O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 11
If it's a dream I don't wanna wake up


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372884/chapter/11

O quinto mês chegou trazendo ótimas notícias. Ginny passou da metade da gestação, sem problemas ou complicações, mãe e filhos estavam muito bem. Em umas das consultas, Ginny finalmente descobriu o sexo dos bebês, seriam meninos.

–Meus primeiros netos! Molly acompanhou a filha na consulta e estampava um enorme sorriso no rosto. –Agora você não tem mais desculpa para não comprar nada para os bebês...

–Eu vou começar, mãe. Ginny ainda não havia comprado nada para os bebês, nem uma roupa, não era falta de vontade ou preguiça, só estava esperando que Harry tivesse um tempo livre e a acompanhasse.

–Vou começar a fazer umas roupinhas e sapatinhos de tricô. É uma pena Harry ter perdido esse momento. Espero que quando os bebês nascerem, Harry pare de viajar e diminua o ritmo de trabalho para te ajudar.

–Harry tem uma posição importante na empresa, não tem nada que possa fazer em relação a isso. É o trabalho dele, mãe. Ginny entendia o trabalho de Harry, às vezes ficava brava e chateada com os vários dias que ficava fora viajando ou com as reuniões e excessivas horas no escritório, só esperava que quando os bebês nascessem ele pudesse ajuda-la.

Se Harry muitas vezes não podia acompanhar Ginny, Lily fazia isso com prazer. Lily e Ginny faziam todas as terças e quintas hidroginástica, o que era bom para os bebês e para Ginny que sentia dores nas pernas e costas e que estava engordando muito.

–Sinto muito, Ginny! Lily chegou apressada, faltando apenas alguns minutos para começar a aula de hidroginástica. –Não consegui um professor para substituir minhas aulas hoje, perdi alguma coisa na consulta? Está tudo bem com você e os bebês?

–Não tem problema, Lily. Ginny a abraçou, ela e sua mãe ficavam muitas animadas quando o assunto era os bebês. –Está tudo bem comigo e com os meninos!

Lily ficou extremamente feliz e falava alto a todos dizendo que teria dois netos. A aula dessa quinta-feira foi esquecida, Lily insistiu que deveriam ir jantar para comemorar a notícia. Ginny ligou convidando Harry para encontra-las no restaurante, mas ele estava no escritório e não poderia acompanha-las. Harry prometeu tentar vê-la no final da noite.

Durante o jantar, Lily não falava de outra coisa a não ser sobre os bebês. Sugeriu vários nomes, alguns Ginny gostou e adicionou a sua lista. O tópico que deixou Ginny mais desconfortável e Lily mais animada foi a decoração do quarto. Desde o dia que descobriu estar grávida, Ginny pensava sobre isso, como iria ela e os bebês morarem no pequeno apartamento em cima da floricultura? Não poderia fazer um quarto para os meninos, não tinha espaço para isso. Lily sugeriu fazer um quarto em sua casa para quando os meninos fossem visita-la, mesma sugestão dada por Molly que queria que a filha voltasse a morar com ela e Arthur.

As últimas semanas estavam sendo muito cansativas para Harry. Reuniões todos os dias, viagens para solucionar problemas nas outras filiais da empresa, era o primeiro a chegar no escritório e o último a sair, em algumas noites acabou dormindo no sofá da sua sala, basicamente estava trabalhando vinte e quarto horas por dia. Sentia-se culpado por deixar Ginny e os bebês em segundo plano, principalmente agora que descobriu estar apaixonado por ela.

–Ainda acordada? Harry surpreendeu Ginny chegando a sua casa tarde da noite.

–Estou sem sono. Ginny ficou feliz por vê-lo, sentia a falta dele. –E você?

–Saí do escritório agora e estava tão cansado que não conseguiria dirigir até em casa, então pensei em passar aqui e você me daria alguma coisa para comer e me convidaria para dormir com você. Ele a beijou, não sabia o quanto poderia sentir falta de alguém como sentia falta dela.

–Bem pensado, Potter. Ginny lhe serviu o chá que tomava e foi procurar algo que Harry pudesse comer. –Sabe, eu sei que você tem uma posição importante na empresa e foi promovido a pouco tempo e deve mostrar a eles que estavam certos por te promover, mas você não acha que estão fazendo você trabalhar demais?

