A Garota da Profecia escrita por Ray chan


Capítulo 2
Capítulo I - Topando com corpos no meio da rua


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo, pessoal :)
Como eu prometi, voltei com o segundo capítulo, que na verdade é o primeiro, já que tive leitores interessados. Ou melhor! Não tive um. Tive quatro! Nossa, eu não imaginei que alguém realmente iria comentar, então vocês nem imaginam como eu fiquei feliz quando vi quatro comentários lindos me esperando *o*
Mas...! Voltando ao que vocês realmente devem querer... rsrs Abaixo segue o primeiro capítulo, espero que gostem.
Boa leitura.



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Capítulo I - Topando com corpos no meio da rua

– Uff... Anões, tão complicados de lidar... – uma mulher falou, andando sozinha e parecendo cansada, mas não fisicamente, parecia exaustão do tipo de alguém que esteve em um debate o dia inteiro e não chegou a uma conclusão.

Loira, olhos azuis, postura respeitosa... Esta era Lothos, a comandante da famosa Grand Chase – um grupo de heróis que abalou Ernas de um jeito jamais visto na história do mundo.

Ela andava pelas ruas de Arquimídia de volta de mais uma tentativa frustrada de paz com os anões. Sinceramente, Lothos pensava desanimada, estava quase desacreditando na possibilidade de paz neste continente. Anões e elfos pareciam não saber viver de outra forma, a não ser em guerra.

Lothos suspirou e, distraída, ela não percebia para onde os seus passos a levavam, então se assustou quando tropeçou em algo e quase caiu.

– Kyaaa! – Lothos gritou, olhando para todos os lados nervosamente em posição de ataque, afinal, apesar da aparente calmaria, Arquimídia ainda era um continente em guerra. Porém, não havia nada hostil até onde era possível notar.

– Ninguém viu... Ninguém viu... – a comandante disfarçou, envergonhada pela perda da sua compostura.

Procurou saber no que afinal havia tropeçado, olhando para baixo e, quando descobriu, automaticamente levou a mão à boca, aterrorizada com a visão que estava tendo.

– Meu deus...!

Era uma garota aos seus pés, aparentemente desmaiada, seu longo cabelo estava sujo, manchada de sangue e preocupantemente pálida, além de parecer estar seriamente machucada.

Lothos agachou-se apressadamente, puxou o casaco igualmente ensanguentado que a cobria – o qual era grande demais para ser dela – o suficiente para descobrir o seu pescoço, e tentou sentir a pulsação da garota por ali.

– Muito fraca...

Tentou o pulso, mas estava igualmente fraco; a respiração quase não a sentia tocar na sua mão; e, para piorar, onde Lothos tocava na garota estava cadavericamente gelado.

A comandante olhou ao redor como se esperasse que tudo não passasse de uma brincadeira e pessoas saíssem de seus esconderijos e, principalmente, que a garota que parecia tão mal a sua frente levantasse, sorrisse e se desculpasse pela brincadeira de mal gosto. Lothus ficaria irritada e provavelmente a repreenderia por esse tipo de atitude infantil, mas estaria profundamente mais aliviada por não ter uma garota semimorta de verdade na sua frente.

Obviamente nada disso aconteceu.

–... Droga.

Lothos cobriu a garota novamente com o casaco masculino e passou um de seus braços por baixo do pescoço da garota, dando-lhe apoio, pronta para segurar-lhe as pernas com o braço livre e ergue-la, mas viu ao lado dela um chicote verde e parou. Não tinha como saber se era dela ou não, mas também não tinha tempo para isso agora, pegou-o e colocou-o em cima do abdome da garota, erguendo-a em seguida.

A brusca movimentação não surtiu efeito algum nela e isso só fez a comandante preocupar-se ainda mais. Lothos apressou o passo.

– Por favor... Continue viva.

..................................................

Base da Grand Chase, ainda tarde da noite.

Um grupo de meninos e meninas estava reunido em um único quarto, arrumados em um círculo, cada um com um certo número de cartas na mão e com algumas jogados no centro.

