Sombra Do Beijo escrita por Hello Sweet


Capítulo 6
Capítulo 06 - Família


Notas iniciais do capítulo

Hello Sweet ^^
desculpem a demora
esse cap ficou compridinho...
boa leitura



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Após a ligação de sua mãe, Rose pagou as roupas e saiu com o Doutor em direção a Torchwood. Chegando lá, Robson o guarda, reconheceu Rose e a deixou passar, mas barrou o Doutor pedindo identificação. Rose havia dito que havia problemas na loja de roupas, mas não imaginava que seria com o fato dele não ser uma pessoa “real” no mundo do Pete.

— Qual o seu nome e qual sua relação com a Torchwood? – exigia Robson, ele era alto, moreno, e musculoso. O tipo de cara que te derruba com um único soco.

— Ele é o John – falou Rose – ele esta comigo, viemos fazer o registro – como ele estava vivendo nesse mundo paralelo, como um ser humano normal, ou quase (ele era inteligente acima da media), mas isso significava que ele precisava de identidade, e todos os demais documentos e papeladas dos humanos. O guarda olhou para ambos, a confusão se desfazendo.

Ela disse “John” por que era necessário, ou por que ele não era o Doutor verdadeiro? Ele odiava admitir isso, mas estava ofendido e enciumado por a humana a quem tanto... Bom, ela o magoou. Era difícil ver que ela não o aceitava como sendo o Doutor, e sim apenas uma imitação barata.

— Certo podem ir – disse o guarda Robson para ambos. Rose olhou para o Doutor, vendo sua indignação em seu rosto – desculpe, mas se você dissesse apenas “Doutor”, ele nunca te deixaria entrar. Além disso, esse será seu novo nome aqui. Ou você pode escolher outro se preferir.

Eles entraram no prédio, Rose disse “Ola” para a recepcionista, e acenou para outras pessoas. Chegando ao andar 10, assim que saíram, eles deram de cara com um cara ruivo e orelhudo. Ele a abraçou elevando-a do chão e girando-a no ar. “Rose já teve gostos melhores” pensou.

— Rosie, você andou sumida meu amor – disse ele mal notando a presença do desconhecido que a acompanhava.

— Lewis, é bom te ver, mas estou com pressa – falou ela entre os apertos dele, fazendo-o enfim a colocar no chão. Ela era conhecida aqui afinal. Ele não gostava nada disso.

— Quem é seu amigo? – disse Lewis, olhando o Doutor pela primeira vez, parecendo perplexo.

— Ahh, me desculpe, eu sou... – ele olhou para Rose, mas ela havia se afastado ao ver Jakie Tyler com uma criança nos braços e foi na direção da mãe. – O Doutor. – disse ele com um largo sorriso, fazendo Lewis arregalar os olhos.

— Não, você é ele? Digo, O DOUTOR? O próprio? – perguntou admirado.

— Não exatamente. Eu sou o Doutor, uma versão humana, pode-se dizer, metacrise biologia. Apenas um coração, mas é o suficiente, seria ruim se não houvesse nenhum. – finalizou com um sorriso ao notar Rose chamando-o com o bebê que Jackie segurava, em seus braços, Tony provavelmente. – como sabe do Doutor? – falou olhando em direção a Rosie. “Idiota”, pensou em Lewis.

— Rosie contou sobre você ser um Senhor do Tempo ou algo assim, que salvou o outro mundo diversas vezes, os lagares que foram, os monstros e aliens que enfrentaram – ele se lembrou de Rose contando as historias, sempre com um largo sorriso nos lábios, mas com o olhar triste. Hoje porem, seu olhar estava sereno, mas ainda assim, não era realmente feliz - e sobre você ter um belo cabelo, mais é realmente um belo cabelo – ele pareceu perdido, o olhar no cabelo castanho caramelo do Doutor que parecia desafiar a gravidade.

— Então, você é amigo da Rose? – questionou parecendo sem interesse.

— Ah, sim, pode-se dizer que sim. – o que ele queria dizer com isso? Eles tinham algo entre eles? Esse ruivo gigante e sua Rose? Trocando apelidinhos, ela o abraçando. Isso o perturbou.

Rose chamou sua atenção para que ele a seguisse, ela estava conversando com Jackie e uma garota também ruiva – Doutor, você vai responder algumas perguntas dela para se registrar, enquanto isso eu vou ate minha sala, ver alguns papeis.

— Então, eu sou Amy Pond, você pode se sentar – indicou uma cadeira a frente de sua mesa, uma pequena placa sobre sua escrevinha lia-se Amélia e não Amy.

— Amélia Pond – disse experimentando o nome dela com um largo sorriso – parece nome de conto de fadas.

— Prefiro Amy, se não se importa – falou a ruiva colocando óculos redondos no rosto – agora os registros, nome?

— Eu gosto de John Smith – disse com um ar de meditação.

— Idade? - perguntou ela sem levantar a cabeça.

— 900 anos – disse sem pensar, quando notou a cara dela, incrédula, corrigiu rapidamente – 36 talvez?

— Alguma doença? – perguntou ainda de cabeça baixa para o computador.

— Não que eu saiba, a não ser que curiosidade mórbida seja doença por aqui – disse encarando-a por trás dos óculos.

— Isso é um flerte senhor John Smith? – lançou-lhe um olhar provocativo.

— Oh, não, eu não quis dizer isso, não que você não seja bonita, mas não me interessa, bom, eu não quis dizer, talvez para outra pessoa você seja boa, não estou dizendo que não seria pra mim, mas eu já tenho alguém – parou percebendo a risada da garota ruiva.

— Ok, relaxe, eu estava brincando, cabelo espetado. Então, Rose, a filha do chefe – começou ela – é sua namorada?

— Eu não sei – falou com sinceridade. Depois disso terminaram mais algumas perguntas, ela lhe deu um papel com os números de identidade CPF e carteira de trabalho provisórios, e encaminhou-o a enfermaria para tomar algumas vacinas.

— Aiiii – disse o novo John Smith para o rapaz loiro e narigudo que retirava a seringa de perto dele pela segunda vez, qual era seu nome mesmo? Ronaldo? Ruan? – Ronny!

— Pronto, agora daqui a um mês, você volta para fazer a segunda dose, e é Rory!– disse o ruivo sorrindo para seu mais novo paciente da Tochwood – pode ir.

— Obrigado – murmurou ele enquanto saia olhando ao redor procurando por Rose. Ele andou por algumas salas, e a encontrou em uma sala com a porta entre aberta falando com Jackie.

— ... eu sei mãe, mas é diferente – dizia Rose.

— Mas você sabe como deve ser difícil pra ele também, querida, ele passou a vida inteira viajando dentro daquela caixa e nunca teve realmente uma família, e agora ele pode ter isso, você não pode ficar assim para sempre – argumentava Jackie para a filha.

— Eu também quero que ele se sinta bem com a gente, mas eu não posso forçá-lo se ele não quiser – Rose falava com a voz rouca como se estivesse prestes a chorar.

— Eu gosto dele como um filho e sei que você também gosta dele não é? – perguntou Jackie, o coração de John bateu forte em seu peito.

— Sim – foi tudo o que ela disse. Ele afastou-se dali, uma lagrima de alegria e confusão em seu rosto. “Ela não me odeia” falou para si mesmo com profundo alivio.


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Notas finais do capítulo

sei que eu disse que is ter beijos, mas mudei um pouquinho o cap e acabou assim. não me matem por isso. prometo recompensar no próximo.beijo e comentários ^^