Castigo escrita por Kalhens


Capítulo 5
Eu e você sabemos que você só estava lá por acaso


Notas iniciais do capítulo

Não dá.
Sempre que envolve os dois, eu preciso fazer essas ceninhas compridas e meio inúteis.
Desculpem pela demora.
E POR FAVOR, PAREM DE ME AMEAÇAR DE MORTE XDDD
*Apesar de que eu adorei as reviews*



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O maior inconveniente de ficar de mãos dadas o dia todo é, afinal, o mais óbvio.

              Você fica sem uma mão.

              Sério, isso pode não parecer grandes coisas quando se está, por exemplo, namorando, onde você simplesmente dá um sorriso, solta a mão, faz o que tem que fazer com ela, eventualmente lava, e ai volta para onde havia aparado.

              Mas agora. Se quem está te segurando for um loiro irritado e que, por algum motivo, resolveu levar um carto castigo quase que como um desafio a sua honra e orgulho, carregando-o e cumprindo-o com uma determinação que beira a idiotice, ai, meu amigo, a coisa complica.

              Para Near, a coisa estava quase virando uma amputação a longo prazo.

              Estavam na sala de brinquedos, pela primeira vez desde que foram empurrados para aquela irritante situação.

              Near montava um quebra-cabeças qualquer, apenas para passar o tempo, enquanto o loiro comia chocolates.

              Ao menos isso.

 Roger não lhe proibira os doces dessa vez. Talvez, ele ainda tivesse algum bom-senso naquela cabeça cheia de insetos.

              O problema é que, volta e meia, Near acabava levando a outra mão em direção aos cabelos, os dedos já a meio caminho de enrolarem um cachinho nos cabelos que lhe caiam pelo rosto, cada vez mais lisos, enquanto colocava uma outra peça no lugar.

              - Cacete, para essa mão quieta!

              E ai, o loiro batia ambas com força contra o chão, como se fossem dois bichos mal-educados. Mas, claro, como a de Near sempre ficava por baixo, desnecessário dizer quem sofria mais.

              Quando chegaram, ainda tinha algumas pessoas por lá. Mas todas saíram, não suportando ver o espetáculo de violência gratuita e mal-humorada.

              Olhou em volta, simplesmente, como se lembrando-se da situação em que estavam.

              - Mello, vamos logo na sala do Roger resolver isso...

              - O quê? Quer que ele aumente o castigo,

              Botou mais uma peça no lugar, cansado.

              - Quero que ele tire a sua parte do castigo.

              Ouviu a barra de chocolates ser quebrada pelos dentes de Mello.

 Aquilo era quase uma pontuação, como uma virgula ou uma exclamação.

              - Nós já falamos sobre isso, deixe de bancar o idiota.

              E, mesmo sem ninguém olhando ou vigiando, continuavam de mãos dadas.

              Mello tinha um estranho senso de cumprimento de dever...

              Era uma constatação amarga, aquela. Por saber de onde vinha tanta determinação.

              - ‘’Nós’’ não falamos sobre nada, Mello. Você resolveu que assumiria a culpa comigo e tomou a minha frente quando fomos falar com Roger.

              Sentiu seus dedos sendo apertados, e dava pra ouvir a embalagem do chocolate sendo meio amassada na outra mão.

              Pontuações, pontuações, dão o andamento correto ao diálogo.

              Ainda que este se fizesse em silêncio.

              Near esperou, pacientemente, antes de soltar sua mão e levantar-se, saindo do alcance dos braços de Mello, aqueles ali, vestidos no tecido negro de sempre, que praticamente saltaram em sua direção, tentando o recapturar.

              Ele de pé. Mello sentado. Cena incomum, essa.

              - Near, me dá essa mão de volta!

              Encaminhava-se já para fora da sala, sem vontade de olhar para trás.

              - Não, obrigado. Vou lá resolver o mal-entendido com o Roger.

              Dava pra ouvir ossos estalando e tecido repuxando quando o outro levantou. Logo, viriam os passos.

              Quando chegaram, ele já passara da porta, o corpo já despontando no corredor.

              - Deixa de ser idiota, o que você vai conseguir indo lá agora!? Além disso foi o L quem sugeriu esse castigo!

              Ah. Aquilo foi, definitivamente, irritante.

              - Não é uma questão de ganhar algo, Mello. Eu só estou enjoado de ter você por perto. É doloroso, fisicamente falando. E irritante, também.

              - E você acha que eu estou com você porque eu gosto!?

              Não, sabia que não.

              - Você está aqui porque L mandou. Se eu disser a verdade, L irá retirar a ordem. Nós sabemos disso.

              Mas não era por isso que tinha se levantado.

              Não, não.

              O motivo que tornada a situação insuportável demais era outro.

O fazia sentir-se humilhado e desconhecer aquele idiota que se fazia passar por Mello em lapsos de irritação.

              Sabia que ele estava ali por pena.

              E isso era algo que não se permitia aceitar. Tanto por si, quanto por ele.

             

              Talvez, Mello ainda tivesse algo a dizer.

              Mas, agora, sabia que o deixara sem argumentos válidos que pudessem ser usados sem que o loiro caísse em contradição. E, se caísse, seria uma derrota. Por isso, não estranhou em absoluto o silêncio que se aquietou às suas costas.

              Saiu para o corredor, os passos abafados pela junção das meias com os extensos tapetes que se estendiam pelo lugar.

              Mas ainda deu pra ouvir o papel da barra de chocolate ser amassada e atirada contra alguma coisa, antes do som familiar que as peças de seus quebra-cabeças faziam ao caírem em cascata no chão.

              Notou, subitamente, as duas mãos livres. Levou uma delas aos cabelos, enrolando uma mecha, pensativo.

              O outro, também, tomou ciência de sua súbita liberdade, e enfiou os dedos entre os cabelos, simplesmente.

              Pontuações, pontuações.

              No caso, reticências.

              E, quem sabe, uma exclamação.


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Notas finais do capítulo

Eu PRECISO partilhar algumas coisas aqui!
''não, não eu me recuso a ler isso, como assim aquele albino ultramente estrupavel vai morrer, isso simplesmente imposivel eu me recuso a acreditar nisso. ''
''Near é muito kawaii e lindo pra morrer !!!! Morra outra pessoa ele não!''
''EU VOU ESPANCAR A MORTE SE ELA VIER BUSCAR O MEU NEAR!!!''
''SE ELE MORRER NESSA FIC EU DESCUBRO ONDE VOCÊ MORA E EU MESMA TE MATO''
''VAI MORRER!!!!!!! COMO ASSIM "MORRER" , MORRER, MORTO, MORTINHO DA SILVA PITANGUEIRA !!!!!!!! AUTORA!!!!!!! VOCÊ VAI MORRER!!!!! AAAHHHHHHH !!!!!!! *pega uma bomba nuclear e ativa ela* 2 minutos depois ... ''
.
MEUS DEUSES, EU RI MUITO COM ISSO TUDO XD
Obrigada a todas que continuam acompanhando!
Inclusive àquelas que me mandaram ameaças de morte, tia Kalhens ama vocês todas ♥

Eu meio que perdi o Mello e o Near, mas estou tentando encontrá-los para poder continuar a fic!

Eu prometo que posto mais um capítulo ainda essa semana!
PODEM VIR QUEBRAR MINHA CANECA SE EU NÃO CUMPRIR O/
*Leitores de Nem Tão Óbvio Assim entenderão ♥*

Até,
Kalhens.