Encontro do Destino escrita por kaka_cristin


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hoje postarei mais 2 capítulos! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/3714/chapter/5



No recreio, Emily já com outra roupa distribuía alguns envelopes lilás pras pessoas em volta do pátio. Ela veio até Frank e eu e sentou-se estendendo os convites pra cada um de nós dois, sendo que pra mim, foram dois.

 

E: um é seu e outro pro Mikey.


F: o que é isso? – perguntou abrindo o envelope.


E: convite pra festa na minha casa.


F: envelope lilás? Que coisa mais patty.
E: ah, não fala assim. É minha cor favorita. – disse fazendo biquinho seguido com um sorriso.


F: ih, foi mal, mas eu não vou.


E: por que não?


F: não quero mais ir pra essas festas de patricinha. Sem ofensas. – disse ele pegando na mão dela.


E: ok, mas já ofendeu...poxa Frank, você é meu amigo, vou ficar triste se você não for. – disse fazendo biquinho e depois não se conteve e começou a
rir. – mas é sério, quero você lá.


F: vou ver.


E: e você Gerard, vai? – e me olhou curiosa.


G: eu não sei...


E: espero te ver lá. – ficamos no olhando até que ela começou a corar e se
levantou. – valeu, vou terminar de distribuir os convites. – e saiu correndo
dali.


F: percebeu isso?


G: percebeu o que?


F: deu sorte, ela também está afim de você.


G: do que está falando?


F: é sério, percebi a troca de olhares entre vocês dois.


G: não, você está enganado. Aliás, você e o mikey.


F: ta vendo? Não sou o único a achar isso.


G: vamos parar com esse papo?


F: ok, não ta aqui quem falou.

 

A tarde estava em casa revendo algumas letras de músicas quando Donna apareceu no quarto.

 

D: vamos? – disse ao Mikey que se levantou feito uma criança feliz e saiu do
quarto. ela me olhou e entrou no quarto fechando a porta. – não quer vir também? – eu fiquei calado. Não queria falar com ela. – vamos ao mercado fazer comprar, vem com a gente.


G: não posso. – respondi pra não deixa-la mal.


D: Gerard, eu sei que não estamos nos dando bem e que estamos ainda nos conhecendo, mas...eu estou me esforçando pra que goste de mim. Eu ficaria feliz se colaborasse comigo e me desse uma chance pelo menos de me aproximar de você...está me ouvindo? – e balancei a cabeça que sim.


G: acho que já está tarde, não acha? – perguntei a encarando.


D: não, temos todo o tempo do mundo pra nos conhecermos melhor.


G: acho que já teve sua chance quando eu ainda era novo e você me largou na casa da minha avó.


D: eu sei que errei, mas tive meus motivos.


G: e quais foram eles? Homens? Queria se divertir mais? Aproveitar a vida adoidada? Não fizesse filho então...


D: um dia você vai entender, quando quiser me ouvir... – e saiu do quarto.

 

Eu fiquei com tanta raiva dela e acabei amassando todas as folhas que estavam nas minhas mãos e chorei de raiva. Por que me abandonou?  Por que abandonou os filhos quando mikey ainda tinha apenas três anos? Por que fez isso? Por que? Por que nunca tive minha mãe nas festas da escola como as outras crianças? não tinha explicação que fizesse mudar minha idéia quanto a isso.

No dia seguinte... 

Quando estávamos indo embora Emily veio correndo atrás da gente e pulou nas minhas costas se agarrando no meu pescoço.

 

E: oi. – beijou minha nuca e se jogou no chão. Aquele beijo na nuca me fez estremecer todo. – tudo bem?


G: desse jeito cai você e eu. – e ela riu.


E: oi Mikey.


Mi: oi Emily.


E: e então gerard? Tem alguma coisa pra fazer hoje?


G: por que a pergunta?


E: por que tenho uma surpresa. Não sei se vai gostar, mas...eu ganhei um computador dos meus pais ontem e eu queria dar o meu antigo pra vocês. Eu sei que não é grande coisa e ele já tem dois anos de uso, mas ainda está muito bom.


G: sério mesmo? – e eu abri um enorme sorriso.


E: sério.


G: cara, não acredito. – ela pulou no meu colo me abraçando.


M: então vamos ter um computador? Nossa que legal!


E: passem lá em casa mais tarde pra pegar e eu vou com vocês instalar.


M: eu não vou poder...minha mãe vai comigo no cinema.


