Anna vagara pela floresta já tinha uns 20 minutos, por dentro ela se arrependia de ter feito aquela estúpida aposta.
 “Anna, você é muito inteligente. Quem aposta que consegue ficar 50 minutos sozinha numa floresta, com um festa no acampamento rolando” – Disse para si mesma, enquanto estava sentada em cima de uma pedra, quando escuta o barulho, uma espécie de graveto sendo quebrado
  “Deus! O que foi isso?” Pensou. Ela olhara para o relógio e ainda faltavam 30 minutos
  De repente ela escutou algo correndo entre folhas, e não apenas o barulho de um, mas de vários gravetos quebrando. Olhou para os lados, estava sozinha. Tentou gritar, mas estava um pouco longe da festa e provavelmente ninguém a escutaria. E o barulho aumentava cada vez mais.
  Tentou correr, mas nem a própria sabia para onde estava indo. E, independente do lado que ela corria o barulho não a deixava. Quando de repente parou e olhou pros lados, não sabia onde estava, estava perdida.
   O barulho parou.
- Quem está ai? – Perguntou sem obter respostas – Já se divertiu o suficiente? Não tem mais graç...- Não conseguiu terminar a frase pois sentiu um ar quente em sua nunca. Era o seu fim.
******
   - I can’t get no satisfaction/ And I try… And I try…/ I can’t get no satisfaction.. – Dean cantoralava no carro recebendo olhares de seu irmão – O que?
   - I can’t get no satisfaction? Sério? – Respondeu Sam para seu irmão – Quantos anos têm essa musica mesmo? – Apesar de conviver anos com seu irmão, ainda não conseguia compreender seu gosto musical
   - Isso é clássico, Sammy, clássico – Respondeu com um sorriso maroto em seu rosto – Problema?
  - Nenhum – Respondeu voltando para o jornal, quando se deparou com uma reportagem um tanto interessante – Dean – chamou
 - ...and that girl comes up and tells me
- Dean – Gritou e desligou o rádio, recebendo um olhar de desaprovação do irmão – Presta atenção : ‘’ Jovem desaparecida’’
- Sim...
- Aqui diz que segundo testemunhas, ela havia apostado com alguns amigos que conseguiam ficar na floresta sozinha por uns 50 minutos, e nunca mais voltou.
- Acha que é um dos nossos? – Perguntou
- Podemos checar pelo menos. – Respondeu e Dean aumentara o volume do rádio, bom e ele, voltou a terminar de ler o jornal
***
  Fizeram o check in no hotel e, como sempre, não era grandes coisas, mas era um pouco melhor do que os últimos lugares que haviam ficados.
  Enquanto Dean guardava as coisas, Sam foi dar uma volta pelo lugar, queria saber se alguém sabia o que sabiam. Foi na recepção tentar falar com alguém, adquirir informações. E deu a sorte de Sandra-uma das recepcionistas, aparentava ser  nova, uns 19 anos - estar vendo e comentando para si mesma sobre o assassinato, e de certa forma parecia estar triste. “Deve conhecer a vitima” Concluiu.
  - Boa tarde – Aproximou-se de uma forma amigável
 - Aah! Sim, o que deseja? – Respondeu secando os olhos, mas nariz avermelhado a entregava, tinha acabado de chorar.
- Está tudo bem? – Perguntando mesmo sabendo a resposta óbvia, mas precisa de uma deixa para conversar
- Sim...
- É sobre o sumiço? Estou certo? – Perguntou gentilmente a moça apenas balançou a cabeça positivamente – Conhecia a vitima?
- É a minha melhor amiga, ou era. – Respondeu
- Você estava naquela noite?
- Sim – Respondeu encarando o moreno alto na sua frente – Era uma festa de acampamento normal, não fazíamos nada demais, bebidas, fogueira; Até que... Esquece – Deu uma pausa e respirou fundo – O que o senhor deseja?
- Olha, pode parecer estranho. Eu sei, mas eu posso te ajudar – Sandra o olhara com cara de espanto – Mas preciso que me conte tudo o que sabe
- Me ajudar como?
