostrando grande curiosidade.

– Aquele garoto era tão antiquado! Ele não parava de tentar me agarrar, não queria sequer conversar... Sabe que eu não tenho paciência pra essas coisas, não é? Tentei me esquivar sem parecer desagradável, mas com ele era impossível!

– Uau... Sinto muito por você, amiga! É uma pena que esse tenha sido mais um de seus encontros que foi por água abaixo.

– Obrigada pro me lembrar. - sorriu ironicamente.

– Sinceramente, Fabray? Acho que você deve dar um tempo a si mesma. A pessoa certa virá, na hora certa. Você não pode querer trabalhar pelo destino. Entendo que seja dona de uma carência grotesca, mas infelizmente nem sempre a vida da o que queremos, logo você vai encontrar uma pessoa maravilhosa, que vai ter fazido valer toda a espera. - ele segurava a mão de sua amiga, lhe dando paciência e esperança.

O garçom da cafeteria interrompeu a conversa, colocando à mesa todo o conteúdo que havia acima de sua bandeja, trazendo um sorriso ao rosto de Quinn ao sentir o cheiro do café, era como se fosse seu combustível.

– Você tem razão... Mas sabe, eu gostaria tanto de ser amada por alguém! Passar tardes de domingo juntos, dormir de conchinha, assistir à filmes nos dias de chuva e nos ensolarados explorar a cidade... Sei que tenho meus pequenos casos, sempre tem uma pessoa nova pra dormir lá em casa, pelo menos uma vez por semana... Mas às vezes parece que tudo isso só abre um buraco maior ainda no meu coração e faz a solidão aumentar. Isso incomoda, Joe, isso dói! - desabafava enquanto dava goladas em seu café.

– Acha mesmo que não é amada, Quinn? Você tem a mim, a sua família, aos seus amigos de Lima e aos de Julliard também. Você tem a sua fé, e acima de tudo, tem a você mesma! Deve reconhecer tudo isso, Quinn, assim aprenderá que sobre o quanto sua carência é desnecessária.

– Obrigada pelo conselho. Você é o melhor de todos! - sorriu, abaixando a cabeça e mexendo vagarosamente em seu bolinho.

– Eu sei disso. - piscou para a amiga em cumplicidade.



– Não sei o que fazer. Não sei mesmo. Isso é tão novo pra mim, já é difícil lidar com meus próprios problemas, e ele insiste em fazer nossa relação ser mais difícil?

Rachel desabafava com seus dois melhores amigos: Kurt, e seu namorado Blaine. Eram amigos desde Lima, todos com o mesmo sonho de ir para NYADA. Batalharam muito para que realizassem isso e acabou dando certo. Berry foi a primeira a chegar na escola, e Kurt entrou logo no segundo semestre, pois havia reprovado em sua primeira audição. Blaine correu atrás de seu sonho assim que terminou o ensino médio e conseguiu entrar de primeira. Logo, estavam os três ali: vivendo um sonho pelo qual lutaram com unhas e dentes.

– Mas Barbra, é nisso que se baseia uma vida de casados! Você não é apenas namorada dele, vocês estão noivos e moram juntos. Se não souber viver por dois e lidar com os problemas dele, isso significa que você não esta preparada para ser a Srª Hudson... - Kurt apertava sua mão, lhe aconselhando.

– Sei disso, mas você e o Blaine também moram juntos e não têm tantos problemas como eu e Finn! - justificou.

– São duas coisas difrentes de alguma maneira. Eu e Blaine moramos juntos mas nos portamos como namorados. Não dividimos contas, não fazemos planos, ainda temos nossas vidas separadas enquanto você e Finn insistem em fazer tudo juntos, nós não temos pressa... E isso nos poupa muitos problemas.

– Mas ele esta guardando um segredo de mim, tem noção do quanto dói saber que há algo que eu não deveria saber?

– Seja uma mulher virtuosa, Berry! - Blaine se manifestou no meio da conversa - Tenha paciência e compreensão, por mais difícil que seja... Sei que ele esta errado em guardar segredo de você, mas mantenha-se firme. Ele vai te contar o que é na melhor hora!

– Espero que conte, porque eu odeio a ideia de ter meu próprio noivo escondendo coisas de mim. - suspirou, insatisfeita.

– Que tal se formos pra sala agora? A aula de história da música já vai começar, quem sabe isso não te distraia um pouco? - disse Kurt, puxando a amiga para a primeira aula de um dia longo que teriam.



Fabray tinha aula de teoria teatral, e estava tão envolvida que era quase impossível tirá-la dali. Artes cênicas era sua grande paixão, ela sentia muito por ter demorado a descobrir isso. Estava concentrada, quando seu telefone interrompeu a aula de todos os estudantes ali.