E: você também vai Gerard?


G: não. – disse ficando sério. Não queria ter contato com Donna.


E: então você pode buscar o computador lá em casa. – disse toda contente
me olhando.


G: pode deixar. Mas tem certeza que seus pais não vão se importar?


E: lógico que não.


G: olha lá...


E: já falei com eles, nem ligaram. Às três lá em casa. – e caminhamos pra
casa.

 

Quando foi três horas me arrumei e fui até a casa dela. Quando cheguei lá, ela já me esperava na porta de casa sentada num dos degraus da porta de entrada.

 

E: oi, pensei que não vinha mais. – disse se levantando e vindo me
cumprimentar com um abraço. Ela sempre cumprimentava as pessoas assim. 


G: estava esperando mikey sair com a Donna.


E: quem é Donna?


G: minha...mãe. – disse desanimado.


E: nossa isso que é ânimo. – disse sarcástica.


G: esquece...


E: ok, vem, as caixas estão aqui na sala. – fui até lá e peguei uma das caixas no colo que pesava muito e ela pegou outra.


G: como é que vamos carregar esse troço pesado até lá?


E: não se preocupe. – e ouvi o barulho de um alarme de carro sendo desligado, me virei pra trás e vi um carro novinho estacionado na calçada dela. – vamos de carro baby.


 Quando chegamos na minha casa fomos pro meu quarto e ela montou o computador em cima de uma escrivaninha que tinha lá.

 

E: pronto. – disse terminando de encaixar todos os fios e se sentando na cadeira ao lado da minha.


G: não to nem acreditando. Como é que vou te pagar isso? – ainda estava emocionado com o computador. Não estava nem acreditando.


E: não precisa pagar Gerard. Felizmente eu tenho uma situação boa e se posso te dar, não preciso de nada em troca. Vamos testar o computador?


G: ok. – e ela ligou o computador.


E: ta tudo direitinho, vê?


G: ahan. 


E: eu não apaguei o HD ainda por que não tive tempo, mas quando puder eu venho e apago. To sem disco de boot.


G: ok.


E: então...divirta-se. – disse largando o mouse.


G: você é muito legal Emily. – disse olhando pra ela que se virou e olhou pra mim e nossos rostos ficaram bem próximos. Ela sorriu sem graça e fui tomado por impulso e a beijei, foi um beijo bem rápido, mas caloroso.


E: o que foi isso? – perguntou passando o dedo nos lábios.


G: um impulso. – respondi corando todo.


E: ok. – respondeu com simplicidade. Ela abaixou a cabeça e depois olhou pro computador.

 

E voltamos a conversar como se nada tivesse acontecido, ou pelo menos, fingindo que nada tivesse acontecido. Ela me ensinou como mexer em algumas coisas e mostrou algumas de suas fotos no computador e me ensinou como se tirava fotos pela web cam e tiramos algumas fotos que ficaram armazenadas numa pasta.

 

Depois de algumas horas, ela disse que tinha que ir por que seus pais iam chegar em casa e não gostavam quando chegavam e ela estivesse na rua. Eu então pedi que esperasse enquanto eu ia ao banheiro e quando sai ela mexia em umas fotos que tinha na gaveta da escrivaninha.

 

G: ei.


E: calma, só to olhando. – disse passando uma foto pra outra.


G: esse aí é eu e o meu irmão. – disse chegando ao lado dela.


E: nossa, nem reconheci. – disse num tom sarcástico novamente como ela sempre fazia e começamos a rir.


G: essa é a casa onde eu vivia.


E: muito fofa. – depois passou pra outra foto que eu estava encostado no meu carro que eu detonei no acidente. – você tem carro?


G: tinha. – respondi sério.


E: que lindo, quem é esse bebê?


G: eu.


E: você sempre foi bonito né? – disse me olhando e ela deu uma risadinha cínica e voltou a olhar pras fotos. –  E quem é essa?

 

E mostrou a foto da minha avó Helena, ela sorria numa foto que eu havia tirado só dela num balanço que ela mesma fizera embaixo de uma árvore atrás da sua casa perto do rio que ela sempre costumava contar histórias. Eu fiquei em choque quando vi a foto dela, não sabia o que responder. Senti uma vontade de chorar ao lembrar dela, então novamente aquelas cenas vieram na minha cabeça, cenas do acidente e deixei uma lágrima escapar.

