You're My Summer, My Winter. escrita por Jane Rivelli


Capítulo 14
Especial de Natal.


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capitulo correndo, não ficou do jeito que eu esperava mas eu queria compartilhar ele no dia hoje com vocês! Obrigada por lerem, vocês são muito especiais para mim! Feliz nata!



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Especial de Natal.

–Jessica?- Bruce me chamava.

–Oi.

–Decidimos uma coisa.- Ele disse serio e logo Tess apareceu atrás dele.

–O que?- Perguntei me esticando na cama.

–O Natal esse ano vai ser em Ashford. – Ele disse e saiu do quarto. Ashford. Seis meses que eu ao colocava os pés na minha antiga casa, não sabia o que eu sentiria e nem o que iria acontecer quando eu chegasse lá. Eu realmente não queria ir. Coloquei um roupão e me sentei na sacada com o celular nas mãos pronta para ligar para Liam.

–Oi Jess. –Ele disse suavemente. –Sabia que você me ligaria. Eu fiquei sabendo do Natal. Como você está se sentindo?

–Com medo. Muito medo de voltar para lá.

–Você sabe que minha família vai junto não é? –Eu tinha certeza que ele estava sorrindo.

–Não! Jura mesmo?

–Até minha avó vai!

–Não acredito que você vai!

–Não vou sair do seu lado. Preciso desligar tenho que terminar de arrumar minha mala, sugiro que faça o mesmo pequena.

–Tudo bem.

–Te amo Jess!

–Também de amo Liam!

Arrumei minha mala, e desci as escadas. Meu coração estava acelerado e eu entendia o porque. Depois de seis meses eu estava voltando para o lugar de onde eu vim. Seria difícil voltar lá sem meus pais, mas eu tinha o apoio de muita gente, que certamente me ajudariam muito. Elliot prendeu Ewan e Chloe na cadeirinha e se sentou, eu entrei no banco atrás do de passageiro, nos últimos dois lugares, e logo o banco ao meu lado foi tomado por Liam.

–Tá louco?- Eu disse espantada. –Vão descobrir da gente!

–Acredite. Já descobriram.- Ele disse e meu coração se acelerou mais.

–Bruce comentou com Tess que viu uma foto nossa se beijando, Tess comentou com minha mãe, que perguntou para mim se era verdade. –Ele tinha um sorriso no rosto.

–Puta que pariu. –Eu sussurrei.

–Nada mais a esconder. –Ele me abraçou e beijou de leve minha testa, me aconchegando em seu peito.

Depois de algum acordei e vi que tínhamos acabado de passar por um portal marcado “Ashford- Thompson Hotel”. Um calafrio tomou conta de mim, minha respiração ficou ofegante, e minhas mãos suavam. Liam me abraçou novamente e ficou de mãos dadas comigo. Passamos por um outro portal totalmente iluminado, e depois de alguns metros minha antiga casa entrou em meu campo de vista. A Grama verde em contraste com a casa branca. A varanda que dava a volta na casa, As janelas com as partes de fora em um azul escuro, o piso de madeira, a cerca de madeira branca ao redor da varanda, isso tudo foi me dando um aperto gigante no peito. Conforme o carro virou deu para ver a segunda casa, que era o hotel, do mesmo estilo que a minha casa só que com a madeira um pouco mais amarelada. Desci no carro descalça sentindo meus pés na grama, mesmo fazendo cinco graus. A grama macia e gelada sob meus pés me deu vontade de chorar. Subi as escadinhas da porta da frente e todos estavam bem atrás de mim, esperando que eu desabasse a qualquer momento, até Liam estava um pouco mais para trás. Passei as mãos nos pilares da varanda e no apanhador de sonhos que eu havia colocado na entrada no ano passado, podia sentir as lagrimas se formando em meus olhos, senti as mãos de Liam em um ombro e as de Elliot em outro. Abri a porta e os caseiros estavam lá, ai foi-se, desabei em um choro involuntário, e os abracei como se fizesse anos que eu não os visse. Eles me abraçaram forte, e disseram que eu estava muito mais bonita e tudo mais, tudo o que as pessoas falam depois de um tempo sem ver as outras.

