Encontro do Destino escrita por kaka_cristin


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Vou postar outro capítulo jah q o Nyah fikou tanto tempo Out e tb pq ainda tenho mais 3 fics pra colokar então vou agilizar hihihi
bjuuuuuuuux



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Na hora do recreio Frank e eu nos sentamos no mesmo lugar de sempre, embaixo de uma das árvores do pátio, bem distante de todos. Ficamos lá conversando sobre meu irmão ingressar na banda.

 

F: cara...não sei não...


G: mikey sempre aprendeu tudo muito rápido, só de olhar.


F: ta vamos ver...

G: temos um nome também.

F: nome pra banda? qual?

G: My chemical romance.

F: ta aí, gostei do nome. Foi ele que escolheu?

G: sim, eu disse que deixaria ele entrar na banda se arrumasse um bom nome que agradasse a todos. Será que os outros vão gostar?

F: cara o nome é bom. Mas vamos ver.

E: oi gente. – disse ela se sentando de frente pra nós como no dia anterior.

F: cuidado que Maggie vai ficar puta da vida.

E: ela tem ciúmes de você.

F: de mim? Por que?

E: a Maggie ainda gosta de você, mesmo não admitindo isso.

F: quero só uma coisa dessa louca: distancia.

E: coitada, ela é legal.

F: com você né?

E: estou com sono.

F: não dormiu não é?

E: fiquei na internet a madrugada toda, sou viciada em internet.

G: fazendo o que? – enfim, eu perguntei alguma coisa.

E: estava no bate papo e no orkut. Falando nisso, você tem?

G: tenho o que?

E: orkut.

G: o que é isso?

F: cara de que planeta você é?

E: é um site onde você pode encontrar amigos, é muito legal, você encontra geral lá.

G: qualquer pessoa?

E: é, se a pessoa tiver...acho que todos têm, ta a maior febre no país inteiro.

G: interessante...

F: que foi? Procura por alguém?

G: na verdade sim. Você pode me ajudar? – perguntei a Emily.

E: claro. Quando quiser.

G: pode ser hoje?

E: ok. No final da aula vamos até minha casa.

G: ta.  


O sinal bateu e fomos pra nossas salas. Quando foi no final da aula Frank se despediu de mim e marcou de nos encontrarmos novamente na casa do Ray às quatro da tarde já que era só pra falar sobre o Mikey. Fiquei do lado de fora do colégio esperando Mikey quando Emily apareceu.  

E: vamos?

G: vou esperar meu irmão.

E: ok. – e ficamos calados aguardando até que ela começou a puxar papo. – quem você deseja encontrar?

G: alguém.

E: isso eu sei, mas quem?

G: você já vai saber... – disse misterioso.

E: seu irmão. – disse apontando pra porta do colégio e lá vinha Mikey todo distraído.

M: oi gente. – cumprimentou.

G: demorou em?

M: fui beber uma água antes.

G: vamos logo. – e começamos a andar. – eu vou na casa da Emily, você segue o caminho.

E: se quiser ele pode vir junto.

G: não ele não quer...

M: eu aceito. – disse me cortando totalmente.

E: ok. – e ela sorriu pra ele.  

E fomos os três pra casa da Emily. A casa dela era bem espaçosa e muito bonita, parecida com a de Ray na frente. Não havia ninguém em casa já que ela disse que seus pais estavam trabalhando. Nós subimos até o quarto dela que era todo rosa, o que me deixou enjoado de tanta fofura. Nos sentamos na cama dela que era ao lado do computador e ela virou o monitor pra gente. Mikey brincava com um dos bichinhos de pelúcia dela que havia em cima da cama e eu olhava pra ele espantado.  

E: ok. vou criar um pra você. Você tem e-mail? – e olhou pra mim.

G: que isso?

E: já usou internet alguma vez na vida?

G: ah...mais ou menos...eu nunca tive um computador.

E: ta bom. Vou criar um pra você então...gerardaway@hotmail.com, pode ser? – disse olhando novamente pra mim.

G: ta legal. E: pronto. Agora vou entrar no meu orkut e te convidar. – depois de alguns minutos e vários cliques ela terminou. – pronto, agora o seu orkut está feito. Buscar...quem você deseja encontrar? – e ela me olhou curiosa.

G: bom...er…o nome é...Michelle Santana.

E: hum, uma menina, que interessante. – disse ela irônica. – vamos ver, cinco pessoas com esse nome,  é alguma delas? – eu olhei pro monitor olhando as fotos das meninas e não eram nada parecidas, duas eram loiras, uma outra tinha cabelo vermelho, outra era uma criança e a outra já era velha demais pra ser ela.

