Batalha Real - Matar ou Morrer! escrita por Stark


Capítulo 5
Táticas


Notas iniciais do capítulo

Mais alunos deixam a escola, e eles precisam lutar para garantir sua sobrevivência. Cada um com uma tática diferente.



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52 minutos de jogo...

O jogo mal começara, apenas 10 estudantes haviam deixado a escola e já haviam 3 baixas confirmadas. O General parecia satisfeito, e após alguns minutos que pareceram uma eternidade para os estudantes, ele chamou o próximo aluno:

– Garoto nº 5, Diego!

Diego se levantou rapidamente, pegou uma bolsa e deixou a sala de aula. Ele saiu correndo pelos corredores, desceu as escadas e parou para conferir sua bolsa. Ele a abriu e encontrou dentro um machado de bombeiro, segurou o machado em uma das mãos e fechou a bolsa. Colocou a alça em seu ombro e saiu correndo da escola, passou pelo estacionamento, atravessou a praça e foi em direção à avenida da cidade.

***

Na sala de aula, o General anuncia outro nome:

– Garoto nº 6, Eduardo.

Eduardo se dirigiu até a frente da sala, pegou uma bolsa e saiu correndo pelo corredor. Desceu as escadas e parou para abrir sua bolsa, precisava estar armado caso encontrasse alguém pelo caminho. Ele estava disposto a jogar, precisava jogar, queria vencer acima de tudo e passaria pelo que fosse preciso para se manter vivo. Mas precisava ser cauteloso, sabia que não era o mais forte da sala, tampouco o mais ágil, deveria usar sua mente para sobreviver na Arena. Precisava ser sorrateiro.

Logo que abriu sua bolsa, não demorou em ver sua arma, era uma balestra com uma aljava cheia de flechas. Ele colocou a alça da bolsa no ombro, a aljava nas costas e manteve a balestra em mãos. Assim, Eduardo deixou a escola, o peso da bolsa e da aljava limitava seus movimentos e ele corria o máximo que podia sem deixar as flechas caírem. Ele passou rápido pelo estacionamento da escola, e parou em frente da igreja, onde olhou atentamente para os lados e se escondeu no estacionamento da igreja. Esperaria o primeiro que passasse e não pensaria duas vezes antes de atirar.

***

O único barulho que havia na sala de aula naquele momento era o tic-tac do relógio encima da mesa do General. Ele tornou a chamar:

– Garota nº 7, Eloise!

Eloise se levantou assustada, olhou para os seus colegas que ainda estavam na sala e com passos apressados pegou a sua bolsa, saiu da sala e caminhou pelo corredor, antes mesmo de descer as escadas, ela abriu sua bolsa, onde encontrou um colete à prova de balas.

“Obrigada Deus, obrigada Deus, obrigada Deus!!” Ela pensava, enquanto despia a camiseta e vestia o colete. Ela colocou a camiseta por cima do colete e saiu correndo da escola, passou pelo estacionamento, passou por frente da igreja e começou a correr mais depressa quando escutou um barulho atrás dela, olhou para trás e viu que alguma coisa comprida havia caído no meio da rua, um galho talvez, mas não iria voltar ver de onde tinha caído. Ela continuou correndo pela rua que dava acesso a avenida e seguiu em frente.

***

O tic-tac do relógio do General deixava os alunos cada vez mais ansiosos, todos estavam tensos, imaginando o que estava acontecendo do lado de fora da escola. De repente o General chamou:

– Garota nº 8, Fabíola.

Fabíola se levantou, limpou as lágrimas, pegou sua bolsa e saiu da sala.

***

Eduardo estava no estacionamento da igreja no quadrante I-4, com a sua balestra em mãos, minutos atrás tentara atirar em Eloise, que havia passado pela rua, mas a garota correu muito rápido e ele errou. A flecha que ele havia atirado ainda estava no meio da rua, ele não poderia deixar a flecha ali, ocasionalmente alguém descobriria que ele estava escondido do lado da igreja e o atacaria. Ele correu em direção a rua para apanhar a flecha mas, parou imediatamente quando viu que alguém estava saindo da escola.

Ele voltou para o estacionamento da igreja e se escondeu. Viu quem acabara de sair da escola, era Fabíola, ela corria pela praça em frente a igreja quando notou a flecha no meio da rua. Ela se aproximou, parou na frente da flecha e olhou para os lados. Eduardo atirou, a flecha perfurou a coxa de Fabíola que não sabia de onde a flecha tinha vindo. Ela começou a correr com dificuldade quando viu Eduardo saindo do lado da igreja, ele atirou mais uma vez, dessa vez a flecha acertou peito de Fabíola, que caiu no chão.

Eduardo se aproximou, mirou na cabeça e atirou na garota, que morreu na hora. Observou o corpo morto de Fabíola e viu sua bolsa ao lado, ela ainda não a havia aberto. Eduardo vasculhou a bolsa dela e encontrou lá um spray de pimenta. “Inútil, mas vou guardar por garantia” Ele pensou, enquanto guardava o spray de pimenta em sua bolsa, aproveitou e pegou a garrafa de água que estava na bolsa de Fabíola.

