- Agora me fala Sophie – disse James assim que acabamos de tomar nosso Milk shake.

- James, você está do meu lado com o negocio da Belinda né?

- Fazer o que né.

- Maninho, eu vou conseguir desmascará-la!

- Como assim? Sophie! O que você fez?

- Eu não fiz nada, mas estou prestes a fazer. James, eu gravei uma conversa dela com um cara.

- E daí?

- E daí que ela não está grávida! É tudo uma farsa! E esse cara com quem ela estava falando, era o cara que vai arrumar o bebê.

- Deixe-me escutar – peguei o meu celular e mostrei-o a gravação.

“- Belinda, o que foi agora?

- Fred, você tem que arranjar logo esse bebê! Pelo amor, eu não agüento mais todo dia colocar essa santa barriga

- Mas Bel, eu ainda não achei um bebê. Me passa de novo de novo as características do bebê que você quer.

- Presta bastante atenção.

- Ok, pode falar.

- Anota!

- Ta bom, fale logo.

- O bebê tem que ser moreno, igual ao velho, só para ele achar que é mesmo filho dele, os olhos claro para ser pelo menos uma coisa parecida comigo e esse bebê não pode ser muito gordo, pelo amor de Deus. Não quero filho gordo pra criar.

- Ok, não te garanto que seja tudo isso, mas, vou tentar.

- Como assim não garante? Se você aparecer com um bebê diferente eu acabo com você seu estúpido... Estúpido.”

Então, peguei meu celular e guardei-o na minha bolsa.

- Uau – ele parecia surpreso.

- Sim. Agora essa cobra vai provar o seu próprio veneno.

- Sophie, pelo amor de Deus, toma cuidado, essa mulher deve ter uma quadrilha. Pelo amor de Deus, não quero te ver de novo no hospital!

- Credo, vira essa boca para lá James, vai dar tudo certo!

- Eu espero que assim seja!

- Vamos? – perguntei já saindo da mesa.

- Aham.

- Já pagou?

- Sim, dona Sophie.

- Muito bem – disse apertando sua bochecha. – Agora, eu preciso da sua ajuda para mostrar isso ao papai – disse já entrando no carro.

- E quando nós mostraremos essa gravação ao papai?

- De preferência, quando ela não estiver em casa – parei para pensar. – Ah, já sei, a gente pode chamar ele para jantar em algum lugar.

- Mas e a Belinda?

- Verdade... Será que aquela monstra não tem nenhuma amiga não?

- Não sei.

Fomos o caminho inteiro em silencio, quer dizer, eu estava em silencio mas estava pensando em muitas coisas, até que chegamos em casa.

- Crianças, avisem o seu pai que hoje vou à casa de uma amiga minha, irei passar a noite com ela – disse Belinda toda arrumada assim que chegamos em casa. Touche! Será hoje. Estou com sorte hoje! Apenas sorri e disse:

- Pode deixar Belinda.

- Muito obrigada – ela disse com um sorriso sínico.

- De nadinha – inclinei minha cabeça em meu ombro, sorri e comecei a piscar sem parar.

- Eu hien. Que tal tomar um gardenalzinho?

Dei uma risada forçada. – Belinda do céu, você é muito engraçada!

- Por que você está assim comigo, garota?

- Eu resolvi ser bacana com você – mentira. Você vai apodrecer no lixão.

- Aleluia. Tchau crianças – disse ela enquanto saia de casa.

- JAMES! – disse super feliz.

- Por que você decidiu ser boazinha com ela? Até minutos atrás você queria matar ela!

- Eu ainda vou acabar com a raça dela James, e esse glorioso dia será hoje.

- Mas como assim? – ele perguntou confuso estragando a minha graça.

- Puta que o pariu James, como você é burro!

- Olha como você fala comigo, se não eu não te ajudo mais em porra nenhuma.

- Ta bom, parei, James, a gente precisava de um minutos a sós com o papai, sem a Belinda para mostrar o que ela realmente é. Hoje ela ficará na casa de uma amiga e nós convidaremos o papai a um jantar, e contaremos tudo. Quero Philip junto.

- O que tem eu? – Philip perguntou já na escada e escutei o som da porta. Era o meu pai chegando do trabalho.

- Bernardo, hoje você terá um jantar de família – disse sem mais nem menos.

- Tudo bem. Que horas?

Olhei no relógio. Eram 18:00. – Às 20:00 horas. Eu quero todo mundo na sala a essa hora.

- A Belinda vai também?

- NÃO! – quase gritei. – Eu disse jantar em FAMÍLIA – dei ênfase no “família”.

- Mas a Belinda é da nossa família.

- Não – me aproximei dele. – Não confunda nossa com sua família. Ela não é da nossa família. Ela pode ser a mulher que está te iludindo, mas, ela não é a NOSSA família.