G: nenhuma delas.

E: tem certeza?

G: sim. 

E: então ela não tem orkut. Outra E.T. onde você morava em? na roça?

G: bom, praticamente...- eu comecei a rir.

E: praticamente... – disse rindo. – gostei.  Então, depois você tenta, talvez ela faça um algum dia, e boa sorte pra você na sua busca.

G: valeu.

E: posso perguntar uma coisa? – e ela virou a cadeira pra mim.

G: pergunta.

E: quem é ela? Uma namorada? – perguntava curiosa.

M: era. – respondeu mikey se metendo na conversa.

E: era? Por que era? 

M: ela mora longe agora.

G: quer parar de se intrometer. E você ta parecendo repórter... – disse à ela.

E: e ainda gosta dela? – perguntou me olhando fixo sem se importar com que eu disse.

G: bom, eu...

E: gosta ou não gosta?

G: pra que quer saber? – mudei o assunto.

E: nada, só curiosidade. Gosto de saber de tudo. Sou fofoqueira. – e deu uma risadinha.


G: ok dona fofoqueira...muito obrigado, mas agora eu preciso ir. – me levantei e olhei pro mikey que fazia o bichinho de pelúcia dançar em suas pernas e eu peguei o urso da mão dele e taquei de volta na cama. – vamos. – disse pra ele.

 

Ela nos levou até a porta de casa e dali fomos embora pra nossa casa. Quando chegamos lá Donna estava na sala acompanhada por um homem.

 

D: oi. – disse pra nós quando entramos. Eu subi as escadas sem falar com ela. Quando foi depois mikey chegou no quarto.


M: por que subiu? Mamãe queria te apresentar uma pessoa.


G: não estou interessado.


M: o cara é legal.


G: e o que ele é, namorado?


M: amigo.


G: amigo...sei...


M: sabe do que eu gostei...?


G: hum...- fiz um barulho com a boca pra que ele continuasse.


M: ela me apresentou como filho dela. – disse ele com um sorriso bobo.


G: pelo menos isso não é?


M: mudando de assunto, acho que Emily está afim de você.


G: não fale bobagem.


M: não viu como ela olhava pra você te perguntando sobre a Michelle?


G: ela é assim mesmo.


M: não, ela ta afim de você. Tenho quase certeza disso.


G: ok, esquece isso ta?


M: mas e se ela estivesse afim de você, ficaria com ela? Ou ainda gosta da Michelle? – fiquei pensativo e não sabia o que responder. Olhei pro relógio e já era três horas.


G: se arruma que já vamos sair de casa. – e entrei no banheiro.

 

Quando ele me fez aquela pergunta, eu não sabia o que responder. Não pensei que ficaria em dúvida do que responder quando alguém me perguntasse isso, sim, por que eu era apaixonado por Michelle, mas agora, desde que conheci a Emily, desde aquele dia no banheiro, quando vi aqueles olhos azuis me olharem assustados eu não conseguia parar de pensar nela. Ela me salvou da morte, mesmo sendo sem querer, mas salvou minha vida. Estava adorando a companhia dela e ela era tão legal. Era diferente das outras meninas que eu conheci. Conseguia se dar bem com todo mundo, era bonita, meiga, engraçada, louca. Não sei o que sentia direito por ela, se era apenas uma amizade crescendo ou um amor nascendo dentro de mim. Mas sei que se fosse amor, seria algo impossível, eu não queria me apaixonar de novo e éramos de mundos diferentes.

 

Mais tarde como combinado, Mikey e eu fomos até a casa do Ray . Quando chegamos, eles não estavam do lado de fora como no dia anterior. Bati palma e Frank abriu o portão da garagem.

 

F: entra. – disse colocando apenas a cabeça do lado de fora. Entramos e Bob e Ray ficaram observando mikey que olhava tudo em volta. – esse é o irmão do Gerard no qual lhes falei.


B: é verdade que não sabe tocar? – perguntou ao mikey que não respondeu. Ainda estava olhando as coisas distraído.


G: Mikey. – gritei no ouvido dele.


Mi: oi.


B: é verdade que não sabe tocar?


Mi: ah...mas eu posso aprender. – disse sem graça.


G: eu me responsabilizo por ele, eu sei que meu irmão é um cara muito inteligente e muito esforçado e aprende rápido.


Mi: e eu arrumei um nome pra banda.


R: e qual é?


Mi: My chemical romance.


B: é um bom nome.


R: é...


F: de onde tirou esse nome?


Mi: de um livro que eu acabei de ler “Ecstasy: Three Tales of Chemical Romance”.  


