A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi:) Estou encurtando um pouco os capítulos, senão fica muito cansativo de ler e eu não consigo postar com tanta frequência.



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Nós nos amontoamos ao redor da fogueira no acampamento, já com as duplas formadas. Joe não parava de espirrar, e Finn estava encolhido ao lado dele. Era engraçado ver alguém do tamanho de Finn com medo de um ciclope. Veja bem, Joe não era tão grande. Para um ciclope, ele era praticamente anão. Em compensação, Finn era o maior de todos os sátiros que eu já havia visto. E também o mais desajeitado e emotivo.

- Muito bem, a tarefa é a seguinte: Existem seis monstros espalhados pela floresta, cada um com um saco de seda nas costas. Em um deles, está uma coroa de louros. Vocês só precisam achar esta coroa e ganham o jogo. É claro que, para pegá-la, vocês vão ter que matar os monstros e ficarem vivos. – Quintus anunciou. – Vistam suas armaduras, objetos mágicos são permitidos. Vocês têm dez minutos para se prepararem!

Logo, as duplas se dispersaram para se preparar. San e eu vestimos nossas armaduras rapidamente e nos preparamos para o jogo. Parecia simples, como a captura à bandeira.

Em dez minutos, nos reunimos novamente ao redor da fogueira. Quintus soou um sino e nós todos corremos floresta adentro. Estava mais escuro que o normal lá dentro. As sombras das árvores me assustavam um pouco, mas não era hora de ter medo delas. San e eu achamos algumas marcas de patas em pouquíssimo tempo, então começamos a segui-las.

Santana me puxou para trás de uma árvore quando ouvimos passos. Quinn passou com Puck a seguindo. Ele era legal, mas ficava dando em cima de todas as meninas do acampamento. Quinn apenas revirava os olhos diante às tentativas dele, o que me fez trancar uma risada. Não havia nada que Quinn odiasse mais do que Puck tentando alguma coisa com ela. Chegava ser engraçado.

Quando eles passaram, puxei a mão de Santana, mas ela se paralisou. Olhou fixamente para um ponto da floresta, que em poucos segundos reconheci.

- Aqui que paramos de procurar. – Ela murmurou.

Lembrei-me das expressões de Rachel e Kurt quando desistimos de procurar Blaine. Eles ficaram devastados, e Kurt nunca desistiu de procura-lo. Aquilo devia ser muito dolorido para eles. Eu não me imagino sem Santana ou sem Joe. Eles são tudo para mim.

- Eu o vi ontem. – Confessei por fim.

Santana arqueou uma sobrancelha. Não sei bem se foi a melhor das ideias conta-la, mas ela é minha namorada e eu não tenho segredos com ela. Então, contei toda a história, que ela ouviu com atenção.

- Isso não é bom. – Santana murmurou. – Ele está tentando ressuscitar alguém. Eu só não consigo entender de que alma ele está falando… Você tem alguma ideia, B?

- N-n-não. – Gaguejei. Ok, eu quase não tenho segredos com a minha namorada.

Santana estava prestes a dizer alguma coisa quando ouvimos o som de um galho se partindo.

- Isto não é Quinn. – Santana disse.

Sacamos nossas espadas e nos preparamos para o que estava por vir.

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Corremos ao punho de Zeus, que parecia o local mais provável de encontrar o monstro. E, infelizmente, nós estávamos certas.

Três escorpiões gigantes vinham em nossa direção, com os ferrões prontos para nos matar. Estávamos cercadas.

Santana virou-se de costas para mim, o que me parecia a única chance que tínhamos de ao menos sairmos vivas. Um dos escorpiões atacou, mas eu defendi com a base de minha espada. Santana tentou golpear os escorpiões, mas eles foram mais rápidos. Começamos a nos esgueirar pela lateral do rochedo, mas os monstros nos seguiam.

- Coloque o seu boné e corra. – murmurei, referindo-me ao boné de invisibilidade que Santana ganhara de Atena.

- Esqueça. – ela murmurou em resposta.

