You're My Real Love! escrita por descontrolarry


Capítulo 13
Capítulo 13 - "Mamãe, estou grávida."


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews ♥



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Chegamos em casa, e minha mãe já estava lá.

–Oi querida!! Está melhor? Quer um remédio?

Como assim? Como minha mãe soubera dos enjoos? Espero que ela esteja sabendo APENAS dos enjoos.

–Ammm... oi mamãe! Não... estou bem! Mas... como soube? Dos enjoos?

–Ah claro! o diretor Gibson me ligou. Disse que estava enjoada e queria saber se você estava melhor.

Claro! Esquecemos do diretor...

–Ah, sim... - olhei para Ri. Ele parecia estar querendo me dizer algo.- Mãe, eu vou subir com Ri. Depois eu quero falar com você.

–Tudo bem querida! Oi Riley!!! - minha mãe foi até ele e deu-lhe um abraço.

–Oi Liz! Eai? Está tudo bem com vocês? - ele disse apontando para a barriga da minha mãe.

–Ah claro!! Está sim! Obrigado por se preocupar!

–Imagine!

É claro! Ele já estava se acostumando com a ideia de ter uma grávida ao lado... duas.

–Mãe, eu tô subindo.

–Tudo bem!

–Vou aproveitar a deixa e ir junto! - Riley deu um sorriso e subiu junto comigo.

Chegando ao quarto, eu tranquei a porta e subi para o cômodo acima. Ri me seguiu.

–Porque aqui? - ele disse.

–Não quero que minha mãe ouça. Por enquanto.

–Mel, você tem que contar a verdade para ela.

–Eu vou contar. - eu disse sentando na cama. - Só tenho que me preparar antes. Ela vai ficar furiosa! Comigo e com você! Ela não vai querer você mais aqui dentro de casa! Eu não posso perder você!

–Você não vai me perder! Se ela me mandar embora, eu darei um jeito de ficar o mais próximo de você! Nem que eu acampe em frente a sua casa.

Que lindo... Ele faria tudo isso por mim?

–Obrigada Ri. Você é o melhor! - dei-lhe um beijo.

–Como vai dizer sobre isso para sua mãe?

–Não sei... vou ver na hora... O que sair, saiu. - eu disse passando as mãos em meus cabelos.

–Tome cuidado com o que fala!!

–Como assim? Acha que eu vou xingar minha mãe quando ela ficar triste comigo? Acha que eu vou falar um monte de merda! Ah por favor Riley! - eu estava nervosa.

–Hã?? Porque está nervosa?? Eu não disse nada!!

Acho que meus hormônios já estavam começando a se alterar... Merda.

–Desculpa... Eu estou começando a ficar diferente! Eu não sei...

–Tudo bem. São os hormônios agindo! Eu entendo... - ele disse dando um leve sorriso.

Ele sentou ao meu lado e me abraçou.

–Olhe, Melinda. Eu não vou ficar nervoso com você. Eu sei pelo que você vai passar. Eu acompanhei a gravidez da minha mãe inteira. Era choro pra cá, vontades pra lá. Era uma correria e tanto. Ela acordava de madrugada com vontade de comer coisas esquisitas. Eu, meu irmão e meu pai tivemos que fazer as coisas para ela, quando estava com 6 meses, porque a barriga não ajudava nem um pouquinho.

Estremeci. Lembrei da questão sobre o tamanho da barriga. Lembrei que teria uma barriga enorme. Lembrei que eu não ia conseguir, sequer, levantar de uma cadeira sem ajuda de alguém. Riley continuou a dizer sobre sua experiência com grávidas.

–Tivemos que fazer as tarefas de casa em dobro e por muito tempo. Quando minha mãe ganhou Michael, tivemos que aprender a trocar fraldas, fazer mamadeiras e dar banho nele. Eu posso te dizer que eu estou realmente preparado pra receber o nosso bebê.

–Bem, eu não sei como cuidar de um bebê! O máximo que eu sei fazer é trocar fraldas e fazer mamadeira. Você vai me ajudar. - eu disse inconstando a cabeça em seu ombro.

