Castigo escrita por Kalhens


Capítulo 6
Está pensando o mesmo que eu?


Notas iniciais do capítulo

HA!
I DID IT!
//apanha.
Boa leitura o/



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Linda não estava mais consigo. Assim que conseguiram sair da sala do Roger, ela se trancara no quarto, decidida a não tomar mais parte em nada daquilo.



Talvez, os laudos psicológicos sobre tendências a depressão estivessem certos...Não que ele entendesse dessas coisas.


Nem queria, alias. Era chato.

E já tinha problemas o suficiente para tentar compreender no momento, diga-se de passagem.

Coçou a cabeça, as mãos esbarrando no elástico dos óculos que sempre trazia consigo.

Falemos cruamente, se Near suspeitasse que ia morrer, certamente iria tentar se informar melhor.

Óbvio.

Agora, primeira pergunta. Por que ele simplesmente não foi direto ao Roger? Era absolutamente necessário tentar invadir os arquivos?

Segunda pergunta. Por que o Mello foi junto? Ou será que o Near fora junto? Como nenhum dos dois falava, a versão que tinha dos fatos era aquela que todos sabiam mas até que ponto estaria certo?

Terceira pergunta.

– O que você está fazendo aqui sem o Mello?

Uma ÓTIMA pergunta.

Near o encarou, sem muita expressão, o que já era alguma coisa, posto que, normalmente, não havia expressão NENHUMA ali.

– Vai me dizer que Roger liberou vocês do castigo.

O outro continuava imóvel. Pensando sabe-se lá o que.

Matt não gostou daquilo.

Sabe quando você está jogando alguma coisa e, subitamente, uma outra música, mais rápida e intensa começa a tocar? Sempre é mau sinal.

Naquele instante, o silêncio acentuado pela ausência do loiro reclamão, era como aquelas músicas frenéticas que já botam uma dose a mais de adrenalina no sangue, te preparando para vencer ou morrer tentando.

– É melhor você sair de vista, pelo menos. O Roger vai ficar puto se te ver desobedecendo o castigo.

– Estou indo falar com ele.

– Ele não está na sala dele.

– Como você sabe?

– Acabei de sair de lá.

Uma série de comandos. Vejamos se algum funcionou.

– Near, a gente precisa conversar.

O garoto apenas olhava para o chão. Quando as orbes negras finalmente se fixaram em si, ouviu a música inexiste se aprofundar, naquele modo único de jogos 8-bit, tomando um tom meio doentio.

Entraram numa sala de aula qualquer, vazia no momento.

– Quem soltou quem?

– Eu soltei o Mello.

– E ele deixou?

Sem resposta.

– Isso é estranho. Ainda ontem, no café da manhã, você fez questão de pegar a mão dele de volta quando ele te soltou pra me bater. Contradição.

– Está certo.

– Aconteceu alguma coisa de lá pra cá?

– Apenas cansei da situação.

– Não combina com você.

Silêncio.

– Near, o que aconteceu entre esses dois momentos que eu não vi?

Não esperava realmente uma resposta. Era como um jogo de luta que você não sabe os comandos. Vai apertando tudo, uma hora sai alguma coisa.

Com sorte, algum combo bem legal.

– O L ligou para falar com o Mello ontem. Disse não ter ficado surpreso quando Roger lhe informou que Mello ainda estava cumprindo o castigo adequadamente. Desde então, ele parece mais decidido a levar isso até o fim. E, sinceramente, é exaustivo. Física e psicologicamente.

Quando aquilo tinha acontecido? Parou para recapitular. No primeiro dia, em que arrombaram a sala, foram prontamente postos de mãos dadas. No segundo dia, fora aquele em que Mello lhe batera no café da manhã, e o dia em que invadiram a sala do Roger. Hoje era o terceiro dia, dia em que Near soltou as mãos, em contraste com suas ações no segundo...

– Mais alguma pergunta, Matt? Preciso encontrar o Roger.

– Você vai mesmo morrer?

Mais e mais botões sendo apertados.

– Roger e L dizem que sim.

Curiosamente, mais e mais golpes certos.

– Como você soube?

– Ouvi os dois conversando um dia. Por isso fui à sala do Roger. Nossos históricos médicos ficam lá. Queria confirmar.

– É, eu vi. Mas não pude olhar direito. Roger chegou antes.

Near parou.

– E você, como você descobriu?

– Ouvi o Roger ao telefone. Eu e Linda chegamos na mesma conclusão.

Near parou, enrolando os cabelos, olhando para o nada.

– Por que o Mello foi com você?

– Não sei. Eu me encontrei com ele enquanto estava no corredor. Ele me forçou a dizer o que ia fazer e foi comigo...

– Você disse a ele?

– Sobre a morte? Ele deduziu sozinho. Acho que já desconfiava...

Os dois pararam.

Nem haviam notado, com a música ainda tocando ao fundo e mil comandos a serem testados.

Mas, afinal, haviam acertado um belo de um combo, ainda agora.

Não sabiam se tinham chego à mesma conclusão.

Mas, rapidamente, perceberam que tinham chego ao mesmo ponto.

Matt quis rir.

Near apenas pareceu um pouco irritado, o que era já era muita coisa.

E então, ambos saíram da sala.

Precisavam encontrar Mello.

Para quem não conhecia, minha caneca ♥ INTACTA, por sinal.


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Notas finais do capítulo

Olá para todos o/
Posso falar uma coisa meio ruim como autora?
Eu sempre saio escrevendo sem saber o que vai acontecer na história xD //apanha.
A minha beta vivia rindo de mim. Volta e meia eu mesma me encurralava na fic, sem saber o que fazer.
E dai?
Dai que, com esse capítulo, eu finalmente decidi como a fic acaba ♥
Just that~~
Ficam os avisos de sempre!
Até o próximo,
Kalhens.