– Me perdoem, me desculpe professor! - pegou ele rapidamente, e olhou no visor, estava escrito "Sr Marshall".

"Droga", ela pensou. Era o inquilino de seu apartamento no Brooklyn, ligando para cobrar seus dois aluguéis atrasados.

Quinn era uma das pessoas mais espertas e organizadas que já havia se visto, mas sua casa e o aluguel dela eram as únicas excessões em sua vida. Desde que comprou um carro e tinha que arcar com as dispesas da gasolina, não conseguia completar o aluguel. Foi uma escolha arriscada em que ela se deu mal, mas andar de metrô por New York era péssimo. Precisava de um jeito para manter suas contas em dia, precisava de uma saída.

Retirou-se da sala e atendeu o telefone, no corredor.

– Alô, olá Sr Marshall...

– Hey Srª Fabray, te liguei apra tratarmos do aluguel... Que você não pagou. Novamente.

– Sei disso, senhor... E peço desculpas! Mas minha vida anda uma bagunça agora, sabe que eu sempre paguei o aluguel em dia, não?

– Não esta pagando agora...

– Prometo que daqui a duas semanas eu pago, sem falta! - suplicou, com voz pidosa.

– Quinn, eu juro que adoraria lhe dar essa vantagem, mas tenho regras à seguir e meu emprego depende do cumprimento das mesmas. Você tem até semana que vem pra pagar o aluguel do seu apartamento, se não o fizer, serei obrigado a despejá-la. - desligou o celular, sem dar a chance da loira responder.

Ela suspirou e encostou as costas na parede, escorregando lentamente por elas. O que poderia fazer? Adorava aquele apartamento, ele oferecia exatamente o que ela precisava, mesmo sendo longe de sua universidade. Não poderia o perder, pois nenhum lugar em NY seria tão bom para ela.


Rachel dava o seu melhor à cada aula e se destacava imensuravelmente aos outros alunos, coqnuistava isso naturalmente. Ela havia nascido para brilhar e era um fato inegável, mesmo os professores mais experientes de NYADA impressionavam-se com as notas alcançadas por ela, o esforço e a flexibilidade nas aulas de ballet. Rachel não era a mais alta, mais bonita ou mais sexy... Mas tinha algo dentro de si que nenhum deles teria, um amor pela arte que abalava estruturas, e uma ambição que a levaria ao infinito.

Porém, sua cabeça estava longe. Isso não a prejudicava, pois seu talento era espontâneo, mas era quase impossível não pensar em seu namorado e no que poderia ser aquele tão temido segredo. Seria uma surpresa agradável? Algo que envolvesse sua vida financeira? Sua família deixada em Lima? Ou, o que mais amendrontava a cabeça de Rachel... Seria traição? Sua mente borbulhava com todas aquelas possibilidades, ela sequer aguentava a si mesma.

Assim que chegou em casa, escolheu a roupa de mais fácil acesso que tinha no guarda roupa e tomou um banho rápido. Deveria cuidar da casa, como fazia todos os dia, mas ao invés disso vasculhava as coisas de seu namorado, em busca de uma pista para desvendar o mistério que causou a briga matinal deles.

Procurou em volta da cama e embaixo também. Na sala, cozinha, nos móveis mais inimagináveis... Pensou em vasculhar no guarda roupa de Finn. Sentiu-se culpada por invadir sua privacidade à esse ponto, mas sua vontade falou mais alto. Procurou em todos os bolsos de seus casacos e calças, quando abriu a gaveta de meias e avistou uma pasta azul, escrito com caneta esferográfica preta em uma caligrafia descontraída: "universidade de Stanford". Seu corpo estremeceu. Analisou cada folha com cuidado, e achou a cópia de uma inscrição. Era a inscrição de Finn, para o curso de educação. Sua cabeça queimava e o coração batia cada vez mais forte, não sabia dizer se aquilo era nervosismo ou medo. A cada papel novo que ela via, sua mente se abria mais e aquilo se encaixava.

Finn vinha programando ir para Stanford há quatro meses, já havia preparado um dormitório no campus e alugado um carro, que usaria durante o tempo que estivesse lá. Também havia um contrato com um hotel, para o emprego de recepcionista. Ela mal podia acreditar, sentia-se traída.

– Boa noite, meu amor! - Finn abriu a porta do quarto brutalmente, fazendo um estrondo. Esperava ganhar um sorriso, e que Rachel fosse correndo para os seus braços como em toda noite, mas ela se manteve séria.

– Pode me explicar o que é isso, Finn Hudson? - estendeu a pasta a ele, pedindo explicações.

