A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Seguindo algumas sugestões de explorar os poderes da Britt. Não sei se era bem isso Lucas, me diz depois o que achou. Comentem, criaturas amadas:)



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Acordei com um grito histérico de Joe. Saltei dos braços de Santana e peguei Contracorrente no lado da minha cama. Ela também já estava levantando e puxava a sua faca de bronze. Não sei bem ao certo como, mas sei que aconteceu. Um dragão, que para a minha infelicidade, não era Peleus voava pelo céu escuro do acampamento. Os outros campistas já estavam buscando suas armas para deter o monstro. Ele tinha cerca de nove metros, era vermelho e nada amigável. Saquei Contracorrente e lancei-me atrás dele, mesmo que Santana gritasse para que eu não o fizesse.

O dragão esquivou-se do meu primeiro golpe, mas eu não desisti. Cravei Contracorrente em seu peito, mas ele só ficou mais irritado. Alguns campistas do chalé de Apolo vieram me dar apoio, mirando dezenas de flechas no monstro. Eu me perguntava onde estaria Peleus em uma hora dessas.

Joe correu em meu auxílio, jogando pedras realmente grandes no dragão. Ele rosnou e deu uma patada em mim, derrubando-me no chão. Mas não consegui desistir. Em um surto, chamei pela água, que não demorou a vir até mim. O monstro cuspiu fogo, mas eu o barrei com uma parede de água. Quinn veio em meu socorro. O céu ficou negro e raios começaram a cair no monstro. Rachel não ficou para trás. Um exército de mortos surgiu do chão e atacaram o dragão sem piedade. Chamei por mais água e pedi para que ela girasse. Consegui formar um redemoinho e mandei-o na direção do dragão. A água o engoliu, derrubando-o no chão. Quinn formou um tornado do meio de uma nuvem negra e uniu-o ao meu redemoinho. Eu formei uma espécie de conexão com ela. Eu podia ouvir seus pensamentos, podia sentir seus esforços. E o melhor, podia transformar os nossos poderes em um só.

Sangue começou a escorrer de meu nariz. Nós nunca havíamos feito nada como isso antes. Era perigoso, precisava de muito mais controle e poder do que tínhamos. Senti Quinn fraquejar também, então entrei em seus pensamentos. Ela não aguentaria por muito tempo, nem eu.

- Quinn! – Chamei. – Pare com o tornado.

- Não! – ela respondeu com a voz um tom mais aguda.

- Q, você vai perder o controle. Pare AGORA. – gritei.

Ela pareceu voltar a si e, com um movimento, começou a diminuir o tornado gradualmente. Eu ordenei que a água voltasse ao rio, deixando o monstro caído no chão. Ele estava desacordado, mas não morto. Eu caí de joelhos no chão, ofegante. Meu nariz sangrava e meu corpo estava frágil. Olhei para Quinn e ela não estava muito melhor que eu. Santana correu até mim, erguendo-me do chão.

- Britt, - ela chamou. – Britt, olha pra mim.

Consegui forçar os meus olhos a focarem o rosto de Santana. Ela parecia assustada.

- Como eu estou? – perguntei com um fio de voz.

- Mais loira. – ela respondeu. – Com os olhos voltando para o azul. E bronzeada.

- Igualzinha ao papai. – falei com um sorriso irônico.

Nós semideuses temos tendência a ficar mais parecidos com nossos pais quando usamos nossos poderes ou estamos irritados. Cara, eu devia estar igualzinha a ele agora.

De repente, eu vi o dragão erguer-se do chão. Ele não parecia muito feliz comigo ou Quinn, o que me fez estremecer. Então ele lançou uma rajada de fogo em minha direção. Fechei os olhos com força e lancei meu corpo sobre o de Santana. Esperei a dor vir, mas nada aconteceu. Quando abri os olhos, percebi que nós estávamos envoltas em uma bolha d’água, nos protegendo do fogo. Santana olhava para mim com os olhos arregalados. Eu não sei como consegui criar a bolha. Acho que foi instinto de proteção.

Olhei para Quinn e vi que o monstro lançava fogo sobre ela. Mas ele não a atingiu. Rachel manejava o fogo com a mesma facilidade que eu manejava a água. Ela pegou o fogo que o monstro cuspia e devolveu à sua garganta. Aquilo fez com que ele ardesse em chamas e virasse pó, desaparecendo. Depois disto, eu caí no colo de Santana e desmaiei.

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Acordei na enfermaria. Olhei para o lado e constatei que Quinn estava na mesma que eu. Ela dormia profundamente na cama ao lado, assim como Rachel. Acho que nós abusamos um pouco de nossos poderes ontem à noite.

Ajeitei-me na cama e senti alguém a mais deitado comigo. Sorri ao ver que Santana acariciava meus cabelos distraidamente enquanto lia a algum livro sobre arquitetura antiga. Aconcheguei-me em seu peito, o que chamou sua atenção e a fez virar para mim. Ela abriu um sorriso e beijou meus lábios demoradamente.