Devidamente todos apresentados, era hora de acomodar todos na casa. O quarto de meus pais, agora era um quarto de hospedes, para amigos da família. Chloe e Ewan ficavam no seu antigo quarto, Bruce e Tess estavam nesse antigo quarto de meus pais, e Elliot estava no quarto ao lado do meu. Fui até a casa –hotel e acomodei a família de Liam, meus outros tios, e meus avós, que tinham acabado de chegar. A mãe e o padrasto de Liam ficaram em um quarto com vista para a mata mesmo, cercado por plantas do jeito que eles queriam, aquele quarto tinha cheiro natural de flores. E pela manhã tinha uma iluminação natural incrivel, mesmo no inverno. Georgia minha prima e Lizzie, por terem a mesma idade, ficaram juntas e um quarto com paredes vermelhas, com flores, porque elas acharam a cor muito bonita. Liam estava no quarto com Elliot ao lado do meu. A avó de Liam junto com a mãe do padrasto dele, ficaram juntas em um quarto com uma enorme parede de vidro, bem natural, de vista para toda a propriedade. Todos da minha família, amigos, e a família de Liam devidamente ajeitados, era hora de se arrumar para a ceia de natal, porque em Ashford, geralmente a festa começava cedo. Coloquei uma calça de moletom, e um a blusa de manga comprida como de costume.

–Liam? –Bati na porta do quarto dele e de Elliot.

–Oi Jess. –Ele abriu a porta.

–Vem comigo, quero te mostrar um dos meus lugares preferidos para ver o por do sol. – Eu disse e o puxei pela mão, ele só puxou um casaco e me seguiu.

–Esse lugar é incrível Jess. Imagino como foi ficar longe disso tudo. –Ele disse enquanto nos estávamos no deck do lago. Era um enorme deck de madeira, com algumas espreguiçadeiras, uma área de lazer para as pessoas relaxarem. O lago não era fundo, se tivesse 1.50 era muito. Descemos o deck e fomos para a margem do lago e lá tinha uma cada na arvore, a primeira que meu pai construiu com os caseiros.

–Esse é um dos meus lugares favoritos. –Eu disse a ele e ele tinha um brilho intenso nos olhos.

–Isso é incrível. Podemos subir?- Ele disse.

–Claro! –Eu o puxei pela mão e subi a escada que levava a casa na arvore. Ela também tinha uma varanda do lado de fora, com direito a cadeira e mesinha para um chá da tarde, dentro havia um sofá, e pinturas minhas espalhadas por todo o canto, o que rendeu boas risadas a Liam. Tinha também uma portinha que aberta revelava um escorrega direto para o rio, nos dias quentes costumávamos a brincar muito ali.

–Ainda não acabamos! Temos algumas coisas ainda para ver!- Eu sai correndo e Liam foi arás. Entramos mata a dentro pelo caminho de pedras, e mais uma casa na arvore foi revelada. Ela era alta, 3 andares, eu costumava a me gabar dela, porque eu havia ajudado a construi-la. Tinha um rede entre os pilares de sustentação, no primeiro andar, tinha duas mesas de madeira, e bancos de troncos de arvore, e luminárias amarelas penduradas. Subindo uma escada, tínhamos aceso a parte coberta, com uma varandinha do lado de fora, e grandes janelas de vidro, entrando tinha duas camas, e alguns livros. E no meio tinha o tronco da arvore que era decorado com fotos. E subindo nesse tronco tínhamos acesso ao terceiro andar, com um colchonete e mais alguns livros. Liam parecia abismado com tudo aquilo

Andando em direção a margem do lago, havia uma forte iluminação amarela.

–O que é aquilo ali? Uma clareira? –Liam tentava enxergar.

–Não. É o lugar onde eu fazia festas de pijama. A terceira casa da arvore, e também a maior. Ela tinha uma ponte com cercas de madeira, que era iluminada por tochas, e dava acesso a uma enorme casa de madeira, iluminada com luzes amarelas. Tinha janelas grandes de vidro e uma porta de madeira. Entrei na casa e Liam estava logo atrás. Ao entrar tinha uma mesa para 10 lugares, uma geladeira, um fogão, um grelha, e uma bancada para cozinha. Do outro lado havia alguns sofps, um tapete e uma lareira, e logo perto da escada para o segundo andar havia um banheiro. Subindo a escada era um enorme salão para colocarmos os colchões, para uma festa do pijama.

–Como eu nunca estive aqui antes?- Ele perguntou.

–Poucas pessoas visitam Ashford. Mas quem visita, vem e quer voltar. Agora eu preciso de levar para nosso ultimo ponto turístico fazenda Thompson de hoje, porque se não voltarmos em uma hora estamos mortos.

–Vamos lá!

Andamos mais uns 500 metros e chegamos na enorme clareira. Era quando o lago se juntava com o rio. Tudo bem até ai nada demais, além da bela paisagem. Mas havia uma estufa antiga totalmente de vidro, que meu pai colocou dentro um colchao branco macio e alguns travesseiros, era um ponto de relaxamento. Você tinha a mata ao seu redor e o rio a sua frente, as paredes de vidro proporcionavam um ambiente incrível. Destranquei a porta, e entramos eu me deitei e Liam se deitou ao meu lado.

