You're My Real Love! escrita por descontrolarry


Capítulo 12
Capítulo 12 - Certeza.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews. :)))
Vamos ao cap. ♥



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Riley deu partida no carro. Ficamos em silêncio até chegar em casa.

–Melinda... o que a gente faz agora? Você tem o telefone do seu ginecologista?

–Eu não sei o telefone de contato. Minha mãe deve saber, mas ela não pode saber disso. Ela não sabe que nós estamos em casa.

Eu estava entrando em desespero. E agora? O que faço? Eu não sei o telefone do meu ginecologista, não sei o endereço. Só sei o nome do lugar, mas não tem como saber... São vários e vários tipos de médicos diferentes.

–Mel, achei um cartão aqui na caixa de curativos. - Riley disse entregando o cartão.

–Esse! É esse o hospital em que vou Ri. Agora, como vamos saber o nome do tal médico? - eu disse batendo no cartão.

–Ligaremos pra lá e pediremos para marcar um ginecologista pra você.

–Mas Riley, não é assim. Eles vão perguntar o nome do médico que eu frequento... Eu não sei! Minha mãe sabe!

–Não esquenta Mel. Eu ligo lá e dou um jeito. Sobe e vai tomar um banho. Eu te aviso assim que eu conseguir alguma coisa.

–Tudo bem! - eu disse dando um beijo nele.

Riley mais parecia meu pai, ou irmão mais velho do que um namorado. Ele cuidava mais de mim, do que do seu próprio eu. É inacreditável isso.

Fui para o quarto e tomei meu banho. Demorei uns 3 ou 4 minutos do que eu sou acostumada a tomar. Me enxuguei e coloquei meu pijama. Desci para sala e encontrei Ri sentado no sofá com o telefone na mão.

–Ei. Eai, o que deu?? - eu perguntei sentada em seu lado.

–Nós vamos para lá ainda hoje. Daqui a uma hora. Temos que sair daqui antes que sua mãe chegue e nos encontre aqui. Chegaremos depois dela.

–Tudo bem. Mas pra isso, nós temos que bolar um plano bem bolado mesmo.

–Como assim? - Ri disse alisando minha perna. Aquilo me dava arrepios.

–Minha mãe vai pensar que chegamos do colégio, certo? - ele concordou com a cabeça. - Então teremos que levar nossas mochilas. Teremos que sair com a mesma roupa que fomos pra escola.

–Mas ela não está aqui quando saímos para ir pra escola! Como ela saberia de nossas roupas?

–Pode ter certeza de que ela saberá. Esse povo aqui da rua é fofoqueiro demais.

–Ah claro... - ele deu uma risadinha. - Então está tudo certo. Daqui a uma hora, saímos com as mesmas roupas que chegamos e levaremos nossas mochilas. Esquecemos alguma coisa?

–Sim. - eu disse fitando-o.

–O que? - Ri arregalou os olhos.

–Minha salada divina de frutas. Estou com fome. Preciso comer.

–Tem certeza? Ela não irá te fazer mal, amor?

–Claro que não! Pare de ser bobo. Vai ficar tudo bem, você vai ver.

–Já que você diz... - ele me beijou.

(http://www.youtube.com/watch?v=c4BLVznuWnU)

Aquele beijo. O beijo mais doce que eu já havia dado em alguém. O beijo mais verdadeiro, mais gostoso que eu já senti em toda minha vida. Acho que aquilo se chamava amor, certo?

Riley parou com o beijo e pegou o saco de papel de dentro da minha mochila e tirou o tapoer dali acompanhado do garfo.

–Tome. - ele disse dando o pequeno pote em minhas mãos. - Come sua salada de frutas que eu vou pegar um copo de água para você.

Peguei o pote de sua mão.

–Obrigada, meu amor. - dei-lhe um curto beijo.

Ele se levantou e foi até a cozinha. Abri o pote e senti aquele aroma entrando pelas minhas narinas. Aquilo me fez ficar com mais fome. Logo dei uma garfada naquela delicia dos Deuses. Quando coloquei aquilo em minha boca, um sensação de bem estar veio. Me senti tão bem... Aquilo era extremamente estranho... Eu estava sentindo prazer em comer uma simples salada de frutas. Como pode isso?

–Tome aqui. Sua água, Srta. Melinda... - ele me beijou na testa.

