You're My Summer, My Winter. escrita por Jane Rivelli


Capítulo 4
Fine.


Notas iniciais do capítulo

oi oi gente! então parei de postar, porque não sabia se tinha alguém lendo... já falei disso. mais ai me acharam e pediram para eu continuar. então, cá estou.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/370930/chapter/4

...” I believe the best is still yet to come”...

Eu não sabia o que havia acontecido direito. O porquê do nosso beijo, mas aquela cena estava se repetindo na minha memoria a cada segundo. Depois daquela noite na torre, voltamos para casa da avó de Liam, Sra. Lia, uma adorável senhora que prepara um chá com bolachas magnifico. Liam dormiu em uma cama e eu na cama do lado, e como despedida de boa noite ganhei um beijo na testa, bem típico de pessoas protetoras como ele parecia ser. Na manhã seguinte tomamos café com sua avó e seu avô numa padaria ao lado do prédio da Sra. Lia e do Sr. Jones, onde eu acabei contando todo o ocorrido e apenas escutei o Sr. Jones dizer que “Para Liam ter trazido você até Paris, é porque você realmente é especial para ele”. Outra coisa que não me saia da cabeça. Andamos por diversos pontos turísticos de Paris, Liam me levava em cada lugar magnifico, e eu duvido que esses lugares fossem ter o mesmo brilho se eu os visitasse com outra pessoa. Até subimos na torre novamente, onde nos beijamos no alto dela novamente, vendo dessa vez a vista diurna do alto da torre. Voltamos para casa na tarde do dia 22, e quando ele me deixou em casa nos despedimos com um quase selinho, já que os cantos de seus lábios macios tocaram o canto dos meus. Cheguei em casa tentando disfarçar um sorriso, peguei uma garrafa de agua e subi para o quarto.

-Agradeceria se me contasse os detalhes. –Elliot disse assim que entrei no quarto.

-Outro dia Elli. - Disse e comecei a tirar minhas coisas da bolsa.

-Vai me explicar o porquê desse sorriso bobo no rosto? Sério Jess, esta parecendo retardada. - Ele disse e eu fiz uma almofada voar atingido seu rosto em cheio.

-Ual! Andou treinando pontaria em Paris?- Ele disse me fazendo rir. Eu andava de um lado para o outro enquanto distribuía minhas roupas pelos armários. – Se não quiser me contar, acho que Liam vai me contar. - Ele disse e foi saindo do quarto.

-Espera vai. - Eu disse e me sentei na cama. Elliot puxou uma cadeira da escrivaninha e se sentou ao pé da cama, depositando os braços e fazendo uma cara de menininha virgem. –Agora me conte os detalhes, quero saber de tudo. - Ele disse com voz de garota.

-Foi uma viagem normal. - Eu comecei a dizer e ele revirou os olhos. – Visitamos lugares incríveis, ele me fez rir, foi tipo, incrível. É como se eu tivesse me esquecido de tudo por dois dias.

-Ele te contou sobre o pai dele?- Elliot perguntou. Fiz que sim com a cabeça e ele arregalou os olhos. –Bem vinda ao meu clube. - Ele disse e eu fiz uma cara de duvida. - Eu, Charlotte, David, e agora você, que sabemos disse. Considere-se no grupo dos melhores amigos de Liam.

-Como assim só vocês sabem?- Perguntei.

-Liam não é de falar dele Jess, ele gosta de ver as pessoas bem. É muito difícil saber quando ele não está bem. Por mais que nós quando pequenos, já soubéssemos do ocorrido com o Sr. Cartter, assim como todos, Liam escondeu isso por muito tempo, ele não conseguia falar. E quando ele nós contou, nos sentimos honrados por isso. - Ele disse, e eu engoli em seco.

-Estou honrada. –Eu disse com um projeto de sorriso no rosto.

-Se sinta mesmo. Você deve ser especial para ele. - Ele disse e fez uma pausa, pensando em algo para falar. - Acho que te levou lá, porque sabe o que você está sentindo aqui. Ele quer te ajudar. –Ele completou.

Levantei-me par pegar meu celular que havia tocado, deixando Elliot para trás.

-Agora a parte que me interessa. - Ele disse olhando para mim levantando uma sobrancelha e abrindo um sorriso cafajeste. – E o beijo, o sexo? Me diz.

-Elliot!- Taquei mais uma almofada nele. –Cale a boca!

-Vou pedir para minha mãe trocar essas almofadas, elas são muito duras. - Ele reclamou. –Mas sério, como foi, ele é bom de cama?