–É incrível. –Ele disse.

–Eu sei. Meu pai tinha as melhores idéias.

–Queria ter o conhecido. – Ele disse. – Acho melhor voltarmos, está ficando tarde e vão nos matar.

–--------

Vesti uma meia calça cor da pele, sapatilhas vermelhas, e um vestido vermelho de mangas compridas e por cima um sobretudo preto. Vazia 10 graus, estava um clima até que agradável. Eu e Elliot fomos o caminho todo de braços dados. Eles tinham feito a decoração de todo ano. Havia uma clareira perto do lago, e o caminho até ela era um caminho feito de uma estrutura cercado de flores, dos lados e em cima, e estava tudo iluminado com luzes de natal, era como um túnel. No fim do túnel havia o caseiro, que nas horas vagas gostava de fotografar, e sempre fazíamos uma foto com todos que virava um quadro que ficava na recepção da casa. Era uma tradição. Vi muitos rostos conhecidos de outros natais, que sorriram ao me ver, não consegui de deixar de sorrir de volta, porque era bom estar com eles como antigamente. Parei para uma foto com Elliot e logo avistei Liam sentado na mesa. Ele estava deslumbrante. Ele vestia uma blusa social preta, com alguns botões abertos, um sobretudo preto, e um jeans bem escuro. Seu cabelo não estava mais arrepiado como antes, ele tinha aquela franjinha de novo, ele acertou o cabelo! Não pude deixar de sorrir quando ele apontou o cabelo dele e deu um leve sorriso e levantou os ombros, ele sabia que aquele era meu cabelo favorito dele. Olhei para Elliot, Tess e Bruce que estavam atrás de mim, e eles concordaram positivamente. Andei até Liam que se levantou e me deu um beijo no rosto.

–Esse cabelo!- Eu disse tocando em seu cabelo.- É meu preferido de seus cortes, como deixou ele assim de novo?

–Muito gel, e aquele treco fixador que vai dar um trabalho do capeta para tirar!- Ele disse.

–Eu amei.

–Senhorita.- Ele puxou a cadeira e eu me sentei ao seu lado. –Esse lugar é incrível. Obrigada. –ele sussurrou em meu ouvido.

Depois que jantamos, junto com amigos, família, e os hospedes que já eram quase da família. Era a hora dos doces. Uma mesa enorme foi posta, e eu e Liam estávamos devorando cupckaes com um copo de leite. Eu estava com meu celular em mãos, porque eu precisava tira uma foto dele daquele jeito todo fofinho. Ele então começou a fazer graça balançando a cabeça de um lado para o outro como se fosse uma criança e eu filmei esse momento estava muito lindo.

–E como hoje é um ano diferente, gostaríamos de ouvir uma palavrinha da senhorita Thompson. Jessica. – Um dos caseiros disse e eu engoli em seco. Eu? Falar em publico? Olhei para Liam e ele segurou minhas mãos e eu me levantei, ainda de mãos dadas com ele.

–Bem, eu não sou boa para falar, mas eu acho que devo mesmo falar alguma coisa. –Comecei. –Como todos sabem esse é um ano diferente, existem pessoas que não estão mais entre a gente na parte física, mas na parte espiritual com certeza eles estão. Lembro-me de os dias de natal serem os meus preferidos porque tinha a família toda unida aqui. Esse ano, fiquei um pouco relutante de voltar, confesso. Achei que seria pior. Mas eu tenho pessoas muito importantes do meu lado que estão me ajudando muito. –Apertei a mão de Liam firmemente. –E esse natal vai ser tão especial quanto os outros. Eu agradeço a presença de todos aqui, e pelos incríveis presentes que deixaram na porta de meu quarto, eu realmente adorei todos. Obrigado por fazerem parte dessa nova fase, e por estarem nos dando apoio. Eu amo vocês. Muita paz, saúde, amor, felicidade, alegrias, e sucesso, nesse Natal, e para os que eu não verei, para o novo ano!

Terminado o discurso todos se levantaram e aplaudiram de pé, e eu não pude deixar de ficar emocionada com isso. Depois do jantar todos voltaram para seus dormitórios, estava ficando um pouco frio lá fora, e o café seria servido ali mesmo a partir das sete da manhã. Sai caminhando de mãos dadas com Liam com toda a calma do mundo.

–Foi muito bonito o discurso. Fiquei orgulhoso de você.

–cala a boca Liam! Nem prestei atenção no que estava falando.

–Se continuar assim vai fazer escrever os discursos da rainha!

–Liam!- Dei um tapa em seu ombro.