 

E: ei, você está bem? – ela se levantou preocupada e pegou em meu rosto enxugando a lágrima. – está tudo bem?


G: ã? – disse acordando dos pensamentos.


E: o que houve? – perguntou preocupada.


G: ah...nada. nada não.


E: tem certeza?


G: está tudo bem. – disse balançando a cabeça positivamente. – vamos. – disse puxando-a pela mão pra levá-la até a porta.


E: então tchau. nos vemos qualquer dia desses. – disse acenando pra mim e foi até o carro.

 

Fechei a porta de casa e subi pro meu quarto. então a tristeza tomou conta de mim e eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser na minha avó Helena. Não gostava de me lembrar dela, queria tentar esquecer tudo e tentar esquecer mais ainda que eu fui o culpado da morte da pessoa que eu mais amava no mundo. Chorei a tarde inteira.

Mais tarde Mikey chegou e me viu meio triste deitado em minha cama olhando pro teto e se jogou na minha cama sentando ao meu lado.

 

Mi: que tá pegando?


G: nada não.


Mi: aconteceu alguma coisa?


G: não. E como foi o passeio? – mudei o assunto.


Mi: foi divertido, fomos ao cinema depois fomos na casa de jogos e brincamos naquele brinquedo de dar socos, fiz mais pontos que a mamã... – e parou de falar. – foi mal.


G: não estou com raiva.


Mi: sei que não gosta que a chame assim.


G: eu não gosto de chamá-la assim por que a única pessoa que foi minha mãe, foi a vó helena. – e voltei a ficar pensativo.


Mi: falando nisso, você já pode falar comigo sobre aquela noite?


G: * respirei fundo * Mikey...por favor, esquece isso.


Mi: mas é que...eu preciso tirar isso da minha cabeça.


G: não quero me lembrar disso, é uma culpa que vou carregar sempre comigo aqui dentro...


Mi: mas é que...


G: falei grego? – e ele se calou e foi pra cama dele e tirou uma camisa de dentro de uma sacola, provavelmente Donna comprou pra ele.

 

O telefone tocou e Donna me chamou, desci e peguei o telefone curioso pra saber quem me ligava.

 

G: alô.


F: fala aí cara, tenho um convite pra você e seu irmão. Emily me ligou e pediu pra te chamar pra irmos todos amanhã na casa dela tomar um banho de piscina depois da aula. Já é?


G: não sei cara...


F: vamos, não vai deixar a gata plantada, vai?


G: vou pensar no seu caso.


F: então ta marcado ok? Vou lá, tchau.


G: tchau. – e ele desligou. 

 

Quando coloquei o telefone no ganho Donna estendeu uma sacola pra mim.


D: pra você. – disse sorrindo, querendo ser amigável.


G: Valeu.


D: não vai abrir? – disse me encarando. Abri e havia uma camisa dentro. –
gostou?


G: é bonita.


D: pedi ajuda ao Mikey já que...


G: já que nem o gosto dos filhos você sabe...eu entendo, anos sem nos ver...


D: ok...pense como quiser...não tiro sua razão. – percebi que ela ficou meio desapontada e se retirou pra cozinha chateada com o que tinha ouvido de mim.

No dia seguinte...

Como o combinado, depois de passar em casa, Mikey e eu fomos à casa da Emily. Quando tocamos a campainha quem atendeu foi uma moça dos cabelos loiros e curtos e olhos enormes e azuis como os de Emily.

 

R: oi, quem são? – perguntou a moça que tinha a voz baixa e tranqüila.


E: oi. – disse Emily aparecendo atrás de sua mãe e puxou mikey e eu pela mão pra dentro da casa dela. – são meus amigos: Mikey e Gerard.


R: prazer. sou a mãe de Emily, Rose.


M e G: prazer.


R: deixa eu voltar pra cozinha então, fiquem à vontade. – e entrou no
corredor.


E: então venham. – nós seguimos até um outro cômodo que tinha uma parte da parede toda de vidro que dava a visão pra piscina e tinha a porta também toda de vidro que nos levava até lá.  – fiquem à vontade meninos. – disse parando de frente pra nós olhando nossas caras de abobalhados.


M: não sabia que tinha piscina.


E: e então vão ficar olhando ou vão nadar?


F: e aí pessoal? – quando olhamos pra piscina vimos Frank dentro dela se debruçando na borda.


E: vamos lá.