- Como você está? – Ela perguntou.

- Bem, eu acho. – Respondi. – O que aconteceu?

- Você nos salvou. O dragão cuspiu fogo em nossa direção e você criou uma espécie de bolha para nós. Depois, você desmaiou. – ela explicou. – Assim como Quinn e Rachel.

- Eu não devia ter abusado dos meus poderes. – murmurei de cabeça baixa.

Ela apenas beijou o topo dos meus cabelos louros e entregou-me um copo com néctar. Tinha gosto de milk-shake de morango. Era o gosto que eu senti quando beijei Santana pela primeira vez. Nós tínhamos acabado de comer com a Medusa, e ela havia tomado milk-shake de morango. De certa forma, foi o dia mais feliz da minha vida.

Ela acompanhava-me com os olhos, o que me fez ficar vermelha. Pessoas me encarando quando eu como ou bebo causam isto em mim. Santana sabe disso, mas ela se diverte quando eu fico parecendo um pimentão.

- Qual é o gosto que tem para você? – perguntei.

- Batata frita e hambúrguer. – ela respondeu ficando um pouco corada.

Sorri e inclinei-me para beijá-la. Ela manteve os lábios colados nos meus por algum tempo, até que eu me afastei, encostando a minha testa na sua.

- E para você? – ela perguntou um pouco nervosa.

- Milk-shake de morango. – respondi, arrancando um sorriso largo de seus lábios.

Ficamos abraçadas mais um tempo, até que eu me lembrei de uma coisa que estava me incomodando.

- San, posso fazer uma pergunta? – falei.

- Claro, Britt-Britt. – Santana respondeu.

- Você ficou com medo de mim ontem? – perguntei. – É que… quando nós estávamos na bolha, você parecia estar encarando um fantasma.

Ela riu e beijou a minha bochecha.

- Não estava com medo de você, estava com medo do que iria acontecer com você se não parasse. – ela respondeu. – Você estava sangrando, Brittany. Seus cabelos estavam perdendo a cor. E eu não podia fazer nada. Eu só… eu achei que eu fosse te perder.

Abracei-a fortemente e beijei a curva de seu pescoço.

- Eu nunca vou deixar você. – falei com um meio sorriso. – Agora, levante-se que eu quero sair daqui. Precisamos ver Will.

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Não havia muito sobre o que discutir. Todos sabiam que os gêmeos psicopatas queriam invadir o acampamento com o exército de monstros, e aquele dragão ontem à noite só provou que é possível e que não estamos preparados.

Na hora do jantar, sentei-me em minha mesa com Finn. Will nos lançava olhares a cada cinco minutos, o que estava começando a me incomodar. Sério, qual é o problema dessa gente? Não posso comer sem mil olhos sobre mim?

- Ele quer que você me convença. – Finn explicou, rindo de mim. A aquela altura do campeonato, eu encarava Will com uma careta, esperando que ele parasse de me encarar.

- Convencer a o quê? – Perguntei, virando-me para Finn.

- A entrar no Labirinto para buscar Pan. – Finn respondeu.

- Espere, que Labirinto? – Perguntei. – Você não está falando…

- Do Labirinto de Dédalo? Este mesmo, B. O Labirinto cheio de armadilhas, ilusões, monstros comedores de bodes…

- A não ser que você tenha o Fio. – Uma voz cortou.

- Você não pode ficar aqui, San. – falei calmamente. – É contra as regras.

- Eu sei. Mas voltando, Sebastian tem o fio. Se conseguirmos pegá-lo…

- Não vamos conseguir! – Finn grasnou.

Confesso que não entendi metade do que eles estavam discutindo. Dei graças aos deuses quando Quintus anunciou a hora dos jogos.

- Formaremos duplas! – O instrutor explicou. – A partir de um sorteio, então não se animem.

Alguns campistas resmungaram baixinho, outros suspiraram, mas Quintus conseguiu começar o sorteio do mesmo jeito.

- Quinn Fabray e Noah Puckerman! – ele anunciou alegre.

Quinn revirou os olhos, mas juntou-se a Noah.

- Rachel Berry e Kurt Hummel!

- Santana Lopez e Brittany Pierce!

Sorri alegre e estendi a mão para Santana. Continuamos acompanhando o sorteio, rindo de algumas combinações.

- Finn Hudson e Joe Hart!

Finn baliu e Joe começou a espirrar freneticamente. Os dois não eram exatamente amigos, o que me deixou um pouco preocupada.

- Eles vão ficar bem. – Santana murmurou em meu ouvido. – Agora vamos. Precisamos nos manter vivas.


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Notas finais do capítulo

Aprovado? FANTASMAS APAREÇAM AGORA



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