Vamos Falar De Amor escrita por ed


Capítulo 4
Vamos falar de beijo


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, eu gostei bastante desse cap,espero que gostem também. Leitura boa .



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Acordamos com Zeus lambendo a nós dois. Era cedo, bem cedo. É incrível como ele tinha bagunçado a casa em apenas uma noite. Precisaria limpar aquilo tudo, então pedi para Mariana levar ele para dar uma volta, conhecer a cidade e até se encontrar com outras cadelas.

Varri a casa, reguei as plantas, abri as janelas para deixar o ar circular, fiz uma faxina para arrumar completamente a casa. Quando eles voltaram, cerca de uma hora depois. Estava tudo perfeito. Tomamos café da manhã e depois eu fui brincar com o meu cachorro. Ele me mordia, arranhava e até dava uns fracos latidos. Quando já estava cansado de brincar parece que as forças de Zeus estavam apenas no inicio, e ele ainda teve a ajuda de Mariana para me atacar. Era o fim pra mim.

Meu celular estava ao lado dela quando tocou. Ela atendeu e para a minha surpresa. Era Sophie no telefone.

– Alô ? – Perguntou ela.

– Oi, sou eu. Sophie. Você veio me deixar aqui em casa no outro dia, se lembra ?

Com toda a certeza Mariana na gostou de ouvir aquilo. Ela ficou séria, me entregou o telefone e se preparou para ir embora.

– Alô ? – Perguntou novamente Sophie.

– Ei, claro que eu lembro de você.

Mariana me deu um beijo na bochecha e sussurou ao meu ouvido.

– Eu tenho que ir, até mais tarde.

Quando eu fui dar um beijo na bochecha dela, ela se virou para ir embora. Mariana não esperava que eu a beijasse enquanto estava no telefone, então. Acabou que eu dei um leve beijo nos lábios dela. Claro, ela ficou sem ação, eu fiquei sem ação. Sophie ainda falava ao telefone porém eu nem sequer prestava atenção nela. Mariana se virou e ao fazer isso, pude notar em leve sorriso. E foi embora.

– Podemos nos encontrar ? – Ouvi Sophie disser.

Parece que fui despertado de um transe onde não sabia onde estava e nem com quem falava. Apenas respondi.

– Claro.

– Pode ser na mesma doceria ? As 16:00. Pode ser ?

Agora que eu já estava mais lúcido do que havia acontecido, notei que a voz dela estava triste.

– Tá, hm. Espera, eu escolho o horário. Pode ser as 16:00 ?

Ela riu. E por fim decidimos que seria na hora que eu queria. As 16:00.

Até chegar a hora do encontro eu tinha muitas coisas para fazer...como pensar no leve beijo que aconteceu. É, eu só tinha isso para fazer.

(...)

Agora eu pensava mais do que nunca em Bernardo. Quando eu cheguei em casa, meus pais estavam me esperando em frente há porta.

– Dormiu fora minha princesa ? – Meu pai usava uma calça e uma camiseta da Marinha. Com seu tradicional corte Militar.

Ele deu um beijo em minha testa, como sempre fazia.

– Olá querida. – Minha mãe usava um vestido de cetim e havia deixado seus cabelos loiros soltos ao vento.

– O que estão fazendo aqui ? – Perguntei num tom de curiosidade.

– Essa é toda a saudade que estava de nós ? – Falou papai rindo.

– Precisamos conversar com você. Vamos almoçar fora, você vem junto ? – Perguntou mamãe.

– Claro que vou né. – Afirmei

No restaurante, eu estava super curiosa com o que precisávamos ir até um restaurante para conversar. Então perguntei de uma vez.

– O que precisamos conversar ? – Perguntei ansiosa.

– Parece que tem alguém um pouco curiosa não é mesmo Angeline ? – Falou meu pai olhando ela.

Minha mãe era descendente de Francesa e meu pai, ele era norte americano. Mas veio morar no Brasil muito cedo por isso, é como se fosse um legitimo Brasileiro.

– Assim você vai deixar ela ainda mais curiosa,vamos, conte logo há ela Richard. – Disse minha mãe com um sotaque Frances.

Houve uma breve pausa, em seguida meu pai falou.

(...)

