Bacchus, Conselheiro Amoroso escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo I - O começo de tudo


Notas iniciais do capítulo

Uma comédia bem divertida!!
Boa leitura!!



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Bacchus, conselheiro amoroso

Uma competição de beber.

Uma nova rede social.

Uma nova amizade.

Grandes conselhos...

(Fic dedicada a Pituchuca-chan que ressuscitou dos mortos após um vírus maligno tentar derrubá-la!! Força Pi-chan!)

Capítulo I - O começo de tudo

Era uma noite quente numa cidadezinha que ficava entre Magnólia e Dogwood e uma dupla de magos altamente alcoolizados estava deitada sobre a relva observando as estrelas, ou talvez tivessem apenas curtindo a entorpecencia dos muitos barris de bebida que ingeriram. Estavam no limiar do grande porre e do coma alcoolico.

Empate era o resultado daquilo.

Haviam bebido o suficiente para uma festa da Fairy Tail.

Ambos quase podiam sentir o sangue ser substituído por álcool pouco a pouco, a cabeça leve, os membros amolecidos, um soninho tentador sem dizer a vontade alucinada de rir de qualquer coisa, ela se mexesse ou não. Juntando toda a sobriedade que lhe restava, não que restasse alguma, Bacchus virou o corpo de lado apoiando a cabeça na mão, vendo o corpo esguio da Alberona, não muito coberto pela pouca roupa que ela usava comumente ser iluminado pela luz do luar.

Uma belíssima espécime feminina que ainda conseguia beber com ele, era por assim dizer a garota ideal.

- Então nee-chan...

- Hum? – a maga virou o rosto corado para ele –

- Quais são suas segundas intenções com esse encontro? – falou malicioso fitando-a com fome –

- Tsk... Nenhuma... Eu só queria revanche! Você roubou meu top favorito!

Respondeu em uma facilidade quase inacreditável e impossível de ser mentira, visto que ela não poderia mentir estando alcoolizada naquele nível. O grande falcão teve que gargalhar diante daquela situação. Realmente Cana Alberona não era uma mulher dentro dos padrões.

- Nee-chan, nee-chan... Assim você acaba comigo… - ainda ria – Vamos admita que você me deseja...

A maga fechou os olhos e riu cristalinamente, estava mesmo ouvindo aquilo?

Oh kami... Juntando muita força sentou-se sentindo o mundo dar loops ao seu redor e a cabeça leve. Analisou o espécime masculino a sua frente. Haviam tatuagens estranhas sob os olhos que combinavam com ele, um peitoral de dar inveja a muito homem por aí, uma altura condizente... talvez um e noventa(?)... Os cabelos compridos estavam sempre aparentemente limpos e bem arrumados e com certeza ele tinha aquele tipo que dizia que era bom em tudo o que fazia. Tudo mesmo. Sem dizer a tolerância assombrosa aos derivados de álcool. Realmente o tipo de cara com quem sairia fácil, fácil...

Em outros tempos.

- Bacchus... – disse apontando o dedo no nariz dele e perdendo o fio da meada por alguns segundos – Você é realmente gostoso, eu confesso... Tem jeito de que domina o assunto, é poderoso e com certeza deve ganhar muito bem... características que realmente me atraem... – ela riu – Todavia...

- Todavia? – o homem ergueu uma sobrancelha e segurando o pulso feminino deu uma mordidinha no indicador que estava em riste –

- Estou temporariamente estragada para qualquer outro homem que não seja meu atual-filho-de-uma-maga-e-bastardo-peguete, ou casinho, ou tico-tico no fubá! Chame como quiser... Não sei o que aquele desgraçado fez comigo... Mas enfim... Nem você a personificação do  cara com quem eu facilmente teria um caso me faz querer seu corpo nu.

E ela caiu na gargalhada de novo caindo para trás com as costas sobre a relva macia daquele lugar. Bacchus ficou um tempo em choque, sem dizer que todo aquele álcool tinha lhe deixado com o raciocínio mais lento, mas depois caiu na gargalhada junto.

- Bem nee-chan, se mudar de ideia pode ter certeza que vou adorar ter seu corpinho lindo junto do meu fazendo loucuras...

E assim os dois apagaram.

Nascendo ali uma estranha, alcoolizada e bizarra amizade entre dois grandes apreciadores de bebida.

***

Alguns dias depois, já de volta a Fairy Tail, Cana estava chegando por volta das nove horas ao salão da guilda para tomar sua dose habitual e matinal de bebida. As coisas ainda estavam tranquilas, afinal, titânia e companhia ainda não haviam chegado... Digamos que eles eram geralmente a faísca que incendiava toda a fuzaca e discórdia por ali.

