O Dr. Morrison está com algumas enfermeiras em volta da cama de Olivia. Quando Elliot vê o desfibrilador nas mãos de um dos médicos ele logo pensa no pior. Mas Casey vai acalmá-lo:

–Elliot...

–O que está havendo, Casey? Ela está bem? – Pergunta ele, preocupado.

–Sim, está tudo bem... Ela teve uma parada respiratória, pois um dos enfermeiros sem querer esbarrou em um dos aparelhos. O doutor veio por que quando eles terminaram ela abriu os olhos, mas só por alguns segundos. Tentei falar com ela, mas nada aconteceu.

–Será que não tem nada que possamos fazer pra que ela acorde? – Diz Fin, aproximando-se.

Elliot vai até o médico e pergunta-o se não há algo que ele pudesse fazer para acordá-la. Mas como ele já sabia, o doutor lhe diz que tudo que podem fazer é esperar. Porém, ele já não aguenta mais ver sua parceira naquela cama de hospital.

Depois que os médicos saem ele pede a Casey e Fin um tempo a sós com Olivia. Ele anda pelo quarto nervoso de um lado para o outro. Ele então senta-se na beira da cama da Olivia e pega sua mão.

–Liv, eu sinto sua falta. – Diz ele e sorri, angustiado – Eu vou pegar quem fez isso com você, custe o que custar.
Elliot levanta e prepara-se para sair do quarto, mas então para e aproxima-se mais dela.

–A delegacia precisa de você. Nós não somos nada sem você. – Sussurra ele em seu ouvido. Ele então lhe dá um beijo na testa e caminha para a porta, mas antes que possa sair do quarto houve uma voz rouca por trás de si.

–Onde eu estou? – Pergunta a mulher, abrindo lentamente os olhos.

–Liv!!! Você acordou! – Diz Elliot aproximando-se novamente dela. Um sorriso radiante se abre no rosto dele. Ele a olha estonteado, esperando para ver o que ela vai falar, mas suas esperanças não são correspondidas, então ele diz:

–Nossa, Liv, eu... Eu nem acredito! Eu preciso ligar para o Capitão, todos vão ficar muito felizes em saber que você acordou.

–Todo mundo quem? – Essa pergunta começa a deixá-lo confuso.

–Como assim, todo mundo quem? – Pergunta ele, ficando sério e preocupado.

–E quem é você? – Não, não, não! Essa pergunta não!

–Liv? O que você... – Elliot fica sem palavras. Olivia está sem memória?!

–Só... Espere aqui. – Ele sai do quarto rapidamente e vai chamar o médico, deixando a mulher mais confusa do que já estava.

–Doutor, a Olivia acordou. – Diz ele, ofegante.

–Acordou? Que ótima notícia. Eu vou até lá ver como ela está.

–Doutor, espere. Eu... acho que ela perdeu a memória. – O médico o olha não muito surpreso. – No breve momento em que ela acordou, eu conversei com ela e ela não se lembra de mim ou de ninguém da delegacia. – Ele está aflito, teme que sua parceira esqueça-se de... Tudo o que passaram durante os 10 anos de parceria. – O que pode ter causado isso?

–Isso pode ser porque a pancada atingira a região responsável pela memória. Nós precisamos saber até que ponto esse fator a pode ter afetado.

–Okay... Eu vou falar com o meu pessoal sobre a Olivia. – Diz Elliot, afastando-se. O médico entra no quarto e dirige-se a ela.

–Doutor, porque estou aqui? – Pergunta Olivia, confusa. – O que aconteceu comigo? – Ela mostra-se bastante aflita, afinal, Elliot meio que a deixou falando sozinha.

–Do que você lembra? – Pergunta o médico.

–Eu não faço ideia de como posso ter parado aqui. – Diz ela, descontente com a situação.

–Você não se lembra de estar na sua casa até que aconteceu o incêndio? – “Incêndio?”, pensa ela.

–Não. – Responde.

–Então, vasculhe a sua mente e me diga: Qual é a última coisa que você lembra de ter feito?

–Eu não... – Ela balança a cabeça negativamente e diz. – Não consigo lembrar de nada. Eu não consigo nem lembrar o meu próprio nome. – Ela começa a se desesperar. A sensação de total branco na mente deve ser arrebatadora.

–Preciso verificar essa perda sua de memória. – Diz ele, checando sua pressão e dilatação da pupila. – Mas acredito que não seja permanente. – Ele termina e vai deixando o quarto, mas ela o chama:

–Doutor? – Ele vira de volta.

–Sim.

–Aquele homem que estava aqui, quem ele é? – Ela não se lembra de Elliot.

–O nome dele é Elliot. – Diz o doutor.

–Ele é meu namorado ou algo do tipo?

–Disso eu já não sei. Eu só sei que ele sempre veio te visitar e ficou muito abalado quando você entrou em coma. – Diz o doutor virando-se novamente.

–Eu estou... Completamente perdida. – Diz ela, jogando a cabeça no travesseiro e fechando os olhos, desapontada com si mesma.

–Vou chamar o Elliot, ele pode te ajudar. – Então o homem sai do quarto, mas antes.

–Doutor? Qual é o meu nome? – O homem então abre a porta e diz:

–Olivia. Você se chama Olivia.

O medico sai do quarto e ela fica ali confusa e perdida. Ela só sabia agora o seu nome, mas toda a sua vida anterior havia se apagado. O que faria? Como Elliot iria se sentir?

–Liv... – Diz Elliot, entrando no quarto.

–O que você é meu? –Pergunta ela diretamente. Ele fica até um pouco encabulado.

–Uh... Eu sou seu amigo e seu parceiro. Você não se lembra de mim? – Pergunta ele, chegando mais perto e sentando-se na beira do leito.

–Não, me.. desculpe. – Diz ela. – Conte-me sobre mim. Quero saber quem eu sou, como eu sou... – Ele ia responder, mas seu celular toca, e ele atende:

–Capitão? Sim, eu estou aqui com ela. Temos uma pista? Sim, sim. Estou indo para ai. – Ele desliga o telefone. – Liv, eu preciso ir.

–Não! – Diz ela, segurando seu braço e olhando para ele como que implorando para que ficasse. – Você precisa me ajudar a me lembrar.

–Eu posso chamar o Phillip, ele pode te ajudar. Phillip é o seu namorado.

–Mas eu quero você. Por favor! – Ela olha para ele muito amedrontada e confusa. Apesar de não se lembrar, confia nele. – O doutor disse que... você passou muito tempo comigo. Então já que pelo jeito você é tão meu amigo assim, então acho que você não pode recusar meu pedido não é?!

–Ah, Olivia... Mesmo sem memória você continua se aproveitando de mim. – Diz ele rindo. –Vou ligar para o Capitão e dizer que eu vou ficar aqui com você. – Ele sorri para ela e ela retribui.