-Só nos beijamos Elliot. - Disse e ele ficou de boca aberta na mesma hora. -Nada de sexo. Caso você não se lembre, eu conheci ele praticamente há três dias.

-Caso você não percebeu, vocês só se beijaram. Qual é Jess, na sua idade eu já dava altos pegas mais fortes nas meninas. - Ele disse se jogando na minha cama.

-Caso você não se lembre, ou não percebeu ainda, ele não é como você. E caso não percebeu está na minha cama, sai fora!- Disse e empurrei-o pra fora da cama.

-Tudo bem, eu sei. Mas fica longe de encrenca Jess. - Ele disse enquanto ia saindo do quarto.

-Como encrenca deve se referir a Jony e Lohana, certo?- Perguntei e ele balançou a cabeça positivamente. Ele me jogou uma piscadinha e saiu do quarto, me deixando em paz em meu quarto agora.

Desci para o jantar e tive que contar tudo sobre a viagem, contei sobre os passeios, os lugares, a comida, até mesmo sobre a Sra. Lia e o Sr. Jones, menos sobre o beijo. Claro, podemos deixar essa parte de fora.  Levei meus irmãos para dormirem e depois me joguei na cama, dormindo num sono profundo e delicioso.

03h45min do dia 24. Fui profundamente acordada por um choro de bebê vindo do quarto do lado. Chloe. Coloquei um roupão por cima do pijama e fui até o quarto dela, a peguei no colo e desci para a sala, a fim de não acordar mais ninguém. Lá estava eu deitada no sofá, com meu corpo fazendo uma barreira para Chloe não cair, ela estava quase dormindo do meu lado enquanto escutávamos em volume baixo, uma musica velha qualquer que tocava no radio. Confesso, eu dormi. Acordei apenas quando senti alguém me colocando sobre uma superfície macia. Abri meus olhos quando senti que os braços estavam largando meu corpo na cama, e me deparei com Liam, que mordia a boca, e me olhava nos olhos.

-Liam?- Perguntei. –Mas o que você...

-Xiu, Elliot foi dormir, e eu já coloquei Chloe no berço, já que parece que você a contagiou com seu sono. - Ele riu. –Só vim te trazer.

-Bem, obrigada. - Disse enquanto tentava conter meu sono.

-Parece cansada, durma. Amanhã conversamos. - Ele disse e depositou um beijo em minha testa, saindo do quarto, me deixando com saudades daqueles braços, daquele perfume, daqueles lábios, saudades dele.

Acordei tentando decifrar se aquilo tinha sido um sonho maluco, ou se realmente era verdade. Fazia 20 graus, tinha um solzinho bom no quintal. Levantei-me do jeito que estava, peguei uma xicara de achocolatado que estava em cima da mesa com os dizeres:

“Fomos ao supermercado e depois almoçaremos com uns amigos, Georgia está conosco. A babá chega às duas. Beijos se cuidem”.

Ótimo, a casa só para mim, Chloe, Ewan e Elliot. Segui com a xicara para uma espreguiçadeira, coloquei os fones de ouvido, tomei meu achocolatado, e fechei os olhos apreciando aquele sol matinal que era uma delicia.

-Bom dia Jess. - Abri os olhos e me deparei com Liam.

-Bom dia Liam. - certamente minha expressão foi de duvida, algo como “oque você está fazendo aqui em casa?”.

-Como dormiu?- Ele perguntou.

-Muito bem e você?- Perguntei em seguida.

-Muito bem. - Ele disse.

Pensei em perguntar se era verdade o ocorrido da madrugada, mas achei melhor somente para mim. Vai que fosse um sonho, eu iria parecer uma retardada dizendo que havia sonhado com ele.

-Chloe chorou de novo ontem de madrugada?- Ele perguntou e eu entrei em choque. Merda, não havia sido um sonho.

-Hm, não, eu acho. - Disse e ele soltou um breve risinho.

-Elliot já acordou?-Ele perguntou.

-Até parece. Tá dormindo que nem uma pedra.

-Ele chegou meio bêbado ontem, fiquei um pouco aqui para ver se ele precisaria de mim. -Ele disse e me encarou dessa vez. -Mas ai eu desci para ir embora e me deparei com duas menininhas dormindo no sofá. - Ele riu ao olhar minha cara de vergonha.

-Musicas velhas dão sono. - Tentei fazer uma cara de obvio, mas ele riu mais ainda.