Acabei encontrando com Sophie no caminho para a doceria. Esperei que ela me adiantasse algo sobre o que conversaríamos,mas não. Chegando lá, estava vazia, normal. Sophie já foi logo dizendo.

– Eu precisava conversar com alguém. Não conheço ninguém aqui a não ser minha prima. E não quero preocupar ela.

– Assim você está me preocupando, o que aconteceu ? – Falei num tom preocupado.

Ela segurou firme o anel do colar dela e começou.

– Eu...eu tenho problema de visão. – Falou ela numa voz triste

– Que tipo de problema ?

Sophie falava, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto

– Hoje eu fui pegar o resultado do exame que eu já havia feito. Ceratocone. Já ouviu falar ? Então,é isso que eu tenho. Aos poucos a ceratocone vai diminuindo a minha visão, até chegar o dia que ficarei cega. Claro, existem tratamentos. Porém, a minha está avançada demais para tratamentos, o único jeito seria um transplante de córnea.

Não dava para acreditar nisso, qualquer pessoa que olhasse ela não veria problema algum nela. Eu não sabia o que fazer, muito menos o que falar. Apenas abracei ela e sussurei.

– Estarei com você..

(...)

Quando cheguei, parecia que Zeus estava a minha espera. Tomei banho e troquei de roupa e fui passear com ele. Zeus caminhava alegremente na rua enquanto eu viajava em pensamentos. Acabei que liguei para Mariana,não sei bem o porquê. Só liguei.

– Ei. – Disse eu .

– Já ia ligar para você, tenho que te contar algo. Vou passar na sua casa,ta ? –Disse ela no seu tom de voz habitual.

– Ah, hm. Na verdade, eu já estou há caminho da sua casa. – Eu falei rindo.

– Nossa, estou surpresa. Você vir na minha casa não é algo muito comum. A que devo essa honra de sua visita ?

– Zeus está com saudade. Só isso. – Menti para ela. Na verdade, eu queria ver ela.

Quando cheguei lá, ela já esperava a gente. Soltei o meu cão e ele foi brincar com a Tsuki de Mariana. Deixando nós dois a sós para conversarmos.

Fiquei sentado no chão encostado na cama dela. E ela, estava deitada na sua cama.

– Hoje eu almocei com meus pais... – Começou ela.

– Meu pai foi transferido para morar em Santa Catarina, eu vou ter que ir junto com eles. – Disse ela numa voz calma e baixa.

Tentei parecer feliz com aquela noticia.

– Que ótimo. Fiquei sabendo que lá tem uma das melhores faculdades de psicologia. – Fingi um sorriso .

Mariana iria morar em Santa Catarina. Agora...agora que eu sentia que o meu amor por ela não era simplesmente amizade.

Eu não estava entendendo, parece que ela estava muito bem com aquela noticia. Não parecia triste, ou pelo menos não demonstrava tristeza. De fato, isso seria bom pra ela, não havia motivos para ela estar triste.

Ficou um bom tempo sem nenhum de nós falar nada. Eu escutava um leve barulho que me lembrava soluços, porém pensava que era coisa da minha cabeça ou os cães brincando.

Ela desceu da cama e ficou de joelhos na minha frente. Agora eu entendia da onde vinha os soluços. Mariana chorava, as lágrimas não paravam de cair dos olhos dela.

– Talvez...talvez, eu possa convencer eles a me deixarem ficar. Se eu falar pra eles...se eu falar que eu preciso ficar perto de você e que não quero ter que te deixar sozinho aqui. Talvez eles... – Disse ela soluçando.

Mariana enxugou as lágrimas, com o rosto vermelho de tanto chorar. Ela colocou a mão nos meus cabelos. Eu precisava falar há ela o que estava sentindo por ela.

Acabei não dizendo nada do que queria dizer, era tanta coisa, fiz apenas uma coisa. E esperava que passasse pra ela tudo o que eu queria que passasse.

Nossos olhares se cruzaram, nos aproximamos aos poucos até que nossos lábios se encontraram, parecia que meu corpo não me obedecesse mais. Era um desejo forte que havia me pegado...o amor. Não podia conter a alegria de beijar a garota que me fez conhecer o sentido de amar.



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Notas finais do capítulo

Gostaram ? E do beijo,acha que vai mudar algo na relação deles ? Até o próximo cap pessoal.



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