O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 12
The name of them


Notas iniciais do capítulo

Parte das minhas aulas voltam segunda-feira, então aproveitei os últimos dias para escrever! Espero que gostem (:



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Às vezes Harry tinha a sensação de que o que tinha vivido em Tóquio havia acontecido anos atrás ou parecia ter sido em outra vida. No começo a gravidez de Ginny foi um susto, nunca havia pensando que poderia ser pai, mas agora cada simples momento que envolvia a gravidez, tornava-se um momento especial e Harry não queria perder nenhum.

O senhor Heyman sugeriu que Harry encontrasse um assistente que pudesse o representar nas viagens e reuniões rotineiras, e claro, fosse competente para realizar as tarefas exigidas. Harry buscou em todas as filiais, currículos e perfis de funcionários que se encaixariam para essa função, há dias analisava e finalmente chegou a dois candidatos.

–Martha, por favor, marque uma videoconferência com René Le Blanc para amanhã de manhã. Harry pediu a sua secretária antes de ir embora. –O assunto é sobre os candidatos que informei a ele hoje por email.

–Certo, algo mais? Martha anotou em sua agenda, faria agora mesmo.

–Só isso. Harry guardou seus pertences e vestiu o paletó. –Vou encontrar Ginny, iremos fazer mais compras para os meninos. Até amanhã!

–Até amanhã e boas compras!

O inverno chegou trazendo o frio novamente a Londres, apenas muitos casacos e bebidas quentes para esquentar e enfrentar o congelante frio. Estava muito frio para caminharem pelas lojas de ruas, era melhor ficar dentro do shopping.

–Olá! Harry encontrou Ginny na praça de alimentação. –Cheeseburger?

–Estava morrendo de fome e os meninos pediram por isso! Ginny comia com vontade o seu cheeseburger. –Como foi seu dia?

–Certo, os meninos pediram. Ele riu pegando um pedaço do cheeseburger dela. –Acho que finalmente encontrei um assistente.

–Sério, pegue mais uma vez um pedaço da minha comida e eu te mato! Ela disse em um tom assassino e depois, como se nada tivesse acontecido, continuou comendo tranquilamente. –Isso é ótimo, espero que de tudo certo!

Depois de saciada a fome de Ginny, eles foram às compras. Hoje a lista incluía mais roupas, que Harry achava impossível os bebês usarem tantas roupas, e alguns itens como carrinhos e cadeirinhas. Ginny estava enrolando o quanto podia para escolher os berços, ainda estava no seu antigo dilema.

–Gostei desse. Harry a tirou de seus pensamentos e a trouxe para a loja. –Porque não leva?

–Também gostei, mas não tenho certeza. Ginny saiu de perto do berço que encarava.

–Podemos levar e deixar na minha casa, depois montamos onde você quiser. Ele sugeriu a encorajando. –O que acha?

–Tudo bem. Ela se rendeu, o berço era o mais lindo que já virá. –Não acha que é muito grande? Não esqueça que teremos que levar dois.

–Nós iremos dar um jeito, não se preocupe. Harry a tranquilizou e foi atrás da vendedora pedir os berços.

A maioria do que estavam comprando, Harry estava deixando em sua casa até que Ginny arrumasse um espaço no seu apartamento. Ginny pensava com mais frequência sobre a possibilidade de voltar a morar com seus pais, assim teria mais espaço e ajuda para cuidar dos bebês, mas não achava ser certo com Harry e Lily voltar para Newham, seria uma viagem constante de pouco mais de uma hora sempre que quisessem ver os meninos.

–Quer dormir lá em casa? Harry perguntou após terminarem as compras.

–Claro. Ginny ficou surpresa com o convite, passavam a maioria das noites na casa dela.

Ao chegarem à casa de Harry, encontraram Teddy e a noiva Emma. Eles conversavam sobre o casamento que se aproximava e Lily dava alguns palpites.

–O que fazem por aqui? Harry perguntou curioso.

–Estamos procurando uma casa. Teddy respondeu cansado. –Mas não estamos com sorte, então viemos perguntar a sua mãe se ela sabia de alguma.

–A única que conheço é aquela que te falei, lembra Harry? Lily comentou. –Aquela que te falei que você poderia comprar, seria perfeita para você e Ginny...

–Lembro, mãe! Harry a interrompeu, sem graça e rapidamente mudou de assunto. –Mas por que vocês querem morar nessa área? Tudo isso é vontade de ficar perto dos pais, Teddy?

–Eu que voltei a morar com a minha mãe? Teddy brincou. –Emma irá trabalhar no King’s College Hospital e não queremos mais morar no centro de Londres, começamos a procurar em outras regiões e aqui fica a apenas quinze minutos do hospital seria ótimo.

–Não sabia que era médica, Emma. Ginny comentou. –Então vamos nos encontrar com mais frequência, faço meu acompanhamento médico nesse hospital.

–Sou médica pediatra. Emma sorriu orgulhosa. –Isso será ótimo, se quiser, posso cuidar dos meninos quando eles nascerem.

–Muito obrigada. Ginny agradeceu, por pouco que conversou com Emma, ela lhe pareceu ser uma boa pessoa.

