A Garota da Profecia escrita por Ray chan


Capítulo 3
Capítulo II - O que a comandante trouxe para casa?


Notas iniciais do capítulo

Oi povo o/ Voltei de novo :)
Infelizmente não recebi muitos reviews dessa vez... T.T Mas, em respeito aos reviews que já recebi, postarei o próximo capítulo, e este vai ser mais longo :)
Nesse eu vou deixar um desafio para vocês! Hehe. Aqui vai aparecer a pessoa "especial" que comentei na descrição da fic, então que tal vocês tentarem descobrir antes de ele aparecer?
Podem ir pensando desde já xD
Então... Boa leitura.



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Capítulo II - O que a comandante trouxe para casa?

– E então? Consegue ver algo? – Lire sussurrou.

– Quase nada... Esse vidro é uma porcaria. – Elesis sussurrou de volta, pondo as duas mãos no vidro na tentativa frustrada de ver algo dentro da sala de enfermaria onde Arme e Lothos haviam entrado há pouco.

– Mas você não sabe fazer nada mesmo... Sai, deixa que eu vejo. – Lin falou nada doce e empurrou a ruiva do lugar, tentando ver algo pelo vidro.

– Ei! – Elesis reclamou.

– Falem baixo, pessoal... – Ryan pediu visivelmente nervoso – Se vocês fizerem muito barulho, a comandante vai escutar e...

Antes que o elfo pudesse terminar a sua frase, a porta dupla abriu-se repentinamente, quase fazendo o grupo se afastar um passo e Lin e Elesis quase caírem com o susto, surgindo a própria Lothos, outra vez.

Ela vasculhou por entre o grupo que estava em silêncio, procurando alguém, e quando achou, disse:

– Holy.

– S-Sim, senhora comandante?! – a menina exclamou quase pulando do seu lugar.

– Venha. Precisamos de você.

– S-sim, senhora comandante... – Holy deu alguns passos, destacando-se do grupo, mas quando chegou à porta com Lothos pronta para se virar e fechar a porta, a garota de cabelo rosa chamou-lhe a atenção.

– Comandante Lothos! – Amy chamou.

Lothos se virou, olhando para Amy que a chamara, esperando que ela continuasse, mas como isso não aconteceu, a loira lhe deu um estímulo.

– Fale, Amy. Estou com pressa no momento.

– Ah... Bem, é que... A senhora chegou de repente agindo de maneira estranha e parecendo tão tensa, além de estar coberta de sangue... – Amy deu uma pequena pausa – Ficamos preocupados. O que aconteceu?

Só então a comandante percebeu que realmente não havia parado para dar explicação alguma, afinal a situação era tão grave... Realmente devia estar agindo estranhamente aos olhos daqueles meninos e meninas.

– Holy. Vá na frente. Arme lhe explicará o que deve fazer. – Lothos ordenou.

– Sim, senhora. – Holy respondeu, obedecendo-a.

Assim que a menina saiu, Lothos suspirou.

– Desculpem-me. – ela falou para todos – Eu sei que venho agindo estranho e vocês merecem uma explicação, mas, no momento, eu não posso dar-lhes uma explicação. Agora, todo o cuidado é pouco e eu não tenho tempo, mas prometo-lhes que assim que eu puder, eu explicarei tudo. Mas, por enquanto, isso é tudo o que eu posso fazer.

Dito isto, Lothos desculpou-se mais uma vez e então se virou e entrou na sala de enfermaria, deixando as portas se fecharem por si só. O grupo, sem nada poder fazer diante das palavras da comandante, resolveu voltar para o quarto, discutindo entre si o que poderia estar acontecendo.

Apenas uma pessoa ficou para trás e esta mesma pessoa não deixou a porta se fechar, pondo um dos pés entre antes que ela batesse, entrando então silenciosamente na sala de enfermaria.

Deixou então a porta fechar sem fazer barulho e, igualmente sutil, o intruso entrou na sala, esgueirando-se pelas paredes, evitando ao máximo ser pego de surpresa. Não queria que Lothos o pegasse ali e o castigasse a varrer toda a base da Grand Chase sozinho – e ela era realmente capaz de fazer isso.

Andando silenciosamente, o intruso parou ao escutar vozes ainda um pouco distantes, apesar de não entender a conversa devido à distância, e escondeu-se no batente de uma porta, longe da luz que poderia denunciá-lo ali. Olhou na direção da qual vinham às vozes e distinguiu Arme, Lothos e Holy, paradas ao redor de uma das macas da enfermaria, mas não podia enxergar quem estava na cama, pois a comandante atrapalhava a visão do intruso.