- Apenas confie em mim, ok? – Sandra confirmou com a cabeça, estava um pouco desconfiada, mas não tinha a perder mesmo.
- Como eu disse, estávamos na festa, até que começamos a contar historias, e eu disse que tinha uma lenda sobre uma criatura que estava na floresta, e os caçadores contaram que ela vive a muito tempo lá, mas nunca chegou a cidade. – Fez uma pausa em sua fala e prosseguiu – Então eu contei que os caçadores falaram que ela comia gente, era canibal, mas havia tanto tempo que ninguém ia ali que acabaram acostumando-se com os pequenos animais que ali habitavam. Anna achou que tudo era mentira e eu a desafiei a ficar 50 minutos sozinha, nunca imaginei que na... nada podia acontecer com ela – Começou a chorar ali na frente mesmo, sentia-se tão culpada. Se não tivesse feito a aposta, nada disso teria acontecido. – Você pode ajudar?
- Prometo. – Sam respondeu dando um abraço na menina e saiu, voltando para o seu quarto.
  Dean estava sentado, procurando algo para ver na TV. Saltou da cama quando viu o seu  irmão. Sam contara tudo para ele sobre o que acabara de descobrir...
***
   - Está pronto? – Dean perguntou ajeitando as armas no carro e recebendo uma afirmação positiva de seu irmão – Me lembre, por que temos que ir de noite mesmo?
 - Por que quando se trata de criaturas deve porte, é quase certo de que é a noite que elas caçam...- respondeu colocando a arma na cintura – Fazemos isso há tanto tempo, porque a pergunta?
 - Não sei, porque não sabemos o que é – Respondeu revirando os olhos
***
  Os irmãos adentraram pela cena do crime, atravessaram as fitas amarelas que cercavam o acampamento. Realmente, a festa parecia ter sido bem agitada: cervejas por todo o lado encontraram até algumas roupas jogadas...
 - Que festão! – Dean comentou tocando numa das peças de roupa que tinha no chão
- Que acabou com uma pessoa morta – Respondeu rapidamente – Vamos dar uma volta pela região, ver se achamos algo.
  Os dois irmãos adentraram no meio da floresta, não escutavam nada, apenas os grilos e o vôo de alguns pássaros, mas nada que aparentasse ser sobrenatural.
  De repente um barulho, algo vindo pela direção oeste. Os irmãos rapidamente olharam assustados e sem mais delongas puxaram a arma de suas cinturas e apontaram para a direção do barulho. Quando escutaram uma voz, aparentemente humana vinda naquela direção e escutaram algo do tipo “odeio florestas, bichos. Arg! Porque aceitei?”
 - Tem mais alguém aqui – Disse Dean
- Acho que é ser humano?
- A não ser que o monstro seja uma mulher e saiba falar. Pode ser – Respondeu irônico
 O barulho de caminhadas ficava cada vez mais forte, os irmãos prepararam-se para atirar e depois perguntar, mas abaixaram ao saber quem era...
- O que você está fazendo aqui? – Dean perguntou encarando a mulher a sua frente
- Oh Deus! Isso é perseguição? – Jeniffer perguntou encarando os dois
- Como ficou sabendo que estamos aqui? – Agora foi a vez de Sam fazer as perguntas
- Quero saber o mesmo – Respondeu – Um amigo me disse informou de um caso aqui e vim checar
- Você tem amigos? – Dean fez uma cara de surpreso e seguiu de um sorriso maroto
- Mais que você – Respondeu
    Quando de repente, como um raio, uma criatura começou a se aproximar. Os três entraram em estado de alerta. Cada um apontou a arma para um lado, esperando não serem surpreendidos.
 E com um único salto a criatura surgiu e encarou Sam, que atirou e a criatura se assustou e saiu rapidamente. Os três atiraram para todos os lados, podiam sentir as costas um dos outros se tocando. Mas algo saiu errado. A criatura reapareceu, dessa vez para Dean que conseguiu acertar um tiro, mas não sendo suficiente para matar.
   Assustada, ferida e com uma velocidade impressionante, a criatura correu ferida, atingindo a caçadora, que caiu desacordada batendo com sua cabeça numa pedra, ao chão.