Teddy e Emma ficaram mais algum tempo antes de irem embora. Ginny mostrou alguma das coisas que haviam comprado para os bebês, Lily adorou os berços e não via a hora de vê-los montados e com seus netos dormindo neles.

–Você tem alguma espécie de adoração pelo Steve Jobs? Ginny perguntou quando entrou no quarto de Harry.

–Não. Ele não entendeu a pergunta. –Por quê?

–Tem tanta coisa da Apple aqui que eu pensei que estava entrando em uma loja. Pensei que você fosse parente dele e ganhou tudo isso ou você ama tudo que ele inventou! Ela riu da própria piada. –Desculpe, desde a primeira vez que eu entrei aqui guardava essa piada, tive que contar!

–Tudo bem. Harry riu também, tinha que admitir, seu quarto parecia uma loja de eletrônicos. –Todos esses aparelhos eletrônicos, são coisas que não achava que precisava até eu morar no Japão. Aquele país respira tecnologia e quando voltei não consegui ficar sem.

–Parece um adolescente de treze anos falando. Não preciso de nada disso para viver, meu celular é o máximo de tecnologia que preciso.

–Então não sabe o que está perdendo! Preciso verificar alguns documentos para amanhã, se importa se eu utilizar um pouco dos produtos que o Steve Jobs criou?

–Não, vá em frente! Ginny apontou para o banheiro. –Vou tomar banho enquanto isso.

Ginny ficou o máximo que pode em baixo da água quente, um banho era tudo que precisava depois de trabalhar o dia todo e fazer compras. Saiu do banheiro e Harry ainda estava trabalhando, só que agora deitado na cama e utilizando o ipad.

–Achei que veria aquela camisola novamente. Harry a olhou de lado, sorrindo. –Ela ainda está no mesmo lugar que você deixou.

–Eu vi. Ginny sorriu de volta, Harry havia guardado a camisola em uma gaveta que cedeu a Ginny para ela guardar suas coisas sempre que viesse dormir com ele. –Pode deixa-la ali, provavelmente nunca mais irei conseguir vestir algo parecido.

–Por que acha isso? Ele largou o ipad e virou para olha-la, curioso com a resposta.

–Porque nunca mais terei o corpo que tinha antes de ficar grávida. Ela respondeu convicta do que dizia. –Isso é óbvio, Harry. Olha o tanto que já engordei nesses quase seis meses!

Harry ergueu a coberta para vê-la, passou as mãos pelo corpo de Ginny, como se estivesse analisando cada parte do corpo dela. Depois de fazer isso, olhou para ela sério.

–Tudo bem, houveram algumas mudanças.

–É mesmo, senhor Potter? Ginny segurava o riso.

–Mas foram mudanças agradáveis. Ele sorriu sedutoramente. –Gostei do que vi e apalpei! Principalmente o crescimento em algumas áreas muito interessantes!

–Harry! Ela lhe deu um tapa no braço como forma de repreendê-lo. –Vamos ver se vai achar isso quando eu estiver do tamanho de uma vaca!

–Eu vou continuar te amando do mesmo jeito.

Eles ficaram em silêncio, depois do que Harry disse. Ginny não sabia o que dizer, pensava em dizer que também o amava, mas ele não disse claramente que a amava, talvez Harry tivesse apenas se expressado de uma maneira errada. Harry tentava pensar em algo para corrigir o que dissera, não era desse jeito que queria que ela soubesse que a amava. Não sabia o que fazer e antes que o silêncio começasse a ficar muito prolongado e mais estranho, achou melhor simplesmente mudar de assunto.

–Você já pensou em nomes para os meninos?

–Eu... Ginny tentava soar o mais natural possível. –Em alguns e você?

–Desde que meu pai faleceu, pensava em dar ao meu filho o nome do meu pai. Mas agora como são dois, eu não sei se quero fazer isso.

–Por quê? Eu acho que seria uma bonita homenagem.

–Assim o bebê, mesmo não conhecendo meu pai, teria um pouco do avô. Mas como faríamos isso, escolher quem teria o nome do avô? O outro bebê poderia crescer pensando que nós não gostamos dele!

–Harry. Ela riu da hipótese maluca que ele havia formulado. –O bebê não irá pensar isso só porque o irmão tem o nome do avô. O segundo nome de Bill é Arthur e nem por isso, eu e Ron, achávamos que meu pai o amava mais.

–Você aceita fazer isso?

–Claro, não vejo problema algum nisso.

–Podemos dar ao outro bebê o nome do seu irmão, William. Harry sugeriu, receoso com a reação que ela teria, não era fácil quando mencionavam Bill.

–Eu não sei... Ginny começava a se fechar, como sempre fazia quando falava do irmão.

–Poderíamos colocar apenas como segundo nome, assim cada bebê teria um pouco das pessoas que infelizmente não estão presente para conhecê-los.

–Vamos pensar sobre isso. Ela encerrou o assunto virando-se para o outro lado da cama. –Estou com sono, boa noite.

–Boa noite. Harry depositou um beijo na testa dela e se acomodou para dormir.