- Ela não está me iludindo.

- Isso é o que veremos hoje à noite – disse deixando meu pai tenso e um suspense no ar. Subi até meu quarto e pensei em ligar para Chel. Não. Achei melhor deixar quieto.

Mexi um pouco no computador e logo fui ao banheiro. Tomei um banho levando todo o meu estresse junto e fiquei pensando como falaria para o meu pai uma coisa dessas. Fácil. Improviso na hora. Saí do banho, me troquei (1), passei perfume e saí de meu quarto. Eram 20:00 horas em ponto. Todo mundo estava na sala.

- Vamos – disse já me dirigindo à porta. – Will, peça para trazer o carro de Bernardo – disse no interfone e desliguei-o. Saímos de casa e Will já estava na porta. – Muito obrigada – disse indo ao lado do motorista. No carro estava um silencio extremo.

- E qual o assunto desse jantar? – perguntou meu pai.

- Você ouvirá – disse seca.

Assim que chegamos no restaurante nos sentamos na mesa em que eu havia reservado. Cada um pediu o que queria e assim que os pedidos chegaram nós começamos a comer.

- E então, sobre o que é o assunto? – meu pai perguntou de novo.

- Espera, Bernardo – continuei seca com ele.

Quando nós acabamos de jantar, pedimos a sobremesa, e foi aí que eu abri o meu bico.

- É o seguinte – disse iniciando. – Eu quero que você me escute, entendeu, sem interrupções – ele concordou com a cabeça. – E eu não quero que você me contrarie, não quero nada, apenas me ouça, até eu disser que você pode falar – meu pai assentiu de novo com a cabeça. – Eu estive em uma conversa com a Belinda esses dias, onde ela mostrou que não é quem você pensa.

- Com...

- Eu falei sem interrupções – interrompi-o. – Continuando, eu tive uma conversa com a Belinda, onde ela mostrou que não é nem um pouquinho o que você pensa que ela é. Ela se faz de santinha e amorosa perto você, mas longe... Ih, nem se fala. A questão é: Ela não está grávida de você – disse essa ultima frase pausadamente para ele entender bem.

- Como assim? Lógico que ela está grávida de mim! Eu sou o pai daquela criança.

- Ah, tem outra questão, ela NÃO está grávida – dei ênfase no “não”.

- Isso é impossível Sophie, pare de pensar essas coisas da minha namorada. Ela até me mostrou os ultrassons dela.

- É tudo uma farsa! Tudo isso não passa de uma farsa. Pai, você é rico, ela quer a sua grana, ela NÃO ama você! Por que isso é difícil de se entender?

- Porque não é verdade Sophie Lockie!

- Claro que é Bernardo! Eu tenho provas! – disse pegando meu celular e mostrando para o mesmo o que eu tinha gravado. Assim que acabou de escutar, ele estava boquiaberto. – Está vendo como eu estava certa esse tempo todo?

- Isso não pode ser possível. Sophie, isso que você está fazendo é uma coisa muito feia, você está fazendo uma montagem para eu terminar com Belinda.

- Ta bom, se o senhor não acredita em mim e muito menos nas minhas provas, pede para ela fazer um ultrassom e você ir junto, fala que está curioso.

- Boa ideia, alias, eu preciso ver o meu filho – ele disse sorrindo.

- Sim, Bernardo, você precisa ver o seu filho. – Agora vamos embora.

Fui até o caixa e paguei o jantar, fomos até o estacionamento e comecei a dirigir. Como na ida, o carro estava em silencio, então, liguei o radio. Estava tocando This Kiss, e automaticamente lembrei de quem? Zayn, lógico. Lembrei de seu sorriso, do jeito que ele me trata, como ele é lindo. Ele sim é perfeito. Um deus grego. Sorri com os meus pensamentos. Chegamos em casa sãs e a salvo. Belinda estava esparramada no sofá comendo brigadeiro e mexendo no celular com a televisão ligada.

- Boa noite Bel – disse meu pai dando um selinho nela. Aquilo me deu nojo.

-Boa noite meu amor.

- Então, amanhã vamos fazer um ultra-som?

- Mas por quê? – ela perguntou assustada.

- Porque eu nunca vi o meu filho, ou a minha filha, e sabe... eu queria ver.

- Mas amor, eu já te mostrei o meu ultra-som do bebê.

-Mas eu quero ver ele ao vivo! Vamos, eu até já marquei um no seu médico. Os meninos vão com a gente.

- E a Sophie também vai? – ela fez cara de nojo.

- Por quê? Tem algo que eu não possa ver?

- Ela é minha filha e quer ver o seu futuro irmão. Todo mundo vai amanhã. Às 8:00 quero todo mundo aqui em baixo – após essa frase eu fui ao meu quarto e dormi.