Para finalizar o baile, uma valsa leve tocava no fundo enquanto dançávamos, olhei no relógio contagem regressiva para meia noite.

- Cinco, quatro, três, dois, um... Feliz aniversario anjo. – falei em seu ouvido. – Quinze anos é uma idade importante.

Ela sorriu.

- Uma vez você disse que me amava, mas eu não retribui. – outro sorriso. – Eu te amo. – falou timidamente mordendo o lábio.

- Oh meu anjo. – nós sorrimos depois nos beijamos. – Eu também te amo muito.

Continuamos a dançar, a alegria tomava conta de mim de uma forma arrebatadora. Eu nunca fui sentimental ou romântico, mas Nina havia me mudado para melhor, é como diz o ditado; Por trás de um grande homem, existe uma grande mulher e nesse caso uma mulher maior ainda.

- Tem algum lugar que queira ir? – perguntei quando a dança acabou.

- Sim, - uma pausa. – se importa se formos para a sua casa?

- Não, – respondi confuso. – vamos.

Antes de irmos ela falou com Petter que já estávamos indo.

- Cara olha o tanto de gatinhas que tem aqui que eu ainda não peguei. Podem ir depois nos falamos.

No caminho ela ligou para a avó dela dando a desculpa que iria dormir na casa de uma amiga, eu não entendi muito bem porque ela queria ir para a pousada, só entendi quando chegamos lá.

- Nossa! – disse sentando na cama e tirando o pequeno salto. – Meus pés estavam gritando. Obrigada pela noite maravilhosa.

Falou andando em minha direção, antes que eu pudesse responder ela me beijou. Um beijo diferente, ardente com muito desejo. Ela tirou meu paletó jogando-o no chão e começou a desabotoar minha camisa.

- Nina... – falei ainda com os olhos fechados.

- Shhh, não fale nada isso é um ótimo presente de aniversario. Eu quero você, seja meu primeiro.

- Tem certeza? – falei finalmente abrindo os olhos.

- Me tome em seus e me jogue em sua cama. Me faça sua. – sussurrou em meu ouvido, ficando na ponta dos pés e mordeu minha orelha causando deliciosos arrepios em meu corpo.

Mordi seu lábio, juntei seu corpo no meu e virei-a de costas tirei o laço bem feito do seu vestido beijando seu pescoço lentamente e de vez em quando acariciando seus braços suavemente. Quando tirei toda a fita que prendia o vestido em seu corpo, desci a pequena parte do zíper fazendo com que o vestido caísse no chão e voltei-a para mim. Ela estava vermelha mordia o lábio tentando disfarçar o nervosismo.

- Meu corpo nem se compara ao de outras... mulheres que você já ficou mas...

- Realmente não se compara. – ela me olhou confusa. – É o mais lindo que já vi.

Ela sorriu revirando os olhos e voltamos a nos beijar. Ela tirou minha gravata depois terminou de desabotoar a blusa, aos poucos ela ia me despindo e podia sentir que ficava cada vez mais nervosa. Deitei-a lentamente na cama, sua respiração estava descontrolada, no silencio da noite quase pude ouvir seu coração bater descompassado, suas mãos estavam em minhas costas estavam suadas e seu corpo lindo e frágil estava rígido, tenso.

- Está pronta? – sussurrei.

- Si... Sim.

- Fica calma tá. – enterrei meu rosto em seu pescoço beijando ele. – Eu vou devagarzinho.

- Tá... Tá bom. – ela respirou fundo.

E então aconteceu aos poucos ela ia ficando mais à vontade, mais calma. E em algumas horas tudo estava terminado e ela dormia feito anjo em meus braços.

Senti uma forte pontada na cabeça, tão forte que me fez acordar estava tudo turvo, olhei para o lado Nina estava dormindo. Sentei na cama e respirei fundo algumas vezes, minha visão foi clareando aos poucos coloquei a coberta sobre Nina e o simples movimento da cabeça fez com que a pontada voltasse era como varias facas entrando em minha cabeça, caminhei até o banheiro acendi a luz e me olhei no espelho, tudo girava um enjoou muito forte me atingiu, minha visão ficou turva de novo.

- Não Kate agora não! – falei com a voz entrecortada. – Sei que aquele canalha ainda vai tentar atacar Nina, por favor, Kate. Por...favor...

Tudo estava escuro, eu não via mais nada. Estava acabado. Kate não teve forças para me manter ali por mais algum tempo, agora era rezar para que eu pudesse voltar de novo para pelo menos salva-la do acidente com o carro. Não pude me despedir de Nina e sabia que ela iria ficar triste, mas a noite que passamos juntos vai ficar para sempre na mente dela e na minha também. Senti uma pancada muito forte na cabeça e perdi os sentidos de vez.