A Garota da Profecia escrita por Ray chan


Capítulo 10
Capítulo IX - Outro estranho aparece


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal o/ *desvia das pedras*
Eu sei, eu sei... Demorei, não foi? '-' Desculpem, mas sabe como é... Volta às aulas e tals... Mas estou aqui com mais um capítulo :D Alias, tenho mais uma noticia hehe Este é o penúltimo capitulo de "A garota da profecia"!
*desvia de mais pedras*
Hahahah, foi mal, eu devia ter avisado antes, mas esqueci xD
Nesse capítulo, tudo o que resta a ser esclarecido será; Eryon vem informar algo importante, o que será?
Bem, leiam para descobrir s2
Boa leitura, queridos.



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Capítulo IX - Outro estranho aparece falando alguma coisa sobre profecias e os 6 mais fortes



No capítulo anterior de "A garota da profecia", uma voz na cabeça de Lya fez a garota sair em uma corrida desenfreada à enfermaria, onde, dentro do casaco de um de seus Enns chamado Eryon, ela achou um essência brilhante. E em resposta ao nome pronunciado a essência reagiu.



A essência brilhou com mais intensidade, reagindo à voz de Lya – que olhava fixamente para a esfera. Algo se lançou para frente e iniciou um processo de materialização, formando pernas cobertas por um tecido preto de uma calça cuja perna direita do joelho para baixo era feita e um tecido transparente que refletia um tom enérgico de amarelo; abdome e tórax definidos, delineados por uma vestimenta preta, sem mangas, com detalhes amarelos; e então um rosto, alvo e exausto, marcado por dois raios amarelos nas maças do rosto, a mesma cor do seu cabelo loiro espetado, exceto por uma pequena trança preta.

O garoto apareceu com um joelho apoiado no chão e coberto de ferimentos por todo o corpo – pequenos, porém muitos – ele ergueu o rosto e seus olhos amarelos como um feixe de luz do sol focaram Lya diretamente, os lábios esticando-se em um sorriso; os olhos verdes lacrimejaram antes de Lya se jogar no garoto em um abraço apertado que, apesar do aparente cansaço, não incomodava o loiro, pelo contrário, ele devolveu o abraço do jeito que podia.

Não era um sonho. Lya sentia o calor daquele abraço, tão real quanto a sua dor de cabeça já esquecida. Ele estava ali. Respirando. Vivo.

– Eryon! – o nome escapou dos lábios dela, apenas pelo prazer de poder dizer aquele nome.

Mas para Sieghart, que ainda estava assistindo a tudo, o nome “Eryon” estreitou os seus olhos. Afinal, aquele era o tal Eryon... Ele despertava a simpatia do imortal tanto quando Ronan. E ver Lya quase chorando agarrada nele não melhorava em nada o seu humor.

– Finally... (Finalmente...) – a voz rouca de Eryon soou com o mesmo idioma que a Cyran usara logo ao despertar pela primeira vez – The lady heard me... (A senhorita me escutou...)

– I’ll always heard you...! Always...! (Eu sempre escutarei você…! Sempre…!) – Lya quase chorava, mas em respeito à promessa que havia feito perante as essências de seus Enns perdidos, ela se deteu.

– I’m sorry for left you here, lady Lya... I had no choice. I didn’t want to agree with Enos’ decision, but… I couldn’t continue to keep the lady in danger… (Desculpe-me por deixá-la aqui, senhorita Lya… Eu não tinha escolha. Eu não queria concordar com a decisão de Enos, mas... Eu não poderia continuar mantendo-a em perigo...)

Eryon estava envergonhado por não tê-la protegido sozinho, não importava se eram dez, vinte ou trinta contra si, o seu dever enraizado na sua honra e orgulho era proteger a sua dona, Lya Deviron, e não conseguir fazê-lo era uma vergonha para um Enn como ele.

Mas a sua própria dona não parecia se importar com isso.

