A Garota da Profecia escrita por Ray chan
Notas iniciais do capítulo
Estou de volta com mais um capítulo o/ Agora de título novo, como podem perceber ^^
Como o que eu estou escrevendo no meu caderno já está bem adiantado (e sim, eu faço a maioria das minhas fics ao modo antigo, manuscritas xD) o título, na parte onde estou, fica melhor desse jeito. E provavelmente será o título final/oficial.
Hoje vou dar uma bronca em vocês, povo. (eu amo vocês que leem, mas vou dar '-'). Mas só lá no final. Por enquanto, espero que gostem deste capítulo.
Boa leitura.
Capitulo VII - Ela é como a gravidade, atrai problemas e imortais
Espalhados pelo QG, Arme, Lire, Elesis, Lin, Holy, Mari, Azin, Ronan, Ryan, Jin e Lass cumpriam o castigo da comandante Lothos por ter ficarem jogando, acordados até de madrugada, o que significava ter que limpar o próprio quarto até ficar brilhando como a joia da rainha e algum outro cômodo gigante ou cheio de poeira, e somente depois poderiam almoçar, isso enquanto viam os outros integrantes não envolvidos no castigo comerem normalmente.
– Ah, querida... Ainda está sujo ali. – Rey “avisou”, apontando para um canto que Lire havia limpado não fazia nem cinco minutos enquanto a asmodiana, sentada à mesa de refeições, saboreava um delicioso filet mignon ao molho madeira com arroz à piamontese feito pela mestre cook da caçada, Mary Jane.
Lire, vestida de maid – o que também fazia parte do castigo – e com uma vassoura na mão, estreitou o olhar para Rey.
– Se não vai ajudar, não atrapalha, Rey... – a elfa falou, ignorando o sarcasmo da garota e voltando a se concentrar no castigo.
– Se fosse eu, dava um “cala boca” nessa dondoca metida! – a voz era de Elesis e vinha de um corredor repleto de janelas que ela estava lavando, próximo a sala que Lire estava varrendo.
– Como é que é, sua desclassificada?! – Rey rapidamente se levantou pronta para comprar briga.
Lire suspirou. Além de ter que limpar, ainda tinha que ficar ouvindo barraco alheio.
– Vem aqui que eu te mostro a “desclassificada”! – Elesis provocou.
E Rey realmente iria se Amy não irrompesse na sala, gritando extremamente empolgada para quem quisesse ouvir que havia visto Sieghart e a recém-chegada, Lya, juntinhos e cheios de intimidade, sem esquecer, é claro, do beijo que ela havia presenciado, embora o tivesse fantasiado bastante.
– Eeeeh?!! – as pessoas da sala exclamaram surpresas.
Mas não só estas, pois em um segundo todos os que estavam cumprindo os seus castigos em algum canto da casa enorme juntaram-se na sala de onde viera a fofoca, exceto por Azin e Lass – que ouviram, mas não se interessaram o suficiente para ir até a sala.
– Relacionamento amoroso entre um imortal e uma recém-descoberta Cyran? – Mari analisou considerando ambos seus espécimes de estudo – Eu preciso acompanhar esse experimento.
Perto de Mari, Holy olhou para ela de lado, estreitando os olhos.
– Ah, por favor! – Elesis jogou o pano úmido que estava usando para lavar as janelas dentro do seu balde cheio de água e sabão – É o Sieghart, gente! Sieghart! – ela sacudiu os braços para o alto para dar ênfase – Até parece que ele se contentaria com uma humana comum sendo ele como é! Sem contar a fonte – a ruiva indicou Amy – Que não é assim tão confiável.
– Ei! – Amy reclamou.
Arme se intrometeu antes que se iniciasse uma briga.
– Pode ser que você esteja certa, Elesis, mas, primeiro: – ela ergueu um dedo – Lya não é sequer humana, além de ser muito bonita. E segundo: – ergueu um segundo dedo – Acho melhor você olhar para trás. – ela apontou.
Elesis e todos os outros olharam para onde Arme apontava e viram Sieghart e Lya a poucos passos; o moreno, com um sorriso travessado e a morena, confusa; com certeza teriam ouvido boa parte da discussão.