–Claro que vou, pequena. Nós seremos os melhores pais do mundo para o nosso bebê. - ele deu um sorriso e beijou minha testa. - agora vá! Tome um banho relaxante e se troque. Eu vou ficar te esperando lá no quarto.

–Tudo bem.

Sem demora, fui ao banheiro, tomei meu banho e voltei para o quarto. Riley tomou seu banho e desceu comigo. Depois que acabamos de jantar, Riley pediu licença, olhou para mim e falou que iria pro quarto. Eu sabia o que ele queria que eu fizesse.

–Mamãe... eu tenho que te dizer uma coisa...

–Fale querida.

–Eu não sei se você vai aceitar direito ou não...

–O que? Vai sair daqui de casa e morar com o Riley em outro lugar? Vai me deixar sozinha?

Percebi que os hormônios atingiram minha mãe também. Isso não vai ser nada fácil.

–Não mãe! Eu não vou embora daqui. Não agora. E você não iria ficar sozinha. Você tem o papai.

–Ah, e então o que foi filha?

Agora! Diga Melinda! Vamos! Não seja covarde!

–Mamãe, eu... - a frase não saia. O medo segurava-as dentro de mim. - eu...

–Desembuche Melinda! Tenho que lavar as louças ainda e...

–Mamãe, eu tô grávida. - interrompi minha mãe e praticamente cuspi as palavras.

–O QUE? Como assim, grávida?

–Grávida, tipo, grávida. Com uma criança no meu útero. Tipo você... Bom, não é confirmado, mas...

–De quem? Ah, que pergunta idiota! Claro que é do Riley.

–É...

–Melinda, querida, e sobre os papos de camisinha? Eu deixei algumas pra vocês na caixa de curativos! Eu disse que tinha deixado.

–Eu sei mamãe! Mas eu usei da primeira vez.

Caralho, eu não tinha que dizer isso! Riley estava certo. Tinha que tomar cuidado com o que eu dizia. Merda.

–Primeira vez? Quantas vezes vocês transaram Melinda?

–Acho que três... - senti minha bochechas ruborizarem.

Acho que eu fiquei grávida pela segunda vez. No escritório do papai.

–Três? E usou só uma vez?

Me senti totalmente inútil e irresponsável. Comecei a chorar novamente. Malditos hormônios.

–Calma filha, tudo vai dar certo... Riley disse que vai te ajudar, não é?

–Disse! Mas esse não é o problema. Como eu vou cuidar dessa criança? Como? Eu fui irresponsável o suficiente para não me proteger! Como eu serei responsável para cuidar de uma criança, pelo amor de Deus??

–Calma filha! - ela se afastou de mim um pouco. - RILEY! - ela gritou-o.

Em poucos segundos, Riley já estava ali na cozinha comigo e com a mamãe.

–Olha Sra. Elisabeth, eu juro que eu vou cuidar da Melinda e do nosso bebê do melhor jeito possível! - Riley começou a se explicar.

–Eu não te chamei aqui para isso! Depois conversamos sobre isso! - minha mãe dizia com uma voz firme.

–Mãe! Pare de falar assim com ele! A culpa não é dele de eu ter engravidado, e sim minha.

–Mel, não se culpe por nada! A culpa é minha sim. Sua mãe está certa! Ela tem que ficar irritada comigo sim. - disse Riley afagando meus cabelos.

–Não, não tem! Eu tenho de ficar irritada com você não ela! Eu tô grávida de você e não ela. Ela não tem o direito de se meter em minha família! - eu estava ficando estupidamente revoltada.

–Melinda! Não fale assim! Ela é sua mãe! Ela está apenas cuidando de você! - Riley disse beijando minha cabeça.

–Melinda Marie Campbell! Você pensa que é quem pra falar assim comigo? Pode subindo pro quarto! Agora! Eu não quero ouvir você nem mais um minuto! Suba, e pense no que fez!!

–Ótimo, quem sabe eu perca esse bebê e esse inferno acabe! Eu não tô suportando mais nada! Eu não...

Eu me senti zonza por alguns segundos. Ouvi mamãe e Riley gritarem meu nome. Senti meu corpo entrar em colisão com o piso gelado da cozinha e não vi mais nada.

