Encontro do Destino escrita por kaka_cristin


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Que bom que o Nyah voltou! IUPI!!! fiquei muito feliz. enquanto ele estava fora, já escrevi mais 3 fics! hihihihi. Agora mais um capítulo dessa fic. espero que estejam gostando. bjusssss



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Vaguei pelas ruas, estava atordoado pelo que tinha acontecido. Foi quando depois de muito andar a vi. A mesma menina que estava no banheiro, estava vindo de frente pra mim. Nosso olhar se encontrou mais uma vez. Quando estava passando por ela, ela disse oi e parou querendo puxar assunto.


G: oi. – respondi.


E: está melhor? – e sorriu.


G: não.


E: quer conversar?


G: não. – respondi sério.


E: olha, foi mal, sei que deve estar zangado pelo que aconteceu. Eu não sabia que estava lá dentro, não queria atrapalhar. Você foi expulso? – ela não parava de falar.


G: não.


E: ótimo. Nos vemos amanhã então. – E continuou andando. Ela era louca ou algo parecido? Ela deu uma parada e depois gritou pra mim. – da próxima vez, não erra de banheiro ta? Olha o desenho na porta. – disse num tom irônico depois sorriu pra mim e voltou a andar.

 

Continuei minha caminhada pra casa e quando cheguei Donna estava na sala e começou a me indagar.

 

D: onde se meteu meu filho? – perguntou chorando.


G: pra que tudo isso? Que drama.


D: não vê que estou preocupada com você? Me desculpe pelo que eu fiz.


G: me erra. – e subi pro quarto. quando cheguei Mikey ouvia seu disk-man. 


M: onde você esteve? – perguntou ele tirando o fone do ouvido.


G: tava andando por aí.


M: mamãe está preocupada.


G: quem, a Donna?


M: por que não a chama de mãe?


G: por que ela nunca foi, agora tem que ser?


M: ela está tentando Gerard.


G: agora é tarde.


M: Gerard...


G: o que é mikey? – disse já irritado.


M: por que tentou aquilo?


G: do que está falando?


M: da arma.


G: esquece isso.


M: não dá pra esquecer. Eu já perdi a vovó, não queria te perder agora. Eu sei que tenho a nossa mãe, mas não é a mesma coisa, ainda estamos nos conhecendo. Não quero sentir de novo aquilo que senti no hospital quando achei que você fosse morrer. – de repente aquelas lembranças me vieram na cabeça. eu na cama do hospital, os médicos me examinando, depois me dando injeção... – precisamos conversar sobre o que aconteceu, preciso te contar uma coisa...


G: não! – gritei. – esquece isso Mikey, não quero falar sobre isso. Por favor, para de tocar nesse assunto.


M: ok, mas eu precisava tirar esse peso da consciência.


G: não estou pronto pra falar nisso.


M: ok. – me olhou meio cabisbaixo e botou o fone de volta no ouvido.

 

Ainda não estava na hora de falar sobre isso. Não agora, não estava pronto. Na verdade tudo rodava na minha cabeça. Eu tinha que parar pra pensar no que tinha acontecido, mas eu tentava enganar meus próprios pensamentos. Não queria reviver aquele momento, só em pensar que a morte dela era minha...não, esquece isso Gerard. Esqueça! Agora!

 

No dia seguinte eu fui obrigado a ir pra escola por causa do Mikey que não queria ir só. Chegando no colégio, todos por onde eu passava me olhavam espantados. Passei ao lado do Paul e ele me olhou com espanto. Entrei na sala de aula e me sentei novamente no fundo. abri meu caderno e fiquei terminando meu desenho da minha avó quando alguém sentou na cadeira do lado e jogou a mochila no chão com toda força. Olhei pro menino que sentava do lado e era o mesmo que tinha se apresentado pra mim antes. Ele me olhou assustado e se virou pra frente.


G: é Frank né? – perguntei.


F: é. – respondeu frio.


G: que ta pegando? – perguntei vendo que ele me olhava com receio.


F: sabe o que é...disseram que tu fez uma parada ontem e...


G: sei...acho que a escola inteira já sabe.


F: então foi verdade?


G: infelizmente sim.


F: você não é daqueles loucos que metralham o colégio inteiro, é? É um matador de aluguel?


G: peraí...não. – respondi assustado com a pergunta dele. Será que o pessoal pensava isso também?