Não teríamos a menor chance. A não ser…

Tentei me concentrar no som das águas, mas elas pareciam muito distantes. E além do mais, eu não podia me dar o luxo de desviar toda a minha atenção para a água, eu tinha que me proteger e dar cobertura para Santana.

Os três escorpiões formaram um círculo ao nosso redor. Não havia para onde correr, sequer para onde virar. Foi então que uma bola de fogo cortou o ar e atingiu em cheio a um dos escorpiões, fazendo ele se afastar e dar espaço o suficiente para corrermos. Rachel e Kurt correram logo atrás de nós, tentando desviar agora de não três, mas cinco escorpiões. Eu nem queria saber onde é que o último estava, só esperava que fosse longe daqui.

- Ali! – Apontei para uma fenda na parede. Era estreita, mas com um pouco de sorte, nós todos caberíamos.

Rachel entrou primeiro. No instante em que colocou seus pés lá, agarrou-se à armadura de Kurt, que se agarrou a de Santana que se agarrou à minha. Nós quatro caímos em um buraco que não estava ali segundos atrás.

- O-o-onde estamos? – Rachel gaguejou.

- Parece um túnel, mas não sei ao certo. – Kurt murmurou. O brilho de nossas espadas iluminava tudo ao redor, deixando claras as paredes com musgo e o medo estampado em nossos rostos.

- Não é um túnel, é um corredor. – Santana corrigiu.

- E qual é a diferença? – Kurt perguntou curioso.

Santana abriu a boca para começar a explicar, mas eu a interrompi antes que começasse. Quando ela começava a falar de arquitetura, não havia nada que pudesse calá-la.

Levantei-me e dei alguns passos para explorar ao redor, mas Santana agarrou-se em minha armadura.

- N-n-não se mexa. Por favor, - ela sussurrou. – Só… não se mexa.

O medo em seus olhos deixou-me preocupada. Era raro ver Santana assim, mas não era impossível. Eu a abracei com força contra meu peito e beijei o topo de sua cabeça.

- Está tudo bem, - murmurei. – Vai ficar tudo bem, San.

Ela levantou os olhos e eu instintivamente busquei por seus lábios. Cada vez que eu a beijava, não importava qual era a situação, o mundo inteiro se desfazia. Éramos apenas eu e ela, sempre como no nosso primeiro beijo.

- Meninas, - Kurt pigarreou. – Acho que… acho que não é o momento.

Afastei-me dos lábios de Santana, mas mantive o braço ao redor de sua cintura.

- Dê dois passos para trás, B. – Ela disse com mais firmeza e segurança na voz.

Assenti e, como robôs, demos dois passos juntas para trás. Ela virou-se e começou a tatear na parede.

- Ajude-me a procurar a marca de Dédalo. – Ela falou. O que raios é a marca de Dédalo? – Ah, esqueça. Está aqui.

Um delta apareceu brilhante na parede e uma escada logo se formou. Nós quatro saímos correndo do buraco, que eu poucos segundos fechou-se novamente.

- Britt! San! – Ouvi a voz de Joe nos chamando.

- Estamos aqui! – Santana gritou.

Todos os campistas correram em nossa direção. Quinn estava vermelha de raiva, e por um segundo achei que ela fosse soltar mil raios em nós.

- Onde vocês estavam? – ela esbravejou. – Nós estamos a uma eternidade procurando vocês!

- Nós caímos em um buraco, Quinn. – Rachel explicou calmamente, fazendo Quinn baixar o tom de voz.

- E ficamos fora por cerca de um minuto. – Completei.

Quinn olhou para nós confusa, assim como o resto do acampamento. Olhei para Santana, pedindo com os olhos que ela confirmasse a história, mas ela tinha um olhar perdido no meio da escuridão.

- Britt, - Quinn chamou, visivelmente mais calma. – Vocês ficaram fora por cerca de uma hora.

Arqueei uma sobrancelha. Aquilo era impossível. Mas Santana parecia não pensar o mesmo.

- É melhor discutirmos isto na casa grande. – Ela falou, puxando minha mão e fazendo-me segui-la. Algo me dizia que não estava nada bem nesta história.


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Notas finais do capítulo

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