Cumprimentou alguns rostinhos conhecidos e sentou-se em seu lugar habitual no balcão e Mira, eficiente como sempre, lhe trouxe uma cabeça  cheia de rum e café forte. Olhou ao redor e notou que um certo quarteto ainda não havia retornado... Não que isso fosse da sua conta obviamente. Afinal, não passava de um casinho de meio expediente daquele projeto loiro de idiotice. Resolveu se concentrar em seu café.

- Ah, Cana, chegou uma encomenda para você ontem, mas com toda a confusão da briga que tivemos nem lembrei de entregar.

- Encomenda? – franziu o cenho –

- É sim... – a albina arrancou uma caixinha comprida e baixa de debaixo do balcão – Veio de Dogwood, mas não tem remente.

Dogwood? A morena estranhou e pegou a pequena caixa marrom toda envolvida com durex onde em uma caligrafia horrível estava escrito seu nome e o endereço da Fairy Tail. Quando já estava prestes a pedir uma faca para cortar toda aquela fita adesiva viu Mira já segurando uma com um sorriso no rosto. Ela deveria estar morrendo para saber o que tinha ali e quem tinha mandado.

Tranquilamente cortou o involucro e tudo o que encontrou foi uma caneta. Aparentemente parecia uma Magic pen como a que Mira usava as vezes para fazer seus desenhos horrorosos, não havia nada além disso, nem um bilhetinho. Ficou fitando o objeto entre as mãos e sentindo o olhar tão confuso quanto o seu da amiga.

- Nani?

Já estava prestes a deixar para lá quando Levy, Jet e Droy chegaram se sentando a sua direita para o café e a pequenina maga azul salvou o dia.

- Bom dia, Mira-chan... – ela parou o resto da frase – Isso ai é uma cyber magic pen?

- Isso aqui? – balançou a caneta –

- É isso ai mesmo! Você comprou uma Cana? Caramba que legal!! Posso ver, posso ver! Eu estava louca para ver uma de perto!

- Er pode... Mas o que exatamente é isso? Acabei de receber isso e nem sei quem mandou!

A garota ficou alguns minutos entretida analisando a caneta colorida antes de responder.

- Bem, não sei se já ouviram falar da nova rede social que está bombando entre os magos e os não magos? A Cyberpen?

Mira e Cana fizeram sinal negativo com a cabeça.

- Bem, Cyberpen é a rede social do momento. Foi criada em um laboratório de pesquisa baseada na magia archive. Acho que tem um carinha na Blue Pegasus que a utiliza... O Hibiki acho... Bem, ela consiste em o portador escrever uma mensagem em qualquer lugar, chão, mesa, papel, ar, pele... E apertar esse botão... – apontou para o botão que em canetas comuns seria para descer a ponta – Instantaneamente a mensagem é enviada para o outro portador com quem se está conversando, sendo carregada diretamente na mente dele e vice-versa.

- Wow... Não sabia disso, Levy-chan! – disse Mira servindo o café do trio –

- É bem recente ainda, mas já está fazendo muito sucesso... E caramba Cana, alguém quer muito falar com você porque só existem  duas maneiras de se tornar parte da rede. Comprando uma caneta obviamente... E Cada caneta dessa é pelo menos 60.000 joias ou receber uma de alguém que já faça parte da rede e que possua uma conta especial que lhe dá direito a mais duas canetas para ter mais duas contas.

- 60.000 numa canetinha? – a morena arregalou os olhos –

- Cada pessoa que entra na Cyberpen não compra só uma caneta, compra uma conta que é única e intransferível e essa pessoa não importa quantas canetas tenha, só pode ter uma conta... Uma maneira de diminuir aquela coisa de fakes. Quem te deu essa caneta comprou um combo de três que estão interligadas, assim que você ativar sua conta, essa pessoa estará imediatamente na sua lista de contatos. Isso quer dizer que as mensagens correm mais rápido e a menos queda ou perda de informações para com essa pessoa.

- Hum... Quem será que quer tanto falar com você em Cana? – a garçonete sorria perigosamente –

- Deve ser coisa do velhote... Como faço cadastro, Levy?

- Hum... Deixe eu te ensinar.

***

Ao contrário do que a Alberona pensou, não foi seu pai que lhe deu a caneta e sim Bacchus. Assim que ativou a conta recebeu uma mensagem em sua cabeça com um “olá, nee-chan!”. Obviamente que apesar do susto e da curiosidade das amigas, não contou a elas quem era do outro lado da linha. Para o beicinho de Levy e fúria de Mira.

Resolveu sair do balcão para não acabar sendo acertada por uma borrifada de álcool 70 de limpeza ou qualquer represália do tipo. Sentou-se numa mesa mais ao canto onde em cima do tampo da mesa mesmo começou a escrever suas mensagens que iam aparecendo diante de seus olhos e depois ficando invisíveis. E logo recebeu respostas.

Nee-chan, demorou para fazer sua conta!

A mensagem era carregada em sua mente de maneira magistral. Muito divertido.

Só peguei a caneta hoje, porque não mandou nem um bilhetinho?