F: ufa! Tava até com medo de falar com você e se irritar comigo e depois morrer. Mas meu nome é Frank. E o seu? – disse estendendo a mão novamente.


G: Gerard. – disse apertando a mão dele.


F: é novo por aqui não é? Nunca te vi pelas redondezas.


G: sim.


F: está morando aonde?


G: moro dez minutos daqui com minha...com a Donna.


F: Donna Way? – perguntou ele curioso.


G: sim, como você sabe? você a conhece?


F: mas é claro, ela e minha mãe são amigas de infância. Ela é bem legal. O que você é dela?


G: Filho... – respondi baixinho quase que sussurrando. Odiava admitir aquilo.


F: isso é sério? Não sabia que Donna tinha filho. Ela nunca comentou.


G: é...mas agora tem.


F: onde você morava antes?


G: vamos mudar de assunto?


F: por que?


G: não quero falar sobre isso agora.


F: ok. E o que você faz a tarde?


G: fico lendo algum livro ou desenhando.


F: você não quer conhecer uns amigos meu?


G: amigos? – me assustei com a pergunta dele. Será que ele era???


F: calma, não pense besteira. É que eu e uns amigos temos uma banda. Se quiser pode ir lá ouvir o som.


G: seria legal.


F: só que a banda está incompleta. Falta um baixista e um vocalista. Não conhece ninguém que esteja interessado?


G: eu não conheço muita gente por aqui.


F: ah é, veio pra cá agora. – disse dando um tapa na própria testa.


G: mas...


F: mas...?


G: eu posso tentar ser o vocalista.


F: você canta legal?


G: onde eu morava também tinha uns amigos que tinha uma banda e eu
substituía o vocalista da banda deles quando ele estava fora.


F: ótimo. Assim só falta o baixista e pronto.


G: é.


F: peraí... – e ele começou a anotar algo num pedaço de papel. – toma, nos encontre nesse endereço hoje as duas da tarde.


G: como chego lá?


F: no final da aula eu te explico.


G: ta.

 

Quando chegou na hora do recreio Frank e eu nos sentamos embaixo de uma árvore e ficamos conversando sobre músicas. Enfim estava fazendo amizade com alguém e o Frank era um cara bacana, um pouco maluco, mas era maneiro. Estávamos rindo muito com o que ele falava sobre o Paul quando a menina dos olhos azuis chegou e parou agachando em frente à gente.

 

E: oi. – e abraçou Frank.


F: e aí, faz tempo que não nos falamos.


E: é. Tudo bem com você?


F: tudo. Conhece meu novo amigo Gerard?


E: Gerard? Ah, enfim estou sabendo seu nome. Emily. – e estendeu a mão pra mim e eu apertei.


F: por que você não senta?


E: ok. – e se sentou no chão de frente pra nós. – e como você está Gerard?


G: bem.


F: vocês já se conhecem?


E: já.


G: não. – respondemos juntos.


E: ok, não, mas já nos esbarramos algumas vezes pelo colégio. Nosso primeiro encontro não foi lá muito bom já que o Paul queria bater nele.


F: Paul? Aquele babaca...


G: ele queria, mas quem disse que ia conseguir? Quero que ele venha de novo de graça.


E: ele está morrendo de medo de você agora. Não se preocupe com isso. – umas meninas pararam um pouco distantes e uma delas gritou por ela. – tenho que ir meninos. Vejo vocês na sala. – levantou-se e correu até elas.


F: ela não é o máximo?


G: já a conhece muito tempo?


F: estudo com ela desde o maternal pra te ser sincero. Ela é tudo de bom, é linda e muito simpática.


G: e patricinha.


F: não, ela faz parte da equipe das líderes de torcida, mas é gente boa. Ela fala com todo mundo. Não tem preconceito como essas outras aí nojentas que só vivem de nariz empinado.


G: odeio meninas desse tipo.


F: também não suporto. Uma vez namorei a do meio que chamou a Emily, mas não deu certo. Ela era insuportável e queria que eu fizesse todas suas vontades. Rapidinho tratei de dar-lhe um belo chute no traseiro. Até hoje ela me odeia, não suporta quando a Emily vem falar comigo.


G: até que a Emily é legal. Mas o namorado...


F: que namorado? Emily não tem ninguém.


