Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 6
Capítulo 6




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Ela estava linda, havia flores por quase toda a parte, a decoração era branca com vermelha, havia um presépio médio em uma mesa, na parede uma prateleira com imagens de santo, quadros e uma salinha ao fundo onde o padre se preparava.

 Assim que a missa começou rezei com toda a minha Fé, pedi perdão pelos meus pecados e por ter me afastado de Deus, ao final da missa rezamos um terço e quando todos já estavam de saída fui falar com o Padre.

 - Com licença Padre.

 - Sim minha filha, pode falar.

 - Meu pai me deu esse crucifixo, gostaria que o senhor benzesse para mim, por favor. E se não fosse pedir muito ele tem esse compartimento, poderia colar um pouco de agua benta, por favor?

 - É claro minha filha. – e assim o fez – Vá em Paz e que o Senhor a acompanhe.

 - Amem Padre.

 Assim que sai da igreja meu estômago roncou levemente, eu precisava me alimentar bem já que estava um pouco fraca, passei no Coffe Paris, peguei três cafés expressos e pães de queijo.

 No caminho de volta para a casa dos Winchesters, resolvi passar na oficina para saber de minha moto, que esta estava há meses no concerto. Assim que cheguei à oficina vi um garoto moreno com cabelo curto, era novo na oficina.

 - Por gentileza, gostaria de saber como vai o concerto da minha Ninja. – o garoto então olhou para mim. – Não acredito Petter!

 Petter era um grande amigo de infância, nos sempre brincávamos juntos ate que a família dele decidiu se mudar e desde os dez anos eu não tinha mais noticias dele.

 - Ai esta você cabeçuda! – disse ele me abraçando com força. – Como você esta diferente, esta linda.

 - Obrigada, você também está muito diferente.

 - Mas então aquela Ninja é sua? – disse apontando-a para ela.

 - É sim, faz tempo que está aqui, nem sei se já foi consertada.

 - Cara aquele antigo dono daqui era um encostado, tenho muita coisa pra fazer por aqui, desde carros a motos.

 - Espere, você é o nome dono?

 - Não, mas meus pais são e como eu sempre gostei de conserta coisa, estou como contratado provisoriamente.

 - Ah entendi. Mas e a moto?

 - Você fez um estrago nela, o que aconteceu?

 - Pra falar a verdade nem eu sei.

 - Isso que dá ficar emprestando moto.

 - É muito mais complicado do que isso. – eu sorri – Outra hora eu te conto, agora estou com um pouco de pressa, algumas pessoas estão me esperando.

 - Hm ela desencalhou! – nos dois rimos alto.

 - Engraçadinho você, não sei se da pra chamar de namorado, talvez só um pega mesmo.

 - Tá então vai logo, mas Nina não desperdice a chance de ser feliz.

 Nós dois nos abraçamos.

 - Eu te amo maninho.

 - Eu te ama maninha.

 - Cuida bem do meu bebe.

 - Pode deixar.

 Sai da oficina e andei rápido para chegar ate a casa de Dean, coloquei as mãos nos bolsos e vi que havia esquecido o celular em casa. Coitados, deveriam estar mortos de preocupação.

- Bom dia gente! – disse eu vendo os dois acordados.

 - Ai graças a Deus! – disse Dean me abraçando. – O que aconteceu com seu cabelo?

 – Calma eu estou bem, só fui à missa e depois passei na oficina para ver o concerto de minha moto. Ah meu cabelo é assim.

 - Não faça isso de nome Nina, - disse Sam num tom serio – não sem avisar.

 - Tudo bem gente desculpe, mas para me redimir trouxe o café da manha! – disse eu sorrindo.

 - Mas o seu cabelo não era liso?

 - Amores, existe uma coisa chamada chapinha, é o que uso para alisar ele.

 - Prefiro os cachos. – disse Sam

 - Eu também. – concordou Dean.

  Revirei os olhos e sorri, percebi que estava ficando um pouco vermelha então desconversei.