 

Mikey e eu tiramos nossa camisa e calça e ficamos só de bermuda. Entramos todos na piscina e olhamos pra Emily que ainda estava de roupa. Frank a chamou pra piscina e então ela tirou a saia e a camisa que ela estava ficando só de biquini. Senti que uma parte de mim estava ficando bem animado ao vê-la só de biquíni. Ela mergulhou na piscina e se agarrou nas costas do Frank.

 

E: gente a água ta ótima.


F: segura na borda por que você está me enforcando. – ela começou a rir e se segurou na borda da piscina.


Mi: eu adoro piscinas. – disse ele rodando na piscina feito um lunático.


E: pode vir quando quiser pra usar a piscina. Eu já até enjoei, há não ser no verão por que não tem lugar melhor pra se estar.


F: tem piscina e ta assim? Ta precisando de um sol Emily.


E: ai cala a boca Frank. – e empurrou a água jogando na cara dele.


F: To brincando. – e depois olhou pra mim que observava tudo calado. – e você Gerard? Ta gostando?


G: ta bem agradável sim.


F: Olha só  o que eu vou fazer no seu irmão. – e ele nadou até Mikey e o afundou pressionando a cabeça dele pra baixo. Quando mikey voltou pra cima começou a respirar fundo.


G: Frank, ele tem asma porra.


F: foi mal, eu não sabia.


Mi: bombinha... – dizia ele respirando ofegante. Frank saiu da piscina e pegou a bombinha dele que estava dentro da mochila e o entregou.


F: foi mau cara.


Mi: idiota. – disse ele enquanto usava a bombinha.

 

Os dois ficaram conversando e eu me aproximei de Emily que estava na borda olhando pros dois e ainda parecia assustada.


E: nossa! O seu irmão me deu um susto.


G: eu já me acostumei.


E: Ainda estou em choque. – e ela começou a rir de nervoso. 


G: ele já está bem.


E: que bom né?


G: E aí, o que fez ontem quando voltou?


E: ah, cheguei e fiquei ensaiando a coreografia do time por um tempinho e depois acabei dormindo de tão cansada. – e ela começou a rir de novo.


G: lindo sorriso. – deixei escapar.


E: o que disse? – perguntou ela franzindo a testa.


G: eu disse que é lindo seu quintal.


E: ah, é sim. Meu pai é decorador de interiores e parece que de exteriores
também né?


G: legal. E sua mãe é o que?


E: analista de sistema.


G: já vi que herdou muita coisa dela.


E: por que? Por que eu amo computador?


G: é.


E: mas eu não quero trabalhar com isso.


G: não?


E: não, eu quero mesmo é ser dançarina ou coreógrafa.


G: nossa, isso mesmo não tem nada a ver.


E: é, eu ainda não disse pros meus pais por que eles querem que eu seja como minha mãe e trabalhe na área de informática, mas não é o que eu quero de verdade.


G: então diga pra eles.


E: não será tão fácil.


G: eu sei que não...mas se não tentar, vai acabar fazendo algo que não goste.


E: um dia...quando acabar meus estudos...


G: espero que consiga convence-los. Vou estar torcendo por você.


E: valeu. – ficamos calados nos olhando quando resolvi ver o que Frank e mikey faziam já que estavam tão quietos e quando olhei não tinha mais ninguém na piscina além de nós dois


G: cadê o mikey e o Frank?


E: ué? Não vi eles saírem da piscina. – disse olhando comigo de um lado a outro.


G: onde será que eles foram?


E: eu vou ver lá dentro se quiser.


G: ta. – quando ela subiu na borda da piscina eu a segurei pelo braço. Não sei o que deu em mim. Por um impulso eu a puxei de volta pra piscina. – espera...


E: O que foi? – e ela olhou pra mim com aqueles olhos que me deixavam
hipnotizado.


G: eu preciso te falar uma coisa.


E: comigo? Sobre o que? – perguntou curiosa e nadando pra perto de mim e colocou os braços em volta do meu pescoço fazendo com que ficássemos mais próximos ainda. – e então...? – ela perguntou me olhando curiosa.

 

Nosso olhar se encontrou e ficamos como hipnotizado um pelo outro até que eu fiquei com coragem e fiz o que eu queria fazer naquela hora e a beijei. A beijei e ela envolveu suas pernas na minha cintura e eu passei a mão pela sua cintura apertando-a contra meu corpo enquanto ela me beijava e acariciava meus cabelos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontro do Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.