– You’re alive! Oh, Aisha! You’re really alive! (Você está vivo! Oh, Aisha! Você realmente está vivo!) I’ve seen your coat and I thought…! (Eu vi o seu casaco e pensei…!) – Lya se afastou minimamente apenas para poder olhar Eryon nos olhos, como se ele fosse sumir caso ela se distraísse.

– Yes, it was my coat, but it was Enos who bring you here... Give you my coat was the only thing I could do. (Sim, era o meu casaco, mas foi Enos quem a trouxe aqui… Dar-lhe o meu casaco era a única coisa que eu podia fazer.)

– Enos... – Lya sussurrou, lembrando-se na essência rachada de tom azul – I’m sorry! I’m sorry! I’m sorry! Enos, Zoe, Zhoa, Timon, Suen... I-I… I must be there! But…! (Desculpe-me! Desculpe-me! Desculpe-me! Eu deveria estar lá! Mas…!) – ela quase chorou, queria muito, mas se controlou – Forgive me… (Perdoe-me…).

Eryon ouvia Lya, surpreso. Não era ela que deveria pedir desculpas, era ele, ele que se sentia miseravalmente inútil por não por não conseguir evitar que ela se machucasse, mas mesmo assim a sua Srta. Lya estava ali, pedindo que o seu próprio Enn a perdoasse.

–... – os lábios dele se curvaram em um sorriso de admiração.

Essa era a sua dona, afinal. E era a sua dona justamente por ser assim.

Eryon levou uma de suas mãos ao rosto de Lya, sorrindo calidamente, e o puxou, beijando-lhe a face, demoradamente.

You don’t have to do it... None of this is your fault. (Você não tem que fazer isso… Nada disso é sua culpa.)

Lya pareceu se acalmar um pouco finalmente, mas mal ela sorriu e antes que pudesse se jogar em outro abraço, sentiu-se ser erguida pela gola do vestido emprestado e afastada de um Eryon surpreso.

– Sieghart? – ela olhou por sobre os ombros – What... Quer dizer, o que você está fazendo? Solte-me.

Lya olhava para o moreno sem entender nada, não se lembrava de ter feito nada de errado. Sieghart respirou fundo. Largou a gola da garota e apertou a ponte do nariz. Talvez ela não tivesse feito nada de errado mesmo, mas isso estava irritando o imortal do mesmo jeito. Nem parecia que ele estava ali nos últimos segundos, sua existência completamente ofuscada pelo garoto que ela chamava de “Eryon”. Isso estava o irritando muito.

– Pare de forçar o seu corpo... E o dele... – acrescentou de má vontade, olhando de canto para o loiro – Se desmaiar novamente, não conte comigo para estar aqui quando acordar. –concluiu mal humorado.

– O que você tem...? – Lya estranhou. De repente ele estava com um humor tão ruim...

– What’s wrong, Lya? (O que há, Lya?) – Eryn tentou se levantar, sentindo dificuldade à princípio – Who is that? (Quem é esse ai?)

Lya foi ajudá-lo, passando um dos braços pelos ombros do loiro.

– Ah, yes, I’m sorry. (Ah, sim, desculpe.) Você se lembra deste idioma?

–... Mais ou menos. – Eryon respondeu incerto.

Sieghart cruzou os braços em um ato de impaciência.

– Ele se chama Sieghart. – Lya explicou com um sorriso casual – É uma das pessoas desta dimensão que me acolheu aqui.

– Ah... Então você cuidou dela... – a expressão desconfiada de Eryon suavizou.

– Pois é. – Sieghart torceu os lábios em um sorriso sarcástico – Algo que você deveria ter feito. Mas não fez.

–... – Eryon sentiu uma pontada direto no seu orgulho.

– Sieghart! – Lya ralhou – O que deu em você?! Eu não admito que fale assim com ele! – disse irritada de verdade. Não importava o motivo do mal humor repentino dele, nada justificava que ele tratasse Eryon dessa maneira.