*POV RILEY*

Melinda estava totalmente fora de si! Ela brigara com sua mãe por minha causa.

Melinda não conseguiu terminar a frase. Caira ali no meio da cozinha e o impacto de seu corpo com o chão fora assustador.

–MELINDA! MELINDA! - eu disse correndo em sua direção.

- MELINDA! ACORDE MEU AMOR! ACORDE! - Liz disse apavorada.

–Calma Liz, mantenha a calma. Não pode passar por emoções muito fortes.

-ANDE RI! FAÇA ALGUMA COISA!

–Calma.

Coloquei dois dedos entre seu maxilar e seu pescoço para verificar se Mel estava com o coração batendo. Para meu alivio estava.

–Ela está com o coração batendo. Ela está apenas desacordada.

-MEL! FILHA... A MINHA FILHA RILEY! - Liz começou a chorar.

-Liz! Acalme-se! - eu disse. Quase chorei junto! Estava entrando em desespero.

Melinda desmaiada nos meus braços e a mãe dela em prantos ao meu lado.

-Vou levá-la para o quarto. Porque não vai para o seu também? Passou por muitas coisas hoje! Deve descansar. - eu disse fitando Liz.

-Tudo bem...

Peguei Mel no colo e Liz subia logo atras de mim.

-Pronto Liz. Agora vá para o seu quarto e descanse. Vou esperar Melinda acordar. - eu disse entrando no quarto.

–Tudo bem. Assim que ela acordar, me chame. Por favor!

-Pode deixar! Boa noite! - 

–Boa noite! - Liz falou fechando a porta de seu quarto.

Coloquei Mel deitada na cama. Cobri-a com o edredom e sentei ao seu lado. Esperando que acorda-se.

*POV MELINDA*

Acordei com uma dor imensa na cabeça e no corpo.

-Hmmm... - eu disse gemendo e baixinho. - isso dói...

–Melinda? Mel, está melhor? - uma voz preocupada falava comigo.

-Não. Meu corpo está doendo. - eu falava com dificuldade.

–Quer que eu te leve ao médico? - ele me perguntava.

-Não... O que houve?

–Você desmaiou. Caiu no chão da cozinha, deve ser por isso que está com dor.

Tentei levantar mas fiquei tonta novamente e cai na cama.

–Não faça muita força, meu amor. Ainda não pode levantar. Seu corpo está fraco. Eu vou chamar sua mãe. Ela quer te ver.

Me lembrei que tinha brigado com ela, porque estava defendendo Riley.

–Ela vai querer me bater. - eu disse lentamente e baixinho.

Riley deu risada e beijou minha testa.

–Não vai! Fique tranquila.

Ouvi a porte abrindo e depois de alguns segundos, ouvi passos no corredor.

–Oi meu amor! Está melhor, querida? - mamãe dizia afagando meus cabelos.

–Estou. Meu corpo está meio dolorido...

–Deve ser por causa do impacto que teve com o chão. Você vai ficar bem meu amor. - ela dizia. Senti uma gota quente, não tão quente, cair sobre meu rosto.- Me desculpe. Me desculpe por te fazer passar por tudo isso! - ela dizia e chorava.

–Não chore. Não tem culpa de nada disso. Eu que sou uma completa idiota por gritar com minha própria mãe.

Teimei em levantar novamente, mas o máximo que consegui foi sentar na cama. Estava ótimo para mim. Abracei-a com pude.

–Desculpe mamãe. Eu juro que não queria dizer aquilo. Eu estava muito nervosa com tudo isso.

–Tudo bem querida, não tem problema nenhum.- ela dizia com a voz trêmula.

Olhei para Riley e ele nos olhava. Percebi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.

–Está chorando? - eu perguntei.

–N-Não. Só meu olho que está lacrimejando. Só isso. - ele disse secando a lágrima e fungando.

–Aham, sei. Vem cá! - eu disse fazendo o gesto com a mão.

Riley deitou em meu ombro e ficamos ali por um bom tempo.

Minha mãe, meu namorado, meu filho e meu irmão. todos juntos. Aquilo era minha felicidade. Meu tesouro.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? Mandem reviews ♥ Desculpem os erros.



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