– O que as “marias fofoqueiras” já estão falando sobre mim? – Sieghart questionou, aproximando-se do grupo com Lya ao seu lado.
– Você... E ela... Em um dia...? – Elesis balbuciou sem acreditar no que via.
Sieghart esticou um sorriso travesso.
– O que foi? Pretendia se confessar para mim? – ele provocou ainda mais, enlaçando os ombros de Lya e trazendo-a para mais perto – Perdeu a sua chance, ruivinha.
Elesis corou forte, chegando a recuar um passo e perder momentaneamente as palavras.
–...! O-O qu...!
Mas antes que a ruiva pudesse começar a ameaçar a integridade física do imortal – com direitos a chutes e socos, diga-se de passagem – Lya afastou o braço ousado de Sieghart, lançando-lhe um olhar repreensivo por estar enganando os seus companheiros daquele jeito e ainda envolvê-la nisso.
– Não é nada disso que vocês estão pensando. – ela falou, virando-se para o grupo de garotas vestidas de maid e garotos sem camisa, ambos com utensílios de limpeza variados – O que aconteceu foi que, estranhamente, vocês, humanos, não tem o costume de perdoar com ações, mas em Cyrus é normal beijar o rosto para simbolizar o perdão. Foi só isso.
Todos falaram um “Aaaaah...” arrastado de compreensão.
– Que bom que tudo não passou de um mal entendido, não é, Elesis? – Lin se pronunciou com um sorriso inocente, deslizando para o lado da ruiva.
Elesis olhou para ela e franziu as sobrancelhas.
– O que você quer dizer com isso?
– Ora! Agora que você sabe que o Sieghart está livre e desimpedido, pode se confessar a ele! – ela zombou, caindo na risada do segundo seguinte.
– Ora, sua...! – o rosto de Elesis esquentou de vergonha, ou talvez de raiva, ou quem sabe pelos dois, e ela disparou atrás de Lin, que fugiu rindo alto – Volta aqui, maldita!
Os heróis riram, incluindo Lya, assistindo ao “pega-pega”, mas todos se interromperam em um segundo quando uma figura alta e imponente irrompeu na sala com uma aura impaciente emanando do corpo.
– O que vocês pensam que estão fazendo?! Querem, além da limpeza, ficar sem almoçar também?!
Todos emudeceram diante da comandante Lothos; Elesis e Lin pararam de correr, recuando para perto do grupo em busca de um mínimo de segurança. Ninguém queria ter um castigo ainda pior por falar alguma coisa que não agradasse à Lothos. A comandante, por sua vez, passou os olhos pelo grupo – cada um engolindo em seco ao sentir o olhar impaciente da loira – e então direcionou toda a sua impaciência a Sieghart.
– Sieghart. – o nome dele saiu com um tom indefinível de gelar a espinha que fez os outros sentirem até pena do moreno.
– Urg... – Sieghart gemeu, prevendo um futuro ruim – Sim... Comandante...?
– Algo a dizer em sua defesa? – Lothos perguntou, levando as mãos a cintura.
– Ah... Sim, na verdade, sim. E eu ficaria felicíssimo em explicá-lo... – antes que ele pudesse terminar, Lothos ergueu uma mão em sinal para o moreno se calar, e ele rapidamente obedeceu.
Lothos fechou os olhos por um momento – recuperando o fôlego – e apertou a ponte do nariz, reunindo paciência. Bendito dia que resolvera administrar um grupo cheio de jovens.
– Certo. – ela falou depois de um tempo, fitando o imortal – Rey, Lupus, Dio e Zero são os únicos que não receberam castigo. – informou – Sieghart está responsável pela limpeza dos respectivos quartos e só então poderá almoçar.
– O que?! – Sieghart gemeu, incrédulo.
– Há. – Rey zombou – Hoje, James terá folga.
– Se ferrô. – Elesis soltou um riso nasal debochado, sentindo-se vingada por ele ter tirado sarro dela há pouco.
