You're My Summer, My Winter. escrita por Jane Rivelli


Capítulo 22
Your Lines.


Notas iniciais do capítulo

Eeeei! Eu consegui postar! HAHAH em cima da hora mas postei! O de amanhã não é certeza mesmo! Já comecei mas não sei se vai dar tempo de eu termina-lo! Bem galera, foi sugerido um tema de sobrenatural para a proxima fanfic? Quais outros temas vocês sugerem??



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…”And now all your love is wasted? Then who the hell was I? now I'm breaking at the britches and at the end of all your lines”…

Duas semanas desde que tudo aconteceu. Das revelações, da verdade, do desespero, da angustia e das mentiras. Harold se encontrava comigo todo dia de tarde, já que como não ficamos de recuperação já estávamos de férias. Isso era bom, o que quer dizer que eu não precisaria ficar olhando para a cara de Liam todo santo dia. Na semana depois da auditoria em que Liam revelou tudo o que havia acontecido, o clima em Albert Hill estava tenso. Liam estava andando com Josh e Derek que pareciam ser os únicos que aceitaram os motivos de Liam. Eu fiquei andando com Harold e cada vez que Liam passava por nós eu tinha um arrepio percorrendo meu corpo e Harold parecia que iria avançar em cima dele. Não era fácil se acostumar com aquela situação de “pós morte”. Liam não dirigia a palavra a mim e nem eu a ele, ela sabia que eu ainda não estava estável o suficiente para ter uma conversa com ele, ou simplesmente fingir que nada aconteceu. Era bacana ele respeitar isso. Assim que saímos de férias, eu não vi mais Liam, não pelo menos até hoje. Quando eu acordei (já em casa, meus tios não deixaram eu passar um tempo na casa de Harold), me deparei com Liam no andar de baixo, na cozinha. Apenas peguei um copo de leite com chocolate e subi de volta para meu quarto, sem cumprimentar, sem dirigir uma palavra nem mesmo olhar para ele. Não era falta de educação, eu nem mesmo estava ignorando ele, tá tudo bem, eu estava ignorando um pouco, mas se nós quiséssemos mesmo retomar uma “amizade” ou convívio, ele teria que respeitar meu tempo, eu tinha muita coisa para processar ainda em minha cabeça, em relação a tudo que aconteceu no ultimo mês. Era um sábado e Harold me chamou para ir a inauguração de um pub na Oxford Street. Era sempre bom conhecer lugares e pessoas novas, mesmo depois de algum tempo em Londres, eu ainda gostava disso de conhecer as pessoas. Como estava chovendo optei por um jeans preto rasgado (Liam falava que ele era muito colado no corpo) e uma blusa vinho mais solta. Harold passou me buscar, e enquanto eu entrava no carro vi Liam na calçada de sua casa, brincando de pegar flores com Lizzie. Parei na porta do carro e Harold parou atrás de mim, Liam estava sorrindo e rolando com Lizzie na grama, era uma cena bonita, eu gostava ainda de observa-lo sorrindo. Senti meus olhos ficando repletos de agua, afastei Liam do pensamento e entrei no carro assim como Harold, que arrancou o carro impedindo qualquer tipo de contato dele com a gente. Da minha casa até o pub fomos em silencio, fizemos algum comentário quando chegamos em frente ao lugar que parecia uma das lojas de Hogsmeade do parque do Harry Potter.

–Lugar sinistro. –Eu disse para Harold que riu.

–Por que?- Ele ria ainda enquanto saiamos do carro.

–É tão escuro... tochas... tem certeza que isso não é um clube de magia negra?

–Thompson você viaja. –Ele passou os braços por meu ombro e entramos no local, é era um lugar de magia, mas uma magia incrível! As paredes eram inteiras de pedra com luzes vermelhas e a laranjas intensas, dando um clima medieval, era incrível! Harold pegou uma mesa no fim do corredor, Josh e Derek nos encontrariam ali com Amanda, e Julia. Eu estava olhando o cardápio, viajando naqueles nomes medievais como “corrente de morango”, “castelo de batatas”... era tudo muito engraçado. Harold colocou suas mãos em cima da minha e eu o olhei.