R: nerd. – disse em meio de um pigarro.


Mi: eu ouvi. – disse ele irritado.


B: ok pessoal, mas quem vai ajuda-lo a aprender? – ficou todo mundo em silencio se olhando até que Frank levantou o braço.


F: eu me responsabilizo a ensina-lo a tocar.


Mi: obrigado. – agradeceu sem graça.


G: agora precisamos do instrumento.


Mi: eu tenho minhas economias que eu guardo desde que era pequeno, acho que dá pra comprar um.


B: beleza então.


F: uma semana pessoal. Uma semana e voltamos a ensaiar. Até lá Mikey já volta
sabendo tocar pelo menos uma música.


R: valeu então, daqui a uma semana nós voltamos a ensaiar.

 

Conforme a semana se passou, Frank e Mikey ensaiavam todos os dias na casa dele. Eu sempre os acompanhava pra ver como ia o desempenho do meu irmão.

 

Frank e eu conversávamos no lugar de sempre no intervalo quando novamente Emily apareceu e veio correndo até nós. Eu não sei explicar direito, mas quando a vi vindo na nossa direção senti um friozinho na barriga que nunca senti antes. Ela se agachou na minha frente e pulou em meus braços e pude sentir o perfume de seus cabelos. Como era bom o cheiro dos cabelos dela. Depois ela abraçou Frank e se sentou conosco.

 

E: vou falar rápido por que tenho ensaio.


F: ta sumida.


E: sim, temos muito que ensaiar por causa do jogo que terá daqui a quatro meses.


G: Você tem uma banda?


E: não. – disse ela rindo e Frank também a acompanhou na risada. – faço parte do grupo de torcidas.


G: ah sei, com pompom e tudo?


E: é. – disse ainda rindo.


F: quer nos ver tocar?


E: já conseguiu um vocalista?


F: ta aqui do meu lado. – disse apontando pra mim com o dedão.


E: meu Deus! Você canta?


G: é...mais ou menos.


F: não seja modesto. – depois à Emily.  – o cara é foda Emily.


E: nossa, já estou curiosa pra ouvir.


F: se quiser aparece lá hoje pra ver. Você sabe onde é não sabe?


E: sei, mas não vai dar. To ocupada nessa semana, tenho que voltar pra cá de
tarde. Mas você pode dar uma palhinha pra gente. – disse olhando pra mim.


G: eu?


E: é claro, canta vai...


G: não...


E: vai Gerard.


Ma: Emily. – gritou Maggie acompanhada de duas outras meninas. As três com uniformes de líderes de torcidas.


E: Tenho que ir. – e ela se levantou. – tchau.


Ma: você nem está vestida. – reclamava a menina.


E: eu me visto rapidinho. – disse ela correndo ao encontro de Maggie e elas saíram em direção a um canto que dava pro campo da escola.

 


Na hora da aula reparei que Emily não voltou pra sala de aula e não assistiu a mais nenhuma aula depois do intervalo. Quando acabou a aula Frank e eu esperamos por Mikey, íamos dali direto pra casa do Ray que ficava ruas depois da minha. Quando caminhávamos pra ir embora Emily apareceu atrás de nós correndo. Nos viramos pra olhar quem nos chamava, já sabendo que seria ela. Eu senti novamente aquele friozinho na barriga e fiquei abobalhado ao vê-la naquela roupa. Ela vestia uma saia curta e um top com um decote não muito indecente, era o tal uniforme das líderes de torcida. Pela primeira vez eu vi que ela tinha um piercing no umbigo. Ela estava linda. Ela parou cansada recuperando o fôlego e me olhou sorrindo, estava com o rosto vermelho como seus cabelos de tanto correr. Jogou os cabelos pra trás com a mão o que me fez ficar ainda mais abobalhado com a beleza dela.

 


E: nossa, como cansa correr... – dizia respirando ofegante.


F: calma pequena Emily. – disse dando uns tapinhas nas costas dela. – não disse que tinha treino?


E: é, mas eu também disse que voltaria de tarde pra mais treinos. Agora eu vou pra casa almoçar.


M: já se recuperou? Temos que ir logo. – dizia Mikey apressado.


E: ok mikey, vamos. – ela colocou a mochila nas costas recuperando o fôlego.


G: tem certeza? Já está bem? – olhei pra ela que sorriu.


E: to bem.  – e voltamos a andar.