Bem nee-chan, no nosso último encontro você falou algo sobre um cara, não queria te comprometer!

Hahahahahhaha. Nossa quanta consideração... mas então porque me mandou isso? Me falaram que isso aqui custou muitas de joias!

Dá nada, isso foi só o bônus da minha última missão! Nada demais e eu queria conversar mais com você!

Okay, foi até legal aquele dia... Apesar de algumas partes da nossa conversa terem ficado nubladas por causa do álcool!

Hehehehe... mas eu lembro de você dizendo claramente que me acha gostoso e que em outras épocas ficaria facinho comigo!

A Alberona teve uma crise de riso ao ouvir isso chamando atenção das pessoas ao seu lado. Era um misto de riso e vergonha.

Bem, eu falo coisas meio sem pensar alcoolizada! Não fique se achando!

Ai nee-chan, o que foi dito não pode ser retirado! Mas então, já se acertou com o tal cara?

Nem o vi, ele adora sumir em missões quando estamos numa fase mais distante... Tipo caramba não é como se eu fosse mordê-lo ou persegui-lo!

Como um homem pode deixar toda essa beleza assim desamparada? Hahahahahha.

Cana corou. Bacchus não tinha papas na língua e muito menos freios em sua caneta.

Pois é... Temos um relacionamento instável... A história da minha vida, sair com caras mais velhos, se bem que ele é pouco mais velho, que ficam curtindo com a minha cara!

Um brinde a esse babaca! Hahahhaha como tem agido com ele?

Bem, não faço o tipo pegajosa não, nunca tive saco para isso! Mas eu tento ocasionalmente me aproximar...

Ai nee-chan... Não ser pegajosa já é uma ótima, mas se está em um caso vai e vem, nada de procurar o cara! Isso só o deixa convencido e com certeza de que te rejeitar um pouco não vai fazer mal!

E qual sua opinião masculina sobre isso, garotão? Não é como se eu o perseguisse, eu só não fico parada esperando!

Nee-chan, pelo teor da nosso última conversa onde você exaltou todas as minhas qualidades e masculinidade hahahahhahahha, penso eu que você seja atraída por homens alfa. Que goste de imponência! Então, falando por mim mesmo, esse tipo de homem gosta muito mais do que qualquer outro da adrenalina da caçada!

Nani??? Por Mavis, eu estava bêbada, nada do que disse é confiável!! Você nem é tão bonito assim!!!!!!

Hahahhahah... Por quem, nee? Deixa para lá... Continuando, esse tipo de homem assim como a maioria, quando está interessado, corre atrás. E por mais que goste de você, não vai dar o braço a torcer fácil, sem dizer que se você ficar dando mole demais vai só inflar o ego do babaca!

E o que quer que eu faça? O ignore?

Isso mesmo... Mas nada de ignorar como se ele não existisse, isso é quase um carimbo na testa de ‘eu me importo’. O trate como trataria qualquer outra pessoa ai da sua guilda! Seja espontânea, não fique olhando e procurado... Fale com as pessoas, faça missões, converse com os amigos!

Oh kami... Estou mesmo tomando conselhos com um cachaceiro que roubou meu top favorito???

Não seja rancorosa! E seu top será guardado para sempre como um prêmio!

Seu idiota! Se não vai me devolver podia ao menos me dar um novo!

Hahahahhahah.... Seria um prazer! Mas eu teria que medir de perto o tamanho! Pode ser, nee?

Oh... Vai se ferrar! Mantenha essas mãos longe dos meus peitos! E tchau, já devem estar achando que sou louca aqui...

Okay, Nee-chan... E não se esqueça... Four...

A mulher não respondeu por alguns segundos.

Wild.

Desativou a caneta e olhou ao seu redor. Deveria ter sido o centro das atenções afinal enquanto recebia as mensagens de Bacchus sentiu que fazia as mais diversas caretas e ria descontroladamente tinha momentos. Mira veio se esgueirando com sua bandeja e uma cara de quem queria saber.

- Então Cana parece que se divertiu... A conversa estava boa em?

- Estava ótima, Mira... O... – os olhinhos azuis brilharam  - Bem foi legal, obrigada pela cerveja.

A garçonete saiu fazendo biquinho e arrancando risadas da morena.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem gente, hoje estou numa onde de postar fics que originalmente seriam ones, mas com certeza seriam longas demais e acho que isso às vezes desestimula vocês a lerem e comentarem! Então resolvi dividir essa história em três partes, e obviamente que o próximo post vai demorar proporcionalmente a quantidade de gente legal que comentar, mas sem pressão!!

Eu sinceramente acho que o Bacchus e Cana combinam como amigos, ouviram COMO AMIGOS, e convenhamos que ele a ajudando a conquistar o Laxus vai ser engraçado. Talvez o próximo capítulo seja mais longo, umas dez páginas??

Kisskiss, Anny Taisho