-Notei Jess. - Ele ria. Elliot então surgiu no quintal.

-Mas que cacete, dá para vocês pararem de rir, tem um bêbado querendo dormir. - Ele se sentou na grama. - Dá um pouco disso. - Arrancou a caneca de minha mão.

-Elliot, está bem cara?-Liam perguntou.

-Só com um pouco de dor de cabeça. Conte-me os podres da noite passada. - Ele disse devolvendo a caneca vazia para minha mão e deitando na grama.

-Bem, - Liam começou. - Você bebeu pra caramba e levou Andrea para algum lugar por mais ou menos uma hora, depois voltaram e ela estava com medo de alguma coisa, mas não disse o que. Ai vocês beberam ainda mais, todo mundo ficou bêbado, e eu tive que ficar para levar vocês para sua casa. No caminho você vomitou dentro do seu carro, que por sinal está nojento. Ah verdade, você comprou uma girafa de pelúcia. -Ele terminou.

-Uma girafa?-Eu perguntei olhando Elliot e depois olhando Liam. Não contive meu riso.

-Cale a boca Jess, eu estava bêbado. -Ele disse e se jogou na cama.

-Pude notar. - Liam disse rindo junto comigo.

-Seus idiotas. - Ele disse jogando fiapos de grama em nos dois. –Liam mandou meu carro para lavar?

-Já, já ele esta de volta, inteiro novamente. - Liam disse.

-Então partiu festa do time hoje?- Elliot perguntou.

-Acho que hoje você vai sozinho. -Liam disse.

-Lohana?-Elliot perguntou e Liam não disse nada. –Leve uma companheira. - Ele apontou para mim e eu arregalei os olhos.

-Qual a parte do fique longe de encrenca que você esqueceu Elliot?-Perguntei.

-Ela tem razão Elliot, Lohana vai querer mata-la. -Liam disse e eu arregalei os olhos, mas que menina era essa, meu Deus. –É só a forma de dizer. –Ele disse e eu respirei fundo.

-Vamos Jess, ai você conhece algumas pessoas que irão estudar com você!- Elliot disse.

-Não obrigada. - Respondi.

-Liam! Vai deixar ela ficar em casa?-Elliot perguntou.

-Se ela quiser. - Liam disse e eu lancei um breve sorriso para ele.

-Suas crianças. - Elliot disse e saiu falando alguma coisa que não entendíamos. Liam se ajeitou em uma espreguiçadeira com os braços atrás da cabeça e fechou os olhos, respirava fundo. E pela melodia que ecoava dos seus fones de ouvido, ele escutava uma das minhas musicas deprimentes favoritas: You and Me –Lifehouse, só que na versão acústica instrumental.

-Está bem?-Perguntei para ele e ele não me olhou, apenas balançou positivamente a cabeça.

-Liam. -Chamei e ele me olhou e virou novamente o rosto. –Mesmo?

-Hoje fazem 11 anos da morte de meu pai. - Ele disse encarando o céu.

-Sinto muito. - Foi só o que eu conseguir dizer.

Ficamos em silencio por alguns instantes, eu não sabia o que lhe dizer, eu queria que a dor dele sumisse, assim como ele queria que a minha sumisse. Ele fechou os olhos e colocou os fones, eu virei minha cabeça para poder olha-lo, fiquei observando a maneira como seus lábios extremamente rosas se moviam numa velocidade incrível cantarolando uma musica qualquer. 

-Me acompanharia em um lugar?-Ele disse quebrando um silencio e tirando os fones. Olhei para ele assim como ele olhou para mim. Seus olhos tinham um brilho diferente.

-Onde pensa em ir?-Perguntei.

-Não quero ir sozinho. Sei lá, só poderia me acompanhar?-Ele disse e eu olhei com certa duvida. –Elliot não seria uma boa companhia nesse momento.

-Eu vou. Mas onde?-Perguntei.

-Cemitério de Highgate. -Ele disse. –Só coloque uma roupa que não seja esse pijama. -Ele riu.

Subi para meu quarto coloquei uma roupa qualquer que estava jogada no armário, e desci para encontrar Liam. Ele estava agora no sofá, com os cotovelos apoiados nas pernas e o rosto entre as mãos.

-Liam?- Disse e ele me olhou. –Estou pronta. - Ele sorriu.

Saímos e fomos para Highgate, ele colocou um CD cujo eu não consegui ver o nome no radio do carro. Foi então quando a musica começou.

-Foo Fighters? The Pretender?-Perguntei.

