Alguns minutos, na realidade, algumas horas depois o médico entra no quarto para ver como está sua paciente. Chegando lá se depara com Elliot sentado na cadeira ao lado do leito dormindo segurando a mão não machucada de sua “parceira”.

Ele se aproxima e vai acordá-lo.

–Senhor? Senhor!? – Então ele acorda num susto.

–Uh... – Levanta-se rápido, dizendo. – Me desculpe!

–O senhor é? – Pergunta o médico, que não é mais o Dr. Williams.

–Sou o Detetive Elliot Stabler. Parceiro dela. Quem é você? Onde está o doutor Williams?

–Sou o Dr. Peter Morrison. Você, não soube?

–Não, o que houve?

–Doutor Williams foi atacado em sua casa e colocaram fogo no seu quarto. Infelizmente ele não resistiu. – Ao ouvir isso Elliot congela. Como tal homem descobrira quem era o médico? Como ele poderia saber em qual hospital suas vítimas estavam?

–Quando... Como isso aconteceu? – Pergunta Elliot, ainda atônito com a notícia.

–Há mais ou menos dois dias. Foi uma grande perda para esse hospital. Bem, se me dá licença, preciso levá-la para alguns exames.

–Sim, sim, com certeza! – Diz ele. – Posso me despedir?

–Claro, como não?! Eu vou chamar as enfermeiras para me ajudarem. – Então, assim que o doutor sai Elliot, ao perceber que eles falaram alto sobre a morte do Dr. Williams aproxima-se dela e diz:

–Eu sinto muito, Liv! Se eu soubesse... Tenho que ir agora. – Então fita-lhe um beijo na testa e sai do quarto.

A primeira coisa que faz ao deixar o local é ligar para Cragen e avisar a respeito do assassinato do médico.

–Como assim esse cara matou o Dr. Williams?

–Segundo o Dr. Morrison, ele foi atacado em casa há dois dias e incendiaram seu quarto. Quando os bombeiros chegaram já era tarde demais.

–Vocês já falaram com a garota?

–Ainda não sei se ela acordou, eu subi para ver a Liv. Vou descer agora para falar com o Fin.

–Como ela está?

–Na mesma...

–Assim que vocês terminarem venham direto para a delegacia. Munch tem algo para te mostrar. We have a hint! Ah, e traga o Dr. Morrison com vocês.

–Sim, senhor. Bye!

Ao terminar a conversa com o Capitão, ele desce para encontrar Casey e Fin.

Eles ao verem Elliot chegando, vão até ele e perguntam:

–Por que demorou tanto? – Diz Casey.

–Eu demorei?

–Tá brincando, Elliot. Você ficou lá por duas horas! – Diz Fin.

–Eu... não percebi. Casey posso dar uma palavrinha com você?

–Sim. – Então eles se afastam um pouco. – O que houve?

–Você soube que o Dr. Williams foi morto?

–Como? – Casey não acredita no que acabara de ouvir. – Eu... havia percebido que ele já não aparece há alguns dias, mas ninguém me disse que ele foi morto. Como isso aconteceu?

–Gets worse. Foi pelo mesmo cara que incendiou o apartamento da Olivia.

–Então ele sabe que ela está aqui. – Diz Casey. – Sabe que eu estou aqui... Oh my God!

–Receio que sim. Fin, vamos falar com Janice e depois ir para a delegacia. O Capitão disse para levar o Dr. Morrison conosco.

–Okay, vamos logo. – Então os dois saem andando deixando Casey atônita falando sozinha. Elliot volta até ela e diz:

–Não se preocupe, não vou deixá-lo machucar mais ninguém. – Dá-lhe um tapinha no ombro e vai para o quarto de Janice.

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Ao olharem pelo vidro a moça encontra-se com a amiga que a encontrou. Ela parece estar ainda um pouco confusa. Elliot bate à porta.

–Hey, Janice... podemos conversar? – A moça olha para a amiga com um olhar de dúvida, mas ainda assim assente e então eles se aproximam da cama. – I'm Detective Stabler. This is my partner, Detective Tutuola.

–Olá. – Diz ela ainda um pouco hesitante.

–Janice, eu sei que isso pode ser um pouco chato, mas precisamos saber exatamente o que aconteceu. O que você viu? – A menina mostra-se bastante cooperativa, mesmo depois de passar por tantas desventuras.

–Eu não me lembro plenamente. Só vejo em minha cabeça a imagem de um homem de máscara entrando em meu quarto. Ele me deu uma cacetada na cabeça e eu caí. Então senti ele levantar minha saia e... – Então ela pára. É claro, como qualquer outra vítima nessa situação, sente-se mal, culpada por tudo o que aconteceu. Notando isso, Fin fala:

–It's alright, Janice. It was not your fault. – Ele procura ser o mais amigável possível.

–Ele então, começou a me est-. – A moça dá uma breve respirada e continua. – Começou a me estuprar. Eu podia sentir tudo. Foi horrível... – Diz começando a chorar, envergonhada, procurando esconder o rosto entre as mãos. A amiga a abraça, tentando de alguma maneira consolá-la. Ela fica ali por alguns instantes e todos permanecem em silêncio. Ela seca as lágrimas e continua. – Quando... terminou ele disse que foi ótimo, mas que eu não ia poder viver pra contar a história, e então eu senti ele enfiar uma seringa em mim. Eu não conseguia me mover e... aos poucos tudo foi ficando escuro. Então eu acordei aqui e a Dana me contou tudo. – Diz ela, referindo-se à amiga.

–Vocês já o pegaram? – Pergunta a moça ao lado. A pergunta mais difícil de se responder. Elliot não poderia simplesmente dizer que não e que o criminoso sabia onde ela estava hospitalizada. Fin, notando a situação desagradável logo responde:

–Estamos fazendo o possível. Garanto que ele estará atrás das grades logo. – A pobre moça só olha para um infinito qualquer e balança a cabeça afirmativamente. – Agora... eu e o Detetive Stabler temos que ir.

Os dois então saem do quarto e vão para o quarto de Olivia, despedir-se dela e de Casey antes de ir. Ao chegarem lá, deparam-se com uma situação um tanto inesperada e muito surpreendedora.