A Garota da Profecia escrita por Ray chan


Capítulo 4
Capítulo III - Não falem com estranhas


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá o/ Voltei, sentiram minha falta? (não? '-')
Em fim... ^^" Antes de mais nada, um agradecimento à Lollipop Blood que favoritou a minha fic *-* Thx, sua linda *-* E também ao Arthur, que igualmente a favoritou *-*

De volta à história, finalmente a minha personagem (ainda sem nome) vai acordar nesse capítulo *-* Vai ser um capítulo menor que o anterior, mas eu compenso depois xD

Boa leitura.



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Capítulo III : Não falem com estranhas - nem as tragam para casa


Manhã do dia seguinte, 8:00, domingo

Um alto falante começa a chiar, inicialmente com tanta estática que não se entendia nada, mas alguns segundos depois a voz forte da comandante Lothos tornava-se compreensível.

– “Todos os heróis, o café da manhã será servido em meia hora. Repetindo. O café da manhã será servido em meia hora. Não se atrasem.” – o alto falante estalou e então ficou mudo outra vez.

Nos quartos, os chamados heróis espreguiçavam-se sonolentamente, tentando afastar o sono matinal para obedecerem ao chamado da comandante, pois quando era Lothos a chamá-los para alguma refeição, geralmente, ela tinha algo a comunicar.

Assim todos se apressaram a levantar e tomar banho, a água afastando mais um pouco do sono, e depois de se vestirem casualmente para um domingo tranquilo, sem monstros destruindo e ameaçando Ernas, os heróis seguiram para a sala de jantar.

Pouco a pouco os meninos e meninas foram chegando e sentando-se à grande mesa de mogno: Lire, Mary, Ronan, Lin, Holy, Dio... E, por último, Amy, reclamando que meia hora definitivamente não era tempo suficiente para uma jovem e suas necessidades básicas de aparência – que, no caso de Amy, não tinha nada de “básico”.

– Todos estão aqui agora? – Lothos indagou, ignorando as reclamações da rosada e pondo-se a analisar o grupo parcialmente sonolento – Bom, Mary Jane. – ela chamou a mascote doméstica – Pode servir o café da manhã.

– Sim, senhora. – a mascote curvou-se brevemente e foi para a cozinha, voltando poucos segundos depois com bandejas em mãos.

Logo a mesa estava cheia, decorada de pães, frutas, panquecas, bolo, leite, sucos, achocolatado, café e muito mais. Variedade o suficiente para suprir as necessidades de dezessete jovens no auge da juventude, desde os gostos mais sofisticados, como a nobre Asmodiana dos Von Crimson, Rey, que se servia – ou James, seu mordomo, a servia – de croissant e café preto; até os gostos mais simples, como o jovem druida, Ryan, que se servia de pães, um pedaço de bolo, leite... E parecia apreciar o gosto muito mais do que Rey.

Depois que todos estavam com os pratos cheios e comendo comportados – o que não era constante – a comandante Lothos, de pé atrás da cadeira na ponta da mesa, pigarreou, chamando a atenção dos heróis.

– Bom... – ela iniciou, procurando as palavras – Ontem eu disse a alguns de vocês que estavam acordados à noite... Ah. E é bom que saibam que aqueles que estavam acordados fora da hora ainda serão penalizados. Eu não esqueci.

O aviso gerou gemidos de desaprovação por boa parte do grupo e certa confusão pelo restante.

– Então... – ela retomou – Alguns não têm conhecimento disso, mas ontem eu prometi explicar o meu estranho comportamento, por isso vou contar-lhes tudo o que sei, que infelizmente não é muito. – Lothos deu uma pausa e iniciou a história – Após uma reunião com os anões, sai tarde e apressei-me a voltar de Arquimídia, pois àquele horário, considerando a minha tentativa frustrada de paz, é perigoso. Porém no caminho encontrei uma pessoa...

Pelos próximos minutos, Lothos contou tudo o que tinha para contar e respondeu a algumas perguntas que lhe foram feitas, e em pouco tempo todos já estavam cientes sobre a estranha que descansava em uma ala da enfermaria.

–Mas de onde ela veio, comandante? – Amy perguntou – Ela não pode ter surgido do nada.

Lothos suspirou como se tivesse se perguntando a mesma coisa várias vezes.

– Sim, embora impossível, não achei nada que acusasse de onde ela poderia ter vindo além de um chicote e um casaco masculino, ambos ensanguentados.

– Na verdade... – Mari intrometeu-se – Não é impossível. Existe a possibilidade de ela ter usado um portal dimensional. Dio e Rey podem fazê-lo também. – ela teorizou, indicando os companheiros que tinham um ar desinteressado.

– É uma possibilidade. – Lothos considerou, olhando a azulada.

– Mas comandante! – Arme atraiu a sua atenção – Nós a vimos ontem e ela não tinha as características de uma Asmodiana.

– Isso é verdade, mas existem várias outras raças, até desconhecidas, não duvido, que também são capazes de manipular portais, Arme.

– Exato. – Mari concordou com a comandante – Estou interessada. Gostaria de estudá-la. – murmurou para si, analisando o novo conhecimento que poderia adquirir.

Arme calou-se, sem argumentos, voltando a comer a sua panqueca com calda de morango com um bico contrariado.

– De qualquer modo. – Lothos continuou, agora para todos – Não podemos ter certeza de nada até que ela acor...

– Senhora Lothos! – uma voz feminina a interrompeu.

A atenção de todos foi desviada para o corredor que levava a sala de jantar e logo a mascote enfermeira, Tammy, surgiu apressada, balançando o seu peculiar colar de injeção quase do seu tamanho – o qual era a sua arma na realidade.

– O que houve, Tammy? – Lothos questionou – Estou ocupada.