Porém, apesar de não ver quem ou de não escutar o que as três conversavam, podia ver os movimentos delas. Arme estava com um dos braços sobre a maca e com o pote na outra mão, e de sua mão livre caiam pequenos brilhos, como purpurina, a qual o intruso reconhecia como sendo a magia de cura da maga; Holy havia acabado de juntar as mãos, como se rezasse, fechou os olhos por um momento, se concentrando, e com a ajuda de uma fraca leitura labial, o intruso distinguiu a palavra “Glória” saindo da boca da menina. Então um campo irradiou dela, como um pulso, englobando a pessoa na maca, Arme, Lothos e, inclusive, o intruso, o qual imediatamente sentiu-se mais disposto.

No mesmo momento que a magia de Holy alcançou o intruso, ela se virou na direção dele, fazendo-o encostar-se mais a parede na tentativa instintiva de se esconder atrás do largo batente. Agora sequer podia vê-las, apenas escutar o murmurar das três que, diga-se de passagem, não era interessante, considerando que nada podia entender além de poucas palavras soltas. Então só lhe restava esperar até que as três resolvessem ir embora e ter sorte para que não demorasse.

O que de fato não demorou tanto quanto poderia.

Após alguns longos minutos, o intruso ouviu passos se aproximando e vozes tornando-se entendíveis conforme se aproximavam.

– Eu peço desculpas por chamá-las a essa hora, porém agradeço. – a voz era da comandante Lothos.

– Não, tudo bem. – a voz agora era da maga violeta, Arme.

– Sim, não há motivo para desculpas! – e, por último, Holy – Se é uma ordem da comandante, eu a cumpro com imensa honra! Sendo integrante desta digníssima caçada é com prazer que eu realizo qualquer missão que a senhora comandante possa me ordenar, por mais ínfima que esta possa ser...

– Certo, certo... – Arme a cortou antes que a menina se empolgasse demais – Nós já entendemos, já entendemos.

Holy fez bico por ter sido interrompida bem no meio do seu discurso, fazendo Lothos e Arme rirem. Suas sombras passaram pelo intruso, que se manteve tão quieto quanto era possível, e em seguida ele ouviu a porta ser aberta e as luzes serem apagadas. O intruso ainda permaneceu alguns segundos escondidos na mesma posição, cauteloso, mas quando não houve qualquer sinal da volta das três, ele saiu de trás do batente em segurança.

Encaminhou seus passos calmamente até o quarto onde há pouco Lothos, Arme e Holy estavam – o qual na verdade era apenas um espaço quadrangular demarcado por cortinas – e parou em frente a cortina fechada.

Por um momento perguntou-se porque estava ali. Nunca fora curioso, nem nada do tipo. Na verdade, aquilo estava longe demais da sua personalidade. Mas... Ele havia sentido uma necessidade irracional de descobrir o mistério por trás do estranho comportamento da comandante Lothos, como se algo o atraísse. Por isso, o intruso esticou o braço, agarrando o pano da cortina, e puxou-o para o lado, determinado a desvendar todo o segredo, finalmente enxergando com seus próprios olhos cinza o objeto de suas intrigas.

......

– Uma garota?!

– Sim, uma garota. – Arme confirmou, sentando-se na cama em destaque para todos – Mas não era uma simples garota.

– Como assim? – Amy indagou.

– Ela... Hm? – Arme parou de repente, olhando pelo quarto – Não está faltando alguém aqui? – ela perguntou, desconfiada.

– Ah sim, só ele. – Elesis respondeu – Mas você sabe como ele é. Ele não se interessa por essas coisas. Vai, continua.

Arme deu de ombros.

......

Entrando no quarto, o intruso, antes encoberto pela escuridão, foi engolfado pela luz do luar que entrava pela janela, revelando o rosto de Ercnard Sieghart.

– Era só uma garota... – Sieghart falou desapontado consigo mesmo – Porque vim até aqui só por causa de uma garota? Parecia que me chamava... – analisou consigo mesmo.

O moreno aproximou-se na cama da garota, analisando-a atentamente, tentando descobrir porque aquela simples garota parecia ter sussurrado em seu ouvido, clamando que fosse a ver. Ele inclinou-se levemente sobre ela, reparando a aparência exótica que a garota tinha.

......

– Ela era muito bonita. – Arme falava com um olhar perdido, lembrando-se dos detalhes daquela garota – Tinha longos cabelos verdes como esmeraldas e uma pele morena como se morasse na praia Carey. – ela deu uma pausa – Mas o que mais me chamou a atenção mesmo foi outra coisa. Nunca tinha visto nada parecido.

......

Sieghart tocou o rosto moreno da garota desconhecida, passando-o pela lateral deste suavemente até a testa dela, onde se deparou com um diadema elegante. Parecia-se com galhos retorcidos, entrelaçando-se uns nos outros e deixando alguns pequenos espaços ocupados por pequenas pedras, como pedras preciosas. Cada uma detalhadamente diferente da outra na cor, na nuance e no incompreensível ao fundo, apenas a forma de pérola era igual. Cinco no total.