 - Descobriram alguma coisa no diário?

 - Absolutamente nada, só que ele estava com medo e perturbado. – disse Dean.

 Eu assenti, bem que eu previa papai não eram como o pai de Dean e Sam, ele não acreditava nessas coisas sobrenaturais, porem embora tenha passado a acreditar, tenho certeza de que estava perdido e não sabia o que fazer. Após o café contei a ele o sonho que tive naquela noite e o porquê eu estava usando aquele crucifixo. Mas uma pergunta pairava no ar, por que era necessário o sangue de Sam para ajudar no feitiço? Ninguém conseguia responder, mas uma coisa saibamos, eu teria de matar ele, pois eu sou a atormentada e mais, o demônio não vai se apoderar de mim e sim de qualquer um.

 - Temos que ficar em alerta. – disse Dean.

 - Quanto mais rápido fizermos isso, melhor! – disse Sam – Ninguém sabe quando essa coisa vai atacar de novo, mas quando vier temos que estar preparados. Dean e eu vamos providenciar tudo ainda hoje.

 - Não podemos deixa-la sozinha.

 - Tudo bem, eu já estou melhor não estou com tantas dores, além do mais, quando passei na oficina vi um amigo meu de infância trabalhando lá, gostaria de ir ate lá conversa com ele, já que vão passar a tarde toda fora.

 Dean olhou desconfiado.

 - Não sei se é uma boa ideia.

 - Porque não Dean?

 - Porque qualquer um pode ser esse demônio, o melhor é você ficar em casa.

 - Tudo bem pode ser qualquer um, mas já percebi que esse demônio não se apodera de quem tem Fé, de quem acredita em Deus e principalmente de quem tem algum acessório como crucifixo escapulários e outros. Petter usa um escapulário desde quando éramos crianças. Ele não vai ser possuído.

 Dean respirou fundo e disse:

 - Está bem, está bem pode ir.

 - Hm obrigado! – disse eu sorrindo.

 Não via a hora de chegar à oficina para reencontrar Petter, eu queria falar sobre tudo com ele e fazer inúmeras perguntas, meu amigo mais fiel estava de volta, agora eu me sentia ainda mais segura. Ao chegar à oficina desci do carro e Dean me entregou uma arma de choque.

 - Não vou precisar disso. – disse a ele.

 - Melhor prevenir do que remediar, caso precise usar, mire no alvo e aperte aqui. Voltaremos assim que conseguirmos tudo.

 - Está bem, mandem noticias.

 Ele assentiu me deu um selinho e foi.

 - Olha só o bom filho a casa torna. – disse Petter.

 - Pois é.

 - Quem são aqueles caras?

 - Dean e Sam Winchester, uns amigos que conheci há pouco tempo.

 - Espero que não vá me trocar. – disse ele sorrindo – e aquele que saiu do carro, não parece só um amigo.

 - Claro que não, tanto que vim passar à tarde com você, te ajudando em alguma coisa. Dean é... Um ficante eu acho.

 - Você sempre foi muito estabanada, então, por favor, sente ali e não se mova.

 - Nossa muito obrigada.

 - Você sabe que é verdade.

 E o pior é que realmente era verdade, nunca fiz o perfil de menina delicada, sempre fui muito "ogra" e algumas vezes tive que arcar com o prejuízo.

 Enquanto ele consertava alguns carros e motos, contei sobre o que vinha acontecendo desde quando ele se mudou para Nova York, o espírito que vinha me atormentando, ele ficou pasmo era de se esperar, mas acreditou piamente, contei também sobre como minha moto havia ficado naquele estado e que não sabia como tinha acontecido e por fim contei sobre Dean da irresistível atração que sinto por ele de como gosto de quando ele está perto de mim com aquele olhar protetor, com aquele sorriso que só ele tem. Como sempre, meu maninho me aconselhou a lutar por ele, falar tudo o que sinto e me jogar de corpo e alma.


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