A mascote analisou a reunião matinal e sorriu com leve travessura.

– Ocupada comendo? – ela disse – Cuidado, assim vai engordar, senhora.

Lothos corou com a provocação.

– Estamos em reunião, Tammy! – ela se descontrolou um pouco, fazendo a enfermeira rir. Soava mais como “gorda, não!”.

– Hahahah, claro, claro... Minhas desculpas, mas achei que deveria avisá-la – Tammy deu uma pausa para Lothos voltar ao seu comportamento padrão e lhe dar atenção novamente – A garota acordou.

A notícia fez os heróis olharem para a comandante, exceto por Sieghart, em quem a notícia gerou um baque rápido e inexplicável que o fez virar o resto do café forte que havia na sua xícara de uma só vez. O gosto forte queimando a sua garganta o fez apertar os olhos por alguns segundos, embora não o livrasse da sensação estranha que o ligava àquela garota na enfermaria que nem sequer conhecia. Ao menos agora, com ela acordada, poderia tirar suas dúvidas – pelo menos era o que Sieghart esperava.

Lothos, por sua vez, abandonou a mesa do desejum e desculpou-se com os heróis por ter que se retirar, porém alguns deles queriam ir também, o que a comandante prontamente negou, imaginando a bagunça que os outros dezessete juntos em um lugar pequeno poderiam causar, porém foram tão insistentes que a comandante desistiu.

Logo todos estavam entrando na enfermaria com a mascote Tammy os guiando para o cortinado, agora aberto, da paciente. Lothos os obrigou a ficarem perto da cortina, alegando espaço para não assustar a garota. Resmungando baixo, eles obedeceram.

Curiosos, a maioria dos heróis analisava a garota, alguns demonstravam indiferença – como Dio e Sieghart – mas eles também a olhavam, seguindo da pele morena pelos longos fios esverdeados e ondulados até os olhos ainda fechados.

Então, no silêncio atento que dominava a enfermaria a garota deu o seu primeiro sinal de vida. Ela apertou os olhos, talvez incomodada com a luz, e disse baixo:

– Eryon...

Automaticamente Sieghart inclinou-se para mais perto da garota, os outros perguntavam-se o que era “Eryon” ou quem era, mas o imortal já tinha escutado aquele nome, de madrugada, sozinho com ela, embora tão pouco soubesse o seu significado.

Então a garota repetiu.

– Eryon... – mas desta vez ela se remexeu na cama e tentou se sentar, os olhos ainda fechados – What did happen...? (O que aconteceu...?) After that explosion I got dizzy… (Depois daquela explosão eu fiquei tonta...) – ela riu fraca, a voz rouca e um pouco grossa pela garganta provavelmente seca.

– Eryon? – ela chamou novamente ao não obter resposta – Are you o... (Você está b...)

Então ela finalmente abriu os olhos. Um escandaloso verde água literalmente delineado por uma linha preta em volta da íris. Os olhos se arregalaram assustados em ver tantas pessoas que não conhecia: um grupo de jovens alguns passos distante observando-a curiosamente e murmurando entre si que não entendiam o que ela dizia; uma mulher alta e loira com uma postura impecável em frente a sua cama – e porque estava em uma cama? – e outra mulher, vestida de enfermeira e com uma injeção enorme pendurada no pescoço.

A mulher loira começou a falar algo como se pedisse desculpas pelo tumulto, mas a garota assustada só a via se aproximar, e quando ela esticou a mão na sua direção o seu instinto de sobrevivência falou mais alto.

Em um piscar de olhos a morena agarrou o braço da mulher, ela tentou reagir, mas com a outra mão a garota tirou de dentro da roupa uma pequena adaga e pressionou-a contra o pescoço daquela que não conhecia.

Imediatamente após o ataque, uma ruiva do grupo de jovens se alterou, reagindo à ameaça; ela exclamava tão depressa que a morena não entendia nenhuma palavra, apenas via os outros jovens ao redor dela a segurarem, assim como a mulher mais velha na qual a adaga estava na pele, ela parecia pedir para que a ruiva se acalmasse para que não fizesse nenhuma besteira, palavras cujo cérebro da morena com excessiva adrenalina não conseguia compreender.

Tudo o que ela compreendia agora era a sensação de estar ameaçada por estar em clara desvantagem.

– Okey. – ela disse de repente o mais firme que podia com aquela voz rouca pela garganta seca que deixava o tom dela ligeiramente ameaçador, atraindo o silêncio atencioso de todos – Who are you? (Quem são vocês?) From rebellion? (São da rebelião?) – ela deu uma pausa, olhando cada um presente naquele quarto firmemente, e então voltou a falar – And this I am going to ask just once... (E isso eu perguntarei apenas uma vez...) – ela pressionou mais a adaga contra o pescoço da mulher loira, arrancando uma expressão desconfortável dela e uma ainda mais raivosa da ruiva ainda contida pelos amigos, então continuou – What did you do to Eryon? (O que vocês fizeram com o Eryon?)



Fim do capítulo III


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Notas finais do capítulo

Oh gosh, quem lhe deu esses modos? Acordando e já atacando os outros desse jeito... tsc tsc.

Parece que o clima pensou, não é? Pobrezinha da minha garota, tão assustada... E de novo esse tal "Eryon". Bom, bom... Ela passou por muita coisa e... Não sabem pelo que ela passou?
Bom, logo saberão xD É só continuarem a ler essa história que posto com tanto carinho para os meus queridos leitores ^3^ (Sim, eu adoro uma chantagem emocional hsuahsuah)

Então, então... Se gostaram desse capítulo, deixem um review; se não gostaram, deixem um review também '-' Se querem saber quem afinal é "Eryon", também deixem um review xDD

Até o próximo capítulo, pessoal o/

Bjs,

Ray chan.



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