“Esse corpo morto aqui vai deixar os outros desconfiados... Melhor eu sair daqui” Eduardo pensou, enquanto caminhava em direção à avenida da cidade. Precisava encontrar outro lugar e bolar um plano.

***

Amanda e Delhidiani estavam escondidas juntas no estacionamento da escola, e tomavam cuidado para não fazer nenhum barulho. Elas estavam assustadas e Amanda, a esse ponto, refletia se formar uma aliança era realmente uma boa ideia.

– Vamos esperar a Heloísa... - Delhidiani dizia.

– Sim... Vamos esperar ela... - Amanda confortava a amiga.

De repente elas viram Felipe (Garoto nº 7) sair da escola apressado, com uma picareta em mãos.

– A gente podia chamar ele... Ele é legal... – Disse Delhidiani.

– Não podemos arriscar... Ele é forte demais, poderia matar nós duas se quisesse. - Explicou Amanda.

***

Felipe corria pela praça com a picareta que encontrou na sua bolsa em mãos, era demasiada pesada, mas ele conseguia carregá-la sem grande esforço. De repente, ele avistou no meio da rua o corpo de Fabíola no chão “Merda! Ela acabou de sair da escola... Saiu antes de mim... Tem alguém por perto!” ele pensou, e correu pela rua que dava acesso a avenida da cidade, quando chegou na avenida, virou a direita e seguiu em direção a prefeitura da cidade no quadrante H-6, onde se assustou ao se deparar com um telão no prédio da prefeitura.

No telão estavam os rostos de todos os alunos da turma, onde se lia "Escola G. C. Ramos - Ensino Médio - Terceiro Ano/Turma A. Garotos: 14. Garotas: 21. Total: 35.". Havia um X vermelho no rosto de Anacleto, Andressa, Carina e Fabíola. "Esses são os que já morreram..." Felipe pensou. Quase se esqueceu de que estavam em um Reality Show, e nesse exato momento, ele devia estar sendo assistido por milhões de pessoas. Observou o telão por mais alguns segundos e voltou para o quadrante G-5 onde entrou em uma loja de materiais de construção, correu até o depósito e se escondeu. "Ninguém vai me encontrar aqui" ele pensava. Iria passar a noite ali e tentar bolar alguma estratégia.

***

Amanda e Delhidiani continuavam no estacionamento da escola, viram Gabriel (Garoto nº 8) sair logo depois de Felipe. Ele segurava um revólver nas mãos e parecia paranóico. Elas sabiam que precisavam tomar cuidado com ele, e sequer pensaram em chamá-lo para a aliança. Quem saiu em seguida foi Gabriela (Garota nº 9), que passou correndo pelo estacionamento com uma faca militar em mãos. Depois, saiu Geovani (Garoto nº 9), deixando a escola correndo e com um taco de beisebol em mãos, elas sabiam que ele poderia chegar fácil nas finais caso decidisse entrar no jogo.

***

Na sala de aula o General quebrou o silêncio outra vez para chamar o próximo aluno:

– Garota nº 10, Giane.

Giane se levantou, encarou o General e pegou sua bolsa. Saiu da sala e caminhou pelo corredor, desceu as escadas e antes de sair da escola, se lembrou de abrir sua bolsa. Estava ansiosa para ver o que tinha ganho, o que estava dentro de sua bolsa poderia significar sua sobrevivência ou sua morte. Ela abriu com pressa a bolsa e sorriu aliviada, encontrou um revólver. "Excelente!" ela pensava enquanto deixava a escola, virou à direita e passou pelo estacionamento quando escutou um barulho vindo de trás de um carro. Ela se aproximou

– Quem está aí? - Giane disse em um tom de desafio.

Amanda e Delhidiani apareceram de trás do carro pressurosas, Amanda começou a falar:

– Giane! Vamos nos manter unidas! Vamos passar por isso juntas!

– As vadias querem montar uma panelinha, é? - Giane disse, puxando o revólver e atirando em direção as garotas.

O tiro passou de raspão, e Delhidiani tirou sua pistola com silenciador e disparou, acertando o telefone público ao lado de Giane, que saiu correndo assustada.

"BOSTA! PUTA QUE PARIU! Não sabia que aquela piranha tinha uma pistola... Me pegou de surpresa... Pensei que as duas já estavam no papo! Droga, preciso tomar mais cuidado... Vou atirar e depois perguntar, não importa se é amigo ou não... Essa vai ser minha tática." Giane pensava, enquanto corria o mais rápido que podia pela praça.

***

No estacionamento da escola, Amanda e Delhidiani conversavam preocupadas:

– Merda! Não pensava que a Giane fosse capaz disso. - Disse Amanda.

– É, ela é vice-presidente de classe... Ela sempre foi tão legal com todo mundo... - Respondeu Delhidiani.

– Precisamos pensar com mais cautela quem vamos chamar para se unir a nós. - Amanda falava, tentando raciocinar - Vamos chamar apenas quem nós conhecemos de verdade!

– É... - Disse Delhidiani concordando - As aparências enganam.

Sobreviventes: 31 e contando...




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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Comentem! O próximo sai o mais breve possível.



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