– Não... – o Enn a interrompeu, fazendo Lya se virar incrédula para ele – Eu não a protegi, ele esta certo.

– Eryon...

Ele balançou a cabeça. Então deu um passo a frente, endireitando a postura.

– Obrigado por cuidar dela. Muito obrigado, de verdade, Sieghart.

Sem cabeça baixa. Sem hesitar. Ele simplesmente agradeceu.

Embora Eryon igualmente não tivesse simpatizado com o imortal, o fato era que ele havia cuidado da pessoa que era tão importante para si quando ele mesmo não pode.

Agradecer era o mínimo que podia fazer.

– Mas... – ele insinuou acrescentar – Pode ter certeza que eu não deixarei isso se repetir.

Sieghart descruzou os braços, pondo-se sério novamente. Sentia como se estivesse sendo desafiado, e o imortal não admitia fugir ou perder um desafio.

Alguns passos distante, Tammy e a gosminha dourada observavam de fora os dois encarando-se como um adversário encara o outro antes de um confronto; as mascotes quase podiam tocar a rede de tensão que pairava entre os dois. Por outro lado, a – de certo modo – culpada pelo clima pesado entre os dois não parecia perceber.

– Vocês dois querem parar com isso?! – Lya interferiu – Parecem duas crianças! Você – disse, referindo-se a Sieghart – Não sei o que você tem, mas não justifica falar de um modo tão rude, ok?

Sieghart colocou as mãos no bolso e virou o rosto com um “hunf”.

– E você. – desta vez referiu-se a Eryon – Embora o seu dever como Enn seja, de fato, proteger a sua dona, me proteger, eu não quero que você se esqueça que antes de ser sua dona, nós somos amigos. E, como sua amiga, também era o meu dever ter protegido você.

Eryon baixou os olhos e virou o rosto quente por uma mistura de sensações que ouvir essas palavras de Lya lhe causava.

As mascotes riram baixinho da situação. A morena parecia a mãe daqueles dois dando um sermão por terem brigado dentro de casa. Tammy e a gosminha haviam decidido não interferir na conversa, era melhor deixá-los resolver os seus problemas sozinhos, pois se a suspeita da enfermeira estava certa, eles não tinham tempo para interferências.

– Então já ch...

– Lya? – Sieghart a chamou, voltando-se para ela, preocupado com a súbita interrupção.

Estranhamente Eryon também paralisara por um momento.

“Começou”, Tammy pensou.

Lya contorceu-se de uma maneira dolorida, iniciando um seco acesso de tosse, exceto pelos resquícios de sangue que manchavam os seus lábios.

Eryon curvou-se, agarrando o tecido sobre o seu peito que, de repente, parecia ter sido golpeado por uma grande pressão, sufocando-o.

Podia parecer distante, mas Lya havia sofrido vários ferimentos graves e ainda estava se recuperando. No dia anterior, ela mesma havia explicado para Tammy que o seu corpo era mais resistente para poder suportar as pressões das dimensões. Não só por si, mas pelos seus Enns também. Então a presença de Eryon ali desgastava Lya. Nada mais natural que a atual situação frágil dela não suportasse tamanho esforço. E, estando ambos ligados, Eryon também sentiria os efeitos.

Um portal se abriu atrás de Eryon de repente, puxando-o como um buraco negro.

– Não! – Lya exclamou com dificuldade. Uma aura de magia a envolveu.

O portal se estreitou e sumiu sem fazer barulho. Eryon apoiou-se no balcão para não cair, recuperando o fôlego com dificuldade.

Lya, quase completamente sem forças, caiu para o lado, sobre os ombros de Sieghart, enquanto respirava aos tropeços.

– É ele, não é? – o moreno indagou, apoiando o corpo de Lya, que arfava – É ele que está forçando você a gastar mais energia, não é? Já chega disso. – ele olhou para o loiro, ainda apoiado sobre o balcão – Volte de onde você veio! Não vê que está prejudicando a sua dona?