-Saber musicas de cor parece ser o seu forte. -Ele disse dando um sorrisinho de canto de lábio. –Mas sim, álbum de 2007.

-Ah sim. - Disse, e comecei a vasculhar os nomes das musicas na capa do CD que agora ele havia me entregado.

-Sabe. –Ele começou. - Meu pai saiu comprar esse CD para mim quando, bem, ele foi impedir o assalto. – Ele disse. –E talvez seja por isso que eu gosto tanto desse álbum. É meio que uma tradição eu ir escutando ele, toda vez que vou visitar meu pai.

-Eu, eu sinto muito. - Disse a ele.

Ficamos em silencio durante um bom tempo, até chegarmos ao St. James, que era o atual nome do cemitério. Liam desligou o radio e seguiu junto comigo até a entrada. Caminhamos por um belo campo verde, até encontrarmos um tumulo com os dizeres:

“Descanse em paz Alfred Cartter Baker” e logo abaixo “Você deixa saudades eternas dentro do coração de sua esposa, filho e filha.”.

-Liam, você tem uma irmã?-Perguntei.

-Tinha. - Ele me olhou.

-Como assim?-Perguntei.

-Não cheguei a conhecê-la, ela era mais velha que eu, dois anos antes de eu nascer, ela morreu com câncer pulmonar. –Ele disse.

-Cacete Liam!-Eu disse e ele me olhou. –Sua mãe...

-É, com a morte de meu pai, eu fui literalmente o único vivo que sobrou em sua vida. - Ele disse e se sentou ao lado do tumulo, depositando um buque de flores em dois lugares diferentes, um com o nome de “Erica Cartter Baker” que deveria ser sua irmã, e outro no de seu pai.

-Sabe o que eu não entendo?-Ele disse.

-O que?-Perguntei.

-A parte do “você deixará saudades eternas dentro dos corações”. Não faz sentindo. –Eu o olhei. –Pense, ninguém é eterno. E como poderá haver uma eterna saudade? Se existe mesmo um “Céu”, um dia eu vou reencontrar com ele, e então eu ainda vou sentir falta dele? Não faz sentido. - Ele concluiu.

-Acho que nada relacionado à morte faz. - Disse. –As pessoas são arrancadas de um jeito brutal de suas vidas, ela não tem tempo nem de dizer adeus às coisas que amavam. E se tem tempo, elas não conseguem. –Disse.

-É meu pai sempre repetia isso para mim. Ele dizia assim “aproveitemos o dia de hoje como se fosse o ultimo, a vida pode acabar em dois segundos.” E ele nem teve tempo de ir aos seus museus, parque favoritos para se despedir.

Não disse nada. Apenas rezei uma oração em silencio para o pai e irmã de Liam, e depois seguimos andando pelos diversos túmulos históricos que haviam lá. O lugar era úmido, muito gelado pelas quantidades de plantas, era meio sinistro, haviam estatuas macabras cruzes e túmulos góticos era de arrepiar.

-Sabia que esse cemitério é considerado assombrado por fantasmas e vampiros?-Liam disse e me olhou sorrindo. –Imagina a quantidade de gente morta que pode ter aqui, são mais se 250 mil mortos.

-Que horror. -Eu disse.

-Medo de historias de terror Jess?

-Digamos que não sou uma grande fã de historias assim. -Disse.

Ele então me abraçou de lado e caminhamos por boa parte do cemitério, visitando túmulos históricos, rindo de alguns, tirando até mesmo fotos de túmulos incríveis.

Na volta paramos em uma lanchonete onde pedimos um chocolate quente e misto quentes.

-Jess, me conte sobre seus amigos de Ashford. -Ele disse.

-Ah, não tem muito que dizer. Tinha um amigo chamado Jonathan, que na verdade era meu vizinho, eu sempre escutava ele tocar musicas, e conversávamos poucas vezes, ele era popular, e bem, eu não. Tinha uma colega do grupo de estudos chamada Lília, ela era legal, mas nossas conversas não passavam de cálculos sobre física quântica.

-Acho que a Albert Hill vai te proporcionar bons amigos, o pessoal, bem, alguns, são bem legais. Como os que você conheceu na festa da espuma. -Ele disse.

-Bem, você já é um deles. - Eu disse e ele sorriu.