–Obrigada!- disse com a boca ainda cheia de frutas.

–Parece estar gostoso! - disse Ri dando um sorriso logo em seguida. Ofereci um pouco da salada para ele. Ele recusou.

– Isso está tão bom. Nunca comi nada tão gostoso na minha vida!

Ele tossiu. E apontou para si mesmo. Ah, sério isso?

–Para Ri! Você sabe do que eu tô falando seu tonto.

Ele deu uma gargalhada enorme que daria para ouvir da esquina.

–Pare de berrar! Vão saber que estamos em casa! - Eu disse colocando o dedo em seus lábios. Ele mordeu-o.

–Ai Ri! Pare com isso! - eu dei um tapa em seu peito.

–Tudo bem, eu deixo você comer sua salada de frutas QUE EU FIZ em paz! - ele disse se levantando do sofá. Puxei-o pelo braço e ele desabou no sofá.

–Pare de manha. Eu te amo, ok? - eu disse beijando sua bochecha. Coloquei o pote cheio de frutas em cima da mesa e deitei em seu colo. Ele começou a fazer cafuné em meus cabelos.

–Eu também te amo pequena. Muito!

E eu adormeci.

–Mel, acorde! - disse uma voz tranquila. - Mel... vamos perder o horário da consulta, meu amor!

Era Riley.

–Mas já?- disse meio atordoada.- Dormi tanto tempo assim?

–Sim... Agora levante!

–Tudo bem...

Levantei e fiquei alguns instantes sentada na beira da cama. Levantei-me e fui escovar os dentes e me trocar. Riley já estava pronto.

–Vamos, querida. Nossas mochilas já estão no carro. Eu dirijo, ok?

–Ok.

Entramos no carro e Ri deu partida. Chegamos no hospital, e Riley logo tratou de ir falar com a recepcionista.

–Boa tarde! Em que posso ajudá-los? - disse a recepcionista.

Ela era loira, dos olhos azuis e com a boca vermelho-vivo. Olhava para Riley como se estivesse comendo-o com os olhos.

–Boa tarde. Ela tem uma consulta marcada com Dr. Larry. Ginecologia.

Eu queria matá-la. Quem ela pensa que é para ficar encarando meu namorado daquele jeito. Sem contar que ela era mais velha! Ok, Riley tinha cara de quem tem 18 ou 19, mas isso não é desculpa para fica paquerando meu namorado.

–Ah, sim... - ela me olhara com cara de nojo. - Nome por favor?

–Me...

–Melinda Marie Campbell, - interrompi Ri. - mais conhecida como namorada do garoto que você estava falando segundos atrás! - dei um sorriso forçado.

Riley deu risada e abaixou a cabeça para disfarçar. Eu gostei daquilo, mas me segurei para não dar risada e continuei encarando a Polly de brechó.

–Bem educada você... - ela disse fazendo careta.

–Pois é, mas me ensinaram a usar apenas com quem merece. E você não está merecendo. Paquerando o namorado dos outros? Se enxerga tiazinha.

–O QUE VOCÊ DISSE GAROTA? - ela me fuzilava com os olhos agora.

–Isso mesmo que você ouviu! TI-A-ZI-NHA!

–Olha aqui... - ela já estava se exaltando.

–Moça! Moça! Por favor, só avise o médico que estamos subindo pelo amor de Deus! - Riley pediu para a oxigenada. - Vamos Mel.

Ele envolveu seu braço em minha cintura. Percebi que ela estava furiosa com aquilo. Acho que Ri também queria provocá-la... Porque ele colocou a mão em minha cintura e olhou pra trás de novo... Fomos a caminho do elevador e ela continuara olhando. Mostrei o dedo do meio e entramos no elevador. Ela me olhava incrédula. Bem feito vadia. Estávamos sozinhos no elevador. O silêncio reinava ali. Até que Ri quebrou-o.

–Essa é minha pequena. - ele me beijou.

–Fiz apenas o que deveria. Apesar de que eu tinha que ter metido a mão na cara daquela vadia.

–Não esquente meu amor. Sou apenas seu! Sabe disso!

–Eu sei, mas alguém não sabia.

Ele deu risada. A porta se abriu e ficamos na sala de espera uns 2 minutos e já nos chamaram.

–Entre comigo?