– Desconfio! – uma ruiva exclamou empolgada (até demais) apontando energicamente para o garoto a sua frente.

O moreno de sorriso naturalmente malicioso sorriu, satisfeito.

– Lamento, ruivinha. – ele disse e desvirou as quatro rainhas que havia jogado ao monte. Este era Sieghart.

– Não é possível! – a ruiva exclamou mais uma vez, olhando perplexa para as cartas. Esta era Elesis. – Você está roubando, Sieg! – ela apontou novamente para o moreno, desta vez acusativamente.

– Lá vamos nós outra vez... – esta era Lire, ela se perguntava quantas vezes Elesis já acusara Sieghart de estar roubando. Perdera a conta.

– Eu sabia que terminaria assim. – outra garota, uma de cabelo azul, comentou com ar mecânico – Cem por cento de chance de este jogo acabar em barraco.

Esse jeito calculista de falar era de Mari.

– Mas já acabou?! – outra voz feminina contrapôs energicamente – Estava tão empolgante, divertido e estimulante!

A empolgação ao falar era definitivamente da menina Holy. E ao lado dela uma garota de cabelo branco suspirou, cansada do barraco prolongado sempre causado pela ruiva Elesis.

– Mas essa garota pouco feminina só sabe reclamar... – ela falou em tom de descaso. Esta era Lin, a sacerdotisa.

– Como é que é?! – Elesis se virou para ela com os punhos fechados ameaçadoramente – Repete se for capaz, Lin!

– Maria mach... – antes que ela pudesse completar, um elfo de cabelo laranja tapou a boca dela, interrompendo-a e salvando a todos de um provável ataque de fúria que a ruiva daria se escutasse as palavras “maria macho”.

– Não tem amor à vida não, Lin...? – Ryan indagou.

– Hunf. – Lin afastou a mão do elfo com um tapa. Ela não se importava com qualquer reação que pudesse vir da ruiva de temperamento forte.

– Parem de reclamar. E termine de jogar de uma vez, Elesis. – o jeito frio de falar era de Lass.

– Não enche, Lass. E o jogo só termina quando eu ganhar! – a ruiva contrapôs.

– Vish...! Então vai demorá...! – uma garota de cabelo rosa caçoou.

O garoto de cabelo vermelho ao seu lado tapou a boca dela rapidamente, antes que ela pudesse falar qualquer outra coisa potencialmente fatal.

– Quem disse isso?! – Elesis vociferou, procurando pela dona da voz como um animal selvagem à procura da sua presa.

Os olhos dela passaram pelos dois e o ruivo, Jin, deu um sorriso amarelo para ela, Elesis ignorou-os graças a isso. A rosada, Amy, suspirou em conjunto ao ruivo quando se viram fora de perigo.

– Pelo o amor dos deuses, Amy... – Jin a repreendeu.

– Hahahah, desculpa... – Amy falou, descontraída – Saiu sem querer...

Jin suspirou mais uma vez, mas desta vez terminando com um pequeno sorriso. Simplesmente não conseguia ficar irritado com a sua diva. Era fã dela mesmo. Mas, falando em irritação, tinha alguém ali naquele quarto ficando bastante irritada com todo o barulho daquela confusão.

– Se o jogo esta trazendo tantos problemas... – um lençol voou da cama, batendo contra a parede – Parem de jogar e vão dormir!

Sob as cobertas da única cama daquele quarto surge uma garota baixinha de cabelo roxo e com um ar profundamente irritado pela falta de sono da qual os seus amigos eram os culpados.

– Calma, Arme... – Ronan falou.

– Alias, porque vocês estão jogando no meu quarto?! – Arme continuou, ignorando o pedido do garoto de cabelo azul – Eu nem estou jogando!

– Nós já explicamos, Arme... – Lire fez-se ouvir usando um tom calmo, considerando que a garota já estava irritada o suficiente – O seu quarto é o mais distante do quarto da comandante Lothos, sendo assim, o menos provável de sermos pegos.

– Hunf. – Arme cruzou os braços.

Não estava satisfeita com a situação do mesmo jeito. Não se importava com esses detalhes, se eles queriam uma “casa de jogos noturna” que fizessem em qualquer lugar, mas não logo no seu quarto. Ela estava cansada, com sono e queria dormir!

