Sombra Do Beijo escrita por Hello Sweet


Capítulo 9
Capítulo 09 - Chef John


Notas iniciais do capítulo

Hello Sweet ^^
obrigada pelos lindos recados
agradeço tbm a Chiye por ter dado dicas sobre esse cap, obrigada flor :)

link do trailer do filme, caso alguem queira:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=rAmCs_DnCBk

link da musica: http://letras.mus.br/vagabanda/96737/


boa leitura ^^



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Após a descoberta de Rose da chave de fenda sônica que podia localizar bananas, ela passou o caminho todo de volta para casa rindo. John ficou um pouco incomodado com isso, mas estava gostando de ver Rose tão feliz.

 

Eles chegaram em casa apenas para descobrir que Pete e Jackie iriam a uma festa, deixando o pequeno Tony aos seus cuidados.

 

— Mas nessa festa vai ter gente chik? – perguntou Jackie a Pete.

— Você vai conhecer todos os grandes empresários – respondeu ele.

— Eu não ligo pra isso. Mas eles são muito ricos? – continuou Jackie.

— Podres de ricos – disse ele.

— Eu não ligo pra isso. Mais ricos que nós? – perguntou novamente.

Todos riram dessa cena, menos Jackie, eles saíram dizendo que só voltariam tarde da noite. John resolveu fazer um jantar para ele e Rose. Tony estava dormindo em seu quarto e Rose havia subido para tomar um banho. Será que ela gostaria? Ele era um cozinheiro de mão cheia e devia isso aos milhões de planetas pelos quais já passou. Antes ele nunca teve de se preocupar com coisas desse tipo, como jantar, presentes e datas especiais. Mas ali estava ele preparando um jantar romântico para dois. Ele e sua Rose.

***

— Pra quem é tudo isso? – perguntou Rose sorrindo bobamente observando a mesa da cozinha com uma pequena flor dentro de um copo e duas velas em lados opostos.

John paralisou no lugar ao vê-la. Ela usava um pequeno short preto e uma regata azul escuro. Parecia normal para ficar em casa numa noite quente como essa. Ele nunca a tinha visto vestida assim antes, exceto talvez, as vezes em que ela saia do quarto na Tardis para buscar água na cozinha e eles acabavam se esbarrando, ele apenas de calça e blusa meio desabotoada e ela com um pijama branco e rosa comprido. Aquela imagem ficou dias dançando por sua cabeça sempre que ele a olhava. Rose sentiu ruborizando com o olhar dele sobre ela, principalmente em suas pernas tão a mostra. Mas ele não podia evitar, sua pele parecia tão macia e aveludada que se viu imaginando tocando-a para comprovar. Ele estava com a mão a meio caminho de fazê-lo quando ela pigarreou, interrompendo o “momento fantasia” de John.

— Sente-se senhorita Tyler – disse ele enquanto sustentava uma cadeira para ela e se dirigia a mesa começando a servi-la – hoje eu serei seu chefe particular.

Rose riu com isso, ela nunca havia visto esse lado no Doutor e isso realmente a surpreendeu em John. Ele terminou de servir-se e sentou a mesa. A principio comeram calados, ate que Rose quebrou o silencio.

— Você cozinha muito bem – elogiou, fazendo surgir um enorme sorriso nos lábios dele.

— Agora vou ter tempo para mostrar minhas muitas qualidades a você – disse John ainda sorrindo para ela e piscando maliciosamente. Ele passou o braço lentamente ate onde a mão de Rose descansava sobre a mesa. Ele sentiu sua mão quente e um formigamento percorreu todo seu braço ao sentir sua pele tão macia quanto havia imaginado. Rose pressionou sua mão na dele e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios enquanto observava suas mãos entrelaçadas.

— Sabe, podemos ver um filme depois – sugeriu ela tirando a mão da dele.

— Rei leão? – sorriu John tentando não parecer ofendido com a velocidade que ela removeu a mão da dele.

— Não – Rose riu alto – mas, tenho outros filmes, você pode escolher enquanto lavo isso aqui – ela levantou indo ate a pia lavar os pratos, ele levantou atrás dela.

— Eu lavo, você seca – disse ele muito próximo da orelha de Rose, fazendo-a sentir os cabelos do pescoço arrepiados. Ela pegou o guardanapo e logo haviam terminado. Sentindo-se muito comprimida num espaço tão pequeno da pia com John, ela o chamou para a sala, deixando-o ir a frente para se recuperar um pouco da louca vontade de agarra-lo.

Hoje quando acordei eu decidi não vou sofrer, mais não.

Eu não tenho medo de perder o meu coração pra você.

Tantos dias sofri sem saber o porquê.

Quando chegou a sala, viu que John continha o DVD de “Ps: eu te amo” em mãos. Ela se lembrou que era um filme perfeito, mas que o cara que morre lembraria do Doutor, a garota que sofre seria Rose, e o cara “apaixonado” por ela, seria John. Apesar de ter um final feliz para ambos, também traria muita dor e tristeza. Mesmo assim resolveu assistir. Ela sentou-se ao lado de John no sofá com uma bacia de pipoca e ambos começaram a ver o filme. Ela sentiu o braço de John a suas costas e se encolheu mais para perto dele.