–Claro... - ele disse meio desconfortável. Ele com certeza, não queria entrar.

Chegamos na sala e eu tomei um baita susto. Havia uma maca com dois apoios para pés ali, uma bandeja em cima de uma estantezinha que mais parecia um carrinho móvel. Dentro da bandeja, tinha vários instrumentos estranhos. Ele iria colocar aquilo em mim?

Eu nunca vim em um ginecologista antes. Minha mãe já tinha tudo planejado. Mas eu nunca me interessei em vir. Acho que estava certa sobre minha decisão.

–Boa tarde Srta. Cambpell e Sr. Lawrence! - disse o Dr. Larry.

–Boa tarde Dr.! - disse Riley cumprimentando-o.

–Boa tarde! - fiz o mesmo.

–Bom... então quer dizer que a senhorita está sentindo enjoos constantes?

–Sim. - eu disse meio tímida.

–Bom, pode ser gravidez. Vamos ver se é ou não?

Minha vontade era de dizer não e sair correndo de lá feito criança. Mas eu tinha que acabar com aquilo. Tinha que saber se eu estava grávida ou não.

–C-Claro...

–Não fique nervosa! Será rápido! - disse Dr. Larry.

Como ele queria que eu não ficasse nervosa? Eu ia ficar de pernas abertas para um cara que eu nem conheço e ainda por cima, vai colocar um troço de metal dentro de mim. Eu não devo ficar nervosa?

–Tudo bem Mel! Vai ficar tudo bem... tente relaxar ok? Eu estou aqui do seu lado! - disse Riley alisando minhas costas.

Ele sim, conseguira me acalmar. Anjo.

–Pode ir ali no trocador. Pegue aquele avental que está no cabide e coloque-o. Apenas ele.

Ai Deus. Eu vou ter que ficar pelada? Só com um avental quase transparente?? Senti o embrulho no estômago voltar.

–Ri... - eu disse segurando em seu ombro. - Eu não to bem.

–Quer vomitar de novo? - ele disse prestando bastante atenção em meu rosto. Eu concordei com a cabeça e com a mão na barriga.

Dr. Larry abriu uma porta que havia ali no fundo da sala.

–Pode entrar aqui, querida. Eu peço para alguém para limpar depois!

Sem pensar duas vezes, entrei no banheiro e vomitei. A sensação de enjoo passou. Aquilo me deixou mais aliviada. Levantei e lavei a boca. Sai do banheiro com as pernas moles. Riley veio ao meu encontro.

–Está melhor? - ele disse envolvendo o braço em minha cintura. me apoiei nele.

–Estou. Só um pouco fraca. Não consigo ficar em pé direito.

–Acho que aquele comprimido que a Lou deu, não adiantou muito.

–Pois é...

–Quer uma bala de menta, querida? - disse o Dr. Larry pegando um potinho de metal.

–Eu aceito. - eu disse pegando uma bala verde de dentro do pote de metal.

–Quer que eu te ajude a colocar o avental? - Riley disse me fitando.

–Quero.

Riley me guiou até o trocador e fez eu sentar numa cadeira que tinha ali. Ele começou a me despir. Tirou o tênis e a meia, colou-os num canto. Tirou a caça jeans e a calcinha, dobou-as e colocou em cima dos tênis. Tirou minha blusa. Quando ele tirou-a totalmente eu corei.

–O que foi? Porque está envergonhada?

–Não sei... - eu disse dando um sorriso.

–Essa parte... eu não sei tirar. - ele riu.

–Eu te ajudo com isso. - eu ri junto.

Tirei o sutiã. Ele pegou o avental e colou em mim. Ajudou-me a amarrar os laços do avental. Sai dali apoiada nele novamente.

–Pode deitar aqui... - Dr. Larry apontou para a maca.

–Ri, me ajude?

–Claro. - Ri disse dando um sorriso.

Ele me pegou no colo e me colocou na maca. Ajeitei-me ali.

–Pode apoiar seus pés aqui. - o Dr. disse batendo nas barras com uma coisa, que parecia um pedal de bicicleta. Fiz como ele mandou e ele começou a fazer o exame. Não demorou muito e ele pediu para que eu saísse da maca. Me senti aliviada.

–Quer ajuda? - Ri disse. Concordei com a cabeça.