–Harold... não podemos fazer isso. –Eu tirei minha mão de baixo das suas.

–Eu sei que você ainda está com Liam na cabeça, mas Jess podemos esquecer... podemos esquecer Liam e Anna juntos, eu e você podemos recomeçar, só que juntos.- Ele disse.

–Harold, eu ainda o amo. E eu sei que você ainda ama Anna. Isso é errado, já deixamos claro isso aquele dia no baile! Estamos nos apoiando um no outro de maneira muito diferente do apoio que realmente precisamos. Não precisamos de um novo amor, precisamos de uma amizade verdadeira. –Eu disse a ele que baixou a cabeça.

–Desculpa Jess, desculpa mesmo. Eu estou totalmente transtornado. –Ele colocou as mãos no rosto.

–Tudo bem, mas espero que tenha ficado claro ok? –Eu disse e ele sorriu concordando. Em seguida a esse clima tenso, pedimos um castelo de batatas com algumas “paredes medievais” que eram enormes copos de cerveja. Era incrível. Então chegou Josh, Amanda, Julia e Derek e se juntaram a nós na mesa para mais gargalhadas. E a noite foi indo até que o assunto “Liam Cartter” chegou a mesa pela boca de Josh, só para variar.

–Ah intercambio é muito divertido. Liam que vai ter sorte!- Ele disse e eu o olhei séria.

–Ele vai fazer intercambio?- Perguntei espontaneamente.

–Daqui a duas semanas ele vai para Paris passar duas semanas lá, e então ele vai para a Australia, vai terminar o período de estudos lá, e deve ficar em uma das bases empresarias do padrasto dele. –Josh disse comendo um bolinho em forma de algemas.

–Ele não volta?- Perguntei com dificuldades.

–Só para as comemorações de fim de ano. –Josh disse e eu pedi licença para ir ao banheiro. Cheguei ao banheiro olhei meu rosto que estava pálido mais que o normal. Minha boca que antes estava rosa, estava totalmente esbranquiçada e seca, e meus olhos ardendo implorando para chorar. Ele ia embora. Eu sei que eu queria distancia dele, mas eu nunca quis ficar tão longe dele assim. Era um sentimento estranho, um sentimento que eu queria ficar longe mas não queria o perder. Aquilo de “provavelmente não”, acabou com minha noite. Paguei minha parte no caixa, e sai no pub, mandei mensagem para Harold dizendo que já estava dentro do um taxi voltando para casa alegando que a cerveja caiu um pouco mal. Mas era mentira. Eu estava na rua, caminhando sem destino algum, aliviando os pensamentos com aquela chuvinha chata típica de Londres, caindo sob meus ombros. Andei, andei, e andei, passei cerca de cinquenta minutos andando por todas as ruazinhas de Londres, olhando todas aquelas pessoas nos pubs bebendo se divertindo gargalhando e outras caminhando nas praças de mãos dadas com as pessoas que amam. Senti um enorme vazio dentro de mim. Elliot me ligou preocupado, porque Harold havia mandando uma mensagem para ele dizendo que eu estava indo para casa e eu não havia chegado. Eu disse que tinha encontrado umas meninas no shopping e parei para conversar, mas que logo eu já iria. Ele acreditou. Andei por mais algum tempo, tempo para mim não era problema mais, porém ele parecia passar devagar demais. Meu coração parou quando eu cheguei em uma das bordas do rio Tâmisa, no mesmo lugar onde eu fiquei a sós com Liam pela primeira vez. Eu me sentei em um banco virado para o rio, observando os barcos de carga assim como eu havia feito com Liam, então involuntariamente meus pensamentos me levaram para aquele dia...

Free as a BirdGosta de liberdade Jess?- Ele me perguntou observando os dizeres da minha blusa.

–Amo. –Disse.

–Londres então vai ser barra para você. Liberdade aqui não é o forte. - Ele disse entortando um pouco a boca.”