– Pare com isso, Sieghart... – Lya falou baixo, lutando entre respirar ou falar – Eu já estou bem...

– “Bem” o caramba. – ele devolveu irritado, mas evitando levantar a voz – Mal se aguenta em pé. Anda, sente-se antes que você desmaie de novo.

Sieghart praticamente a obrigou a se sentar sobre a cama, onde mesmo assim Lya não se mantinha estável, obrigando o imortal a envolver-lhe os ombros e continuar a apoiando na lateral do seu corpo.

– Eu peço desculpas por isso, senhorita Lya... – Eryon falou, recuperando-se do choque; ele andou devagar até a morena – Mas ainda não posso ir, não sem cumprir o que vim fazer aqui. Ou o seu sofrimento terá sido em vão.

– Mas você não pode voltar para Cyrus. Todos... Todos sabem que você está do lado da minha família... Dos Cyrans. – angustia tingia o olhar verde da morena ao olhar para o loiro à sua frente – Vão caçá-lo...! E não descansarão até que o capturem...! Você sabe disso, sabe que o nome Deviron está no topo da lista de recompensas! Uh... – Lya deixou escapar um gemido doloroso e instintivamente se encolheu para o lado de Sieghart, que a analisou sem saber o que fazer.

Podia – e queria – mandar o Enn à força de volta para Cyrus, mas sabia que isso só faria Lya ficar com raiva dele, por isso Sieghart limitou-se a continuar a apoiando.

Esticando um meio sorriso, Eryon inclinou-se e acariciou a face de Lya, cujos olhos retinham lágrimas.

– A senhorita não pode evitar que eu volte para Cyrus, o seu corpo não suportaria isso... Sem contar que a senhorita fica uma graça quando está com saudades de mim. – provocou o Enn, com um sorriso travesso.

Lya sentiu o rosto esquentar.

– Vocês são iguaizinhos. – ela resmungou tentando esconder a vergonha – Deviam ser amigos.

Eryon e Sieghart se entreolharam com desgosto como se dissessem: “eu e ele?”

– De jeito nenhum. – disseram juntos.

Lya soltou um riso nasal.

– Viu?

Eles se encararam novamente e quase era possível ver as faíscas entre os dois.

– Aham. – Eryon limpou a garganta, querendo voltar ao assunto importante – De qualquer modo... Antes de eu voltar, trago boas notícias. – de maneira misteriosa, o Enn sorriu, atraindo a atenção de Lya, Sieghart e das mascotes escondidas atrás do cortinado – Os sábios de Cyrus reuniram-se juntamente com alguns Enns para tentar dar fim a guerra e lá um dos Enns mais antigos de Enea revelou uma antiga profecia sobre a nossa deusa.

– Aisha. – Lya falou, atenta.

Eryon assentiu e continuou.

– A deusa que une nossas raças. A profecia dizia que, há muito tempo atrás, Aisha previu que a relação entre Cyrans e Enns entraria em colapso com o tempo, a ganância e o ódio engoliriam o coração dos Enns, trazendo a tona magias obscuras há muito proibidas que envolveriam Cyrus em trevas e exterminariam tudo que nela vive.

“Porém, Aisha entristeceu-se por nós e acrescentou à profecia uma solução que impediria o agravamento da guerra e o consequente extermínio de nossas raças.”

“Pelas mãos de um invocador, a deusa irá controlar

Pode igual olho algum jamais viu e coração impuro nenhum resistirá

As trevas ei de consumir se algum honrado puder me encontrar

Em Ernas deverá achar, aquele que meus desafios puder superar.”

– Controlá-la... Encontrá-la... – Lya falava, pasma, os pensamentos a mil – Em Ernas? Aqui?!

– Sim, está é a dimensão da profecia. – Eryon afirmou.

– M-Mas... E o invocador da profecia? Quem poderia ser?

Um sorriso cruzou o rosto do Enn.