Na manhã seguinte, eles não voltaram a falar sobre o nome dos bebês ou a questão de Harry ter dito que a amava.

Antes de ir trabalhar, Harry deixou Ginny na floricultura. Sob um clima estranho, eles se despediram e cada um seguiu para suas obrigações.

Harry não teve tempo para ficar pensado no que havia dito, chegou ao escritório e começou a trabalhar. Tinha que encontrar logo um assistente, sua próxima viagem seria em algumas semanas e esperava mandar outra pessoa no seu lugar. A videoconferência com o gerente do escritório em Paris o ajudou para conhecer melhor os candidatos, ambos candidatos trabalhavam em Paris. Depois de analisar por dias os currículos e a conversa com o chefe deles, Harry escolheu seu assistente, ou melhor, sua assistente.

–Martha, peça para a senhorita Evans vir me encontrar segunda-feira. Harry ligou para a secretária após ter tomado a sua decisão.

–Senhorita Evans? Martha não reconheceu o nome.

–Foi a escolhida para ser minha assistente. Já falei com o senhor Le Blanc, chefe dela, ela deve chegar a Londres sexta ou sábado. E segunda ela vem aqui para nós conversarmos.

–Certo. Senhor Potter, a senhorita Weasley está aqui.

–Ginny? Harry ficou surpreso. –Peça para ela entrar na minha sala, já a encontro.

Harry deixou a sala de reunião e apenas atravessando uma porta, entrou na sua sala e encontrou Ginny sentada em uma das cadeiras em frente à mesa dele.

–Oi. Harry a cumprimentou com um rápido beijo e sentou em sua cadeira, ficando de frente para ela. –Aconteceu alguma coisa?

–Não, está tudo bem. Mas Ginny não parecia estar bem, estava no rosto dela que algo a preocupava.

–Se está tudo bem, o que devo a honra da sua visita no meio da tarde? Já ficou com saudades?

–Sobre a conversa que tivemos ontem... Ginny torcia os dedos nervosamente. –Eu concordo com a sua ideia para os nomes dos meninos.

–Uau! Harry relaxou na sua cadeira, como se tivesse tirado um peso enorme de suas costas. –Achei que era algo mais sério.

–É sério, estamos falando sobre o nome dos nossos filhos! Ela disse séria. –Sobre o que mais eu iria vir, no meio da tarde, no seu trabalho para conversar?

–Talvez... Ele achou melhor não mencionar o fato de que noite passada, sem querer, havia dito que a amava; não diretamente, mas ele disse. –Nada, você tem razão. É um assunto importante, vamos falar sobre isso.

–Certo. Ginny deixou de lado todo esse comportamento estranho dele e continuou. –Pensei em colocar William e James como segundos nomes. Sabe, não fica tão pesado para duas crianças carregarem o nome de pessoas tão especiais. O que acha?

–Perfeito! Harry levantou-se e a beijou, feliz. –Mas não vai ficar um nome muito grande? Os meninos terão dois nomes e dois sobrenomes.

–Também pensei sobre isso. Ela respondeu rapidamente, igual a uma aluna que responde a pergunta feita por um professor. –Vamos deixar apenas um sobrenome.

–Mas eu quero que os meninos tenham o meu sobrenome. Exclamou Harry.

–Sim, fico feliz em ouvir isso. Ginny sorriu. –Por isso, irei abrir mão do meu sobrenome. Ron e Hermione terão filhos e eles levaram o Weasley adiante.

–Se você diz... Harry só teve que concordar.

–Certo, ótima conversa. Ginny se levantou.

–Acabou nossa reunião? Ele brincou. –Você deveria ser uma ótima advogada, sustentou bem sua defesa, argumentou muito bem, não me deu uma chance!

–Achou? Você não sabe há quanto tempo não faço isso, devo estar um pouco sem ritmo. Ela riu, orgulhosa da conversa que tiveram e do elogio que recebeu. –Não quero mais tomar seu tempo.

–Pode ficar me fazendo companhia, não tenho mais nenhum compromisso agendado, apenas alguns relatórios para ler. Fique a vontade, se quiser ficar.

–Posso ficar mais um pouco. Ginny se jogou no sofá, preguiçosamente. –Adam vai ficar um pouco bravo, afinal vou deixa-lo sozinho mais uma vez cuidando da floricultura.

–Adam vai ter que se acostumar, quando os bebês chegarem, ele vai ter que cuidar praticamente sozinho da floricultura.

–Isso se ele não pedir demissão antes. Ginny fechou os olhos, relaxando ainda mais no sofá. –Então é melhor você trabalhar direito, dependemos de você para o sustento da nossa família!

Harry estampou um sorriso bobo no rosto, depois de escutar Ginny dizer nossa família. Ela tinha razão, era a família deles que se formava. Ginny ficou feliz pela conversa, uma coisa a menos para se preocupar. Só não conseguia esquecer que Harry, não claramente, mas disse que a amava. Como Harry não voltou a falar mais nada e ficou extremamente estranho depois que disse, Ginny preferiu fingir que nada havia acontecido, mesmo que a sua vontade fosse dizer que também o amava.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários, fico feliz em saber que estão gostando! Até o próximo, beeijos (:



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