G: ah não? E o tal de Paul?


F: ela e o Paul namoraram no ano passado, mas ela terminou com ele depois que o pegou com outra no banheiro da casa dela.


G: que safado. Como é que tu sabe?


F: o colégio inteiro sabe disso. Paul corre atrás dela até hoje.


G: será que eles voltam?


F: meio difícil. Emily viu que ele não era pra ela.


G: ela é bem bonita... – deixei escapar enquanto a observava conversando com as outras meninas.


F: ta gamado é? Esquece cara, essas meninas nunca irão deixa-la em paz. Não vão permitir namoro entre vocês.


G: por que não?


F: por causa de mim. Não te disse que elas me odeiam?


G: isso não tem nada a ver poxa, e além do mais, eu não quero nada com a Emily, ela é bonita, mas no momento não pretendo me envolver com ninguém. E não senti nada por ela...


F: sei... – o sinal tocou. – vamos pra sala.

 

Quando foi no final da aula Frank me explicou como chegar no tal endereço. Marcamos de nos encontrar às duas da tarde. Quando estava andando a caminho de casa senti uma mão no meu ombro, me virei pra olhar e era Emily.


E: hey, tudo bem?


G: tudo.


E: posso te fazer companhia?


G: ok.


E: eu moro pra lá também. E aí, como você está?


G: bem.


E: posso te perguntar uma coisa?


G: depende.


E: eu sei que estou dando uma de intrometida e que você pode se irritar, mas...por que queria fazer aquilo?


G: aquilo o que?


E: no banheiro, com a arma...


G: é que...er...


M: Gerard! – olhei pra trás e meu irmão vinha correndo em minha direção
com a bombinha na mão. Quando chegou perto de mim usou a bombinha e colocou a mão no joelho respirando fundo. – não me esperou...você...


G: foi mal, eu esqueci.


M: quem é essa? – perguntou ele olhando pra Emily.


G: é a e...


E: Emily Houston, prazer. – disse estendendo sua mão.


M: Mikey Way. – e apertou a mão dela. – agora sei por que esqueceu de mim. Estava de namorico, já esqueceu da Michelle...? – Emily me olhou sem graça sem saber o que responder.


G: não fala bobagem Mikey, Emily e eu acabamos de nos encontrar. Ela é da minha sala, só isso.


M: foi mal, eu pensei que...


E: ok. – disse ela sorrindo sem graça fazendo gestos pra que ele não precisasse se explicar.


G: então vamos andar!?  - e voltamos a caminhar. Dessa vez fomos caminhando calados. Uma quadra antes Emily entrou numa rua e continuamos o caminho só Mikey e eu.

  

Assim que cheguei em casa entrei no banheiro e tomei um banho. Quando voltei pro quarto abotoava minha camisa em frente ao espelho quando Mikey me indagou.

 

M: pra onde você vai?


G: encontrar uns amigos.


M: amigos? Quais? De onde?


G: lá da escola...fui convidado pra cantar numa banda, não está certo ainda,
mas quase acertado.


M: eu também posso?


G: pode o que?


M: entrar pra banda.


G: mas você não sabe tocar nada, nem sabe cantar...


M: mas eu posso aprender.


G: eu não decido nada...a banda não é minha. To indo. Tchau.  Disse pegando minha mochila e saindo do quarto.

 

Quando cheguei no tal endereço, havia dois caras junto com Frank bebendo cerveja sentado no gramado na frente da casa.

 

G: oi. – cheguei acenando pros três.


F: chegou. – disse ele se levantando. – pessoal, esse é o Gerard. Nosso talvez futuro vocalista. Ele é meio louco, mas logo vocês verão que ele é um cara gente boa.


G: oi. – acenei de novo pros dois meninos que me olhavam curiosos.


R: Frank me falou de você. Estudam juntos não é?


G: sim.


R: sabe cantar bem?


G: um pouco.


F: esse é o Ray. – disse depois dando um gole na sua garrafa de cerveja.


B: e eu me chamo Bob. – disse apertando minha mão.


F: bom, então vamos entrar?


R: ok, vão indo pra garagem que eu vou em casa pegar minha guitarra.