...Realmente Londres não ofereceu a liberdade que eu esperava, mas Liam acabou sendo a minha liberdade em Londres... Foi a melhor liberdade que eu já tive, tanto de emoções de pensamentos quanto de ações. Meu corpo estremeceu a cada memoria daquele dia que percorria minha cabeça. Eu estava perdendo minha mente para pensamentos levados a ele, só a ele. Ele mentiu tanto, ele fez tantas coisas ruins, me enganou, mas ele sempre, sempre tentou me proteger. Tudo bem que ele estava comigo ligado ao passado, mas quem não é assim? Quem não vai para o futuro, alegando seguir adiante e continua pensando nos erros do passado? Todo mundo faz isso... todo mundo involuntariamente age assim. Fechei os olhos mais uma vez fortemente afastando qualquer tipo de pensamento Liam Cartter de minha cabeça. Mas parece que não adiantou muito já que mesmo de olhos abertos, parecia que eu ainda conseguia sentir o cheiro de seu perfume. Deixei aquele cheiro entrar em meus pulmões mesmo sabendo que não era real, e que era somente uma lembrança forte. Estremeci os ombros por causa do choro, respirei fundo e me preparei para ir embora, era estranho ficar ali. Me levantei olhei mas uma vez para toda aquela calçada, grama, e areia presente a minha frente, as luzes, os barcos e me despedi, certas coisas precisam mesmo ficar para trás.

–É a hora de por um fim nisso. –Sussurrei olhando para frente e virei para trás pronta para ir embora, se ele não estivesse lá.

Liam Pov.

–Devemos então terminar no mesmo lugar que começamos. –Eu disse olhando para frente, enquanto Jessica me olhava incrédula, parecia que a qualquer momento ela poderia desmaiar.

–O que está fazendo aqui?- Ela perguntou.

–Acho que tive a mesma ideia que você hoje. –Respondi evitando o contato com seus olhos.

–Está me seguindo?- Ela perguntou quase gritando.

–Jessica por favor. Eu estou aqui a três horas. –Eu disse com a maior sinceridade.

–Desculpa.- Ela disse parecendo meio atormentada e o silêncio tomou conta de nós. Eu tinha que abraça-la, eu precisava beija-la, ajoelhar e pedir desculpas. Mas eu já havia me explicado, e eu sei que tudo o que eu fiz foi muito, MUITO errado. Eu menti, eu a enganei tudo isso para um plano que poderia de fato ter acabado com a minha vida. A culpa era inteiramente minha, se eu não me perdoo por isso, não espero que ela me perdoe também. Acho que é isso que mais dói.

–Fiquei sabendo que vai para a Australia. –Ela disse colocando as mãos no jeans, eu adorava quando ela fazia isso toda sem graça.

–É. Eu vou. –Respondi. E ela olhou em meus olhos por alguns segundos e eu de fato quis entender o porque. Eu estava nervoso, ficar ao lado dela me causava arrepios. Eu tinha que entender que era necessário um tempo separado dela. Ou talvez, esse tempo fosse para sempre. – E você, o que me conta?- Perguntei tentando parecer tranquilo.

–Eu acho que vou voltar para Ashford e trabalhar no hotel. –Ela disse e eu estremeci, me perguntei porque Josh ou Derek não haviam me contado isso ainda. Eu juro, eu quis chorar.

–Ah sim. –Baixei a cabeça. –Preciso ir, até. –Me voltei para trás e sai andando, sem destino, sem rumo.