Saímos dali, e ele me levou para casa, aonde eu cheguei e me joguei na cama, estava morrendo de sono, e não me sentia muito bem. Deitei na cama enquanto sentia meu estomago pulando de um lado para o outro.  Eu dormi um pouco, mas não conseguia parar de pensar na dor que sentia no estomago e no Liam. Como havia alguém tão perfeito no mundo? Que me entendesse de uma maneira que ninguém mais entendia? Eu acho que eu estava começando a ama-lo. Mas pode ser que não. Ou pode ser que sim.

Acordei por volta das quatro horas da manhã, me sentindo muito mal. Eu suava frio, minha testa pingava de suor, meus cabelos estavam relativamente úmidos, minhas mãos tremiam, e meu estomago brincava de pular cordas dentro de mim. Caminhei com dificuldade até o banheiro, onde me sentei ao lado do sanitário. Passaria boa parte da noite ali eu acho. Tomei um banho, e coloquei minha calcinha rosa com um urso panda estampado e uma regata rosa, comecei a lavar o rosto procurando me acalmar, não queria acordar meus tios. Escutei uma porta se abrindo provavelmente Elliot que havia chegado da farra, mas nenhum sinal de Elliot, nenhum barulho dele. Escutei o barulho dele ligando o chuveiro, obvio, era Liam que estava com ele provavelmente, bêbado como sempre esse Elliot. Pensei em sair para pedir ajuda, mas eu poderia aguentar a dor por mais uns instantes.

Eu suava frio, e podia sentir meu cabelo grudando em minhas costas. Coloquei meu pulso em baixo de um forte jato de agua, durante uns 10 minutos, enquanto eu só piorava até que escutei alguém abrir a porta.

-Jess?-Era Liam eu tinha certeza. -Cadê você?

Sai do banheiro e me encostei-me à porta, de maneira visível para que Liam me notasse. Ele me olhou arregalou os olhos e na mesma hora correu até mim.

-Jess... O que foi? O que você tem? Cacete! Está ardendo em febre!- Ele ia dizendo. Eu queria fechar os olhos, estava com sono. Imagina uma cena deplorável: sem maquiagem alguma, suando que nem uma desgraçada, de calcinha com estampa de uma panda, e uma regata rosa. Cara queria morrer. Escorreguei no batente da porta, mas Liam me segurou e me levou em seus braços para minha cama.

-Calma. O que você está sentindo?- Ele perguntou.

-Muita dor na minha barriga. - Consegui dizer.

-Fique aqui. - Ele disse e saiu correndo, como se eu conseguisse dar mais um passo. Se Liam não tivesse me levado em seu colo para minha cama, eu dormiria no banheiro mesmo. Em alguns segundos Bruce e Tess entraram correndo dentro do meu quarto junto com Liam. Tess reclamava sobre Elliot estar bêbado, e Bruce checava meus batimentos.

-Hospital?- Liam perguntou o fitando.

-Hospital. –Bruce disse. - Liam estou tirando o carro, me encontre lá em baixo.

Ele desceu as escadas correndo. Liam tirou seu moletom o vestindo em mim, enquanto Tess me vestia com um short qualquer. Liam me pegou no colo e foi descendo as escadas comigo, entrou no carro comigo no colo, e depois disso eu não me lembro de mais nada. Apaguei geral.

Acordei em um quarto de hospital, toda enrolada com fios de soro, e pulseirinhas de identificação. “Uma virose forte” foi o que dizia meu prontuário, pelo menos não era algo pior. Abri os olhos fitando o teto, olhei para um lado e havia uma bolsa com minhas coisas, e do outro havia Liam, sentado numa poltrona.

-Bom dia. -Ele disse.

-Bom dia Liam.

-Está bem?

-Me sento bem melhor, obrigada.

-Que susto em menina. - Ele sorriu.

-Vai brincando, sou forte rapaz.

-Percebi.

-Passou a noite aqui?

-Sim, caso Bruce precisasse que eu voltasse, ou ajudasse em algo.

-Pode ir dormir agora, estou viva. - Eu disse.

-Vou esperar você sair. Não vou ficar tranquilo enquanto não te ver fora daqui. - Ele disse e uma enfermeira entrou no quarto para trocar alguma coisa.

-Se insiste. - Disse.

-Insisto. –Ele riu. – Garota, você precisa se benzer cara. - Ele ria e eu acabei rindo junto.

Voltei para a casa junto com Liam e Bruce, e tinha a missão de ficar no quarto até eu melhor com pilhas de comprimidos para tomar. E foi assim. Eu não vi Liam até o primeiro dia de aula. Meu deus que medo. Escola nova. Socorro. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

entao? comentarios por favor.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You're My Summer, My Winter." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.