– Foi discutido na reunião quem poderia ser o escolhido, cada Cyran disponível, os nomes foram relatados, suas habilidades e disponibilidades. E o fator que contribuiu de maneira incisiva foi aquilo que alguns chamam de coincidência, outros de destino. – o loiro apoiou o joelho direito no chão, curvando-se na direção da morena significativamente – Os sábios optaram por “destino” desta vez.

– Espera ai... – A Cyran murmurou, começando a entender a linha de raciocínio.

Mas antes que Lya pudesse falar algo a mais, Eryon determinou:

– Lya Deviron.

Sieghart pareceu surpreso.

– Calma, calma, calma ai! – Lya balançou a cabeça de um lado para o outro, fazendo caretas, confusa com o rumo que a conversa de repente havia tomado – Como pode ser eu? Mal tenho experiência de luta, meus Enns... Eu só tenho você agora!

As mãos de Lya apertaram os lençóis da cama.

– “Lya, filha dos Deviron, de fato é jovem e não obtém muita experiência em luta, mas tem um potencial indiscutível.” – Eryon citou uma das frases de um dos sábios durante a reunião – Sua breve atuação na guerra e seus ideais conquistaram aqueles sábios Srta. Lya. E quando eles souberam que fostes mandada para a dimensão da profecia, não sobraram dúvidas.

“Lya Deviron é a invocadora da profecia que achará e controlará Aisha, salvando Cyrus.”

– Mas...

– Quanto aos Enns... – Eryon a interrompeu – Tanto aqueles que perderam os seus invocadores na guerra, quanto aqueles que reconheceram a esperança na sua pessoa... Os Enns mais poderosos... – Eryon colocou as mãos dentro da sacola que trazia às costas, tirou o que queria e apresentou-as com uma reverência solene – São todos, a partir de agora, seus... Lya Deviron.

“A comandante do fogo – cuja essência brilhava com um tom de vermelho intenso como o magma dos vulcões – Ib.”

“O deus dos mares – cuja essência lembrava as ondas majestosas quebrando-se na praia – Lain.”

“O olho do furacão – cuja essência mostrava um tom esbranquiçado e incontrolável como o vento – Amélia.”

“O destruidor da criação – cuja essência era do tom da terra, manchada com partes negras que lembravam fissuras no solo provocadas por terremotos – Sting.”

“A ninfa do gelo – cuja essência lembrava um cristal feito de uma rede como as teias de uma aranha feitas de gelo, brilhando com um tom azul gélido – Cecil.”

“E o rei dos raios – cuja essência amarelada brilhava com o relampejar de uma tempestade de raios letais – Eryon.”

– São, ou melhor, somos seus. De hoje e diante, somos posse exclusiva de Lya Deviron. – Eryon anunciou e então ergueu o rosto que continha um sorriso torto – Depois de se recuperar, a senhorita poderá selar o contrato oficialmente, mas, extraoficialmente, eles a pertencem, assim como eu.

– Mas como podem ter certeza que eu sou a invocadora da profecia?! Pode ser qualquer Cyran! – Lya argumentou assustada com a repentina reviravolta dos acontecimentos.

– A profecia diz que quando o escolhido for anunciado, ele saberia.

Mal Eryon terminou de falar e um alarme soou na enfermaria e por toda a base.

– O que é isso? – Tammy murmurou para si – É melhor eu ir até a senhora Lothos. Você – ela acrescentou para a gosminha – Volte para o seu senhor Ryan.

Ela assentiu e as mascotes de retiraram.

– É o alarme de emergência. – Sieghart informou para Lya e Eryon que analisavam a fonte do som, tentando imaginar o que estava acontecendo – Alguma coisa deve ter acontecido.

O alarme parou de repente e a voz da comandante soou pelo alto falante:

– “Todos os hérois, reunião de emergência em cinco minutos. Repetindo: reunião em cinco minutos!”

O olhar de Eryon encontrou o de Lya.

– Está começando. – ele falou convicto – Lya, é você.

