Olivia já estava no hospital por mais de uma semana agora. Por todo esse tempo, estava em um coma profundo, embora os médicos já não achassem que estivesse em risco de vida mais.

Como Casey estava de férias, prontificou-se a ficar do lado da amiga machucada sempre que possível e necessário. Assim, Alex fora designada para ser a nova promotora da unidade, consequentemente sendo encarregada de processar o homem que praticamente deu fim à vida de Olivia. Porém, este homem estava longe de ser visto.

Elliot, assim como todo o resto do esquadrão, procurava por ele, incessantemente. Sua identidade ainda era incerta, mas tinham esperança de que logo o pegariam.

Era uma quarta-feira. Um dia chuvoso, frio e monótono. Era quase meio-dia quando Elliot decide fazer uma pausa e ir visitar Olivia no hospital, como tinha o costume de ir todos os dias por volta dessa mesma hora. Porém, sua intenção é interrompida quando seu capitão chega dizendo:

–Elliot, Fin! Nosso criminoso atacou novamente.

–Quem é a vítima? – Perguntou Fin.

–Seu nome é Janice Dillard, – Começa o capitão. – 19 anos, estudante de arquitetura na NYU. Seu quarto no campus foi incendiado. Sua colega de quarto viu um homem mascarado correndo do local. Quando abriu a porta, o quarto começava a pegar fogo e encontrou Janice desacordada no chão, seminua.

–Ela já foi encaminhada para o hospital? – Pergunta Fin.

–Sim, ela está no Mercy. Vocês dois vão até lá e eu vou para a NYU com Munch.

–Okay! – Consente Elliot. – Peça para que coloquem viaturas ao redor do campus para não deixarei que o suspeito escape.

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–Mercy Hospital–

Uma vez no hospital, os dois detetives caminham até o quarto de sua nova vítima, apenas para encontrarem-na ainda inconsciente. Os médicos disseram que Janice Dillard foi estuprada e que estava sob efeito de medicamentos, assim permaneceria inconsciente por algum tempo ainda.

Fin olhou para o homem ao seu lado, e eoncontra Elliot mais aflito que o normal.

–What's up, man? – pergunta ele, preocupado.

–É, nada... Só estou pensando... – Responde, sem direcionar o olhar ao companheiro.

–Pare de se culpar cara. Nada que aconteceu é sua culpa.

–Mas isto é minha culpa. Era suposto ter acompanhado-a até seu apartamento. Eu sou seu parceiro, for God's sake! Eu tenho o dever de protegê-la, e falhei. Se... se apenas tivesse sido um pouco mais cauteloso naquela noite, nada disso estaria acontecendo. Olivia não estaria em tanta dor como está agora e essa jovem garota não teria sido atacada, tampouco.

–E você acha que Olivia te culpa por isso? Sério Elliot? Eu, você, nós a conhecemos tão bem a ponto de saber que a última pessoa que ela culparia é você. Além do mais, essa tragédia poderia ter acontecido com qualquer um, inclusive você.

–Eu não posso deixá-lo machucar mais ninguém, me entende? – Diz ele, fitando Fin com um olhar entristecido. – I've made a promise! Eu prometi a Liv que pegaria esse desgraçado por todas as vítimas, inclusive ela! E eu vou cumprir essa promessa, não importa o como.

Os dois permaneceram em um silêncio constrangedor após isso. Casey, quem estava no hospital ao lado de sua amiga, estava descendo para ir à lanchonete do hospital e, então, ao descer, encontra os dois homens.

–O que vocês fazem aqui? – Perguntou ela.

–Boa tarde pra você também, doutora. – Diz Fin, brincando.

–Você não deveria estar com Olivia, Casey? – Diz Elliot, sério.

–Vim pegar mais café. Ainda não responderam minha pergunta. Se fosse para ver Olivia já teriam ido, mas estão aqui parados engordando. O que vieram fazer aqui? – Todos ficam em silêncio se entreolhando por alguns segundos. – O que está havendo?

–Nosso criminoso fez outra vítima. – Diz Elliot, friamente. Ao ouvir isso Casey engole a seco e pergunta hesitante:

–Quem?

–Uma estudante de 19 anos. – Completa Fin. Casey permanece em silêncio. – Não mencione nada perto da Liv, Casey. Ela não precisa saber.

Olivia poderia estar em coma, mas isso não a impedia de escutar tudo que acontecia ao seu redor.

Casey assente e não diz mais nada. Sua amiga realmente não precisava saber disso, já estava enfrentando problemas demais e conhecendo-a muito bem, sabia que mesmo inconsciente ela estaria preocupada com a outra menina o invés de si mesma.

–Você se importaria de me dar alguns minutos a sós com Liv, Casey? – pergunta Elliot.

–Não, imagina, Ell. Sem problemas. Nós estaremos aqui, se você precisar de qualquer coisa.

Elliot dirige-se até o quarto onde sua parceira deitava inconsciente. Toma algumas respirações profundas antes de entrar no quarto de hospital.

E, vê-la naquele estado tão debilitado literalmente quebrava seu coração. Mais uma vez, a culpa subiu à sua cabeça, pensando que se ele fosse um melhor parceiro, Olivia não estaria lutando por sua vida.

Sentou-se ao seu lado e olhou para ele. A cada queimadura que via por seu corpo, escondida, ou não, por uma bandagem, mais ele se roia. Deus, tudo que queria era livrá-la de tanta dor!

Pega sua mão de leve, uma mão que não estava completamente destruída pelo fogo. Sem que percebesse, uma lágrima corre por seu rosto.

–I'm so sorry, Liv. I'm so sorry! – Logo começa a chorar histericamente e, cada lágrima escorrendo por seu corpo até chegar à mão de Olivia.