Sieghart desistiu de rebater para o castigo não piorar – se é que podia piorar ter que limpar o quarto de Dio, seu rival declarado, que com certeza estaria lá para vê-lo com um sorriso satisfeito nos lábios.
Pelo menos o próprio Dio em pessoa não havia escutado a ordem de Lothos.
– Ah...! Diiio...! – Rey acenou euforicamente para o asmodiano que chegava na sala, acordado pelo barulho – Tenho ótimas notícias para você.
Sieghart espalmou uma das mãos no rosto.
–...
Agora sim. Estava ferrado de vez. E tudo por causa dela...
– Eu te ajudo, Sieghart. Afinal, isso é meio minha culpa, de certa forma. – Lya disse ao ver a expressão desesperançada de Sieghart, inclinando-se para vê-lo por baixo e sorrindo inocentemente.
–... – Sieghart afastou dois dedos, abrindo uma brecha para fitar a garota por entre os dedos.
E ela sorria de tal modo que o fez perder toda a vontade de culpá-la pelo trabalho penalizante que recebera. Ele tirou a mão do rosto e suspirou, ajeitando a postura, seguido por Lya.
Sieghart tentou dizer algo, mas no minuto seguinte Tammy entrou na sala sem sutileza alguma, totalizando dezesseis pessoas só naquele cômodo.
– Não, senhorita! – ela correu para Lya com o semblante preocupadíssimo, chamando a atenção de todos – O que faz aqui? Em pé?! Eu apliquei em você o dobro da dose normal de tranquilizantes!
Todos olharam surpresos para a Cyran, “Como você está de pé?!”, estampado em seus olhos arregalados.
– Ahn... Parece que as suas medicinas não funcionam normalmente no meu corpo. – Lya falou calmamente – O corpo dos Cyrans é normalmente mais resistente que o de grande parte de outras raças. Para que consigamos resistir as diferentes pressões gravitacionais das diferentes dimensões em dobro, por conta de nossos Enns. – ela sorriu levemente, tentando despreocupar a enfermeira aflita.
Mas Sieghart, com um olhar de canto, percebeu que a menção aos Enns recém perdidos daquela garota acrescentou um traço de melancolia ao sorriso dela. Mas ele sabia que não podia esperar que Lya superasse em um único dia a morte dos seus tão amados companheiros. Só por ela ser forte, não significava que era de pedra, cedo ou tarde desabaria fisicamente também.
– Mesmo assim, senhorita! Volte para a enfermaria, por favor! O seu estado pode ter melhorado bastante desde a sua chegada, mas o seu corpo ainda está sensível e instável, não sabemos como ele pode reagir aos danos de um confronto, de uma dimensão diferente e de instabilidade emocional! – Tammy argumentou realmente aflita, referindo-se por último ao descontrole de Lya há algumas horas, na enfermaria, ao descobrir o que havia acontecido aos seus Enns.
A injeção-colar da mascote balançava de um lado para o outro, seguindo o desespero de Tammy.
– Acalme-se, Tammy... – Lya pediu, tranquilamente.
– Mas ela está certa, Lya... – a maga, Arme, que ajudara no tratamento da Cyran entrou na conversa, aproximando-se alguns passos da morena – Você deveria descansar por hoje. Principalmente se a nossa medicina não é tão eficaz em você.
Lya alternou entre sorrir para Arme e Tammy, cujos espíritos inquietos estavam tornando a situação pior do que parecia na cabeça da Cyran.
Não era como se estivesse a beira de ter um colapso...
– Não se preocupem tanto. Eu estou...
De repente, a visão de Lya escureceu momentaneamente.
– Lya? – Arme percebeu que tinha algo errado.
–... Bem...
– Lya, o que...
Antes de Arme conseguir completar a sua fala, Lya perdeu o equilíbrio repentinamente e a sua visão escureceu de vez; Arme soltou uma exclamação de surpresa; Tammy tapou a boca com as mãos e os outros olharam assustados, mas Sieghart segurou Lya automaticamente antes que ela pudesse cair no chão e se machucar.
– Oy! – o moreno chamou e sacudiu o corpo da garota levemente, tentando acordá-la, mas ela parecia estar empalidecendo e nada disposta a mover um músculo.