Hoje quando acordei eu prometi quero viver mais.

Já te olho sem ter que sofrer pra me entregar a você.

Tantos dias perdi sem saber o porquê.

Rose sentia a mudança dentro de si. O Doutor havia ido embora para sempre e em seu lugar deixou John. Mas não era ruim. Era bom, na verdade. Ele estava ali com ela, vendo um filme. Ela podia escutar as batidas fortes de seu coração. Um só coração, com apenas uma vida pela frente. Nada de regeneração ou viver novecentos anos sem nunca mudar e deixá-la morrer velhinha em algum lugar. Eles ficariam juntos para sempre.

Eu quero ver flores no campo.

Os raios do sol.

Eu quero que passem as nuvens negras.

Nas cenas tristes do filme, John falava alto como se tivesse dentro da TV conversando diretamente com a protagonista, “você não pode fazer isso” berrava John, “ele é brilhante” ou ainda “ele não tem dinheiro? grande coisa, eu também não, mas olha só o que eu tenho” dizia John olhando para Rose fazendo com que ela não tivesse vontade de chorar, mas de rir.

Eu quero você nos meus olhos.

Na luz da manhã.

Eu quero o reflexo do nosso amor.

Quando os créditos finalmente começaram a aparecer, ela estava encolhida em seu peito. John sentia a respiração quente em seu pescoço, o cabelo loiro roçando cada vez que ele exalava. Seus dedos acariciavam seu pescoço com seu cabelo por baixo, correndo em círculos por ela. Quando ele a tocou, Rose sentiu pequenas lágrimas se formarem em seus olhos cor de avelã, não por estar triste, mas por uma razão completamente diferente. Depois de toda a espera, toda a dor e choro sem fim, causadas pela separação do Doutor, ela finalmente percebeu o que tinha. Ele era real e tangível.

Eu te quero como tem que ser.

Eu te espero não vou mais sofrer.

Ele traçou a linha de seus lábios com os dedos, ela fechou os olhos apreciando o ato. Ele continuou ao ver que Rose não se afastaria dele. Acariciando seu rosto, se aproximou lentamente beijando seu queixo, fazendo com que ela inclinasse a cabeça para um lado, ele se moveu mais para perto. O cheiro dele a inundou. Um cheiro doce e agradável.

Eu te quero como tem que ser.

Tantos dias eu te perdi.

Tantas noites sem saber o porquê.

Rose inalou duas respirações agudas quando a boca de John estava no seu ombro. Ele se moveu para o pescoço. O cérebro de Rose não conseguia processar um único pensamento lógico se quer. John continuou depositando pequenos beijos sobre a mandíbula, sugando gentilmente a pele. Ela estava experimentando sensações de formigamento por todo o corpo quando as mãos de John se fecharam a sua cintura a puxando para mais perto, ele não parou, inclinando-a para traz, de modo que Rose ficou presa no sofá com John pairando apenas alguns centímetros acima dela. Seu rosto estava no nível do dele. Ele a fixou com um sorriso brincalhão e convidativo, seus olhos interligados com intensidade. E foi aí que Rose percebeu que esse momento estivera dançando em sua mente por diversos dias. Ela podia beijá-lo e abraçá-lo, enquanto ele sussurrava coisas doces em seu ouvido. Rose notara a aceleração de seu coração. Seus pensamentos foram interrompidos quando John capturou seus lábios, as mãos na lateral de seu corpo. Rose agarrou o pescoço dele o puxando para mais perto, sentindo um leve tremor quando John baixou completamente o corpo no dela. “Eu te amo". Rose congelou.

Ela estava preste a balbuciar alguma resposta para ele, quando um som novo os interrompeu. Tony chorava de seu quarto. John ergueu-se rapidamente, passando as mãos ferozmente nos cabelos, deixando-o ainda mais insano que o normal.

— Tudo bem eu vou – disse John já dando as costas indo em direção ao quarto do bebê, um sorriso aparecendo em seus lábios.

Os segundos passaram silenciosamente enquanto Rose continuava deitada no sofá. Ela queria agarra-lo de novo, afinal, ela ainda não tinha respondido a ele. Notando os vários minutos que sucederam sem que John retornasse, decidiu subir e ver o que ele estava fazendo. Talvez toda essa intimidade entre eles fosse algo fictício que ela havia inventado dentro de sua cabeça, e ela estava suficientemente desesperada para tê-lo junto dela. Ela pensou que essa idéia era boba, mas ainda assim, há com que se preocupar, ou não. Ela estava uma confusão.

Chegando lá, viu a porta do quarto, entreaberta e a imagem que se seguiu a chocou. John estava com Tony em seus braços, o ninando enquanto sorria bobamente para ele. Seu rosto era pura alegria.

Ela se viu sorrindo ainda mais para essa cena. Ela o amava também. Sim, é claro que amava. E encontraria um jeito de dizer-lhe isso da próxima vez.


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Notas finais do capítulo

oq vcs acharam?muito ruim?