Vamos Falar De Amor escrita por ed


Capítulo 3
Vamos falar de Zeus


Notas iniciais do capítulo

Apesar do nome, não, eu não to colocando deuses no meio da história. Irão ver o motivo quando lerem.
Ah é, quando eu colocar as aspas em negrito,quer dizer que estou falando de uma coisa que já aconteceu, do passado.



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Zeus é o deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.


Eu ainda tinha na cabeça tudo, como se tivesse acabado de acontecer.



‘’ Mariana havia me abraçado forte, como costumava fazer. As únicas coisas que consegui dizer foram .


– Eu senti a sua falta, me afastar de você...pensei que isso fosse o certo e que faria você sorrir.

– Ber...não se desculpe, eu que mandei você embora no dia da festa, e também que não atendeu as suas ligações e nem respondeu nenhuma sms. Tive que me afastar de você para ter certeza do que eu já sabia.

– Que você já sabia ? E o que era ? – Disse eu em tom de duvida.

Parecia que Mariana estava escolhendo as palavras certas, para tentar resumir tudo o que ela queria dizer. E ela conseguiu.

– Seu sorriso é o que me faz feliz – Ela disse na voz doce e meiga,tradicional dela.

Eu não pude deixar de sorrir ao ouvir aquilo, e ficar feliz pelo simples fato dela estar lá comigo. Novamente abracei ela, imaginando se o que ela sentia quando me abraçava,era o mesmo que eu sentia ao abraçar ela. ‘’

Os cachorros. Eles sim são uma raça incrível, amam, protegem, brincam e estão sempre ao seu lado. Mesmo quando o dono o maltrata, ele sempre vai estar lá para o dono mesmo quando o dono não estaria lá por ele. Animais fiéis, que eu realmente inveja por amarem com tanta facilidade , amarem até mesmo uma pessoa que pode feri-lo a qualquer momento.

Mariana tinha decidido que eu iria ter um cão. É, realmente não foi eu quem decidiu isso, foi ela. Porém, eu havia gostado da ideia.

Quando nos encontramos, ela tinha amarrado os cabelos loiros dela em um rabo de cavalo. Estava linda. Isso me era estranho, pois de uns tempos pra cá, eu me pegava elogiando cada vez mais a beleza, o jeito dela.

Já havíamos caminhado quase todo o caminho até o canil, que ficava em uma fazenda praticamente escondida no Cassino. Eu tinha uma conversa divertida com Mariana, até ela ficar em silêncio quando nos aproximávamos da fazenda. Depois de um tempo sem ela falar nada, eu decidi falar.

– Mari, tá tudo bem? – Perguntei gentilmente pra ela.

– Ah...sabe o que é, tem uma coisa que vem me incomodando um pouco. – Ela falava de uma maneira calma.

O tom de voz dela me deixou preocupado com o que viria a seguir.

– E o que seria? – Eu falei meio ansioso.

– Sabe, quando você diz que não experimenta do sentimento do amor...você não tem esse sentimento nem mesmo por mim? Disse ela com o mesmo tom de voz, calmo, doce.

Não precisava pensar para responder aquilo, pois eu já tinha minha resposta. Só precisava de um tempo para formular minhas palavras, qualquer coisa que eu dissesse de uma maneira errada, poderia acabar machucando ou até mesmo brigando com ela,novamente. E não queria isso.

– Meu medo sempre foi um dia, ficar longe de você. Eu quero tanto te fazer sorrir... – O telefone de Bernardo toca, impedindo ele de continuar a frase.

(...)

Bernardo não tinha terminado de completar sua frase, mas para Mariana já era o suficiente. Ela sabia o que ele diria em seguida, se não fosse interrompido pelo toque do celular. Aquilo há ela bastava. – Ele quer me fazer sorrir, para ele sorrir também. – Pensava Mariana sorridente.

(...)