Ele me retirou da maca do mesmo jeito que me colocou ali. Fui ao trocador e Riley me ajudou novamente. Saímos dali e sentamos nas cadeiras em frente a mesa do Doutor.

–Bem, senhorita... Eu não vou confirmar, mas pelos exames que acabei de fazer, parece que a senhora está grávida sim. Eu vou mandar você fazer um exame de sangue para que a gravidez seja confirmada.

Eu congelei totalmente. Eu estava grávida. De Riley... Havia uma criança dentro de mim. Olhei para Riley de boquiaberta. Ele parecia pior do que eu.

*POV RILEY*

"... Mas parece que a senhora está grávida sim." Aquela frase... aquela frase fez com que meu coração parasse. Eu não sabia como reagir... Eu seria pai. Eu? Pai? Como? Eu estava a ponto de desmaiar ali mesmo. Mas não poderia deixar Melinda apavorada. Não podia.

*POV MELINDA*

Coloquei a mão embaixo do nariz de Riley e ele parecia não respirar.

–Riley! Riley! - eu balançava ele bruscamente.

–OI! OI! Tô aqui... - ele disse com os olhos arregalados.

–Sr. Lawrence... Deseja um copo d'água? - disse o Doutor.

–N-Não... Estou bem.

–Então... Srta. Campbell, quero que faça um exame. Aqui mesmo na clínica. Depois que sair os resultados me traga aqui e eu confirmarei a gravidez.

–Tudo bem. - dei-lhe um aperto de mão.- Obrigada por tudo Dr. Larry!

–Imagina. Até mais Sr. Lawrence. - ele disse apertando a mão de Ri.

–Até mais...

(http://www.youtube.com/watch?v=RzhAS_GnJIc)

Saímos da sala, eu com as pernas mais bambas que antes. Eu realmente estava grávida. E daí veio um mar de problemas em minha mente: Contar para meus pais que eu estava grávida, cuidados da gravidez, dinheiro gasto em dobro, porque minha mãe está grávida também. Gravidez dupla. E o pior dos meus medos... E se Riley me abandonar durante a gravidez? O que eu faço? Quando percebi estávamos dentro do elevador.

–Riley. - eu disse fitando-o.

–Sim?

–Você vai me abandonar? Vai me deixar, porque eu estou com uma criança e não quer responsabilidade? Claro que vai! Daqui a alguns meses eu vou estar enorme com uma barriga gigante e...

–EI! O QUE É ISSO? Eu não vou te deixar! NUNCA entendeu? NUNCA! Não importa se você está grávida ou não. Não importa o tamanho da sua barriga. Eu vou te amar e vou amar o nosso filho. Eu não vou fugir da responsabilidade! Não vou. Tudo que ele e você precisar, vocês terão. Eu vou arranjar um emprego ótimo. Vou ganhar dinheiro o suficiente para sustentar-nos. Eu juro!

Com aquelas palavras eu desabei. Comecei a chorar igual uma louca. Riley parou o elevador.

–Ei, não chore meu anjo. Não quero te ver assim. Por favor!

–Você me ama? Sério? Me ama ao ponto de me querer mesmo grávida? Me ama mesmo eu arranjando esse problema para você?

–Que problema!? Não há nenhum problema! Não há nada que possa afetar nossa relação! Ao contrário! Esse bebê que está vindo, é só pra nos unir mais. Ele vai ter um pedacinho de mim e um pedacinho de você misturado. Ele é o nosso amor em forma humana! Nunca duvide do meu amor por você! Nunca!

Beijei-o. Aquele beijo transmitia tudo o que eu queria falar para ele, só que eu não achava palavras. Aquele beijo dizia pra ele que eu amava ele mais que qualquer coisa no céu e na terra. Mais que tudo.

–Mel. Agora a gente tem que ir... - ele disse apertando o botão e o elevador começou a funcionar novamente.

Enxuguei as lágrimas e sai de mãos dadas com ele. E aquela vadia olhava para nós.

–Perdeu alguma coisa aqui? Acho que não né! Então volta pro seu trabalho de merda e para de olha pra gente sua inútil! - mostrei o dedo do meio novamente.

Riley não se controlou e soltou aquela gargalhada alta. Ela começou a grunhir alguma coisa... Nem me importei em saber. Estava feliz com Riley. Com meu bebê. Com minha família.

Continua...



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Notas finais do capítulo

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