O rapaz deu um passo atrás. Observou a folha discretamente, percebendo que era a pasta de sua inscrição. Como Rachel havia descoberto aquilo? Que explicação ele daria a não ser a verdade? O pior de tudo, era que a verdade era como uma bomba, que poderia acabar com o relacionamento dos dois.

– Uma pasta? Rachel... Onde achou isso? - diminuiu o tom de voz, falando em ruídos.

– Não se faça de desentendido! - Rachel levantou-se da cama, gritando e indo em direção à Finn. - Vamos! Me conte sobre Stanford!

– Acalme-se, querida...

– Querida? Querida é o caralho! Se eu fosse realmente querida por você, não guardaria segredos de mim!

– Vou explicar, mas preciso que mantenha a calma! - Finn retirou seu casaco e sentou-se na cama, chamando Rachel para sentar ao seu lado, que o fe.

– Muito bem. Comece a falar.

– Sabe bem que ser professor sempre foi meu sonho, não é? Precisava realizá-lo, de qualquer maneira... E ficar em New York, trabalhando no Starbucks enquanto minha noiva realiza seus sonhos não é a melhor forma de fazer isso. Pois bem... Há quatro meses atrás, fizeram uma seleção e eu mandei uma carta para Stanford...

– Há quatro meses atrás? Você vêm planejando isso a quatro meses? - interrompeu, impaciente.

– Me deixe falar...

– Sim, fale!

– Não pus expectativas ou esperei que fosse aceito, apenas dei o meu melhor, e tive o melhor! A partir de então, pensei muito sobre tudo isso. Não queria te deixar sozinha aqui, NY é uma cidade perigosa e eu me preocupo tanto com você... Mas essa é uma oportunidade única, eu não posso me dar ao luxo de desperdiçá-la! Então, comecei a fazer os preparativos e vou me mudar para Stanford daqui a duas semanas. - disse diretamente, sem rodeios, era melhor que jogasse todas as suas palavras pra fora.

– Como disse?

– Vou para Stanford daqui a duas semanas.

– Meu Deus... - Berry abaixou a cabeça e apoiou-a em seus braços, chorando baixinho.

– Rachel, sei que é difícil, mas só peço pra me compreender, ou tentar... Você tem tudo aqui em New York! Amigos, popularidade, uma carreira decolando ao sucesso. E o que eu tenho? Um trabalho de merda no Starbucks? Eu não posso ser o garoto que sempre estará atrás de você, tenho que pensar em mim, pelo menos por uma vez, porque até aqui só venho pensando no seu bem! - chegou mais perto de sua namorada, tentando segurar sua mão.

– Fica longe de mim! - gritou, assustando à Finn - Eu tenho nojo de você! Tenho nojo do que você esta fazendo comigo. - levantou-se da cama, caminhando nervosamente pelo quarto. - Acha que eu não quero o seu melhor? Que merda, eu sempre amei você, não há possibilidade alguma de eu não querer que você tenha tanto sucesso quanto eu ou até mais... Mas o que você fez foi covardia, foi falta de caráter... Nós somos noivos, porra! - pegou um pequeno vaso que ficava em cima do criado mudo e o jogou no chão, tentando aliviar o ódio que sentia de alguma forma.

– Pare com isso, Rachel, pare! - levantou-se também, segurando seus braços - Você nunca entenderia se eu tivesse que ir pra longe, mesmo que fosse pra estudar! Essa é a oportunidade da minha vida, eu não posso deixar ela passar por sua causa.

– Não quero que deixe sua vida passar para ter uma comigo, quero que aja como homem! - a judia lhe deu um tapa. O estalo foi tão alto que poderia ser ouvido dos apartamentos ao lado.

– Você esta louca, garota? - Finn aumentou seu tom de voz - Viu? Foi por isso que eu não contei, e é por isso que é tão difícil conviver com você! Têm que parar de agir como criança, nunca vamos resolver nossos problemas dessa maneira.

Rachel soluçou, afogando-se em suas próprias lágrimas. Limpou algumas delas com a própria mão, e voltou a encará-lo.

– Esta tudo bem, Finn Hudson, não teremos mais problemas para lidar! - sorriu, mesmo que forçadamente.

– O que quer dizer com isso? - perguntou, curioso.

– Não teremos mais problemas porque deixamos de ser um casal. Boa vida em Stanford! - sua fala foi interrompida por um choro que parecia estar trancado há anos.

Rachel pegou sua bolsa acima da mesa de centro que ficava na sala e foi embora do apartamento. Não sabia para onde ia ou o que estava fazendo, queria apenas encontrar a si mesma e recuperar o sentido que via nas coisas antes de Finn deixá-la sem alicerce.



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