 


Quando chegamos na casa do Ray, ele e Bob estavam ansiosos pra ouvir meu irmão tocar pra saber se tinha aprendido alguma coisa. E eu que acompanhei todos os ensaios, poderia garantir que o Frank havia feito um bom trabalho. Ele se saíra melhor do que eu esperava. Ray o desafiou a tocar uma musica e Mikey sem nenhum medo foi lá e tocou tudo direitinho e todos o parabenizaram.


F: eu acho que também mereço os parabéns né gente? – disse cruzando os braços.


R: é lógico. Fez algo que preste pela primeira vez.


F: valeu engraçado!


G: então, agora podemos ensaiar sempre.


R: e precisamos de músicas.


G: eu posso escrever. – me ofereci já que tinha umas nos papéis que eu costumava escrever quando morava com a minha avó. – na verdade eu já tenho algumas lá em casa...


B: pode trazer amanhã e então começamos os ensaios pra valer.


F: ótimo.


R: não vão embora ainda, eu vou pegar um lanchinho pra nós.


F: demorou!!!


Nos sentamos e ficamos esperando Ray voltar com o lanche prometido. Me sentei e peguei uma folha do caderno e fiquei desenhando enquanto ele não voltava. Bob, Frank e Mikey conversavam num canto sobre música. Foi quando Frank se aproximou de mim e sentou ao meu lado.


F: iiiih, já vi tudo.


G: er...oi. – disse sem graça tapando o desenho.


F: já vi, não precisa esconder.


G: eu gosto de desenhar e... – e destapei a folha.


F: ta afim dela não é?


G: não, não tem nada a ver.


F: você desenhou ela. Poderia desenhar qualquer coisa, mas desenhou a Emily.


G: eu só...só desenhei, só isso.


F: eu acho que está apaixonado por ela.


G: não, que isso...ela é só, uma menina legal por quem tenho muito admiração.


F: admiração? Isso me cheira a mais do que isso.


G: ok eu admito. Não sei...eu não consigo parar de pensar nela. Acho que é por que nunca conheci uma menina como ela. Ela é determinada, bonita, e cara de pau também... – e deixei escapar uma risadinha. – sei lá, meus sonhos só dá ela...


F: ela é incrível mesmo e você está apaixonado.


G: ok, ela mexeu comigo como nunca nenhuma outra mexeu. Mas isso não indica que estou gostando dela.


F: me ouça cara, falo por experiência própria. Você está apaixonado. – eu não me contive e comecei a rir, não sei de nervoso ou de felicidade. E Frank me deu um soquinho de leve no braço.

   

No dia seguinte quando mexia no meu armário alguém pulou no meu pescoço me fazendo curvar pra trás.


G: assim tu quebra minha coluna. – e virei pra trás e Frank morria de rir.


F: fala aí cara. – e apertou minha mão.


G: tudo bem?


F: tudo. E aí, pensou no que eu te disse?


G: do que está falando?


F: lá vem ela. Tchau. – disse olhando pra direção da entrada do colégio depois foi pro lado oposto.


 

Quando olhei pro outro lado, Emily vinha com o uniforme de líder de torcida, só que dessa vez estava com um casaquinho lilás e carregava alguns livros nas mãos. Assim que eu a vi senti novamente o friozinho na barriga de sempre e meu coração bateu mais forte.

 

E: hey! E aí?


G: tudo legal e com você?


E: também.


G: vai treinar hoje?


E: tenho treinos todos os dias, sendo que hoje vou ter agora.


G: não vai assistir aula?


E: só depois do recreio. – e mudou de assunto. - Aquele que saiu daqui foi o
Frank?


G: era.


E: por que ele saiu correndo daquele jeito?


G: acho que queria ir ao banheiro.


E: ah sim. – e começou a rir depois parou de rir, mas ainda com um sorriso nos lábios me encarou querendo dizer algo até que resolveu dizer. – tenho um convite pra te fazer.


G: ah é? E pra que?


E: vai ter uma festa daqui a duas semanas na minha casa. Você não quer ir?


G: não sei...eu...


E: não se preocupe, vou convidar também Frank e seu irmão. Mas pode levar
quem você quiser...


G: ta...


E: uma namorada por exemplo. – disse ela me olhando curiosa esperando que eu respondesse algo.


G: eu...eu não tenho namorada. – respondi sem graça.


E: ah. Ta. – vi que ela estava corada de vergonha. – então tenho que ir,  te vejo no recreio. Vou entregar os convites pra vocês lá.


G: valeu. Bom treino.


E: obrigada. Tchau. – ela abraçou os livros e seguiu caminhando pelo corredor.

 

Fiquei olhando ela caminhando, como era linda. Ai meu Deus! Estou apaixonado, acho que o Frank tinha razão...pensei.


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