 

Quando chegamos na garagem, havia uma bateria no qual Bob se sentou atrás dela e começou a batucar qualquer coisa. Frank ajustava sua guitarra no corpo e eu fiquei olhando e esperando eles começarem. Quando Ray chegou se sentou e ficou me olhando. Frank olhou pra ele e depois pra mim.


F: então cante.


G: ta, mas o que?


F: não sei, o que quer cantar?


G: ok...então toquem Under pressure do Queen.


B: ok, no três então...um, dois, três... – disse marcando com as baquetas e eles começaram a tocar e eu a cantar. Percebi que eles sorriam e olhavam entre si conforme eu ia cantando. Parecia que eu tinha ido bem. A música acabou e Ray veio até mim me abraçando.


R: poxa cara, você foi fantástico. – disse ele dando uns tapinhas nas minhas costas.


G: valeu. – e eu sorri feliz.


F: não achei que fosse tão bom se quer saber...parabéns. – disse ele rindo e depois deu outro gole em sua cerveja.


B: foi ótimo, por mim ta dentro.


F: com certeza, ta dentro.


R: bem vindo a banda cara.

 

Mais tarde depois de ensaiarmos outras músicas, estava mesmo gostando daquele negócio de cantar. Terminamos de tocar e nos sentamos no chão pra conversar e beber um pouco. Frank me deu uma garrafa de cerveja e sentou do meu lado.

 

R: ainda não temos um nome...


F: e um baixista.


B: mas isso vai ser mole. Pelo menos encontramos o que era mais necessário: o vocalista.


G: podemos botar cartazes pelo colégio, talvez tenha algum...


F: é...


R: vocês que sabem. Eu não estudo lá...


B: cara que cheiro é esse? – disse ele tapando o nariz.


F: foi mau cara. – disse ele sério. Depois nos levantamos saindo pra outro
canto e ele começou a rir enquanto bebia tranqüilamente.

 

Quando cheguei em casa depois de várias cervejas e conhecer mais o pessoal da banda, entrei no meu quarto e mikey ouvia seu disk-man e lia também seu gibi. Ele me olhou e depois voltou a olhar pro gibi amarrando a cara.


G: que foi? – perguntei e ele não respondeu. Cheguei perto e tirei o fone do ouvido dele.


M: para. – disse ele irritado.


G: por que está com essa cara amarrada?


M: nada, me deixa.


G: só por que não deixei você ir?


M: você não me quer por perto nunca. Não conversa comigo, deixou de ser o irmão que eu tinha antes...


G: eu converso contigo...


M: quando eu falo contigo você fica aéreo e não me ouve...


G: ok, quer participar das minhas atividades, é isso? Pois bem, te dou uma
chance de ingressar na banda que eu estou participando.


M: desde quando tem uma banda?


G: escuta primeiro, você pode ser o baixista se conseguir um nome pra banda.


M: como é que é?


G: é isso aí, a banda está sem um baixista, e sem um nome também. Se escolher um bom nome pra banda, mas tem que ser um nome muito bom, você ta dentro. Estou te dando uma chance, não é o que queria?


M: mas como vou conseguir um nome pra banda?


G: se vira.


M: e se não gostarem?


G: eu te disse que tem que ser um bom nome. – ele ficou me olhando pensando e depois topou.


M: ok. Eu topo.


G: ótimo. – disse sorrindo.

 

No dia seguinte quando cheguei no colégio levei Mikey até minha sala de aula e Frank estava na ultima carteira rabiscando a mesa.


G: que feio. – disse cínico.


F: cara que susto. – disse ele botando a mão no peito. – pensei que fosse o professor.


G: tenho cara de professor?


F: nem um pouco.


G: ok, esse aqui é o mikey.


F: prazer. – disse olhando pra mikey. – e...?


G: ele é meu irmão e nosso novo baixista. 


F: ele toca?


G: não.


F: então...?


G: no recreio conversamos melhor sobre isso.


F: ok. – respondeu espantado.


G: pode ir pra sua sala.


M: ta, mas vê se me espera e não vai embora que nem ontem.


G: ok.


M: tchau e boa aula.


G: tchau.


F: ficou louco? não queria dizer isso na frente do seu irmão pra não deixa-lo mal, mas botar um cara que nem tocar sabe na banda?


G: eu confio nele. Ele é inteligente, tenho certeza que aprende rápido, ele é esforçado.


F: vou confiar em você. Mas não sei se o pessoal vai aceitar isso.

 

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