–Andei pensando sobre isso nos intervalos entre uma reunião e outra. Harry com poucas mordidas terminou o primeiro sanduiche que ela havia preparado, estava com fome e continuou falando com a boca cheia. –Talvez se eu falar que você está grávida e que eu preciso ficar mais tempo com você, eles possam, pelo menos, mandar outra pessoa no meu lugar para as viagens...

–Ninguém no seu trabalho sabe que eu estou grávida? Ginny perguntou ficando muito brava. –Ou que em quatro meses você será pai de dois meninos?

–Martha, minha secretária, sabe. Eu só não tive tempo e uma oportunidade para contar. Estamos realmente preocupados com o baixo crescimento dos investidores... Harry esqueceu todo o cansaço e a discussão que estavam tendo, abriu um enorme sorriso. –São meninos?

–Não venha falar sobre economia! Eu descobri na consulta de hoje. Ela estava completamente brava com ele, não era uma boa hora para os bebês começaram a chutar. –Por favor, voltem a dormir. Desculpa, não vou mais gritar, pois o pai de vocês está indo embora!

–O que? Ele não estava entendendo mais nada. –Eu não vou embora!

–Então faça seus filhos pararem de me chutar! Ginny gritou, o que fez os bebês a chutarem com mais força. –Vocês estão defendendo ele? Seu pai está errado e vocês me chutam?

Harry levou Ginny para a cama e a deitou, ficou deitado com a cabeça apoiada na barriga dela. Sentia, muito de leve, os bebês se mexendo. Ficou conversando com os bebês até dormir.

Na manhã seguinte, Ginny acordou e Harry estava na mesma posição que lembrava tê-lo visto pela última vez antes de dormir. Tentando não fazer muito barulho, Ginny levantou e foi preparar um café da manhã descente para Harry. Ainda estava chateada por ele ter escondido a sua gravidez, mas Harry estava mais magro do que já era e isso Ginny achou ser impossível.

–Bom dia. Harry levantou sonolento e encontrou Ginny preparando algo no fogão. –Parece o cheiro da comida da sua mãe!

–Estou fazendo ovos, comprei pão e um bolo de chocolate da padaria daqui do lado que você gosta. Ela respondeu indiferente. –Você precisa se alimentar direito!

–Achei que estivesse brava comigo. Ele tentou descontrair, o que pareceu dar certo, pois Ginny mostrou um tímido sorriso.

–Por que não contou a ninguém sobre mim ou minha gravidez? Você tem vergonha de contar para seus colegas de trabalho e chefe que está preso a uma mulher, pois a engravidou em uma noite de bebedeira?

–Não, não é nada disso!

–Seja sincero, por favor.

–Eu não estou preso a você! Eu estou com você, por que... Harry quase disse que a amava, mas pensou melhor, esse não era o momento perfeito para revelar seus sentimentos. –Porque eu gosto de você!

–Então, por quê? Ginny sentiu-se arrependida de ter dito que ele estava preso a ela por causa da gravidez.

–Apenas porque não tive tempo. Ele a beijou. –Eu sei que deveria ter contado, mas está tudo tão tumultuado por lá que...

Ginny o calou com um longo beijo, não se viam há dias e agora que estavam juntos, não poderiam desperdiçar o tempo com brigas sem sentido.

Depois de um reforçado café da manhã, Harry deveria voltar ao trabalho. Deu uma carona a Ginny para a aula sobre bebês que Luna havia indicado, Ginny frequentava as aulas todas as manhãs de sexta antes de abrir a floricultura.

–Senhor Potter, podemos repassar sua agenda? Martha entrou na sala para informar sobre os compromissos do dia.

–Claro. Harry deixou os relatórios que lia de lado para escuta-la. –Dia movimentado?

–A primeira reunião é às dez horas, sobre o crescimento dos investimentos do escritório em Paris. Depois almoço com os americanos. Parte da tarde livre, até às quinze horas com uma videoconferência com René Le Blanc de Paris. E às dezenove horas a festa em comemoração a parceria com os suíços.

–Festa? Eu não lembro dessa festa.

–O senhor Heyman pediu a sua presença, afinal você foi o grande responsável pela a concretização do negócio. O senhor pediu que eu confirmasse a sua presença e a de Ginny.

Harry não se lembrava da festa e por consequência havia esquecido de avisar Ginny. Ligou para ela, informando sobre o compromisso que teriam. Ginny ficou nervosa ao saber que seria uma festa que requeria um traje formal, teria poucas horas para comprar um vestido que lhe servisse, se arrumar e ficar pronta até às dezenove horas.