– Sieghart, leve-a para a enfermaria agora! – Lothos ordenou, esticando o braço na direção que ele deveria seguir – Arme, Holy e Tammy vão com ele; o resto de vocês volte ao castigo. – ordenou para os heróis restantes, acrescentando em seguida para não ser contrariada uma frase determinante – Uma multidão só irá sufocá-la e atrapalhar o tratamento.
E, com isso, Lothos se retirou para o corredor, atrás de Tammy, Holy, Arme e Sieghart com Lya desmaiada nos braços, que já haviam disparado na frente assim que a comandante ordenara.
Depressa, Tammy pediu para Sieghart por Lya na cama da qual ela não deveria nem ter saído, ele a obedeceu prontamente, sustentando-a nos braços esticados e deitando-a com cuidado, tentou se afastar para dar espaço às meninas, mas de repente sentiu seus dedos da mão esquerda serem agarrados por dedos frágeis.
Lya?
Sieghart olhou para o rosto moreno sobre a cama. Ela ainda estava completamente desacordada. Mas era como se a voz dela murmurasse em seu ouvido:
Não vá.
Tammy tirou Sieghart do caminho, analisando os ferimentos de Lya ao mesmo tempo em que buscava aparelhos e orientava Arme e Holy a dar atenção as partes que julgava mais preocupante; os dedos fracos deslizaram para longe da mão do moreno; em seguida, Lothos entrou no quarto.
– Obrigada, Sieghart, mas tenho que pedir que se retire agora. – ela tocou-lhe os ombros, guiando-o para fora do quarto – Junte-se aos...
Interrompendo as palavras da comandante, um risinho com traços de incredulidade no que estava prestes a fazer veio de Sieghart. Ele se virou e tirou a mão de Lothos do seu ombro, tinha decisão nos seus olhos, embora sorrisse como se não acreditasse no que ele próprio estava fazendo.
– Lamento, comandante. Mas terei que desobedecê-la desta vez.
–... – Lothos simplesmente não via como poderia dizer não àquele olhar decidido.
Sieghart voltou para perto de Lya, observando-a por trás das meninas que se mexiam apressadamente ao redor dela. Ele ainda não compreendia como Lya conseguia desestabilizar cada ação e pensamento dele... Era apenas como a gravidade, atraindo-o para ela, despertando nele um instinto aguçado de não a deixar se machucar que Sieghart julgava ter perdido há muitos anos.
Talvez por isso ele não quisesse vê-la lamentar pelos seus Enns, pois talvez o seu instinto não suportasse ver lágrimas no rosto de Lya.
Porém estas eram apenas teorias incipientes remexendo-se dentro de Sieghart. E enquanto nada fazia sentindo, o “não vá”, que ainda pairava insistente no ar, sendo a única coisa clara no meio de todos os sentimentos indistinguíveis que começavam a reagir no fundo do moreno, era o que guiaria os passos de Sieghart por enquanto.
E o primeiro passo a dar era não sair do lado de Lya.
Fim do capítulo VII
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Ufa, terminei mais um o/// Eu pensei que esse capítulo ficaria menor, mas ficou do tamanho dos normais que eu faço xD Quando escrevo nas folhas não tenho muita noção se fica grande ou não :B
Bom, bom... Então o que acharam? Digam nos reviews, espero-os ansiosamente *-* E também é sobre isso que eu queria dar um broncazinha em vocês :x Assim, eu adoro vocês, leitores, que estão acompanhando a minha fic.... Mas, please, eu sei que dá preguiça as vezes... Mas, se vocês leem, comentem, please. Sem o review eu fico perdida, não sei se ta bom, se ta ruim, se eu devia parar de escrever porque ta chato pra caramba... '-' Agradeço àqueles que comentam, pois me ajudam muito e fazem com que eu não desanime com a fic ^^. Aos que estão acompanhando e não se pronunciam, por favor, comentem também, a opinião de todos é muito importante.
Desculpem o texto longo, mas era isso :P
Pronto, pronto... Passou!
Obrigada aos que leram, eu espero que tenham gostado, mesmo s2
Bjs,
Ray chan.