– Antes a comandante aparecesse logo, pelo menos eu poderia dormir depois... – Arme murmurou.

Então, como se tivesse sido chamada, a porta foi aberta escandalosamente, quase batendo na parede e voltando, surgindo a comandante Lothos que respirava apressadamente, aparentando estar, no mínimo, amedrontada.

Todos no quarto olharam para Arme ao mesmo tempo com a mesma fala no olhar: “Que boca, em?”.

– O-o que...? Não foi culpa minha! – a roxinha se defendeu, traduzindo os olhares.

Mas, apesar do que todos pensavam, Lothos não estava ali para dar bronca neles por estarem fora da cama de madrugada, não, vinha por algo muito mais sério do que alguns jovens quebrando o horário de recolher. E Arme percebeu isso depois de olhar um pouco mais atentamente para a comandante.

O olhar da menina foi atraído pelas roupas de Lothos, um líquido vermelho viscoso manchava-as e se parecia muito com sangue. Arme separou um pouco os lábios, surpresa.

– C-comandante... Isso nas suas roupas... É sangue...? – ela arriscou perguntar.

Os outros também fitaram as roupas da loira, percebendo o clima tenso.

– Arme. – Lothos chamou, não parecia sequer ter escutado a pergunta da maga.

– Ah, s-sim? – ela se sentou na beirada da cama.

– Venha comigo.

– Er...

– Depressa. – Lothos acrescentou, vendo a hesitação da garota – Não há tempo a perder.

– Ah... Sim, senhora... – Arme levantou-se sem escolha.

– E traga o seu pote, Arme. – ela disse, virando-se para sair.

A garota se perguntou o que a comandante Lothos poderia querer com ela e com o seu poder de alquimia em plena madrugada. De fato era suspeito e estranho. Mas como não tinha escolha, Arme apenas a obedeceu, pegando o seu pote e seguindo-a quarto a fora, deixando um grupo de meninos e meninas bastante confuso.

Um silêncio perdurou por alguns minutos entre o grupo que se entreolhava até Holy se pronunciar.

– Será que a nossa presença é permitida no destino das duas?

– O que?! – Elesis virou-se para Lire, buscando uma tradução.

– Ela quer segui-las. – a loira respondeu.

– Ah! Porque não disse logo?! – Elesis se levantou animada, já andando em direção à porta – O que vocês ainda estão fazendo ai? Vamos logo!

A ruiva abriu a porta e correu corredor adentro na mesma direção que Arme e Lothos haviam ido a pouco.

– Ah! Espere-me, Elesis! – Lire exclamou, levantando-se apressada e correndo atrás da amiga antes que a perdesse de vista.

Em pouco tempo todos os garotos e garotas que antes estavam reunidos para uma noite divertida haviam levantado e seguido Lire e Arme pelo corredor, apenas um certo garoto de cabelo lilás com um sorriso cínico nos lábios não se deu ao trabalho em correr, seguindo-os no seu próprio passo.

– Isso parece que será interessante. – Azin falou, aumentando o sorriso e em fim sumindo na escuridão do corredor.

Fim do capítulo I


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Notas finais do capítulo

E este foi o primeiro capitulo de... Bem, não sei exatamente quantos, mas em fim .-.

O que acharam? Parece que a comandante trouxe um belo problema para casa, não?

Alias, o jogo que a galera estava jogando se chama "desconfio" por aqui, é um jogo bem legal que as vezes te obriga a mentir as cartas que você tem na mão, então tem que ser bem cara de pau pra não se entregar, mas isso o Sieghart, que estava ganhando o jogo, tem de sobra, não é? huashuashuashu

Aqueles que quiserem saber o que acontecerá com a minha querida personagem cujo nome ainda é um mistério, é só postar um reviewzinho lindo que deixará está leitora que vos fala muito feliz e fará que o segundo capítulo saia logo s2
Então depois desta chantagem básica, deixo-lhes um obrigado desde já a quem ler ^^

Bjs,

Ray chan.