Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 35
Capítulo 35




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– Não vou a lugar nenhum com você. – falei num tom serio e decidido, serrando os punhos pronta para usa-los.

– Tem certeza? – ele tirou uma arma da cintura, engatilhou e colocou em minha barriga. Pensei em gritar mais não iria adiantar, qualquer movimento e ele atiraria em mim. Simplesmente assenti enquanto ele me conduzia até o carro estacionado do outro lado da rua, ao chegarmos no carro ele me amordaçou com cordas e colocou uma fita adesiva em minha boca.

– Você esta um delicia com esse vestidinho – falou apertando minha coxa nua, um arrepio de nojo tomou meu corpo. – vamos nos divertir muito.

Fechou a porta e começou a dirigir, comecei a projetar minha mente para prestar atenção em algo que pudesse me ajudar caso eu conseguisse pedir ajuda. Para minha sorte ele parou o carro.

– Vou comprar algumas coisas, mas não demoro não saia dai.

Revirei os olhos, isso não foi engraçado, queria poder dizer. E saiu. Quando ele se afastou, forcei-me a levantar do banco tentei uma vez e não consegui, na segunda também não mas na terceira foi diferente, respirei fundo contrai o abdômen e dei impulso. Pude ver pelos vidros fume Michel entrando num beco do outro lado da rua provavelmente para comprar drogas já que o cheiro de maconha era predominante no carro e em suas roupas e a cor vermelha predominante em seus olhos, mais adiante e vi um supermercado “Bom Preço” onde ele foi depois de sair do beco. Não demorou muito e ele voltou, deitei novamente no banco antes que ele me visse, seguimos reto por alguns minutos, passamos por uma lombada e viramos em seguida à direita e logo paramos.

– Vamos lá meu amor infelizmente você não vai poder ver o lindo campo que há ao redor da casa.

Colocou um capuz em mim e me tirou do carro, eu gritava e me debatia esperando que alguém me ouvisse, mas nada.

– Shh fique quieta. – beliscou meu bumbum o que me fez gemer alto. – Doeu? Desculpe sou meio selvagem, tenho visto umas series com muito sadomasoquismo, não sabe as coisas que tenho em mente para fazermos hoje.

Que nojo, pensei, eu poderia morrer mas não iria deixa-lo tocar um dedo em mim, após subir alguns degraus ele abriu a porta que rangeu alto, a fechou, andou um pouco e me jogou na cama tirando meu capuz e a fita de minha boca, vindo em minha direção para me beijar. Gemi mais uma vez indo para trás e mesmo minhas mãos estando amarradas dei-lhe um soco, automaticamente recebi um tapa, cai deitada com um bolo enorme na garganta tentando segurar o choro.

– Me desculpe eu meu anjo, é que... não me tire do serio, está bem? – falou debruçando-se sobre mim beijando meu rosto.

Fiquei deitada ali em estado de choque, chorando, soluçando. Meu rosto ardia, eu nunca havia levado um tapa dessa forma só alguns socos no Karatê ou Muay-Thai, mas nada comparado aquilo. Respirei fundo varias vezes procurando me acalmar, sentei na cama sem querer provocar movimentos bruscos. Aquele lugar era bem assustador, um único cômodo gigante com uma portinha de nada, ali deveria ser o banheiro, um tapete velho no chão, paredes descascadas, teto com mofo e infiltração, duvidava muito que aquele lugar teria um lindo campo em volta. Perto de onde eu estava tinha uma cômoda caindo aos pedaços, à cama antiga rangia a cada movimento meu era de ferro branco, uma janela bem velha pintada de preto. Michel estava de costas num canto perto de uma mesa velha, fumando e pelo cheiro era maconha.

– Desculpe por presenciar essa cena. – falou quando percebeu que eu o encarava. – Quer agua?

Assenti, ele abriu a garrafa e quando chegou do meu lado a colocou em minha boca.

– Desde quando você fuma? – consegui falar.

– Todos temos um passado Nina quando jovem eu entrei nas drogas, meus pais me internaram numa clinica depois tudo ficou bem, mas de uns tempos pra cá eu venho usado todo tipo de drogas possíveis e sabe por quê? Porque eu fui rejeitado.

– Si... sinto muito.

– Não se faça de desentendida. – berrou batendo a mão no colchão. – Porque não pode me amar? Por quê?

– Você é um bom homem – falei tentando acalma-lo tocando em seu rosto. – e é bonito pode ter a mulher que quiser.

Realmente Michel é muito bonito, têm olhos azuis, cabelo meio loiro desgrenhado, um corpo em forma, branco feito neve. Ele riu.

– Você é exatamente igual a sua mãe.

– O que você... conheceu minha mãe? – perguntei confusa, ele assentiu com os olhos vermelhos cheios de lágrimas.

– Vou te contar uma historia, mas antes quero saber se posso confiar em você? – ele olhou para meus pés e mãos amarradas.

– É claro que pode. – falei enquanto ele me desamarrava, com certeza ele estava muito louco, o que o faria acreditar que eu não iria tentar nada depois que ele me desamarrasse? Amor? Talvez. Ao terminar de me desamarrar, bebeu um gole da agua que havia trazido para mim. Eu estava bem perto dele e iria pega-lo no mata leão, toda essa historia de conheci sua mãe aposto que é uma grande mentira só para me distrair.

– Sua mãe era a mulher mais linda que eu havia conhecido a mais doce, gentil e meiga. – quando estava pronta para atacar, ele olhou bem fundo nos meus olhos e algo dentro de mim viu sinceridade neles, desisti do plano por alguns minutos, mas assim que ele terminasse iria sentir o peso do meu braço. – A forma como ela sorria me encantava, a mesma forma que você sorri – ele tocou em meu rosto. – conheci ela dois anos depois de ter saído da clinica, eu estava andando pelas ruas procurando um emprego de qualquer coisa quando a vi. Segui-a até um parque onde tomei coragem e comecei a falar com ela pensei que ela fosse me achar louco quando a chamei para sair logo de cara, mas não, ela aceitou e permitiu que eu mostrasse a cidade a ela. No fim da noite sentamos num banco e admiramos a lua nova no céu, eu estava apaixonado e que loucura eu nem havia perguntado o nome dela, mas mesmo assim disse isso para ela e antes que pudesse responder a beijei. Ela simplesmente sorriu e disse “Você é um bom homem é bonito pode ter a mulher que quiser, infelizmente não podemos ficar juntos meu destino é com outro homem. Sinto muito.” – quando dei por mim estava sentindo uma enorme pena dele. – Me deu um ultimo beijo e quando abri os olhos pronto para me jogar a seus pés e implorar para que ficasse, ela havia sumido enquanto eu fiquei parado ali a noite toda esperando que ela voltasse.


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