Lya encarou letárgica as cinco essências – e a de Eryon na palma da sua mão aberta – cuja fama percorria toda Cyrus. Esses eram os Enns mais poderosos de que se tinha notícia, nunca, na história, sequer duas dessas lendárias essências estiveram nas mais de um só invocador, quanto mais as seis nas mãos de um.

A esperança depositada naquela decisão pulsava junto com o brilho das essências. Lya fitou Eryon como se pedisse ajuda, sentia o peso de uma responsabilidade que ela não sabia se podia suportar.

– Todos acreditam em você, Lya. Os sábios, estes Enns, eu... – Eryon fez questão de acrescentar, sorrindo de modo tranquilizador – Todos temos fé em você, eu tenho certeza que você conseguirá superar os desafios e salvar Cyrus. – Eryon ergueu-se, guardando as essências na mochila-sacola novamente, colocou-a no colo de Lya e segurou gentilmente com ambas as mãos a mão dela que continha a sua própria essência – Você não estará sozinha.

Atrás do Enn, o ar se comprimiu.

– Não se esqueça disso nunca.

O espaço-tempo foi forçado até quebrar, abrindo um negro portal dimensional.

– Não... Espera... – os olhos de Lya ardiam querendo derramar lágrimas, ela tentou impedir que o seu Enn fosse mandado de volta para uma Cyrus em guerra, mas já não tinha mais energia para mantê-lo ali.

– Trate de cuidar bem dela, Sieghart. – Eryon olhou o moreno firme nos olhos – Você não vai querer saber o que te acontecerá caso um fio de cabelo dela for tocado enquanto eu não estiver aqui.

Sieghart deu um sorriso torto e irritante.

– Isso foi uma ameaça, garoto?

O moreno disse isso, mas Eryon percebeu que ele puxou Lya um pouco para mais perto dele, e isso bastava para o Enn como resposta.

Eryon recuou um passo, o portal o envolveu e começou a se fechar sobre si, Lya – cuja voz ele já não escutava – olhava angustiada, sem nada poder fazer, as lágrimas se acumulavam nos seus olhos, algo que Eryon estranhara desde que havia a reencontrado. Então ele viu Sieghart se inclinar e falar algo ao ouvido dela, Lya o fitou e não demorou para que as lágrimas finalmente descessem em um fluxo rápido e abundante.

Eryon sorriu. Agora sim parecia a sua adorável dona.

– Até logo, Srta. Lya. – ele disse, vendo-a fitá-lo, escutando-o – Eu não morrerei até que a senhorita cumpra a sua missão. Não estará sozinha.

Essas palavras só fizeram Lya chorar ainda mais.

O portal de comprimiu.

As palavras que Sieghart havia dito ao ouvido de Lya haviam sido:

– Ei. Tem momentos em que você pode chorar. Ninguém a culparia por isso.

Lya o fitou e logo as lágrimas escorreram, como se ela apenas precisasse ouvir aquelas palavras. Eryon se despediu com um sorriso encorajador e então o portal sumiu, levando tudo o que estava dentro de volta à Cyrus.




Fim do capítulo IX


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Notas finais do capítulo

Ai, ai, ai... E agora? Lya de repente tem uma grande responsabilidade nas costas. E Sieghart tem um rival (?)

Tanta pressão, conseguirá a Cyran suportar?

E o que será essa reunião de emergência tão repentina?

E o meu Eryon, divo e loiro *-* Finalmente apareceu s2

Tirei algumas dúvidas e acrescentei várias outras xD Eu realmente não tenho jeito kkkkk E de repente criei um grande problema, não foi? x.x

Mas em fim, gostaram? Querem mais? *-* Então que tal comentar? Pera, não gostou? Não faz mal, comente também ^^ Críticas são bem vindas e elogios ainda mais s2

Alias... Será que vocês querem saber a aparência dos novos Enns?

Está acabando pessoal... o/ Espero que continuem até o fim :)

Bjs,

Ray chan.



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