–Você está linda! Foi tudo que Harry conseguiu dizer quando chegou ao apartamento para buscar Ginny.

–Foi o melhor que consegui encontrar. Ginny ficou encabulada com o elogio, seu vestido era simples, longo como pedia o evento, vermelho e com um decote formato v nas costas; seu cabelo comprido cabelo ruivo estava preso em um penteado. –Luna me levou a uma loja para grávidas e achei isso. Pareço um vaso vermelho!

–Não, você está linda! Harry a beijou intensamente. –Talvez nós possamos ficar aqui e...

–Harry James Potter! Você me fez comprar esse vestido e me arrumar apressadamente, agora nós vamos nesse maldito evento! Ela disse autoritária o empurrando em direção a porta, mesmo depois do beijo que ele lhe dera, também preferia ficar em casa.

O evento era em um local frequentado apenas por pessoas importantes da sociedade britânica. Ao ver todas as mulheres com vestidos elegantes, que provavelmente custavam dez vezes mais do que pagou no seu vestido para grávidas, Ginny ficou nervosa e se não fosse por Harry estar segurando sua mão, teria dado meia volta e voltado para casa.

–Acho que estou mal vestido... Harry comentou ao ver um homem passando vestido com um impecável smoking. –Esse cara parece estar vestindo o smoking do James Bond!

–Não há nada de errado com seu smoking, você ficou muito bonito. Ginny sorriu lhe passando confiança. –Pelo menos você não comprou em uma loja para gestantes!

A brincadeira foi interrompida por várias pessoas que vinham cumprimentar e parabenizar Harry pela parceria com os suíços que estavam celebrando.

–Harry! Um senhor mais de idade, baixo e um pouco gordo, acompanhado por uma senhora também mais velha e muito elegante, vinham em direção a Harry e Ginny.

–Senhor Heyman! Harry cumprimentou ambos. –Prazer em revê-la, senhora Heyman!

–O prazer é meu, querido. E quem é essa jovem muito bonita que está te acompanhando? A senhora perguntou curiosa.

–Essa é Ginny, minha namorada. Harry a apresentou orgulhoso. –Esse é meu chefe, presidente da empresa, e sua esposa. E antes que eles perguntassem, Harry completou. –E Ginny está grávida, teremos gêmeos!

O senhor Heyman ficou surpreso com a notícia, via Harry todos os dias e nem sabia que ele estava namorando. A senhora Heyman ficou feliz, tão feliz como se soubesse que seria avó, ela também pediu ao marido para parar de mandar Harry viajar, agora ele tinha uma família para cuidar.

–Obrigada, senhora. Ginny a agradeceu pelo pedido. –Sei que faz parte do trabalho dele, mas é tão ruim ficar semanas longe do Harry.

–Eu entendo, querida. Minha vida inteira foi assim, mas não vou deixar que passe por isso.

–Harry se soubesse não teria o mandado para tantas viagens e reuniões. Tenho uma sugestão para atender o seu pedido, querida. O senhor Heyman iria ajuda-lo. –Passe na minha sala segunda-feira e conversaremos. Tudo para ajudar o melhor diretor financeiro com quem já trabalhei!

–Obrigado, senhor. Harry agradeceu a ambos. –Será muito bom poder ficar mais com Ginny e acompanhar mais de perto o crescimento dos meus filhos.

–Certo, aproveitem a festa e segunda conversaremos sobre trabalho!

Harry seguiu o conselho do seu chefe e aproveitou a festa com Ginny. Eles dançaram, coisa que Harry raramente fazia em público, mas atendendo o pedido de Ginny, ele dançou. Ginny se deliciou com o jantar e as sobremesas servidas, achou que iria passar mal por ter comido demais.

Foi uma noite divertida e agradável. Poderia soar bobo, mas Harry ficou orgulho ao apresentar Ginny ao seu chefe e esposa e contar sobre os bebês, era bom ser parabenizado por algo que não envolvesse trabalho, acordos, dinheiro, lucro. Sentiu-se orgulhoso ao ser parabenizado por ter uma bela namorada, dois bebês a caminho e por estar formando a sua família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpa a demora, esses últimos dias foram corridos... Espero que tenham gostado e obrigada pelos comentários! Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Amor Acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.