–Preciso te entregar meu presente. – Ele disse e me abraçou pela cintura.

–Ual! Eu vou ganhar um?

–Idiota, claro que vai. –Ele beijou minha testa.

–Beijou no lugar errado, minha boca é um pouco mais pra baixo bobão.- Disse e lhe dei um selinho rápido. – Seu presente está comigo também.

–Ual! Eu vou ganhar um? –Ele me imitou.

–Bobão.

Continuamos caminhando de mãos dadas até entrarmos na casa.

–Dorme comigo hoje. –Eu disse e olhei em seus olhos. –Não quero dormir sozinha em meu quarto.

–Que criança. – Ele fez uma cara de deboche e virou o corpo esbarrando em um vaso e quase que ele caiu no chão, faria um estrago feio. Eu prendi o riso ao maximo que pude, mas não deu certo, comecei a gargalhar da cara de assustado que Liam havia feito, e ele me abraçou forte, colocando minha boca contra seu pescoço para que me riso fosse abafado.

–Se continuar rindo desse jeito não vou dormir com você!- ele sussurrou com a foz embriagada pelo riso. Seu pescoço tinha um cheiro tão maravilhoso...

–ok. Parei. –Eu disse e o puxei pelas mãos até meu quarto.

–Se nos pegarem? – ele disse com olhar de criança que está com medo de ser pego.

–Não vão. – Eu disse e subi na frente dele. Ele passou no quarto para pegar umas roupas, e meu presente, e avisou Elliot que claro teve que zoar com a nossa cara.

–Bem vindo ao meu quarto. –Eu disse quando Liam entrou em meu quarto. E em seguida trancou a porta.

–Hm... Cama, Livros, Roupas, nada muito diferente. – Ele riu. – Seu quarto é verde água, muito diferente do rosa bebê de Londres. E você tem esses pássaros japoneses pendurados no teto. – Ele sorriu. –Porque?

–Trazem sorte. –Eu disse.

–E esse mapa do mundo desenhado na parede?

–É pra onde eu quero ir, os pinos amarelos são onde eu já fui, e os vermelhos onde eu quero ir.

–Pode trocar Paris de vermelho para amarelo. –Ele sorriu e trocou. –Bonito o quarto. Se parece com você.

–Obrigada. – Eu sorri. Vou me trocar, o banheiro é a sua direita.

–Já volto amor. – Ele disse e entrou no banheiro.

Quando sai do closet Liam estava de pé perto do meu quadro de fotos.

–Tomei a liberdade e coloquei uma foto nossa aqui. – Ele disse e apontou, era nossa foto de Paris. – Seu presente.

Ele me entregou uma caixa do tamanho de uma caixa de sapato, que dentro havia outra caixa, outra caixa, outra caixa e outra caixa.

–Está brincando comigo!- Eu disse.

–Continua abrindo!- Ele disse e continha um sorriso, mordendo os lábios.

Uma pequena caixinha parecia ser a ultima, mas dentro havia mais uma. Uma pequena caixa em veludo, que quando eu abri me mostrou um anel prata. Eu o peguei com as mãos tremulas, e dentro havia escrito: “Para sempre, Liam”. Meus olhos lacrimejaram.

–No meu está escrito “Para sempre, Jessica”. – Ele disse e mostrou sua mão para mim, onde o anel estava em seu dedo anelar. Ele pegou o anel de minhas mãos e se ajoelhou. –Namora comigo senhorita Thompson?

–Puta que pariu, levanta!- Eu disse e tentei o levantar, em vão claro. – Aceito, mil vezes aceito, porra eu te amo.

Ele colocou o anel em meu dedo e se levantou me dando um beijo que tinha um sabor mais que especial.

–Eu te amo Jessica. – Ele sussurrou diante meus lábios. –Mais que tudo.

–Eu também, mais que tudo. –O abracei forte. –Seu presente!

Corri para o closet e peguei uma caixa azul, e entreguei em suas mãos. Ele abriu e se deparou com um álbum de fotos, era nosso álbum de Los Angeles, só fotos minha e dele.

–Porra, eu te amo. –Ele me pegou no colo e me derrubou na cama, ficando por cima de mim e me beijando. Nossas respirações ficaram ofegantes na mesma hora.

–Nosso presente de Natal é esse. – Ele disse com um sorriso safado nos labios. E assim a noite de Natal continuou.

Sem duvida se ele não estivesse presente comigo nesse dia eu não iria conseguir. Ele me dava um apoio que ninguém mais dava. Ele era especial demais para mim. Um tipo de especial que eu não posso e não consigo ficar sem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, vocês são muito especiais para mim! Feliz nata!



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