Cheguei em casa e me joguei na cama, pensando em todas as coisas que eu havia feito. Eu era um idiota, disso eu estava certo e concreto de minha opinião. Mas será que ela não conseguia enxergar o por que de eu ter feito tudo isso? Todos me chamaram de louco, psicótico, por ter colocado a culpa em Lohana de todo aquele acidente com Tyra. Imagina sua vida, você acorda com o telefonema da pessoa que ama, e logo mais a noite quando ela sai para ir ao banheiro, você em seguida a encontra morta. Ela conseguia imaginar a minha dor? Depois de tudo isso ter sido julgado por todos, ter que ficar tomando remédios devido aos pesadelos que eu tinha? Eu sabia que eu estava certo. Se a policia não foi a fundo nas investigações, alguém tinha que ir, e esse alguém era eu no caso. Sim eu fui egoísta, eu pensei apenas em mim. Mas pensando apenas em mim, eu salvei a vida dela. Que por parte, pertencia a minha vida, eu salvei a vida dela e consequentemente a minha também, e por causa disso eu estava em parte calmo, com as atitudes que eu havia tomado. Dormir estava difícil, ainda mais que eu ainda não havia visto Jessica chegar na casa dela. Deixei a janela aberta, eu saberia quando ela chegasse e até agora nada. Mandei uma mensagem para Elliot, para ele mandar uma mensagem para ela, queria saber onde ela estava, se estava bem. E logo ele me respondeu que ela estava num taxi algumas quadras da casa. Uns cinco minutos se passaram e Jess apareceu saindo do taxi e entrando descalça na casa. Um alivio percorreu meu corpo, mas ainda fiquei na duvida se conseguiria dormir. Depois de tempo rolando na cama, sendo quase cinco horas da manhã, me levantei e fui até a sacada, me sentando na poltrona do lado de fora. Fiquei olhando o sol nascendo enquanto escrevia milhões de cartas pedindo desculpas a Jess, provavelmente nenhuma que ela ficaria sabendo. Então ela saiu na sacada dela também, com o rosto inchado, e se sentou em uma poltrona. Ela colocou os pés sob a sacada e colocou a cabeça para trás. Ela respirava fundo enquanto desenhava alguma coisa no caderno em sua frente. Eu só queria abraça-la.

Sabia o quão difícil estava sendo para ela, eu tinha a consciência disso, de que ela sofreu muito e chorou muito por mim. Mas será que ela tinha um pouco de consciência de que para mim também estava sendo difícil? Doloroso igual? Ir para Paris foi uma decisão boa, eu tenho consciência disso e fico feliz com minha escolha. São quase três meses de férias, eu passaria um mês em paris, mas depois mudei de ideia por influencia de meu padrasto e o irmão dele. Eles acharam que seria bacana se eu me desligasse um pouco daqui, então eu ficaria duas semanas em Paris e depois seguiria para a Austrália de onde eu nem tinha a certeza se voltaria. Seria um tempo bom lá, eu só queria me despedir dela, com um único abraço. E se ela me perdoasse então seria magnifico. Mas se ela me perdoasse, eu não iria conseguir ir embora. Era uma decisão difícil para mim: ir e descobrir um lugar novo com pessoas novas, ou ficar e reconquistar a menina que eu mais amei até hoje? Parece simples, mas para mim é uma grande confusão. E tem ela, não adianta nada eu ficar e ela ir embora para Ashford como ela disse. É como se meus pensamentos não estivessem organizados, como se cada pensamento sobre ela fosse uma bomba, que explodia toda vez que o nome dela era mencionado.

Eu queria bater na porta dela e soltar tudo o que eu tinha para falar. Dizer o quanto eu a amo e beija-la como fizemos pela primeira vez no alto de Paris. Sabe, isso é uma droga! Não é questão de orgulho, é questão de consciência! Eu sei que ela esta puta da vida comigo! E não vai adianta nada se eu chegar em sua porta e falar, falar e falar... ela não vai escutar! Eu odeio esse sentimento, de querer e não poder. Mesmo estando tão próximo. Eu só sinto falta dela... perder meu melhor amigo e a pessoas que eu mais amo pelos menos motivos um tanto fúteis é complicado. Eu só queria poder apagar tudo isso. Mas mesmo apagado, ainda iriam restar cicatrizes. O que complica muito minha vida. Mas eu estaria disposto a conviver com isso. Eu acho. Mas acima de tudo, eu acho que eu não posso viver sem ela. Mas e ela? Será que pode viver sem mim?

Bem galera, foi sugerido um tema de sobrenatural para a proxima fanfic? Quais outros temas vocês sugerem??

LEMBREM-SE! Faça um autor feliz! Deixe sua review no final do capitulo! Não custa nada e não vai demorar muito, menos que dois minutos! É muito importante saber sua opinião! Obrigada e até a proxima!!


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Notas finais do capítulo

LEMBREM-SE! Faça um autor feliz! Deixe sua review no final do capitulo! Não custa nada e não vai demorar muito, menos que dois minutos! É muito importante saber sua opinião! Obrigada e até a proxima!!



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