Perguntou-se quem era ela e o que estaria fazendo ali.

......

– A comandante não falou nada sobre ela também. – Arme informou depois de responder a dúvida sobre quem estava na enfermaria – E ela não parecia saber sobre muita coisa, mas disse que explicaria tudo a todos amanhã.

Alguns ficaram pensativos com as palavras da maga – como Ronan e Mari – e outros se entreolharam como se buscassem respostas uns nos outros – como Amy e Jin. Então Ronan ergueu-se do chão onde estava sentado como todo mundo.

– Bem, com o nível admirável de cura de Holy e Arme, tenho certeza que poderemos perguntar para a própria garota, amanhã, quando ela acordar. – ele disse, olhando para as duas com um discreto sorriso, como se dissesse “bom trabalho”.

Arme corou e Holy iniciou um discurso em agradecimento ao Ronan que ninguém prestava atenção.

– Então. – ele iniciou – Está tarde, é melhor irmos embora.

Essas palavras imediatamente “descoraram” Arme e ela se levantou da cama quase pulando.

– Sim! Sim, está tarde mesmo! É melhor todos irem dormir! – ela incentivou, empurrando todos sutilmente para fora do quarto.

– Mas...! Eu ainda não terminei o meu discurso e... – Holy contrapôs.

– Sim, sim. – Arme continuou a empurrá-la porta a fora – Amanhã você termina. Boa noite... – e assim ela fechou a porta antes que a paladina pudesse falar outra coisa.

Quando finalmente percebeu-se sozinha no seu quarto, Arme soltou um longo suspiro aliviado e jogou-se na sua cama, abraçando as cobertas com um largo sorriso no rosto. Virou-se de costas na cama e por alguns momentos ficou meditando sobre tudo o que havia acontecido nesta madrugada. Mas estava mais com sono do que curiosa no momento, e ainda pensando nessas perguntas, adormeceu.

......

No quarto da garota misteriosa, Sieghart ainda a observava imerso em pensamentos. Queria entender o que aquela garota tinha que o fizera se interessar antes mesmo de saber que se tratava de uma pessoa. Mas ficar ali não lhe traria as respostas que buscava, por isso se virou, decidindo ir embora, e começou a andar devagar em direção à porta que o levaria para fora da enfermaria.

Foi quando ouviu uma voz baixa e arrastada soar sofrida atrás de si.

– Eryon...

Sieghart se virou em resposta ao som da voz feminina, parecia tão torturada, chamando por aquele nome como se fosse a sua tábua de salvação.

O moreno aproximou-se da garota novamente, vendo no rosto dela uma expressão momentaneamente retorcida por uma agonia desconhecida que o nome “Eryon” trazia.

Sieghart esperou que ela repetisse, queria ver os lábios delas se moverem ao dizer aquele nome – não que fosse possível que outra pessoa o tivesse dito, já que estavam apenas os dois sozinhos – mas a garota havia se calado de vez e logo a sua expressão voltou a normal, como se ela nunca tivesse proferido som algum desde que chegara.

Vendo que a garota havia voltado ao seu sono profundo, o imortal lhe deu as costas, decidindo voltar ao seu quarto de uma vez, antes que fosse pego ali pela comandante. Ele fechou o cortinado enquanto observava a garota sumir lentamente do seu campo de visão até que não pudesse ver nada além do branco impecável do cortinado.

À medida que Sieghart andava em direção a porta, várias dúvidas e perguntas começaram a surgir em sua mente como: quem era aquela garota misteriosa? Porque despertava tanto o seu interesse? E como conseguira tantos graves ferimentos?

Sieghart tocou a maçaneta da porta e abriu-a silenciosamente.

Sabia que não teria resposta para as suas perguntas naquela situação, por isso, silenciosamente Sieghart fechou a porta atrás de si e desapareceu sem o menor ruído na escuridão do extenso corredor sem saber o que o amanhã guardava, não só para ele, mas pra toda a Grand Chase.

Todos os heróis mal poderiam imaginar como aquela aparentemente simples garota afetaria nos seus cotidianos já não tão pacatos assim.



Fim do capítulo II


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Notas finais do capítulo

Então? Descobriram quem era antes de eu dizer? xD

Se não, digam no review quem vocês acharam que era; se sim, diga que acertou e como descobriram hehe

Quem será esse "Eryon" pelo qual ela clama? Huhu... Surpresa para os próximos capítulos.

E que tal a minha personagem? Bonita, não? Mas ainda não falei nada sobre ela, acho que nos próximos dois capítulos tudo será explicado, então... Até lá, conto com os seus reviews, pessoal. Sério, são os comentários que me dizem se eu devo continuar ou não; é rápido e faz essa autora aqui muito feliz :))

Espero que tenham gostado ^^

Bjs,

Ray chan.