Mariana estava tão concentrada em seus pensamentos que nem notou Bernardo no telefone. Quando ele desligou o telefone, não falou nada sobre a ligação, deixando Mariana curiosa.

– Então, no tempo que nós ficamos brigados,você continuou a usar o anel que eu te dei? – Bernardo perguntava isso com uma certa duvida na voz.

– Mas é claro que sim, seu bobo. Mesmo que não estivesse lá, com esse anel...eu sentia que você estava comigo em todos os momentos.

Era uma senhora de mais ou menos 53 anos que administrava o canil. Ela nos guiou até onde estavam os cães. Os cães eram lindos, realmente lindos. Havia a mãe da ninhada, que estava deitada de forma que todos os seus filhotes pudessem se alimentar e claro, havia também os filhotes.

Mariana estava abaixada brincando com um dos cães que tinha ali, ele era um macho menor do que todos os outros que tinham lá. Mordia e brincava com Mariana ele,enquanto a senhora dona do canil explicava sobre eles.

– Pastor Canadense são extremamente amigos, são dedicados a todos os membros da casa. Podem também fazer a guarda da casa de uma forma tranquila, sem exagerar na agressividade. Ele pode até mesmo viver em um apartamento pequeno, porém é preciso que caminhe com ele no mínimo duas vezes por dia. – Dizia ela

Eu olhava toda a ninhada tentando escolher qual deles iria querer, mas acho que já sabia qual ia escolher. O cão que se dava bem e brincava com ela, é o cão que eu escolheria.

Me ajoelhei do lado dela e começamos a brincar juntos com ele. Ele era todo pequenino, branco como a neve, me lembrava um lobinho, ainda mais com aquelas orelhas em pé.

– Nós vamos ficar com ele – Disse eu

– Bom, ele vocês podem levar agora. Apesar do seu tamanho ser inferior aos outros,ele foi o primeiro a nascer.

– E quanto custa? – Perguntou Mariana.

– Custa R$2.000,tudo bem ?

– Ótimo. – Respondi a ela.

Já estávamos de saída quando a senhora voltou a nos chamar.

– O importante é que seja um dono carinhoso para ele, pois ele é muito parceiro de seu dono e precisa de carinho. Ele vai cuidar de você, assim como você também vai precisar cuidar dele.

Olhei para o cão novamente antes de responder e tive que aguentar um ataque de lambidas dele. Esfreguei a cabeça dele e disse.

– Eu vou cuidar muito bem dele, ele agora faz parte da minha vida por isso, é como se ele fosse a minha vida também. – Respondi há ela, enquanto olhava o cão.

(...)

Já estávamos chegando na minha casa quando começou a chover, ventar, trovejar . Era uma tempestade de fato e parece que o cão tinha medo dela, bom sempre que trovejava e se vi ao clarão pela janela ele latia de volta, como se respondesse ao trovão.

– Ele ainda não tem um nome. Como vai chamá-lo? – Perguntou Mariana com uma voz cansada.

– Vou chamar ele de Zeus.

– Como o Deus Grego? Eu gosto. – Disse Mariana.

Zeus dormia no colo de Mariana, que estava sentada no sofá. Eu estava sentado do lado dela, ela colocou sua cabeça no meu ombro e dormiu. Estava uma tempestade lá fora, não tinha como ela ir embora daquele jeito, não me importava se ela dormisse lá. Eu gostava disso. Aos poucos eu encostava apoiava minha cabeça na dela, até por fim acabar pegando no sono também.

Meu celular vibrava no meu bolso enquanto nós dormíamos. Chequei o número que era...Sophie me ligava. Se fosse qualquer outra hora, eu tenho certeza que atenderia. Mas, se fosse em outra hora. Agora eu estava com ela, não queria atender nenhuma ligação, não queria fazer nada. Apenas ficar ali com ela.

Desliguei meu celular ignorando a chamada


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Notas finais do capítulo

Bom,espero que gostem. Comentem,favoritem para me animar a escrever mais. Até o próximo pessoal .



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